Gostosuras e Travessuras escrita por Bru_na
Notas iniciais do capítulo
Essa fic é uma tentativa minha de provar que "I am Still here" e estarei lutando por Hameron.
- Já disse que não vou.
- House, por favor, é uma festa beneficente.
- Eu jamais me fantasiaria para entreter meia dúzia de patrocinadores.
- Ah, não seja ridículo, não seria a primeira vez- Cameron rebateu acidamente fazendo referência a uma festa que ele fora com a Cuddy durante um Congresso. Aquilo ainda estava engasgado em sua garganta.
A doutora levantou e deixou-o sozinho na sala.
Fora difícil para Cameron voltar, mais difícil ainda diante das notícias que ouvia. O tempo deles havia passado. Na despedida ela deixara claro seu pedido, bastava que ele agisse. Mas House seguira a vida, se era com a Cuddy que ele seria feliz só cabia a ela tentar aceitar.
Sentiu seu espaço diminuído no hospital e no coração dele, arranjou um motivo para que não pudesse ser feliz ao lado de outro, divorciou-se, foi embora, saiu de cena.
Quando o vício o acometeu novamente ele estava sozinho, isolou-se de todos e ela voltou, voltou por ele. Impôs sua presença independente da vontade do médico, só ela podia aceitá-lo, entende-lo, exatamente do jeito que ele era. E ela estaria ali, sempre que ele precisasse.
Cameron ainda sentia ciúmes dos últimos anos, do tempo que passou afastada. E o Congresso se tornou aos poucos motivo de brigas e mágoas.
House se levantou e foi até a sala de Wilson, não fizera promessas à Cam, não dissera que ia mudar, ou que seria uma pessoa melhor. E mesmo assim ela estava com ele. Bufou. Sem dúvida ele era irresistível, mas nunca entenderia.
Wilson acabara de apagar a luz, saiu da sala e colocou uma sacola no chão enquanto trancava a porta. Ouviu os passos do amigo.
- Ow! Marcarei uma consulta sua com o Taub. Não é porque tenho um cirurgião plástico na equipe que você pode fazer redução de estômago a qualquer hora.
Wilson olhou para a sacola de doces, mas já era tarde demais. Ele a puxara habilmente com a bengala.
- Isso aqui está confiscado.
- Não te darei os doces.
- Então farei uma travessura.
O oncologista riu. Não tinham mais idade para essas coisas.
- Eu tenho uma bengala- House disse levantando-a.
- Estou morrendo de medo.
Os dois caminharam juntos pelos corredores, alguns já enfeitados para a noite do Dia das Bruxas. Eram lanternas espalhadas, abóboras iluminadas por pequenas velas e teias de aranha colacadas.
Iniciaram uma conversa sobre a festa e a muito contragosto House falou sobre a estúpida idéia da Cameron:
- É normal que ela sinta ciúmes. Você podia ser um bom homem e trazê-la.
House levantou uma sobrancelha.
- Nem que me emprestasse sua fantasia de pato.
- Ei, não é de pato. Essa noite serei o Cavalheiro sem cabeça.
- Oh boy! Ela já lhe cortou a cabeça! Cuidado, aposto que estará de viúva negra.
- Não venha com insinuações, você sabe bem que somos apenas amigos. Mas se quer saber Cuddy estará de bruxa
-Muito apropriado.
Os dois riram. O sol estava se pondo, ao chegarem ao estacionamento Wilson se despediu e não percebeu o riso do amigo ao guardar a sacola de doces no compartimento da moto. Doces.
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