Sirius Black não se Apaixona? escrita por N_blackie


Capítulo 4
Capítulo 4




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/107365/chapter/4

Treino

- PADFOOT, FRANK, ACORDANDO!

James, assim que eu levantar, acabou com você. Que horas são? SÃO SEIS HORAS. QUE FIQUE REGISTRADO.

- O que você quer, James? – Frank perguntou, se revirando nas cobertas. Isso, Frank, pode peitar o gazelão.

- Treino de quadribol. Vamos. Sirius, levanta!

O desgraçado tirou os cobertores de cima de mim. ELE TIROU OS COBERTORES DE CIMA DE MIM!

- Ah, vai te ferrar. – eu resmunguei, coloquei o travesseiro na cabeça.

- Marlene vai treinar também, e suar, e ter de tomar banho. – ele disse, maliciosamente.

Sorri para o travesseiro involuntariamente. Agora, depois de algum tempo de namoro, eu meio que me acostumei com ela. Não que esteja interessado, ela beija bem, só isso. Mesmo.

Descemos e eu vi que pelo jeito não fui só eu que fui acordado depressa. Sentada no sofá, - parecendo super acabada por sinal, coitada. – Estava Marlene. Eu acho que sorri para ela (hey, solidariedade.) e fui sentar ao seu lado.

- Bom – dia. – ela disse, e pude sentir seu cabelo no meu peito quando ela se encostou ali, e meio que passei a mão nos ombros dela. Estava com um perfume diferente hoje.

No caminho até o campo, não trocamos nenhuma palavra, nenhuma mesmo. Eu fui até ela e enlacei nossos dedos. Eu a beijei quando entramos no vestiário. Eu, eu, eu.

Sinceramente, estou me sentindo esquisito. Quero dizer, até ontem (hipoteticamente falando, claro.) eu estava sem graça perto dela. Hoje parece que sou o cachorro de estimação dela (hipoteticamente falando.)

Ah, só para constar: Remus acabou de me ensinar essa palavra. Hipoteticamente. Estou testando os vários usos dela, balões em mim!

Enfim, me sinto mal. E me senti ainda pior quando começamos o treino. Bom, nem tanto.

- Sirius! Sirius! – escutei James gritando, e apontando para a arquibancada.

Virei a vassoura e vi umas dez meninas com um cartaz brilhante escrito: Volta pra gente, Sirius!

Ah, que graça! Eu ia acenar, quando me lembrei de Marlene da pior maneira possível. O cartaz explodiu em mil pedaços, e as meninas saíram correndo. Quando olhei para trás, Marlene parecia furiosa segurando a varinha.

Passei o resto do treino pensando. Estou começando a sentir falta delas. Das garotas. Hey, já fui obrigado a recusar tantos convites para a torre que comecei a esquecer como é por lá. Eu quero me sentir livre de novo. Quero que garotas bonitas atraiam os unicórnios para que eu tire um ótimo em Trato de Criaturas Mágicas, quero ouvir os gritos quando entro em campo, sem que elas explodam depois. OK, estou precisando terminar com Marlene.

No almoço, ela veio conversar comigo,

- Oi.

- Oi.

- Você está bravo comigo?

Claro que estou! Tá, nem tanto, mas ela explodiu o meu cartaz! Tenho que terminar com isso. Vou virar, fingir que estou desapontado e dizer: Marlene, acabou.

- Não.

DROGA. Não consigo. Simplesmente não consigo. A cara que ela fez. Ah, saco.

- Sirius, acho que nosso namoro está em crise.

Como alguma coisa de mentira entra em crise? Eu respondo: não tem como.

- Marlene, precisamos conversar.

Peguei a mão dela e fomos até o jardim, onde alguns casais imbecis se beijavam.

- Não posso continuar com você.

Isso, Sirius. Falei. Como eu imaginava, Marlene me olhou confusa, e depois começou:

- Foi por causa de hoje? Ah, Sirius, desculpa, não tive a intenção, elas sempre me irritavam e...

Respirei fundo e disse:

- Não, não é culpa sua...

Mas eu sabia que era. Claro que era culpa dela. OU minha, sei lá.

- Eu quero a minha liberdade de volta.

De novo o olhar que me deixa culpado.

- A sua... Liberdade? – ela me olhou, e percebi que estava ficando irritada.

- É...

- Sirius, o que você entende como 'liberdade'?

- Sair com as garotas.

Ela ergueu as sobrancelhas, indignada.

- Então ótimo! Pode ficar com a sua liberdade! Quer saber, eu ainda me pergunto por que quis tentar mudar você. É perda de tempo, você não conseguiria mudar. Por nada.

- Tem razão. – eu retruquei. Ah, ela disse que era de mentira, eu entrei e agora quero sair. Porque está brava?

- Eu...

Ish, ela vai começar a chorar. Vi Marlene chorar só uma vez, e ela começou a chorar.

- Porque fez isso comigo? Porque não terminou antes?

- Eu... Quê? Olha, se queria terminar, porque não disse antes?

- Não quero terminar! Nunca quis! Você... Brincou comigo. Ah, eu sabia disso!

- Não brinquei com você! Como brincaria, você é minha amiga, o namoro é de mentira, Marlene!

Não devia ter dito isso. Não devia mesmo.

- Era de mentira. – ela repetiu, e eu acenei com a cabeça.

- É, mentira.

- Você não gosta de mim.

- Marlene, sou seu melhor amigo. Não seu namorado.

Uma das lágrimas dela caiu na minha calça, e ela sentou de novo;

- Desculpa. Eu fui idiota. Eu vou... Pra aula de transfiguração. Tchau, Sirius. A gente se vê.

Podem me chamar de insensível, mas quando ela entrou no castelo, eu sorri. Bom, uma coisa a menos para pensar. Arrepiei os cabelos e fui até um grupo de garotas.

- Olá, meninas. Sirius Black está de volta. Alguma de vocês sabe fazer tranças?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sirius Black não se Apaixona?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.