1977 escrita por N_blackie


Capítulo 2
Capítulo 2




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Bem – Vindos

Harry ainda encarava James e Sirius de dezessete anos, quando sentiu um braço puxar sua camisa.

- Vamos, depois você fala com eles. – Ginny dizia, sorrindo.

Passaram por várias pessoas, até entrarem no trem. Lá estavam eles de novo, dessa vez acompanhados de Peter e Remus (Harry cerrou os punhos ao ver Peter abraçar James).

Entraram no trem um pouco ansiosos, e só conseguiram achar uma cabine vaga no final do vagão, onde entraram.

- Bom, agora não tem volta. – Ron suspirou, olhando pela janela.

Do lado de fora, escutaram um barulho estrondoso, que fez todos puxarem as varinhas e encararem a porta, tensos.

- O que é isso? – sussurrou Neville, andando silenciosamente até a porta. Antes que ele pudesse abrir, a porta foi escancarada por ninguém menos que James, acompanhado de um Sirius risonho, um Peter assustado e um Remus revirando os olhos.

- Disse pra você não provocá – la, Prongs. – Remus disse, levantando a sobrancelha ao ver que o vagão estava ocupado. – Acho que vamos ter que achar outro vagão, garotos.

James parou e encarou o grupo, curioso.

- Quem são vocês?

- Somos alunos novos. – Harry explicou, tentando controlar a vontade de rir.

- Não parecem ter onze anos. – Sirius comentou, e Harry reparou que ele olhava para Hermione e Ginny.

- Não temos. Fomos transferidos. – Hermione explicou, e James abriu um sorriso arrogante.

- Ah, claro. Deve ser por isso que não sabem que esse é o nosso vagão.

Harry ergueu as sobrancelhas.

Seu vagão?

- É. Vamos para Hogwarts todo ano nesse vagão. Agora, com licença. - e indicou a porta com a mão.

Harry sentiu seu rosto esquentar.

- Não vamos sair daqui! Quem disse que é seu?

- Eu disse. Agora por favor, é melhor vocês saírem sem arranjar problemas.

Hermione se levantou junto de Harry.

- Não podem ocupar vagões particularmente, faz parte das regras da escola.

- Ela está certa, James. – Remus argumentou, sorrindo amigavelmente. – Vamos, vamos procurar outro lugar...

- Não! É o nosso último ano! Temos que ir nesse vagão!

Harry revirou os olhos e esquadrinhou o outro, parando os olhos num distintivo de monitor chefe que brilhava no peito dele.

- Você é monitor chefe, devia saber as regras. – comentou maliciosamente, apontando para o distintivo. Então viu James corar pela primeira vez.

- Não é... Isso aqui...

- É mesmo, Prongs. Você é monitor. – Remus comentou, e Harry sentiu um toque de irritação em sua voz.

- Ah, que seja. Vamos sentar aqui. – Sirius disse, se jogando num espaço livre nos bancos. Peter sentou – se ao lado dele.

- Acho que cabe todo mundo aqui. – comentou, tímido. – O que acha, Prongs?

James, emburrado, se jogou no banco.

- Qual o seu nome? – perguntou para Harry.

- Harry. E estes são Ron, Hermione, Ginny, Luna e Neville.

- Ótimo. Sou James, esse é Sirius, aquele lá é Peter e o preocupado é Remus.

Remus revirou os olhos e olhou para fora da porta entreaberta.

- Parabéns, James. Conseguiu chamar a atenção da monitora – chefe. Lá vem ela.

Menos de um minuto depois, a porta de escancarou novamente, e outra garota apareceu, com os cabelos acaju amarrados para trás.

- O que está acontecendo aqui?

- Lily! – James sorriu, levantando com um salto. – Como vai?

A garota virou os olhos muito verdes na direção de James, e estreitou – os.

- O que está fazendo aqui enquanto eu estou tendo que fazer a ronda nos vagões sozinha?

- Esperando... Você? – James tentou, sorrindo amarelo.

Ela revirou os olhos e começou a arrastá – lo para fora da cabine.

- Ah, onde Dumbledore estava com a cabeça? Olha aqui, Potter. Sou sua parceira de monitoria, não sua babá. Eu achava que estava olhando os vagões, não arranjando confusão com... Quem são eles?

- Alunos novos. – Remus explicou, monótono. Lily pareceu esquecer a raiva. Sorrindo, foi até ele e enlaçou o pescoço dele com os braços.

- Rem! Não te vi na plataforma! Como vai?

Foi a vez de James ficar aborrecido.

- Bem – vindos a Hogwarts, então! Sou Lily Evans, monitora chefe. Qualquer problema me procure, já que pelo jeito Potter aqui não sabe dar boas vindas a alguém.

Harry sorriu. Quando os dois saíram, Sirius virou para Peter e Remus.

- Aposto que ele não aguenta um mês como monitor chefe.

- Quanto? – perguntou Peter, com um pedaço de chocolate na boca.

- Dez galeões. O que acha, Moony?

Remus deu de ombros.

- Torço por ele.

- Não minta, Moony. – Sirius disse, sorrindo sarcástico. – Até James sabe que você adoraria o lugar dele.

- Não é verdade.

- É claro que é, idiota. Acha que James queria ter sido nomeado? Agora, além do capitão do time, ele ainda vai passar dias e noites de ronda.

- Mas ele terá crédito extra se quiser entrar para o ministério. – Hermione comentou. Sirius ergueu as sobrancelhas para ela.

- Oh, deus. Lá vem outra Moony. Que se dane o credito extra!Se tirar boas notas no N.I.E.M, ninguém liga se você quase foi expulso.

Harry riu, e Sirius fixou o olhar nele.

- Não conheço você? A sua cara não é totalmente desconhecida...

- Não. Não me conhece. – Harry apressou-se a dizer, e Ginny fingiu um acesso de tosse ao lado dele.

Alguns minutos depois a porta abriu – se novamente, e uma garota loura olhou para dentro, confusa.

- Viram Dorcas e Lene?

Peter corou fortemente e gaguejou ao dizer:

- N – Não, Emme. Line. Não, Emmeline.

A garota suspirou, e alguns fios de cabelo voaram.

- Elas são doidas! Vão atrás da Lily por todo o vagão, e me deixam sozinha aqui. Pettigrew, me dá um pedaço do seu chocolate?

O clima na cabine mudou subitamente. Harry e Ron se entreolharam, quase rindo da expressão ansiosa de Peter, que agarrava o chocolate. Parecia travar um duelo mental, entre ficar com o chocolate e agradar Emmeline. Por fim, cortou o chocolate com a mão e estendeu um pedaço para a garota, que sorriu.

- Obrigada, Pettigrew.

- Pode me chamar de Peter. – ele disse rapidamente, enquanto ela saia da cabine. Harry achou que Pettigrew fosse desmaiar de emoção quando Sirius deu um tapa nas costas dele.

- Isso aí, garotão! James, você perdeu! – Sirius disse assim que viu James entrar na cabine

- O que aconteceu, Pads?

- Wormtail aqui está investindo na Emme.

- Oho! Isso é bom, vai ver ela pega você, Pete!

- Eles são loucos. – Ron sussurrou para Harry, que assentiu com a cabeça. Atrás deles, Neville e Luna começaram a jogar xadrez, e Hermione e Ginny espichavam os pescoços para escutar mais da conversa entre James e Sirius.

- E aí, como foi com a ruiva? – Sirius perguntou, abrindo espaço no banco para James se sentar. Suspirando, o outro balançou a cabeça.

- Ela me detesta, Pads. Se eu azarar Snape, reclama. Eu ignorei a vida dele, ela disse que eu desprezo as pessoas!

Sirius começou a rir.

- Desista dela.

- Não! – Harry exclamou, e todos viraram a cabeça para ele.

- O que disse? – James perguntou confuso.

- Não desista dela.

- Não conhece a Evans. – ele suspirou, como se o fato de alguém desconhecido se intrometer em sua vida amorosa fosse extremamente comum. – Se eu continuar tentando, ela vai me amaldiçoar.

- Já experimentou ignorá – la? – Hermione perguntou, parando de fingir que não estava escutando.

- Ignorar Evans? Está louca?

- É claro! Ah, como você é obtuso! Se corre atrás dela por tanto tempo, ela provavelmente já se ligou a você, como se o fato de ter um rapaz atrás dela fosse um medidor de confiança e um tranqüilizante. Porque ela se sente feliz de ter alguém que goste dela tanto assim, e não precisa se preocupar em atrair outras pessoas, porque já tem você. Mas ela se sente culpada por querer que você goste dela, para ela se sentir bem, então te trata mal e finge que não gosta.

- O que ela está falando? – Sirius sussurrou para Ron, que deu de ombros.

- Não sei também.

- Hum... Tá. – disse James, meio desconcertado. – Isso aí que você disse é bom?

Hermione revirou os olhos.

- Vamos nos trocar. Vamos chegar daqui a pouco.

Quando avistou Hogwarts e a vila de Hogsmeade, Harry mal creditou em quem estava ao seu lado, tentando deixar Ron e Neville mais 'legais', como Sirius tinha dito. Remus chegou ao seu lado e comentou:

- É linda, não? Sempre fico feliz quando chegamos. Exceto na vez em que James e Sirius me prenderam no bagageiro. Mas isso não conta.

Harry riu.

- Hogwarts esse ano vai ser legal.

- Se acha isso agora, vai achar mais depois, novato. – Peter comentou junto deles. – Remus, acho melhor você apartar. James deixou o cabelo de Ron todo de pé.

- E aí, pronto para essa? – Ginny perguntou mais tarde, enquanto andavam em direção as carruagens. Mais as frentes deles, os quatro marotos, com as mãos no ombro um do outro, tentavam andar sincronizadamente, quase fazendo Peter cair.

- Olá! Hey!

Harry virou para trás, sendo imitado pelos outros amigos. Correndo na direção deles vinha Lily, acompanhada de Emmeline e outras três meninas.

- Oi! Tudo bom? Seu nome é Harry, certo? – Lily perguntou meio afobada. Seu rosto estava vermelho por causa da corrida, mas ela sorria.

- É.

- Ufa, achei que Potter fosse me dizer o nome errado para me irritar. Acho que já disse, mas sou Lily. Essa é Emmeline, vocês já conhecem. Aquelas são Marlene, Alice e Dorcas. Meninas, aqui!

Luna deu um passo à frente.

- Você está usando um colar de pedra da lua. – disse, apontando para o pescoço de Dorcas.

- Estou! Espanta gnomos farejadores!

Harry nunca tinha visto Luna tão feliz. Seus olhos azuis se abriram de felicidade, e ela se apressou a mostrar para Dorcas todas as relíquias que tinha ganhado de seu pai. Neville e Ron caíram na gargalhada, enquanto as duas ignoravam o resto do grupo para discutir teorias mirabolantes sobre lua e rabanetes.

- São loucas, essas duas; - comentou Marlene, revirando os olhos. – E aí, vamos? – completou, andando junto de Emmeline e Ginny. Harry e Lily sorriram um para o outro, e Harry notou os tão famosos olhos verdes da garota, brilhando.

- Então... Já sabe em que casa está? – ela perguntou enquanto entravam na carruagem.

- Grifinória, como você.

- Hum... Legal. – ela respondeu, corando.

- Ouvi falar que sabe preparar poções muito bem. – Harry comentou, querendo manter uma conversa.

- Ah, adoro! Quem disse? Remus, é claro, aposto que sim, ele sempre gosta de falar de mim...

- James disse.

- Potter?

- Aham.

- Foi sarcasmo. Tenho certeza. Ah! Não acredite em nada do que ele disser sobre mim.

Harry sorriu.

- Mas ele disse sobre você gostar de poções.

Lily se calou, e Harry sorriu para ela. Marlene, sentada de frente para os dois, disse:

- Relaxe, ela é sempre assim. Olha, chegamos!

O salão principal estava cheio aquela noite, e Harry foi quase arrastado por Sirius para o canto deles da mesa. Quando o Professor Dumbledore se levantou para abrir o ano letivo, o burburinho de conversar cessou completamente, e Harry finalmente se sentiu em casa. Relutante, olhou para James ao seu lado, e um aperto no coração veio.

- Bem – vindos, antigos e novos alunos, a mais um ano na nossa amada Hogwarts! Esse ano, temos a presença de seis alunos novos, transferidos para o sétimo ano. São eles: Harry Parker, Ronald Weasley, Ginevra Weasley, Hermione Granger, Neville Lewis e Luna Lovegood. Todos já foram selecionados, e ocupam seus lugares da grifinória. Espero que sejam recebidos com hospitalidade dos grifinórios e do restante dos alunos.

James olhou para Harry e sorriu.

- Lembro a vocês que s lista de objetos proibidos aumentou um pouco, e poderá ser consultada na porta da sala do Sr. Filch. Aqueles que desejarem entrar no time de quadribol da sua casa deverão falar com o capitão ou o diretor da mesma. – James estufou o peito ao lado de Harry – E gostaria de ressaltar que a nossa floresta é proibida aos alunos, inclusive aqueles que insistem em desobedecer a essa regra. – Dumbledore completou, piscando para James e Sirius.

- Ele sempre avisa para nós não entrarmos na floresta. – Sirius disse de boca cheia, quando o discurso terminou. – Por isso admiro Dumbledore. Sua persistência. – e enfiou o garfo na boca.

- Ele tem uma boa razão para dizer isso. – repreendeu Hermione, e Ron revirou os olhos, mastigando a carne.

- Hermóine, calaaboca. – ele resmungou, jogando alguns pedaços de carne na mesa.

- Ron, você é nojento. – Ginny disse, e Remus sorriu.

- James, lá vem ela.

Lily vinha apressada na direção deles, e quando avistou James se jogou no banco na frente dele.

- A senha... Da sala comunal.

- Qual é?

- Abertura de ouriços.

- Quem foi o imbecil que criou essa senha?

- Pergunta pra mim?

- Também acha imbecil? – James disse, dando uma piscadela para a garota. Lily corou.

- Mais ou menos... Ah, que seja, Potter. Quanto aos treinos de quadribol, tente marcá – los para um dia sem ronda. – e levantou – se.

- Como ela é legal. – Peter suspirou, estendendo um pedaço de chocolate para James. Toma aqui, vai precisar.


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