You Always Gonna Be My Angel escrita por jubilacs


Capítulo 2
A Thousand Miles


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo pra voocs... Mto brigada pelos reviews, e queria gradecer a Akuma (Clarinha)e a Amy89 pela recomendaçao, vlw mesmo!

Uma dica: Esse capitulo pode ser acomanhado pela musica "A Thousand Miles" de Vanessa Carlton...A traduçao nao tem mto a ver com o capitulo, mas a musica se identifica com uma fala do Bill, e eu adoro a melodia...

Bjoo
Enjoy



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Minha cabeça doía, assim como meu coração. Uma mistura de ansiedade e de medo embrulhava meu estomago.

Eu voava em direção as mais altas nuvens. O vento bagunçava algumas mexas de meu cabelo. Aquela sensação de vôo era incrível, totalmente libertante. Minhas asas negras, se destacavam em meio as grandes e brancas massas, que agora dificultavam minha visão, ou seriam as lágrimas que teimavam em escorrer, por motivo desconhecido até o momento.

Finalmente cheguei onde queria. Em seu trono o homem irradiava luz como o Sol. Não era possível vê-lo exatamente, nem encara-lo por muito tempo pois a luz ofuscante agride os olhos mais indolores, mas de qualquer forma era bonito. Quando me aproximei de seu corpo, pude sentir todos os cheiros do universo, todos bem distintos, porém juntos, uma fragrância harmoniosa. Um sorriso se abriu em meu rosto, era inevitável em sua presença, não ser tomado pela alegria, por um sentimento que por momento tapa o buraco negro em meu órgão vital.

- Bill... – sua voz inundou o local e meus ouvidos.

- Senhor... – o cumprimentei.

- É tão boa a sua companhia, anjo. – acariciou uma “atmosfera” em minha volta.

Apenas deixei meus dentes brancos á mostra, sem muito entusiasmo, me lembrando da minha verdadeira intenção em lhe fazer uma visita.

- O que o faz tão triste filho? – Droga, eu não desejava chegar ao ponto tão rapidamente, mas já que ele quis assim, que assim seja.

- Eu vim aqui, para ter um conversa com o senhor.- terminei a frase quase num sussuro

- Diga, querido. Mas antes, acomode-se. – ele apontou para uma cadeira feita de nuvens.

Sentei-me, e respirei fundo, juntando coragem. Nem que eu ficasse durante milênios adquiriria coragem o suficiente, então resolvi falar de uma vez.

- Eu amo Tom.

- Claro que ama, você é o anjo que o protege, acharia estranho você não o amar.

- Não. Você não entende? Eu o amo. – falei levando uma mão ao coração.

Por um momento o homem, apenas me encarou sem palavras.

- Eu sinto muito Bill, se eu imaginasse que um dia sequer você criaria um sentimento tão forte por ele, nunca o teria designado á você. Eu sinto muito mesmo Bill. – ele se desculpou.

- Não tudo bem, o destino não pode ser mudado, e você não poderia ter feito nada para impedir isso.

- Na verdade poderia sim. Eu posso mudar o destino. Sou eu que faz o destino de cada um.

Faltaram palavras, portanto apenas o encarei.

- Se você preferir assim, eu posso mudar tudo. Posso fazer com que você esqueça completamente da existência dele. Posso arranjar outro anjo para ele, eu posso fazer você...

- Não! – eu o cortei, seria uma falta de respeito, contado o fato de ser Deus em minha frente. – Eu não quero esquece-lo. Não quero que outro anjo tome meu lugar... Não quero que você estale os dedos, e como mágica, faça sumir todo meu amor por Tom! – fechei os pulsos nos apoios braçais da cadeira.

- Então... O que quer que eu faça? – pergutou gentilmente.

- Quero ser humano.

Alguns minutos se passaram ate que ele se manifestasse.

- Você sabe que isso não é possível.

Aquilo me subiu a cabeça. Como não era possível? Claro que era!

- É sim! Não minta. – falei me levantando.

- Certo,isso é possível, mas você sabe que não o posso fazer. – disse se levantado também.

-Claro que pode! Você já fez isso antes... Porque não o faz agora? – falei elevando meu tom de voz.

- Não mexa com o passado Bill! São situações diferentes. – disse já se irritando

- Não, não são! – gritei.

Senti um nó se formar em minha garganta, lágrimas de nervoso agora molhavam minha face, minhas unhas machucavam minha palma cerrada, e uma queimação irritava minhas bochechas.

- Não fale sobre o que você não sabe, anjo. Você realmente que é fácil sofrer um mutação assim tão grande?

- É mais fácil que conviver amando um ser que nem sabe da minha existência. – agora me descabelava começando uma discussão com Deus.

- Não diga isso! Você nunca viveu lá em baixo, naquela selva de concreto onde seus piores predadores dormem no quarto ao lado.

- Você também não sabe o que diz! Fala como se fosse o dono da verdade. – honestamente ele era.

-Veremos então, como você se vira sendo humano.

Pensei que ele faria alguma coisa, mas ele apenas se levantou de seu trono e caminhou para longe, ainda ignorando a confusão em minha cara.

- Aonde está indo? – fui me levantar, mas não pude. A massa de nuvem onde eu estava sentado confortavelmente começou a me envolver. Me sufocar para ser mais sincero.

Finalmente me encontrei dentro de um casulo. Uma casa bem pequena e claustrofóbica. Essa e levou para longe e bailou pelos ares. Quase sem ar eu esmurrava as paredes, tentando me libertar. Consegui.

Milagrosamente a massa se desprendeu do meu corpo e foi levada pelos ventos. Suspirei agradecido, e abri minha asas para voar, já que não voltaria agora para ter uma conversa com Deus, não depois da nossa discussão. Minha surpresa foi eu não conseguir voar.

Exato. Bati minhas asas desesperadamente, mas eu continuava a cair. Tentei planar, esticando minhas longas asas, mas nada funcionava. Agora já tinha em vista alguns prédios e arranha-céus enormes. Sem saber o que fazer gritei. Apenas gritei e rezei para que Deus tivesse dó de mim. Uma buzina de carro encheu meus ouvidos, e depois disso, tudo se apagou. Não sei se colidi com alguma coisa, ou se apenas desmaiei.

Abri meus olhos, que doeram ao sentir a claridade do quarto. As paredes eram beges e brancas. Os móveis claros, combinavam com o chão de carpete. Eu estava em uma cama de hospital. Olhei em volta e não tinha ninguém. O que estava acontecendo? Onde eu estava? Porque estava ali? E que dor no meu corpo é essa?

Logo uma preocupação tomou minha mente. As minhas asas eram prioridade, elas tinham que estar bem acomodadas. Fui conferir que elas realmente estivessem. Levei minhas mãos ás costas, procurando-as. Deslizei minha mão por toda a extensão, e o mais estranho de tudo é que não as achei. Cadê minhas asas? Sem sucesso tentei encherga-las, mas elas simplesmente haviam desaparecido. Agora era estado de alerta! ONDE ESTAO MINHAS PRECIOSAS ASAS? A porta do banheiro estava aberta, e pude ver um espelho. Me levantei rápido e corri até sua frente, ignorando meus músculos que latejavam.

Até que minha aparência não estava tão ruim. Meu cabelo estava um pouco desgrenhado e minha maquiagem um pouco borrada. Saindo dos meus desvaneios de beleza, me lembrei das malditas asas. Onde elas se meteram? Virei-me para enchergar minhas costas. Eles eram totalmente lisas, nem sinal que um dia eu tivera asas. Como era possível? Anjos tem asas. E ate onde sei, eu sou um Anjo.

- Não você não é mais um Anjo Bill. –sua voz era graciosa.

Virei me e lá estava...Um enfermeiro? Eu só podia estar enlouquecendo.

- Sou Deus. – disse lendo meus pensamentos.

- Essa é sua forma verdadeira? – falei confuso.

- Não Bill, eu penas tomei o corpo de um enfermeiro para poder te ver de perto.

- Hm... – sai do transe e me lembrei do que ele havia dito no inicio. – Espera, o que você disse?

- Que tomei a forma de um enfermeiro...

- Não, não. Antes disso.

- Ah! Que você não é mais um Anjo

-Como não sou mais um Anjo? – minhas órbitas quase pulavam para fora.

- É isso que acabou de ouvir. Você não tem mais asas, porque não é mais um Anjo.

- O que sou então? – falei passando por ele e me sentando na cama coberta por um lençol azul bebe.

- Agora você é um humano.

-O que? – gritei enquanto pulava da cama.

- Você desejava ser o que?

-...Humano. – falei juntando as peças.

- E agora você é o que?- ele estava me tratando como um bebezinho ou cachorro se preferir.

- ...Humano. – pisquei algumas vezes e voltei a frente do espelho.

Passei meus dedos, sobre a minha pele...Humana. Aquilo era difícil de ser acostumar. Eu queria chorar, queria gritar num misto de alegria e tristeza, queria correr por ai, o que nunca tive a chance de fazer, queria mergulhar no oceano e sentir meus poros se refrescarem, eu queria viver cada sensação humana. Então me lembrei de Tom...Agora eu teria a chance de me aproximar, de ama-lo. Eu não sabia onde Ele estava agora, mas eu correria mil milhas para alcança-lo.

- Porque não esta feliz? – indagou ao ver minha expressão no reflexo.

- Eu deveria estar dando pulinhos de alegria, batendo palminhas e cantarolando?

- Bom... Hoje de manha você parecia querer mais que tudo ser humano.

- Não, mas eu não, quer dizer eu queria, mas...

- Posso falar uma coisa?

- Pode, você é Deus. Quem sou eu pra te limitar? – dei de ombros.

- Agora que você é humano, você esta tão... –esperei por elogio, ele sempre vinha- ... Bipolar.

BIPOLAR? EU? BILL, O MAIS RESCENTE HUMANO... BIPOLAR?

- Bi- bipolar? – gaguejei indignado.

- Sem ofensas.

NÃO... IMAGINA! Respirei fundo.

- Tudo bem... Mas e agora?

- O que?

- O que eu vou fazer, sozinho aqui em baixo? Todos os meus conhecidos estão lá. – apontei para o céu.

Ele riu e me dirigiu um sorriso.

- Tem alguém querendo ti ver.

- Quem?

Sem responder desapareceu, exatamente quando ouvi a porta se abrindo no quarto.

Seja discreto – Ouvi Deus em meus pensamentos. Era melhor eu não ignorar o que ele dizia, da ultima vez que fiz isso, mudei de espécie.

- Bill?

TOM ??? Não podia ser. Simplesmente impossível. Porém contraditório, já que aquela era a sua voz sem duvida. Quis mais que tudo conferir. Me apoiei na soleira da porta, para checar.


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Notas finais do capítulo

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