A Sweet Memory escrita por minsantana


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Deixem reviews que eu posto mais!! =D



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Na manhã seguinte, acordei com uma enorme e interminável dor de cabeça. Abri aquela caixa que ficava embaixo da cama, onde eu guardava os diversos vidrinhos de remédios para minha depressão.
- fuck! Quando eu mais preciso não acho a porcaria do remédio pra dor de cabeça!
Vesti minha jaqueta, acendi um cigarro e peguei as chaves do carro. 2 minutos depois e eu mudei de idéia.
- acho que vou a pé. A farmácia é tão pertinho que assim eu me distraio. – coloquei as chaves de volta na mesa evitando olhar para aquela foto na estante, e segui a pé pelas ruas de NY.

Usando meu boné da marca S//C, que tinha sido presente de Frank no ano passado, e meus usuais óculos escuros eu tentava disfarçar minha verdadeira identidade. O que quase nunca dava certo sendo um ídolo do rock mundial naquela época.
Andando sozinho, eu ia reparando nas pessoas ao meu redor. Todas com aparências felizes, afinal era época de Natal e muitos tinham famílias a quem presentear. Todos, menos eu. Aquilo sugava minhas energias, me deixava fraco e com o coração cada vez mais gelado. 3 anos depois da morte do meu pai, minha mãe Donna também morreu. Ela tinha ficado realmente mal por perder seu grande amor e aos poucos foi ficando cada vez mais fraca, sem se alimentar até que seu corpo não suportou mais. Foi então que decidi me mudar para New York, tentar construir uma nova vida e tentar esquecer os fantasmas de meu passado sombrio. É verdade, minha vida é realmente um mundo de tragédias.
Em meio a todo aquele clima festivo e alegre, eu sentia que não podia mais fugir de tudo até que consegui entrar na farmácia e toda aquela dor desapareceu como um flash.

Eu andava entre as colunas pesquisando remédios tarja preta que pudessem aliviar a inigualável dor que eu sentia e assim, ia enchendo minha cestinha de compras cada vez mais.
- Morfina... isso deve servir. – coloquei o último frasco na cesta quando tudo ao redor pareceu congelar como nos filmes de ficção que eu costumava assistir.

Ela vinha andando calmamente em minha direção. O mundo parou por um instante e acabei deixando cair todos os frascos no chão, fazendo um grande barulho e me trazendo de volta a dura realidade.
- moço, o senhor está bem? – ela me perguntou. Um olhar angelical, uma voz tão doce.
- ah... eh... eu tô...tô bem sim. – eu tentei dizer completamente sem voz, ainda assustado com o que via bem na minha frente.
- deixe-me ajuda-lo. – aquela doce mulher abaixou e me ajudou a recolher os últimos frascos que ainda permaneciam inteiros.
- você... você... meu Deus! Nossa, nem sei o que dizer! Não é possível!! – eu estava chocado. Nunca imaginei que isso pudesse acontecer. Nunca mesmo.
- o senhor tem certeza que está bem? – ela me olhava com uma feição de dúvida - Eu vou chamar alguém. – ela se levantou assustada e eu a segurei pelo braço ainda atordoado com aquilo.
- Julie, é mesmo você? Não se lembra de mim? Sou eu, Gerard? – eu olhava pra ela perplexo, sem saber como agir e muito menos o que dizer depois de tanto tempo...
- Julie?? Eu não sei de quem o senhor está falando... Meu nome é...
- Jamie Dolphins!! Já pro balcão! Tem muita coisa pra fazer em vez de ficar de papo com cliente! – disse uma mulher bem forte com cara de maracujá amassado.
- hey! Não fale assim com ela! – eu mostrei coragem e disse ficando de frente pra mulher com rosto azedo.
- e quem o senhor pensa que é? Além de me dar prejuízo ainda reclama! Vê se pode uma coisa dessas... – ela colocava as mãos na cintura fazendo pose e bufando ferozmente.
- eu posso pagar pelo prejuízo, senhora. E pago também para que a senhora a deixe vir comigo agora. – eu olhava pra Jamie que não sabia nem o que dizer diante a minha atitude. Na verdade, nem eu sei como disse aquilo.
- agora ela pode ir pra onde ela quiser e com quem ela quiser! Ela tá demitida mesmo. Eu já cansei de dizer pra ela não arrumar mais confusão na minha farmácia. Jamie, na minha sala amanhã de manhã para assinar os papéis. Passem bem. – e saiu reclamando.
- olha, me desculpe, eu não queria... – tentei me explicar depois da burrada que tinha feito. A menina perdeu o emprego por minha causa, e definitivamente essa não era a minha intenção.
- não, tudo bem. Eu não gostava de trabalhar aqui mesmo.
- é Jamie né? Jamie é seu nome?
- sim, Jamie Dolphins. E você é...?
- Gerard. Gerard Way. Não se lembra mesmo de mim??
- lembrar de você? Já nos encontramos antes? Ah, deve ter sido na faculdade né? Eu entrei esse período e ainda não conheço muita gente, sabe... – eu a cortei no meio da frase.
- não! Não foi lá. Mas... você faz faculdade, de quê?
- Artes Visuais. Adoro desenhar. – ela sorriu.
- isso é ótimo. Eu já sou formado nisso.
- que legal! Então você vai poder me ajudar sempre que eu tiver dúvidas neh? – o rosto dela transmitia alegria, como o da pequena Julie anos atrás.
- mas é claro. Você quer tomar um café? Ainda é cedo e a cafeteria fica aqui pertinho.
- claro! Mas... – ela parou antes de abrir a porta.
- que foi?
- não vai levar seus remédios?
- que remédios?
- os que estão dentro da cesta em sua mão. – ela me olhava sorrindo.
Fiquei extremamente sem graça. Tinha até me esquecido que eu tinha ido à farmácia pra comprar remédios pra minha depressão.
- ah, os remédios.... não preciso mais, minha dor de cabeça até já passou. – meu rosto ficou vermelho e eu larguei a cestinha em algum canto, morto de vergonha.
- então vamos! - ela vestiu seu cachecol e saiu da farmácia. Eu a segui atordoado e assustado.

[...]

Fotinhus [pra não perder o costume hehe]


O que vcs acham?? É ela ou não é? hahahaha Só eu que sei!!! =P


Duhh ngm conhece... =D


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