Kiss Me Butterfly escrita por Rayara


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora



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Descemos com calma pela escada até a porta e entrada. Ele abriu-a para mim, fazendo um movimento calmo com as mãos, em sinal de reverencia. Apenas o encarei, enquanto lentamente ele voltava à sua postura normal e irresistível.
Não sei na verdade se era eu, mas tudo estava tão lendo e calmo que as cenas pareciam acontecer com muita lentidão e sutileza. Eu não sabia como demonstrar a minha surpresa em meio àquela situação, mas de alguma maneira, ele parecia me entender.
-

Bella, diga algo antes que eu ache necessária uma visita ao hospital – ele sorriu, mostrando o canino, seu lindo e maravilhoso canino, me obrigando a sorrir juntamente.
- Aonde vamos? – foi a primeira coisa que passou por minha mente.
- Próxima! – ele ordenou, sem ao menos se preocupar.
- Por que não me contou disso?
- Surpresas te incomodam?
- Não muito. - admiti ainda intrigada
- Então já está respondida, próxima? – agora sim, ele parecia querer saber se havia mais alguma coisa que me deixava assim... Estática.
- Para onde vamos?
- Já pulamos essa antes,

Bella – concordei com a cabeça pensando – Se acalme, já estamos chegando. – concordei sentindo o carro parar lentamente até ficar imóvel perto de uma rua de mão dupla.
- Chegamos?
- Não, apenas vamos deixar as coisas mais interessantes. – ele passou os braços ao meu redor, fazendo-me parar de respirar. Então ele vendou meus olhos com um pano preto, me deixando completamente incomodada.
- Não reclama,

Bella, vai ser legal, eu prometo.
Decidi cooperar e fazer as coisas do jeito dele, deixar que ele me surpreendesse, como sempre. Apenas fechei meus olhos e aproveitei a viagem calma e silenciosamente, apenas escutando o barulho dos pneus sobre o asfalto e do ronco baixo que o Volvo prata vazia enquanto atravessava a noite. Passei grande parte do tempo me concentrando no cheiro forte de delírio que ele emanava. Não tem como explicar, tudo perto dele parecia mais atraente e dominador, eu realmente me sentia uma pequena presa sendo atraída pela melhor isca, o próprio predador.
O carro parou, deixando que o silêncio calmo dominasse. Respirei fundo, as sentindo brotar, mais uma vez, como sempre. Tentei controlar meus batimentos, mas foi em vão, pois logo suas mãos vieram ao meu rosto, e ele sussurrou assim, colando seus lábios sobre o meu ouvindo, fazendo-me enlouquecer.
-

Bella... Chegamos! – apenas concordei com a cabeça, ouvindo a porta bater e a minha ser aberta automaticamente; ele já estava ao meu lado.
Ele passou as mãos sobre mim, me carregando, sem fazer esforço algum para isso.
- Não precisa me carregar, eu sei andar. – relutei. Sentia-me pior assim, encostando no seu peito de pedra, sentindo-o perigosamente perto.
- É mais seguro, acredite. Você cai com os olhos abertos, quem diria com eles fechados. – sua risada calma fez meu coração encher de alegria, mesmo eu ainda não entendendo o motivo, eu sorri de maneira sincera.
Ele me guiou de maneira calma e rápida, tão rápida que nem senti os possíveis degraus que devíamos ter subido. Logo senti meu pé tocar o chão, mas sua mão segurava minha cintura de maneira firme, impedindo-me que caísse – o que era muito, MUITO útil, pois toda aquela aproximação me deixava realmente sem o controle de grande parte dos meus membros.
- Pronto,

Bella, preparada? – Bastou apenas mais uma palavra, dita com sua voz de veludo, para me fazer perder todos os meus sentidos, ainda não acreditando como e por que eu merecia toda aquela felicidade.
Concordei com a cabeça e, imediatamente, ele tirou minha venda, mas permaneci com meus olhos fechados, esperando a hora certa de olhar...
-

Bella? – essa era a hora, abri calma e lentamente meu olhos e percebi a mais bela surpresa que eu poderia merecer.
Minhas pernas falharam ao observar uma bela mesa posta, com apenas um prato de um dos lados e todas as outras louças necessárias para um jantar fino. Havia um piano de calda longa na outra extremidade, com um banco largo o suficiente para três ou mais pessoas se sentarem. Uma calma e deliciosa música começou a tocar no fundo, minha canção de ninar era delicadamente dedilhada sobre o piano, mas não aquele que estava do outro lado do gazebo de madeira, e sim, uma versão gravada, que era tocada pelo cd player.
Ele sorriu ao observar minha cara de surpresa e encanto, um misto de emoções distintas e confusas. Mas eram as únicas que sabia expressar ao observar todo o carinho e cuidado que ele depositava ao fazer pequenas, mas grandes coisas para mim.
- Vem, vamos sentar. – ele me encaminhou para a extremidade da mesa que havia a mesa posta e puxou a cadeira, para que eu pudesse me sentar.
- Onde aprendeu essa educação mortal mesmo?
-

Bella, você não consegue manter um nível de lucidez alto quando está impressionada, certo? – mais uma vez, elas voltaram invadir meu estômago, fazendo um 'bu'’, estourando de maneira tão forte que acabei perdendo o ar –

Bella, o que está acontecendo?
- Edward... Só são elas... Hm...
- Elas?
- Sim, as borboletas que invadem meu estômago sempre que estou com você, complicado de explicar.
- Borboletas?
- É, Edward, elas tomam conta de mim, não são borboletas reais, mas... As minhas. – apenas sorri, deixando que ele tomasse suas próprias conclusões.
- Entendo... Acho. Isso é bom? – ele ainda me parecia extremamente confuso.
- Relativamente. Mostra que você tem um grande controle em mim, mas não costuma ser bom para as pessoas que sentem elas. – ele levantou automaticamente, ficando ao meu lado imediatamente, me deixando completamente sem reação. Ele colocou as mãos sobre meu rosto me fazendo sentir mais um 'bum'.
-

Bella, caso eu tivesse como... Sentir as mesmas coisas que você sente, acredite, seria pior, muito pior, mesmo. Você me faz sentir algo que creio eu ser um bicho mais forte que as simples borboletas, um bicho que me faz querer ser cada vez mais humano, de querer ser cada vez mais certo para você. Que inibe minha natureza, que me faz crer em perdão, mesmo havendo um pecado. Me faz desejar o céu, pois é isso que você merece. O mesmo bicho que me faz ser apenas um homem completamente apaixonado por você.
Não soube o que responder, mas na verdade, nem queria, deixei que a fina camada de sossego tomasse conta do gazebo de madeira escura e a noite fizesse o resto. Apenas olhei nos seus profundos olhos de ouro líquido, me perdendo sobre sua piscina dourada. Era a melhor sensação de todas, sentir ele assim, ao meu lado, me protegendo – mesmo que muitas vezes de mim mesma –, me fazendo ser mais segura de mim. Não eram apenas as borboletas, nem minhas bochechas extremamente coradas, e sim, a satisfação de saber que o tempo poderia me tornar cada vez mais velha, mas que eu teria a esperança de tê-lo ao meu lado – mesmo sabendo que essa seria uma barreira facilmente quebrada. Não era de hoje que eu sabia que estava me tornando cada vez mais completamente, incrivelmente, totalmente, irrevogavelmente, intensamente, perdidamente apaixonada por ele; e isso continuaria até além do fim das minhas últimas pulsações.


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Notas finais do capítulo

Fim ..



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