1977 escrita por N_blackie
A Visita de Remus Harry fitava o vazio. Desde a fuga da casa dos Weasley, em plena festa de casamento, ele, Ron e Hermione se encontravam escondidos no Largo Grimmauld, planejando a invasão ao Ministério. Hermione estava na cozinha, relendo suas anotações sobre casa centímetro do lugar, e Ron apagava e acendia as luzes da casa com o apagueiro, irritando todos. No último mês, a única notícia que tiveram do restante da Ordem eram alguns fugitivos, ou algum Profeta Diário que algum dos três pagava no Ministério, e o clima estava tenso e monótono, quando um barulho despertou o trio. - Não o matei, Albus. – disse uma voz calma. Remus. Felizes por ouvir uma voz conhecida, os três desceram apressados as escadas, e se depararam não só com Remus, mas seus outros amigos. Ginny sorriu para Harry e correu até ele. - Tivemos uma ideia genial, Harry. Ou melhor, Luna teve. Atrás da ruiva, os três viram Neville Longbotton e Luna Lovegood sorrindo, e Remus puxando uma cadeira, visivelmente abatido. - O que aconteceu com todos? – Ron perguntou, e Remus puxou um jornal das vestes. - Agora ao importa, Ron. Estão bem e escondidos. Viemos aqui para dar uma péssima notícia e uma ideia para solucionar esse problema. Harry e Hermione se entreolharam. Ron, aborrecido, sentou – se junto deles. - O que foi? - Harry, você tem sonhado com Ele ultimamente? Harry sentiu uma onda de nervosismo. - Não, e isso eu estou achando estranho. Dumbledore me disse que ele consegue controlar sua mente de vez em quando. Alguém morreu? - Não. Harry, Dumbledore conversou algo sobre Horcruxes com você? – Remus perguntou, preocupado. Harry congelou. - Como sabe? - Deduzi, considerando que Ele abriu um cofre em gringotes para guardar alguns objetos completamente sem nexo. - Ele... - Bom, agora entendo porque nunca conseguimos matá – lo. Bom, esse é o problema. Comensais guardam o cofre dia e noite, é impossível entrar lá, mesmo se conseguíssemos entrar em Gringotes. - Nós podíamos tentar, temos um plano... – Hermione começou, mas Remus interrompeu. - Nós já temos um plano. Pensamos em tudo a princípio, até que Luna deu uma ideia um pouco improvável, mas que é a melhor até agora. Luna sorriu de seu jeito aéreo para Harry e disse: - Segundo meus cálculos, o melhor é viajarmos no tempo, até um ano em que Ele não saiba que sabemos disso, e destruirmos as horcruxes. Então Remus continuou: - Consegui um portal para o ano de 1977, que faz parte da época em que você – sabe – quem estava tão concentrado reunindo seguidores que não irá perceber suas horcruxes. - Mas... Lupin... Remus. Isso não é meio, improvável? Quero dizer, como iremos nos disfarçar? - Aí está o ponto. Harry, faça as contas sobre o ano de 1977. Harry olhou para o ex – professor. Ele, pela primeira vez, sorria. Parecia querer dizer algo. - Harry. Seus pais têm dezessete anos em 1977. Vamos para Hogwarts.– Ginny disse, sorrindo do mesmo jeito que Remus. Harry encarou os dois. - Mas sou igual a ele! Remus apontou a varinha para seu rosto. - Isso é facilmente disfarçável. Venha cá, Harry. Harry sentiu seu rosto mudar um pouco, e Hermione lhe estendeu um espelho. Com a retirada da cicatriz e um truque no nariz, Remus havia deixado – o menos parecido com James. Só alguém muito atento notaria a semelhança. Depois, fez o mesmo a Neville, deixando – o um pouco mais magro, a pedido do garoto. - Pronto. Podem sair amanhã, para chegar a tempo de pegar o trem. - Como sabe que vai funcionar? – Ron perguntou. - Mandei uma carta ao Professor Dumbledore por esse portal. - E... Remus tirou outro papel do bolso. Caro Sr. Lupin, Fico feliz por meu plano de formar uma Ordem contra Voldemort ter funcionado, e você estar precisando de minha ajuda para realizar algo tão vital para nossos objetivos. Sinta – se livre para usar o mesmo portal pelo qual enviou essa carta para mim para mandar os adolescentes, que receberei como alunos de Hogwarts com toda a hospitalidade e sigilo. Seguem os livros necessários para esse ano letivo, bem como as cartas de orientação. Espero seus viajantes no dia primeiro de setembro. Atenciosamente, Albus Dumbledore, diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts no ano de 1977. Harry olhou a carta, reconhecendo a letra corrida do diretor. Depois, olhou para Ron e Hermione, que assentiram com a cabeça. - Ok, vamos amanhã. - Ótimo. Façam os malões. Os livros estão aqui. – Remus terminou, e com um gesto de varinha, vários livros empilhados apareceram. Kretcher armou sacos de dormir para todos, e no dia seguinte, Remus preparou o portal. - Lembrem – se de agir como estudantes normais, transferidos de uma escola de magia qualquer. Destruam as horcruxes nesse ano. Não levantem suspeitas. Cuidado com James e Sirius. São astutos, e se descobrirem, serão obrigados a contar a verdade. Esforcem – se nisso, por favor. Pegando um cabo de vassoura simples e gasto, explicou: - O portal do tempo funciona como uma chave de portal qualquer, com a diferença se ser para o passado, ao invés de um lugar no nosso tempo e espaço. Adeus. Quando matarem Voldemort, vão até o Professor Dumbledore, e ele os trará de volta. Harry e os outros puseram as mãos no cabo de vassoura, segurando os malões com a outra. Ao invés do tradicional puxão no umbigo, Harry sentiu uma forte náusea, como se estivesse sendo balançado de um lado para o outro, freneticamente. Subitamente, o silêncio do Largo Grimmauld foi substituído pelo burburinho da Plataforma Nove e Três Quartos, e eles abriram os olhos. - Céus, olhe só! – Hermione exclamou, apontando para os pais. Atrás deles, um riso alto chamou a atenção do grupo, que virou – se. Uma mulher de por volta de cinquenta anos, usando uma capa vermelha escura, sorria para um garoto moreno de cabelos arrepiados, que ria descontroladamente junto outro garoto moreno. Harry sorriu. - Pai. – Harry sussurrou.
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