Clan Of Vampires - The Letter escrita por weednst


Capítulo 69
68 Percepção


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pelo capitulo curto, mas infelizmente imprevistos me impedem de postar a continuação agora...Era isso hoje, ou nada. rs
De qualquer forma, postarei no FINDISEMANA!
*-*
Comentem, e recomendem! : )



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Saímos de lá, e fomos em direção a um lugar mais ordeiro: O Recanto Verde. A sugestão foi dele, como um barco desgovernado aceitei. Talvez eu estivesse fugindo de algo, ou tentando correr da tempestade que se aproximava cada vez mais. De forma inconsciente eu já sabia. Sim, eu já sabia.


Enquanto dirigia Lucas apertou os olhos azuis.

— A vida não é justa, não é mesmo! — Disse ele com um riso lascivo correndo por seus lábios frios. Não foi rebeldia. Eu tinha a impressão que ele sentia-se livre da justiça da vida quando disse aquela fala.

Ele era tão livre quanto qualquer um desse planeta terra – tão aprisionado quanto qualquer outro humano. Então, como poderia atuar daquela forma? Aquele azul dos olhos dele não o deixava atormentado como todos os jovens mortais? O que ele esperava da justiça da vida? O que era tão bom para ele, exatamente por não ser justo? Eu não sei. Eu apenas posso arquitetar – mas eu não tinha ânimo naquela ocasião para tal tarefa.

Até que as coisas trocaram de lugar. E meu desânimo cedeu lugar há algo muito, muito pior.



Lucas atravessou seu carro em uma rua em frente à estação de trem, e eu vi uma cena que me fez gritar imediatamente.

— PARAAAAAAAAA O CARRROOOOOOO! – Berrei automaticamente.

— Parar para quê? – disse confuso.

— Anda para! Para logo! – dispus.

Ele jogou o carro em uma vaga própria para estacionar. Ele brecou com força, fazendo o sinto de segurança açoitar minha clavícula. Houve um momento dentro de mim que tudo ficou imóvel. Meu olhar seguiu aquela cena, em todos os ângulos que eu tinha domínio. Minhas bochechas tornaram-se rubras.

— O que aconteceu Annie? – Disse ele percebendo que algo estava muito esquerdo.

— Ali! — disse apontando com a cabeça — Ali, aquele não é o Anthony? — Ele olhou na mesma direção que eu, tentando focar.


— Sim, é o cão farejador, e uma... — Ele estreitou o olhar tentando focar melhor a imagem — Garota de cabelo vermelho?

— Ele está me traindo? — a pergunta escapou com uma voz trepidante. Meu coração já não batia. Parou. Foi parado.

— Na minha percepção, ele só parece estar conversando com a garota. Nada a mais. — Homens, sempre se protegem, são uns trapos não-confiaveis.

— Eu vou até lá! – Disse já tirando o cinto de segurança.

— Annie, acredito que seja melhor você não ir.

— Claro, claro que você acha melhor que eu não vá! Dane-se a sua opinião, você não está vendo? — disse tirando o cinto de segurança com certa dificuldade, pois minhas mãos tremiam com excesso.

Olhei outra vez e a garota ruiva, agora se afastava com um riso cretino no rosto. Ele conhecia aquela vadia? E se conhecia, de que raio de lugar ele a conhecia? Céus, eu estava sendo atraiçoada? Uma faca nas minhas costas? O pensamento inundou minha mente, e como um oceano violento me asfixiou, eu balançava mais que vara verde. Nervosa. Furiosa. Despedaçada. Sem saber o que pensar, ou o que fazer. Sem conseguir formular meus pensamentos. Só conseguia ficar em permanência, sentindo. Sentindo uma pedra afiada me rasgar por dentro. Poderia não ser nada. Poderia não ser nada, ou poderia ser tudo. Eu saltei do carro. Agoniada.

Andei em sua direção, passos trepidantes, eu mal conseguia firmar meu tênis no asfalto. Minhas pernas pareciam de geléias. Passos vacilantes. Hesitantes o bastante para não ver o veículo que vinha em cheio na minha direção. O carro brecou violentamente, parando a centímetros dos meus joelhos. Isso poderia ser traumático, realmente uma experiência traumática, contudo eu não escutei as buzinas, ou a cachoeira de nomes feios que o motorista destilou contra mim, nem mesmo o carro que tinha acabado de bater na traseira daquele carro que quase me atropelou. Ser atropelada–não tinha a mesma definição, o mesmo significado. Eu me sentia uma atropelada viva.

Retornei a posição do meu corpo na direção de Anthony, mas ele já tinha ido embora. Sumiu.

Voltei correndo para o carro de Lucas. Quase tropecei várias vezes, enquanto corria, pois as minhas pernas de gelatinas ainda perduravam.


Entrei em seu carro. E Lucas não tinha se agitado nem mesmo um centímetro. Sua face estava tão frigida como um pedregulho. Bati a porta. Notei que ele mordia seus lábios. Ele estava diferente, eu quase poderia dizer que ele estava... Aborrecido?

— Me leve para a casa dele, preciso tirar essa história a limpo, acho que vou enlouquecer se não fizer isso — disse colocando o cinto.

— Você já enlouqueceu quando correu e se lançou em direção aquele carro, você é algum tipo de garota suicida?

Eu lhe lancei um olhar apressado, mas ele estava irredutível. Sério como um ataque dos rins.

— Bem...você vai me levar, ou não? – Eu não tinha tempo a perder com um chilique de um quase...Enfim.


***



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