Sempre Juntas escrita por Jiinx93


Capítulo 3
Capítulo 3 - Primeira parte


Notas iniciais do capítulo

Desculpem o mega atraso, mas é que tive provas finais na escola e vestibular no fim de semana então... me entendam.Dividi o último capítulo em dois pois ia ficar muito grande.Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/106144/chapter/3

“... eu volto. Volto quando a mulher por quem me apaixonei voltar”. Aquelas palavras entraram em minha alma com um poder indescritível.

De repente cenas de todas as burradas que cometi me vieram e por último a imagem dos olhos de Kayle, olhos que transmitiam toda sua dor.

Como pude deixar de confiar meus anseios à mulher que amo? Como pude esquecer aqueles que me amam?

Eu sei agora, depois de ver a mulher da minha vida sair de casa, que errei. No entanto não sei se seria capaz de mudar isso.

Fui em direção ao elevador para ir ao nosso quarto. Enquanto subia lembrava de Kayle e de como não conseguiria viver sem ela. Quando compramos a casa não usávamos o elevador para ir dormir. Kayle sempre me pegava em seus braços e me carregava até a cama. Quando tentava me tocar eu a afastava, temia não conseguir amá-la como antes. Temia não ser o suficiente para ela.

Cheguei ao quarto e deitei na cama. Meu peito estava doendo, estava doendo muito. E era uma dor que eu mesma havia causado e somente eu poderia pará-la.

Passei a noite em claro, chorando e me martirizando. Somente quando os primeiros raios de sol estavam surgindo é que consegui adormecer. Mas mesmo em sonho, a visão de Kayle indo embora não me deixava.

***

Passei alguns dias deprimida, sem ter vontade nem mesmo de comer.

Fazia quatro dias que Kayle saiu e não voltava e eu já estava entrando em desespero. Foi olhando nosso álbum de casamento e algumas fotos antigas do tempo em que éramos somente amigas que resolvi tomar uma atitude. Não dava mais pra continuar nessa situação.

Acordei cedo, desci para a cozinha e fiz um café da manhã reforçado. Depois subi para me arrumar, pus uma roupa mais formal e liguei para uma amiga. Ela ficou surpresa com a ligação e aceitou meu pedido de que me levasse ao hospital onde antes eu trabalhava.

Chegando ao hospital encontrei pessoas que não via há muito tempo, colegas de profissão. Eu amava aquele lugar e logo que entrei senti uma alegria imensa invadir todo meu ser.

Já havia ligado para o diretor do hospital, ele aceitou me receber em sua sala, por isso já estava me esperando na recepção.

- Que maravilha poder revê-la Lívia! – cumprimentou-me indo até mime pegando minhas mãos.

- É bom revê-lo também Max – respondi dando um aperto carinhoso em suas mãos – Não somente vocês, mas todo o hospital.

- Que bom ... mas e então, o que precisava de tão urgente para falar comigo?

Entramos na sala e ele me levou até sua mesa.

- Bom, lembra-se quando, há alguns meses atrás, me ligou pedindo que voltasse a assumir a Pediatria? – ele concordou, então prossegui – Gostaria de saber se o pedido ainda está de pé.

Ele me fitou por instantes e naqueles poucos segundos, senti meu coração se apertando em ansiedade e nervosismo.

- Sempre esteve Doutora – respondeu abrindo um sorriso e aliviando meu coração – Aquele lugar sempre será seu.

Não pude deixar de me emocionar, lágrimas rolaram por meu rosto e eu sabia que meu maior sorriso estava estampado. Max veio até mim e ajoelhou-se à minha frente.

- Falo agora não só como o diretor desse hospital, mas também como amigo Lív – disse secando meu rosto – Volta para o hospital?

- Sim, eu volto! – respondi lhe abraçando.

***

A primeira parte da operação “Salvar minha vida” já estava concluída. Agora vinha a segunda parte: trazer Kayle de volta pra mim.

Já era hora do almoço e eu sabia que Kayle não estaria em seu escritório, então era a hora certa de ir pra lá. Precisava conversar com sua secretaria, ia pedir sua ajuda.

Entrei no escritório e logo que me viu, a secretária saiu correndo querendo me ajudar a empurrar a cadeira de rodas, sorri com a situação.

- Não se preocupe, já estou acostumada – avisei e sem querer deixando-a sem graça.

- E como a senhora está? – perguntou, educada.

- Sem essa de senhora, não cheguei nem aos trinta ainda – respondi fazendo-a sorrir – Acho que você sabe muito bem como devo estar, Elisa.

- Sinto muito.

- Bem, mas não foi para me lamentar que vim até aqui. Preciso de sua ajuda.

- Mas é claro – respondeu sem nem mesmo pensar – Mas com o que?

Então contei minha idéia de realizar uma festa em casa, somente para os amigos íntimos. Ela me ajudaria com os convites e os preparativos. Elisa aceitou me ajudar e eu fiquei me sentindo uma idiota por tudo de mal que pensava a seu respeito.

Kayle seria uma das convidadas e eu lhe mostraria que voltei a ser a Lív de sempre, que queria concertar todos os meus erros.

A terceira e última parte do plano seria somente por minha conta e se eu não conseguisse Kayle de volta, não a teria nunca mais.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até a proxima e talvez eu faça um Epílogo.