Fraternidade Phantomhive escrita por Half Fallen


Capítulo 2
Fer Madame.


Notas iniciais do capítulo

Cara.. Eu tinha essa fic desde mó tempão;
mas agora voltei a ler Kuroshitsuji e quis reviver a fic.
MAS , quando eu fui ver como tava.. Eu fiquei pasma como a fic tava ridícula.
Então, fiz uma coisa nova, e se vcs quiserem vou colocar um Shounen-ai ai, só falar !
Enfim, aproveitem a fic c:



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Na casa dos Phantomhive na França, os serviçais andavam de um lado para o outro, corridos com a mensagem que sua madame havia recebido. Era a filial da França, algo que era com certeza um bom avanço pra as indústrias Phantomhive. Desde que Ciel havia conseguido herdar, e, por ventura se tornar o chefe de todas as filias existentes no mundo, misteriosamente uma menina também havia conseguido erguer-se como chefe das filiais existentes na França. E claro que isso a incomodava.

Ela também queria governar mais.

E pelo que parecia, seu 'irmãozinho', havia sabido de si. Por isto aquela carta, rudemente escrita em inglês, veio a sua casa. Valentine, sua governanta, quem veio lhe atormentar a apreciação de flores. Ann, a menina de quem governa as filiais da França, estava em seu jardim.

Logo atrás de si, uma mulher apareceu.

– O que está fazendo aí parada, Valentine? - perguntou Ann, autoritária, com o rico francês mostrando seu lugar

– Nada, madame, apenas vim trazer seu lanche de hoje.

Ann dirigiu-se até a mesa, e quando lá finalmente sentou, olhou para sua governanta com uma cara não tão gentil. Em sua mente, atormentada, estava parando o pensamento. Por que seu irmão inglês estava querendo fazer-lhe uma visita? E justo a esta altura do campeonato? O que o Conde Phantomhive queria fazer, tão longe da Inglaterra?

– Hoje, espero que goste do vinho Doux Désir, é de um ano que teve uma safra boa. Um vinho de 1875, - e com isso a governanta soltou um mero risinho - acompanhando com doces macarons. Também tenho torta de morango, a sua preferida. Preferi que não comesse tanto, antes de nossos convidados chegarem.

Ann havia percebido que, no minimo, sua governanta queria fazer graça quando disse o ano em que o vinho fora produzido. O ano em que nasceu. Ha. Como era engraçada. A sua governanta, tinha a aparência de uma francesa linda, e indescritivelmente perfeita, se não fosse pelos olhos vermelhos.

Era loira, os cabelos longos e ondulados presos ao lado do ombro por um lindo e comportado laço. O sorriso era no mínimo encantador, se não soubessem sua natureza sádica. Típico de um demônio. Usava uma roupa colada ao corpo, não gostando de aderir aos vestidos longos que sua mestre usava. Estava perfeita do jeito que era.

Ann sentiu o doce aroma do vinho e então o saboreou, gostando da tal escolha. Olhou para as flores de novo, e então suspirou alto:

– O que aquele cara quer fazer aqui?

– Certamente, ver como esta nossa produção.

– Você sabe muito bem que não é isso.

– Quem sabe? O cão-de-guarda real da Rainha é um mistério até mesmo para Sua Majestade, a Rainha.

– Hm.. Prepare tudo. Não confio nele, e se for necessário, o mataremos aqui e agora.

– Oui, madame.

– Mais uma coisa... Ouvi que o Conde não é muito afoito de vinhos.. Prepare um chá, sim?

– Oui.

Ordens dadas, não demorou muito para que a caída da noite chegasse. E assim, fora anunciada a aproximação de Ciel. Ann estava terminando-se de se arrumar, e quando as portas foram abertas, ela desceu as escadas, devagar. O que portava era um vestido de saia mullet vitoriano vinho escuro, que deixava as suas pernas mostrando enquanto a saia se estendia logo atrás. Porém, ela usava shorts na frente.

As pernas estavam até um pouco abaixo do joelho cobertas por uma bota branca vitoriana, que possuía um pequeno salto. Um pequeno chapéu lhe agraciando ao lado da cabeça, e com isso ela se apresentou. Um sorriso cordial, um pouco quente e até meio infantil se fez presente nos lábios enquanto ela disse em um bom som, em um inglês quase que perfeito, se seu sotaque francês não se fizesse presente:

– É um prazer lhe receber em minha casa, Conde Ciel Phantomhive. - disse ela, confrontando seus olhos. - Queria convidá-lo para tomar um chá, mas, infelizmente, você chegou tarde demais. Queria que me acompanhasse para uma pequena degustação de doces, antes que pudéssemos aproveitar o jantar.

Assim que ela estava a algumas escadas perto do chão, Ciel se prostrou para frente. Estava com um sorriso cordial também, mas nada além de negócios podiam ser traduzidos por aquele sorriso. Gentil e cauteloso, a mão coberta pela luva tomou posse da descoberta mão da menina, beijando-lhe o dorso cordial enquanto se prostrava em seu joelho.

Le plaisir est pour moi, madame Annelise Phantomhive. ( O prazer é meu, madame Annelise Phantomhive. )

Quel honneur, d'avoir le comte de parler dans ma propre langue. ( Quanta honra, de ter o Conde a falar em minha própria língua )

Suis-je trop audacieux, comtesse? ( Estou sendo muito audacioso, condessa? )

– Depende do que saibas de audacioso, Conde. - ela disse, voltando a falar o inglês - Valentine, por favor, conduza-os até o jardim. Venha Conde, temos muito do que discutir.

– Oui.

E assim fez a loira governanta. Mas assim que cruzou os olhares com o mordomo de Ciel, sorriu de canto. Outro demônio, é? Realmente, a alma de seu mestre tinha um cheiro ótimo. Sebastian sorriu de canto para ela, os olhos dos dois batalhando. Sebastian também havia gostado do cheiro da alma de Ann. Mas todos sabiam que algo importante iria acontecer hoje.

Quando lá chegaram, ambos sentaram em belas poltronas, separadas apenas por uma pequena mesa de vidro em que colocariam seus pratos e xícaras. Ann odiava chá, por tudo que era mais sagrado. Não gostava nem um pouco de chá, gostava de vinho. Sempre fora acostumada a beber, e beber algo tão fraco a fazia sentir-se fraca.

Talvez seja por que nunca havia pedido a um demônio para fazer seu chá. E quando ela veio, sua voz parecia uma bela entonação de uma melodia. O inglês perfeito por si só, e então disse:

– O chá de hoje é o forte Earl Grey, como minha madame prefere os aromas e gostos fortes. Também, como acompanhamento, temos petit gâteau. Logo após, iremos entrar com o jantar.

– Então, Conde. - Ann começou - Me intriga o fato de que você viajou todo o tempo até aqui, na França, para apenas me visitar. Por favor, que vá direto ao ponto.

Ciel sorriu cínico. Cruzou as pernas e disse, certeiro.

– Bom, não preciso esconder que vim aqui para erradicar sua presença. Ouvi dizer que a Condessa tem sido um problema em nossa produção, querendo expandir o comércio, sendo que, sou eu quem autorizo isso. Não apenas isto, mas, me parece que você têm brincado com o submundo.

– Submundo. - ela repetiu irônica, saboreando o chá e deixando que isso descesse sem que parecesse que ela odiasse o gosto.

– Não me importo com o Submundo da França, até porque quem parece que cuida do submundo aqui, é você. O problema é que.. Seus movimentos têm irritado até mesmo Sua Majestade, a Rainha. Mas posso dizer que, - ele tomou um gole do chá, apreciando o gosto - estou curioso para saber quem você é, Annelise. Somos irmãos, não é mesmo? E bom, não podemos nem mesmo ter um reencontro bom. É uma pena, mas eu não pretendo ficar aqui por muito tempo. Portanto, Sebastian.

– Yes, my lord.

Não demorou muito para que Sebastian atacasse, mas a sua frente, como esperado apareceu Valentine, protegendo-a. No entanto, por mais que Ciel já esperasse, ele ainda pareceu um pouco surpreso. Estar na presença de um outro demônio, que não fosse Sebastian, o fazia curioso.

– Acho que você superestima muito as pessoas, Cão-De-Guarda Real. Sendo de mesmo sangue que eu ou não, não vou deixar que difame a minha reputação e nem da minha amada França. Acho que você não ouviu quem eu sou, não é mesmo? Eu sou a Fer Madame! ( Dama de Ferro ) Sou euquem controlo o submundo da França, sou euquem decide o que irá ocorrer. E ninguém menos do que euquem decide a hora em que vou morrer.

– Heh... - Sebastian riu baixinho

– Você não é o único aqui quem fez contrato com um demônio. Vamos para a sala de jantar. Cansei de comer doces por hoje. Valentine, prepare um vinho para a ocasião. Se quiser me acompanhar, Conde.

– Com o meu maior prazer, Fer Madame.


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Notas finais do capítulo

e aí? O que acharam?
Se leram por favor, comentem.
Muito obrigada por ler, e até o próximo c:
Beijos.