- Bella? – ouvi a voz de Edward distante, me encolhi, e senti seus lábios na minha nuca. – Está na hora de levantar, preguiçosa. Hoje temos treinamento.

- Droga, me deixa. – murmurei e enfiei meu rosto no travesseiro.

- Eu vou ter de apelar? – fingi que não ouvi. – Ok, você quem pediu.

Senti seus lábios na minha nunca, novamente,sua mão apertou minha cintura, colando minhas costas em seu tórax, arfei. Mordeu o lóbulo da minha orelha e soprou, subiu a mão pela minha coxa, brincou com o elástico da minha calcinha, eu somente arfava e pedia – em pensamento obviamente -  que ele não parasse.

- Oh Edward! – o puxei para um puxei, quando as pontas de seus dedos tocaram o vão entre meus seios.

- Levanta. – ele pulou da cama.

- EDWARD! – exclamei. – Você tem noção como me deixou? – indaguei me sentando irritada.

- Bem molhada, imagino. – ele sussurrou no meu ouvido e me presenteou com aquele sorriso.

Ótimo, desse jogo dois podem jogar. Suspirei e retirei minha camisola e minha calcinha, ele me olhou espantado e engoliu em seco, quando eu me deitei com as pernas abertas o suficiente para que ele pudesse ver meu sexo.

- Isabella. – ele me repreendeu.

- Você quem pediu. – sorri malignamente e desci a mão por minha barriga.

- Se você fizer isso eu juro que não encosto mais em você. – ele ameaçou.

- FILHO DE UMA BOA MÃE QUE É A ESMEE. Que foi, virou gay? – exclamei irritada.

- Não, eu tenho bom senso, estamos quase atrasados, agora anda logo, Isabella. – ele ordenou, eu bufei e fui me arrumar. – Temos vinte minutos, querida.

- VAI SE FODER, CULLEN! – eu gritei do banheiro.

POV EDWARD

As vezes, eu me surpreendia com a Bella. As vezes não, sempre. Ela tinha isso.

Uma hora ela era a assassina fria e sem coração, na outra uma ninfomaníaca, na outra uma doida, na outra uma criança birrenta, e depois vinha uma menininha manhosa.

Como que pode? Só Deus sabe... mas que ela era perfeita, ela era.

Eu to virando um gayzinho mesmo, é o fim!

Isabella olha o que você fez.

- Cuidado que vai acabar de derreter o que restou do seu cérebro, se é que restou algo. – ela saiu do banheiro sorrindo maldosamente.

- Como você é feliz, não é mesmo? – sorri e abri a porta. Consultei meu relógio. – Dez minutos.

- Tá, ok. – elas resmungou e tomou seu café.

- Isabella?!- a chamei, notei que ela se arrepiou, reprimi um sorriso. – Temos seis minutos para chegar.

- Cullen, cale a boca e sente nessa porra de banco nessa porra de carro, caralho. – ela estressou e eu somente sorri. – Agora, quietinho e aprenda.- ela arrancou com o carro, em  poucos segundos o carro praticamente voava pelas ruas da cidade. Entramos no estacionamento, ela deu um giro com o carro e parou na vaga.- Vamos.

- Você é completamente louca. – murmurei e entrei no elevador.

- Você me ama, confesse. – você nem imagina o quanto.

- Claro,claro. – murmurei.

- MEUS AMORECOS! – ouvimos Alice gritar e correr ao nosso encontro, pulou em meu colo. – Sabe, nós estamos quase atrasados, então vamos? – ela ainda sorria.

- Nós estamos bem, obrigado pela preocupação. – falei ironicamente enquanto a carregava no colo.

- Cara, você é bem folgada. – Bella murmurou.

- Ciúmes? – indaguei.

- Não seja idiota. – ela respondeu.- Turma. – cumprimentou e logo seguíamos pelos corredores a fim de ir para o treinamento.

O dia se passou rapidamente com agente atirando, lutando, tendo várias aulas.

(...)

- Não seja patético, Josh. – ouvi Bella dizer com uma voz de quem estava beirando a impaciência. – Eu vou te bater, então desgruda. – ela disse com uma voz ameaçadora, resolvi chegar mais perto e vi Josh, um dos agentes, pressionando ela na parede.

- Ah, Bellinha, você dá pro Cullen, porque não pra mim?- ela o olhou espantada. – Não faça essa cara, para mim tá obvio que vocês estão juntos, então... deixa eu te pegar, e eu não conto pra ninguém. – ele disse sorrindo.

- Olha aqui, Josh, se você tentar algo, eu juro que te mato, eu não to brincando. – ela ameaçou.

- Claro, claro. – ele murmurou e se aproximou para beijá-la, eu entrei na sala parecendo que um monstro despertou em mim.

- Larga ela, Josh, senão eu mesmo o matarei. – sibilei ameaçadoramente.

- Ótimo, um ménage... eu não curto, mas por ela. – ele deu de ombros.

- Eu avisei, filho de uma puta.-  eu disse e soquei seu rosto, subi em cima dele e comecei a socá-lo.

Tudo bem que tava parecendo uma briga de adolescente, nem parecíamos assassinos, mas eu me sentia um adolescente estupidamente apaixonado pela Bella, então... eu consequetemente agia como adolescente.

- Edward. – Bella me puxou.- ele não vale a pena, vamos. – me arrastou. – E Josh, eu depois acerto minhas contas com você, nojento. – ela praticamente cuspiu as palavras nele. – Vem Edward.

- Bella... você..- comecei.

- Psiu. Eu to com você, só com você. Vem amor. – sorri e a abracei.

- Repete.

- O que?

- Bella!

- Ok, ok. Amor amor amor amor amor. – ela repetiu  eu a ergui e a girei. – Ok, chega. Vamos. – ela ainda sorria.

- Eu te Amo. – murmurei.

- o que? – ela se virou.

- Nada. Eu disse que bunda gostosa. – brinquei e a vi ficar rubra.

- Você é patético, Cullen. – ela gargalhou. – Alias, eu sei que tenho uma bunda gostosa, ok?

- Humildade sempre. – pisquei.

- Claro, mon amour. – e sorri já acelerando o carro para irmos para casa, descansar.