Anata no Ai escrita por YuuCherry, Gilly


Capítulo 1
Pirulito que bate-bate


Notas iniciais do capítulo

Vai parecer meio estranho, mas é justificavel, afinal essa fic começou a ser escrita do nada só pra matar o tedio.



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Ainda era de madrugada quando Takeru entrava em casa as escondidas, ele tinha passado a noite numa boate como GO GO boy e acabou perdendo a noção do horário e suas roupas normais também.

Ele se esgueirava pelo corredor com medo de que o Yuji o visse porem gelou ao sentir uma mão em seu ombro. Virou-se para trás com velocidade e deparou-se com o próprio de pijama, cabelo bagunçado e o óculos torto no rosto, olhando de cara feia.

Takeru estremeceu como bambu em ventania, tinha que confessar que morria de medo daquela expressão do Yuji, ate porque o passado condena...

- Você tava naquela boate de novo?- Yuji falou com um tom serio

- Boate! Que boate?-sorriu cheio de dentes - Fui ao mercado

- E essa roupa de GO GO boy?

- Tava de promoção, né fashion?- da uma rodadinha

- Claro, a bolsinha rosa de purpurina também né?-irônico

- YUJI! COMO VOCE SABE DA MINHA BOLSINHA ROSA?- falou sem entender a ironia

- Take... Vai pro tapete... -falou voltando para o quarto

- Yu! Não faz assim também... -agarra na perna do outro- Só fico no tapete se for com você

- Me larga!- dá um chute no outro- Se não quer o tapete vá pra rua!- fecha e tranca a porta do quarto.

Do outro lado da cidade, Reita agarrava Uruha...

- Eu quero morrer, me solta! – gritava o loiro visivelmente alterado

- Não! O que aconteceu? – o outro puxava Uruha pela perna evitando que ele se jogasse pela janela

Uruha olha para o amigo, lembranças começaram a surgir na sua mente de um jeito que não tinha como controlar, Reita vendo o amigo mais calmo, solta sua perna, assim que largou Uruha, o mesmo caiu no chão e por pouco não passa pela janela.

- Baka! Se estivesse ventando você ia sair voando feito pombo por essa janela! – resmungou o de faixa

- Não reclama dizendo que eu sou magro! Você é igual ou pior que eu!

- Obrigado... Como sabe? Fica olhando pro meu corpo é? Seu perva!

Uruha fixa o amigo seriamente com os olhos.

- E se for verdade? – fixou o olhar no amigo

- De que?

- E se realmente eu fico olhando pro seu corpo?

- Era esse o problema? – se aproxima

- Não... – olha pro lado

- Você é péssimo para mentir...

- E você é péssimo para ajudar um amigo...

- Tá bom então! É pra ajudar... – se aproxima mais

A porta do quarto, onde estavam abre, contudo, fazendo com que Uruha tome um susto e Reita começa a rir.

- Calma que é só o vento... – comentou subindo a mao direita acariciando a nuca de Uruha

- Er... Pois é... É melhor a gente ir logo para o ensaio né? – tenta se distanciar um pouco

- Sei... E vai fazer o quê? – o olhou tentando não rir ao ver o quanto Uruha estava incomodado com a situação

- Cassis- fingiu não entender a ambiguidade do outro

- Tem certeza que é isso que quer fazer? – levantou uma sobrancelha

-... Não... – suspiro- Bora lá com a Lucy!

- A Lucy ta viajando... – fala meio confuso

- Mesmo????

- Foi você que a levou no aeroporto... -se aproxima novamente segurando Uruha pela cintura – Vamos... Conversar...

- C-co-conversar? – fala nervoso

- Isso... – sorri – Há quanto tempo?

- Er... Bem... Tenho um compromisso! Tô atrasado! Tenho que ir! – pega sua carteira e celular saindo correndo

- Hmm... Interessante... – disse para si mesmo ao ver Uruha sair

Takeru ainda choramingava arranhando a porta na tentativa de fazer Yuji deixá-lo entrar, já havia batido na porta, gritado que estava sendo assaltado, miado alto, mas nada resolvia.

Ele não gostava de ficar nesse clima com o namorado, mas ele adorava dançar e trabalhar naquela boate, ele fazia sucesso e seu “talento” era reconhecido, nisso tocou a campainha, quando abriu a porta se deparou com o Uruha totalmente alterado.

- Primo! – pula no pescoço de Uruha

- Vou ficar doido! Me ajuda! – Uruha entrou na casa em desespero

- Como eu posso te ajudar?- piscou varias vezes agarrado no pescoço do primo

- Primeiro: Tenta não me matar asfixiado- fez o outro largar seu pescoço

- Gomen... Mas o que aconteceu?

- Você ta sozinho? – olha para os cantos

- Mais ou menos... O Yu ta no quarto

- Ah! Então eu tava atrap... – olha as lascas de madeira no chão e os dedos do outro sangrando – O que aconteceu aqui?

- Er... Longa historia depois te conto me fala primeiro a sua

- Bem... É q... Eu... Eu acho que... O Reita sabe?! Bom... Ah! Não sei! – deu de ombros

- Você matou o Reita?

- Não!

- Você catou o Reita?

- Não!

- Você casou com o Reita? Que lindo! *emociona*

- Não..

- Então o que é? – boiando

- Acho que estou gostando dele sacas? – Yuji já tinha saído do quarto e escutado a confissão desastrosa do Uruha.

- E por que o desespero? Só por causa disso? – o terceiro questionou se intrometendo na conversa

- Yuji! – gelou-... Tenho medo... Por que o Reita percebeu tudo... Por que eu o conheço... Sei que ele é um conquistador barato... Sei que pode brincar comigo como fez assim que percebeu...

- Medo?! – sorriu pro loiro- Temos que nos arriscar, esse é o preço da felicidade seu animal!

- Primo... Eu também tinha medo quando percebi que gostava do botaozinho de açúcar Yu-kun... – aproveita e se pendura no pescoço do mesmo – E... Bem, eu sabia da fama dele de conquistador e tudo mais, encarei muita coisa pra ficar com ele e te digo não me arrependo de nada disso

- Seu demônio! Não consegue ficar um minuto no mesmo cômodo que eu sem me agarrar?! – tenta soltar-se sem sucesso

- Yu... – esfrega a lateral do rosto da bochecha do namorado

- Bom, acho que já vou indo, tenho que ir tomar café e comprar umas roupas – uruha levantou-se

- Hmm... Você pode ficar aqui primo!

- Como assim? Quem disse? – Yuji questionou deixando evidente seu mal humor

- Não precisa! – sorriu- Valeu pela ajuda!

Ainda com sono, se arrastando até a geladeira, percebe que tinha algo de diferente, assim que notou o que era o sono simplesmente vai embora...

Ueda olhou a cena e deu um grito!

- Jin! Você colocou meu gato na geladeira seu animal! Que foi que o bicho te fez? – tirou o gatinho gelado de dentro da geladeira o abraçando

- Miou... – disse sério

- Jin! Os gatos miam!

- Você não mia – falou baixo o moreno

- Que foi?

- Nada emo! – olhou pro lado – Esse gato vai embora daqui...

- Não vai não! Ele é fofo! Tenho que pensar num nome pra ele por falar nisso...

- Se esse bicho continuar miando pra mim vai virar minha próxima luminária!

- Você não teria coragem de fazer isso com o Jared

- Ta duvidando? – lança um olhar de morte pro ruivo que somente abraços mais o animal

– Tô! – ignora o olhar de Jin

Jin parte pra cima de Ueda com o objetivo de pegar Jared que estava nos braços do mesmo, entretanto Ueda se esquivou começando a correr, nisso Jin pulou por cima do sofá ficando na frente de Ueda que se assusta.

- Ah! Demônio! Deixa o Jared em paz! – Ueda começou a correr em volta do sofá tentando se livrar do amigo

- Nem pensar, ele é minha próxima luminária! – tenta pegar o gato de Ueda

Com toda essa briga os dois acabam caindo no chão e o Jin se esticou tentando alcançar o gato, mas Ueda abraçou Jin impedindo-o.

- Você vai ficar aqui comigo! – ordenou Ueda

Jin olho pra Ueda aproximando o rosto e deu um miado.

- Que foi filho?Tá se sentindo bem? Já sei é fome!

- Vai cozinhar pra mim? – Jin fez uma leve careta sabendo que o outro não tinha habilidade alguma na cozinha

- Não, tem PF na geladeira!

- PF? Peito de frango?

- Não besta! – riu – Peixe frito! Posso não saber cozinhar, mas esquento pra você! Desde que pare de perseguir o Jared!

- Prefiro churrasco de gato – o moreno sorri divertido

- Jin... Deixa o Jared...

- O que eu ganho? – aproxima mais ainda seu rosto no de Ueda

- Er... O que quer? – fica sem jeito com a aproximação porem não recua

- Quero duas coisas... – respira fundo – Primeiro quero matar o gato... – hesita no que vai falar – Segundo... Quero... Você

- Bom... – piscou algumas vezes enquanto caia a ficha – Não se tem tudo o que quer

- E se eu disser que prefiro você ao gato morto?

- Desde que não me mate também

- Emo... – soltou o ar logo saindo de cima do outro

Uruha abre a porta devagar, estava com certo medo de encontrar com Reita, mas pelo que estava percebendo não tinha ninguém em casa, estava tão cansado que foi para o quarto e se jogou na cama, pegando no sono.

Resolveu ir tomar banho depois, só que durante o banho, escutou um barulho e percebeu que alguém estava dentro do banheiro também, antes que pudesse reagir, notou que essa pessoa era o Reita, que entrou no boxe colocando Uruha contra a parede...

Uruha começou a gritar pedindo para Reita sair de lá, quando escutou alguém chamá-lo fazendo com que abrisse os olhos... Para seu alivio era somente um sonho.

- Você ta bem? Tava gritando ai! –perguntou o enfaixado parecendo preocupado

- Quê? Ruki... – sentou na cama levando a mão na testa – Tô... Só foi um sonho

- Sonho comigo? – sorriu sentando na cama de frente para Uruha

- Aí seria pesadelo! – retrucou o loiro revirando os olhos

- Será mesmo?

- Argh... – resmungou deitando na cama e jogando o cobertor sobre a cabeça – Vai procurar o que fazer e me deixa dormir!

- Tá bom, já sei o que vou fazer... – fica por cima de Uruha

- Akira! Sai de cima de mim porra! – fala tirando o cobertor do rosto

- Só se me responder uma coisa – fixa os olhos nos de Uruha

- Tá ta fala!

- Você me ama?

-... – hesitou -... Er... Bem... Reita por favor, me deixa aqui quieto

- Só se me responder

- Égua! Tu ta muito chato hoje! – revirou os olhos

- Me responde – segura as mãos de Uruha ao lado da cabeça do mesmo se aproximando mais

-... – suspira – Sim...

Assim que escutou a resposta, Reita não pensou duas vezes... Começou a rir deitando ao lado do “amigo”.

- Aff... Vai ficar agora enchendo minha paciência! – virou olhando para o lado onde Reita estava

- Só podia ser você... – se virou também podendo sentir a respiração do Uruha - Tá com medo?

- Talvez...

- Hmm... Por que não tentar? Não vejo nada de errado – toca seus lábios nos de Uruha

Mergulhado na banheira cheia de espuma, Ueda começava a relembrar a declaração de Jin daquela manhã.

Era estranho, porem não inesperado. No fundo ele sempre desconfiou, talvez até esperasse... Talvez não, ele esperava! Mas quando aconteceu não soube o que fazer. Eles sempre foram amigos, moravam no mesmo apartamento há pouco tempo, mas tinham muito em comum e uma relação de fazer inveja a muitos.

Jin era muito para Ueda: amigo, brigão, baka, conselheiro, cozinheiro e... É Ueda tinha que admitir, Jin sabia, e como sabia ser charmoso e encantador quando estava afim. Ele havia feito isso a pouco ao se declarar, mas era isso o que ele realmente sentia? O que realmente queria?

Ueda soltou o ar agitando a espuma da banheira tentando fazer o mesmo com as idéias.

- E então Jared, o que acha sobre o que aconteceu hã? – olhou para o gato que se enrolou preguiçosamente dando um leve miado

No outro cômodo do apartamento, Jin preparava o jantar com muito cuidado, estava fazendo um dos pratos favoritos do Ueda, Filé a La Romana, mesmo tendo aquela resposta confusa com relação a sua declaração, se é que aquilo foi uma resposta, estava tranqüilo e de consciência limpa, afinal tinha sido somente sincero e não via nada de errado nisso.

Diferente de Ueda, que já tinha terminado de se arrumar e foi para sala, quando viu Jin no sofá trocando os canais da TV e a mesa do jantar posta.

- Fez Filé a La Romana! Adoro esse prato! – sorriu para a mesa arrumada

- É! Eu sei... – desviou o olhar da TV para Ueda por um minuto e viu que ele sentava-se na mesa

- Não vem comer? – perguntou estranhando o amigo não se mexer

- Tô de dieta! Só vou comer derivados de cacau agora– Ueda o olhou cara de quem não entendeu nada

- Não me convenceu

- Não era essa a intenção!

-...

Takeru não agüentava mais aquela obsessão do namorado por não deixá-lo ir para a boate, estava perdido nesse pensamento, quando Yuji se aproxima.

- Me prometa que não vai mais se meter nessa historia de go go boy ?

- Mas... Eu fico feliz assim... É divertido! Eu tenho talento! – abraçou Yuji carinhosamente

- Hmm... Tem talento é? Só se for pra ser puto!

- Por favor, não me odeie por isso...

- Ok... – sorri – Sua sorte é que eu te amo sua puta decadente! 


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