You Always Gonna Be My Angel escrita por jubilacs


Capítulo 22
Airplanes


Notas iniciais do capítulo

Bom, ouçam a Musica Airplanes do Bob e Paramore.
Quem ta lendo minha outra fic Blessed da um UP! kkk



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Passamos mais um tempo na cama, apenas trocando caricias e palavras de amor.

Fizemos tudo que tínhamos que fazer e quando se aproximaram de 17h00min, esperamos que Simone chegasse.

Estávamos apreensivos.

Quando ouvimos um carro estacionando na garagem, toda aquela ansiedade se transformou em agonia. Não sabíamos exatamente o que falar, não havíamos ensaiado nada, diríamos aquilo que achássemos melhor. Eu só torcia para que minhas palavras tivessem coerência, e que saíssem como eu pretendia. Eu não queria chorar, tentando sem sucesso explicar algo á alguém. Confissões sempre me faziam temeroso.

- Queridos! –disse quando abriu a porta.

-Mamãe! –dissemos num coral.

Ela largou as inúmeras malas e sacolas no chão, e com os braços estendidos para um abraço, correu até nós.

Um abraço apertado, me fez repensar sobre contar ou não nosso segredinho para ela. Ficamos alguns minutos apenas abraçados e nos entreolhando, captando cada detalhe, cada traço.

Eu nem sei falar o quanto importante nossa mãe era para nós. Por muito tempo, ela foi a única pessoal com quem pudemos contar. Não crescemos com m pai a nosso lado, nunca soubemos o que é ter uma relação entre pai e filho. Simone fez seu papel de mãe, e também o de pai. Justamente por essa causa que eu não queria em situação alguma desapontá-la, ou magoá-la. Ela fez quase o impossível, e tenho certeza que não poderíamos ter sido melhores criados.

Ela nos mostrou as lembranças que trouxera de Paris. E nos agradecemos a cada presente.

Após jantarmos, quando nos sentamos nos sofás e começamos a passar os canais da TV, percebi que Tom me lançava olhares encorajadores. Droga, não poderíamos simplesmente esquecer tudo isso? Quero dizer, era eu que implicava tanto para contarmos tudo para Simone, mas agora a situação era tão difícil. Tudo, e todos os dias ensaiando minhas palavras em frente ao espelho, pareciam em vão, de nada tinham me ajudado.

- Mãe, você sabe o quanto nos te amamos?- perguntei me sentando ao seu lado e segurando suas mãos.

- Acho que sei querido. E vocês, sabem o quanto eu os amo?

- Sabemos. –Tom disse, se sentando ao meu lado.

- Mas posso saber por que dessa troca de elogios repentina? –perguntou elevando uma sobrancelha.

- Talvez por saudades. –disse fazendo biquinho.

- Você faz falta mãe. – Tom superou meu biquinho, quando nos unimos para um abraço triplo.

- Uhum, ta. Agora desembuchem.

Eu e meu gêmeo nos entreolhamos, e Tom fez sinal positivo para mim com a cabeça, e apertou uma das minhas outras mãos.

-Mãe, a muito tempo, nos estamos criando coragem pra te dizer um coisa... –comecei pausadamente.

- E juramos que só não lhe contamos ainda, porque nós não achávamos as palavras certas. E em outras vezes, temíamos a sua reação.

- Vocês estão me deixando apreensiva! Falem logo. –pediu se nem ao menos imaginar que não havia motivos para tanta alegria.

- Mãe, eu nem sei o que falar...

- É tão difícil... - Tom completou, coçando a nuca.

- Ou vocês falam agora, ou vão comer creme dental amanha como café!

-Okay, eu e Tom, nós... –minha voz falhou, e eu olhei para Tom, pedindo ajuda.

- Nós nos amamos. – o gêmeo mais velho disse.

- Eu acharia estranho se não se amassem! –retrucou Simone debochada, depositando um tapinha na nuca de nos dois.

- Não mãe. Nos  amamos. –dei ênfase a ultima palavra, mostrando nossas mãos dadas.

Seu sorriso aberto e brincalhão, aos poucos se dissipou, e em seu lugar, lágrimas escorreram sobre sua face, que levava uma expressão dolorosa, como se tivesse sido socada no estomago.

- Eu... –tentou continuar, mas soluços a impediam.

- Mãe, nos desculpe. Foi inevitável. – falei repousando minha mão livre em sua coxa.

Ela levou suas mãos ao rosto, e alguns minutos em silencio se estenderam, enquanto lágrimas molhavam sua blusa azulada.

Ela levantou o olhar, enxugou algumas lágrimas, e pondo a mão sobre a minha e de Tom, perguntou:

- Á quanto tempo você sentem isso?

- Acho que desde pequenos, sentíamos algo a mais um pelo outro né? – Tom indagou para mim.

-É, sempre estivemos muito ligados. Até demais, eu diria! – dei um sorriso torto, intensificando o aperto de nossas mãos.

- Vocês já fizeram “algo”? – perguntou se referindo a relações mais intimas.

Apenas assentimos corados. Esse assunto era delicado e constrangedor, para nós, afinal a única palavra que vinha em nossa mente era: Incesto. Mas de qualquer forma, não importa o nome que a sociedade dá ao nosso amor, ele é nosso, e ponto, fim de papo.

- Você não está brava, magoada, ou algo do gênero? – Tom perguntou, preocupado, provavelmente se perguntando mentalmente o que a mulher havia bebido, para não estar tendo um chilique.

- Me digam uma coisa. Vocês são felizes juntos? –indagou nos encarando, e eu pude ver um brilho em seus olhos, seriam mais lágrimas, ou uma expectativa pela resposta positiva.

-Muito! –dissemos num coro, abrindo um sorriso de orelha á orelha.

Ela nos abraçou fortemente, como toda mãe faz. E nos soltando suspirou, olhou para mim e para Tommy individualmente, vendo cada traço peculiar, e depois se admirando com a incrível igualdade, e com as tão imperceptíveis diferenças. Sorriu, e por fim falou:

-Eu sou a mãe de vocês. Os apoiarei em casa ato, cada decisão tomada, mesmo que errada. A única coisa que sempre temi, foi fracassar nas suas criações, mas agora estou aliviada, por saber que tive êxito. Criei dois homens, nos, honestos, tudo de bom que um ser humano pode ter ambos tem. Sou eternamente grata Deus, por ter sido abençoada com vocês. O que sempre quis, e sempre desejo, e que vocês sejam os mais felizes possíveis, não importa onde, quando, porque, ou... Com quem. Se vocês se amam, e estão felizes juntos, eu os apoiarei independente do que os outros pensem. Eu os amo do jeito que são. Sempre os amarei.

- Own... – foi  máximo que pude falar. Meus olhos foram tomados por lágrimas de pura alegria.

- Mãe... Obrigado. – Tom agradeceu, também deixando lágrimas fartas escorrerem de seus olhos avermelhados.

- Nós te amamos, e agradecemos a sua compreensão mãe. – disse levando um de minhas mãos ao seu rosto.

- Posso pedir-lhes apenas um favor? – perguntou.

- Sim. – dissemos num uníssono.

- Se forem fazer “algo”, por favor, façam entre quatro paredes, com a porta trancada.

Sorrimos, e passamos algumas horas conversando sobre isso.

Eu estava me sentindo bem melhor agora. Como se um enorme peso tivesse sido tirado das minhas costas. Agora não teríamos que esconder nada. Sem aquela preocupação idiota.


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Notas finais do capítulo

EAE?
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BjOoO



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