Gostosuras e Travessuras escrita por Bru_na


Capítulo 1
Doces


Notas iniciais do capítulo

Essa fic é uma tentativa minha de provar que "I am Still here" e estarei lutando por Hameron.



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- Já disse que não vou.

- House, por favor, é uma festa beneficente.

- Eu jamais me fantasiaria para entreter meia dúzia de patrocinadores.

- Ah, não seja ridículo, não seria a primeira vez- Cameron rebateu acidamente fazendo referência a uma festa que ele fora com a Cuddy durante um Congresso. Aquilo ainda estava engasgado em sua garganta.

A doutora levantou e deixou-o sozinho na sala.

Fora difícil para Cameron voltar, mais difícil ainda diante das notícias que ouvia. O tempo deles havia passado. Na despedida ela deixara claro seu pedido, bastava que ele agisse. Mas House seguira a vida, se era com a Cuddy que ele seria feliz só cabia a ela tentar aceitar.

Sentiu seu espaço diminuído no hospital e no coração dele, arranjou um motivo para que não pudesse ser feliz ao lado de outro, divorciou-se, foi embora, saiu de cena.

 Quando o vício o acometeu novamente ele estava sozinho, isolou-se de todos e ela voltou, voltou por ele. Impôs sua presença independente da vontade do médico, só ela podia aceitá-lo, entende-lo, exatamente do jeito que ele era. E ela estaria ali, sempre que ele precisasse.

Cameron ainda sentia ciúmes dos últimos anos, do tempo que passou afastada. E o Congresso se tornou aos poucos motivo de brigas e mágoas.

House se levantou e foi até a sala de Wilson, não fizera promessas à Cam, não dissera que ia mudar, ou que seria uma pessoa melhor. E mesmo assim ela estava com ele. Bufou. Sem dúvida ele era irresistível, mas nunca entenderia.

Wilson acabara de apagar a luz, saiu da sala e colocou uma sacola no chão enquanto trancava a porta. Ouviu os passos do amigo.

- Ow! Marcarei uma consulta sua com o Taub. Não é porque tenho um cirurgião plástico na equipe que você pode fazer redução de estômago a qualquer hora.

Wilson olhou para a sacola de doces, mas já era tarde demais. Ele a puxara habilmente com a bengala.

- Isso aqui está confiscado.

- Não te darei os doces.

- Então farei uma travessura.

 O oncologista riu. Não tinham mais idade para essas coisas.

- Eu tenho uma bengala- House disse levantando-a.

- Estou morrendo de medo.

Os dois caminharam juntos pelos corredores, alguns já enfeitados para a noite do Dia das Bruxas. Eram lanternas espalhadas, abóboras iluminadas por pequenas velas e teias de aranha colacadas.

Iniciaram uma conversa sobre a festa e a muito contragosto House falou sobre a estúpida idéia da Cameron:

- É normal que ela sinta ciúmes. Você podia ser um bom homem e trazê-la.

House levantou uma sobrancelha.

- Nem que me emprestasse sua fantasia de pato.

- Ei, não é de pato. Essa noite serei o Cavalheiro sem cabeça.

- Oh boy! Ela já lhe cortou a cabeça! Cuidado, aposto que estará de viúva negra.

- Não venha com insinuações, você sabe bem que somos apenas amigos. Mas se quer saber Cuddy estará de bruxa

-Muito apropriado.

Os dois riram. O sol estava se pondo, ao chegarem ao estacionamento Wilson se despediu e não percebeu o riso do amigo ao guardar a sacola de doces no compartimento da moto. Doces.


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