"When I see your face

Os dias se passaram rapidamente, enquanto eu e Bill esperavamos ansiosos pela data da consulta.

Finalmente, havia chegado. Mal nos contínhamos na sala de espera.

- Bill e Tom Kaulitz, por favor. –o psicólogo chamou.

Nos entreolhamos, e seguramos nossas mãos fortemente. Sorri encorajador.

A sala era toda decorada em cores pastéis, bem harmoniosa. Nos sentamos frente á frente com o homem. Ele aparentava uns 50 anos, e tinha os cabelos grisalhos.

- Então, Tom e Bill, porque me procuraram? –perguntou cruzando as mãos em cima da mesa.

- Bom, nós somos gêmeos e andamos tendo algumas visões e sonhos estranhos, mas não sabemos se são só isso, ou se são algo a mais.

-Bem, gêmeos costumam ter os mesmos sonhos, mas é claro que existem outras possibilidades srs. Kaulitz.

- Como...? –incentivou Bill apreensivo.

- Não há como saber agora, mas nós podemos falar sobre essas visões, assim eu poderei tirar conclusões mais concretas, entendem? –perguntou sorrindo.

Assentimos. E passamos o resto da tarde tentando descrever as coisas que sentimos.

- Essa sensação que já viram algo, ou passaram por algo do tipo, se chama Deja Vu. É bem comum. Mas de alguma forma, isso se conecta com os sonhos. Afinal, pelo o que me disseram os sonhos parecem bem reais.

- São sim doutor. É como se estivéssemos lá. E eu tive um sonho que se endentificou com a sensação do Bill. –comecei.

- Me conte mais.

- Um dia, fomos a um precipício perto á uma praia. E lá, Bill teve esse tal de Deja Vu. E alguns dias atrás eu tive um sonho, que “comprovaria” o que Bill sentiu.

-Ah, entendo. Olhem garotos, como eu disse, eu preciso de um tempo pra avaliar o caso, eu anotei tudo o que disseram, e em breve eu ligarei e marcarem uma outra consulta, okay?

- Okay. –Bill respondeu se levantando e apertando a mão estendida do homem.

Eu fiz o mesmo, e saímos do consultório. Percebi que dentro do carro Bill continuava tenso. Segurei sua mão com força e olhei nos seus olhos apreensivos.

- Bill, vai ficar tudo bem. A gente vai descobrir o que é isso, e vamos superar e depois... Vamos viver nossa vida juntos, para sempre.

- Eu sei, mas é difícil controlar essa ansiedade.

Aproximei nossos rostos, e senti sua respiração contra a minha, nossos hálitos quentes se colidindo. Fechamos nossos olhos ao mesmo tempo, e eu selei nossos lábios calmamente. Apenas o sentindo superficialmente.

Ainda sem pressa movimentamos nossas bocas, e eu senti seu gosto novamente. Tão bom, e suave.

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[POV- 3ª Pessoa]

Algumas semanas se passaram desde quando os gêmeos Kaulitz foram na consulta. Ambos não escondiam a ansiedade, eles estavam muito curiosos, queriam logo saber qual era o problema que os atormentava.

Eles sinceramente, já tinham pensado que o psicólogo não havia avaliado o caso, quando numa tarde tediosa receberam a tão aguardada ligação.

- Alô?-Bill atendeu.

- É o Dr. Ryan. Tudo bem?

- Ah, sim! Eu estou melhor agora.

-Bom, como o prometido eu avaliei o caso de vocês, e já tenho a resposta.

- Sério?! Quer dizer, eu esperei tanto por isso, que mal posso acreditar.

- É mais sério do que nunca, e me desculpem pela demora. Eu tive quer debater com vários outros especialistas entende...

- Claro, sem problemas. Quando nós poderíamos vê-lo?

- Bom, eu estou indo almoçar, se vocês quiserem vir comigo. Será um prazer. –sugeriu simpático.

- O prazer vai ser tudo nosso, você nem tem noção o quão ansiosos nós estávamos...

- Voces poderiam me encontrar aqui no meu escritório em meia hora? Daí vamos á um restaurante.

- Claro, nós já iremos.

- Até Bill

- Até Ryan. – Bill se despediu já subindo as escadas enlouquecidamente.

- TOOOOOOOM! –gritou para o garoto que saia do banho.

- O que foi? O que aconteceu?

- O Dr.Ryan, ele descobriu! E quer almoçar conosco em meia hora!

- Ah! Eu nem posso acreditar! Finalmente...

- Ta ta. Se arruma logo Tommy, porque eu não perco essa conversa por nada!

- Já to indo...Se você me der silença, é claro, a não ser que você queira ver... – Tom fingiu tirar a toalha, com um sorriso malicioso, enquanto Bill corria para fora do quarto tapando os olhos com as mãos e xingando-o de brincadeira.

Logo eles estavam a caminho do consultório, cogitando todas as coisas que o Dr. Poderia contar-lhes. Só mais tarde, perceberem que não cogitaram realmente todas.