Sábado à noite. Naruto e Ino a levaram para um tour na cidade, que consistia dirigir pela sorveteria/pizzaria da rua principal, o cabeleireiro aonde Naruto cortava o cabelo e a mercearia que vendia tudo. A última parada foi na cafeteria, que de acordo com Ino, era o lugar mais imperfeito da cidade.

Super exausta, Sakura pediu um expresso duplo com extra creme.

-Tá brincando? - Ino perguntou. - O cartaz diz Stanley´s, não Starbucks. Só há um tipo de café aqui.

Decidiram pedir uma xícara regular, e então Ino os levou para o canto.

- Então, o que está acontecendo para precisar de energia? - Ino perguntou.

- Desculpe?

- Um expresso duplo com creme extra? - Ela levantou sua sobrancelha com curiosidade. - Eu pensei que seu problema fosse que não estava conseguindo dormir, com esse combustível de foguete que você pediu, eu ficaria saltando todas as noites em meu quarto.

Sakura tomou um gole da sua saborosa xícara, sabendo que precisava dormir, mas que parte de si ainda tinha medo do que veria e o que significaria.

E, ainda desde seu sonho no ônibus outro dia, e suas pesquisas sobre Sasuke, ela não poderia ajudar, mas queria vê-lo outra vez.

Se ele pudesse tocá-la.

E fazer seu coração acelerar.

- Mas é fácil não? - Naruto perguntou. - Dormir em algum outro lugar da casa, digo.

Sakura deu de ombros, pensando sobre o cordão que achou. Tinha escondido nos seus velhos tênis em seu armário, perto dos seus patins, os que ela não olhava dês de que Rin morreu.

Eles devem estar uns três números menores agora, Sakura tinha mantido os patins desde aquele dia, incapaz de deixar ir embora a memória do que aconteceu.

- Eu estava falando com meus pais sobre sua casa. - Naruto disse. - Meus pais têm vivido aqui desde que nasceram. Mas a história do assassinato. É atualmente muita coisa para pensar.

- Mais triste que uma banheira cheia de sangue? - Ino perguntou.

Naruto concordou.

- Parece que Sasuke estava tentando manter a mãe bem naquele dia, aparentemente, ele foi para casa e viu o namorado da mãe indo para espancá-la. Sasuke usou ele mesmo de isca para distrair o cara. Quando a mãe ligou para o 911, nem conseguia falar. Ela estava muito assustada com o que o namorado poderia fazer com ela, eu acho. Ela acabou indo se esconder no armário debaixo da escada porque não queria ficar ouvindo os gritos do filho.

- Parece uma boa moça. - Ino disse com sarcasmo.

Naruto ignorou.

- Acho que ela perdeu muito depois daquilo. Ela culpou ela mesma, é o que todo mundo diz.

- Onde ela está agora? - Sakura perguntou.

- Ela está pirada. Mora em um dos condomínios perto do lago, foi o que meus pais disseram.

- Melhor parar. - Ino disse - Você está começando a parecer um pirado.

- Melhor parecer como um do que se vestir como um. - Naruto disse, fazendo gestos para a camiseta de Ino, com um gigante tubarão, o mascote da escola, nadando acima das palavras 'Addison High Bites'.

- Eu sonhei com ele. - Sakura soltou, pondo um fim na discussão dos dois.

O silêncio se fez presente por alguns minutos.

- Você sonhou com quem? - Ino perguntou.

- Uchiha Sasuke.

-Ahn. Do que você está falando? - Naruto perguntou desconfiado.

Deu um gigante suspiro, e contou.

Como começou com apenas a voz dele, como acordou com machucados inexplicáveis, e então como ele tinha aparecido para ela recentemente, lhe pedindo ajuda.

- Eu disse que aquele lugar ia te deixar doida. - Ino disse.

- Mas talvez você esteja sonhando com ele devido a tudo o que você ouviu. - Naruto rebateu. – Digo, provavelmente eu estaria tendo pesadelos também.

- De jeito nenhum. - Sakura disse. - Eu comecei a sonhar com ele antes de saber sobre o assassinato, antes de eu saber que a casa era assombrada.

- Então, como você supostamente vai ajudar ele? - Ele perguntou.

- Eu não sei. - Sakura balançou a cabeça, pensativa.

- Bom, ele era gato afinal? - Ino finalizou - Porque eu ouvi dizer que ele era muito gostoso.

- Lá vamos nós. - Naruto disse dando um suspiro e rolando os olhos.

Sakura não pode deixar de sorrir com aquele comentário. Fez o melhor para parar, mas o sorriso em seu rosto não sumia. Muito menos o vermelho em suas bochechas.

Porque o garoto era gostoso.

E porque parte dela não podia esperar para vê-lo novamente.