Bleeding Love Life Lies Ii escrita por Amy Moore


Capítulo 2
Capítulo 2




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Capítulo 2
A Nova Hogwarts

Exatamente como no livro, houve o casamento de Gui e Fleur. E, também como no livro, o lado das trevas dominou Hogwarts, o ministério e, assim, o mundo bruxo. Harry, Rony e Hermione fugiram e eu fiquei para lutar. 

Isso aliviou um pouco a dor, mas só momentaneamente. 
Estávamos na véspera do retorno à escola. Fred e George trabalhavam, assim como os outros da casa, e ficávamos somente eu e Gina. Nós ficamos bastante próximas durantes estes tempos. 
— Como acha que será lá na escola agora? – perguntou Gina, numa tarde de tédio no verão britânico. Na verdade, o nosso último dia de férias de verão. 
— Um verdadeiro inferno. Sabe, teremos aulas de Artes das Trevas com Comensais. 
— Hunf – fez Gina. 
— Eu queria não ter que ir – murmurei. – Mas não tenho escolha. 
Gina me abraçou. 
— Vou ajudar você – prometeu. – No que precisar. 
— Obrigada, Gina. 

No dia seguinte, fomos para a estação King's Cross para retornar à escola. Sr. e Sra. Weasley pareciam preocupadosdemais comigo. Tratavam-me como se eu fosse filha deles, e aquilo era um novo alívio para minha dor. 
— Venha ficar conosco nas férias de natal, querida – pediu Sra. Weasley. 
— Obrigada por me convidar. – Eu sorri. – De verdade. 
— Cuide-se. – Ela me beijou na face e adentrei o trem. 
Foi uma longa viagem, aquela. 
Quando finalmente desembarcamos, eu estava afastada de Gina – graças a Deus; nem gosto de imaginar o que podia ter-lhe acontecido – e fui barrada por Comensais. É claro que eu não ia entrar tão facilmente em Hogwarts. 
— Você é uma das nascidas trouxas mais procuradas do país – disse ele. Com certeza me conhecia, decido à convicção de suas palavras. 
— Sou sangue puro – eu disse. – E isso facilmente pode ser confirmado. 
— O que faremos? – perguntou o mais robusto dos três. 
— Veremos com Severo – disse o mais esguio. 
Com isso, me arrastaram até o castelo à pé. 
É, parece que eu jamais chegarei no horário certo no primeiro dia de aulas do ano em Hogwarts. 
A caminhada foi bastante longa. Chegamos ao castelo e percebi que já estavam todos reunidos no Salão Principal. As portas se abriram e o silêncio reinou. Era como uma reprise barata do que acontecera há exatamente um ano. 
— Diretor, temos uma sangue ruim no castelo – disse o filho de uma mãe que me segurava pelos cabelos, como se eu fosse um saco de batatas. 
— Eu já lhe disse que sou sangue puro! – bradei, empurrando-o e fazendo com que ele me largasse. 
— Não, você é uma sangue ruim! – Reconheci a voz fanha de Pansy Parkinson. 
Vadia
Ela se levantou da mesa da Sonserina e veio até onde eu estava. 
— Todos sabemos que você é uma sangue ruim. Você mesma disse isso quando chegou, no ano passado. 
— Aham, exato. – Fiquei bem próxima a ela. – Manipulei a todos para esconder a verdade. 
— E qual seria a verdade? – Era Snape quem falava comigo agora. – O que você pode ter escondido de todos nós? 
— Me admira muito que você não saiba, Professor Snape. – Escarneci do título. – Na verdade, surpreende-me que nenhum dos novos professores e funcionários de Hogwarts não saibam. Qualquer Comensal que se preze devia saber disso, para ser mais verdadeira. 
Todos esperavam que eu acabasse com o suspense e fosse mais clara. 
— Acredito que tenha chegado ao conhecimento de vocês que meus pais foram mortos – eu disse. – Bom, acredito que ninguém saiba disso, mas meu pai não era trouxa. Era um aborto. E era filho de Dumbledore. 
Pareceu que cada ser vivo dentro daquele salão arfou ao mesmo tempo. 
— Dumbledore? Seu pai trouxa filho de Dumbledore! – Snape parecia a ponto de cair no riso. 
— Aborto, não trouxa. Minha mãe também era uma bruxa abortada. Conheceram-se no Brasil, casaram-se e lá passaram a viver entre os trouxas, pois era menos humilhante que caminhar entre bruxos e não poder fazer o que fazemos. – Incrível como as mentiras pareciam reais. Eu mesma estava quase acreditando. 
Mentira. 
Fechei os olhos e virei em direção à entrada do Salão, pensando "Accio Certidão". O documento surgiu quase que imediatamente e voou para minha mão. 
— Tenho provas – eu disse. – O senhor pode muito bem mandar uma coruja ao ministério e confirmar se é verdadeira. 
Enquanto Snape ponderava, observei atentamente a mesa dos professores. Mcgonagall e Slughorn me encaravam em evidente choque, esperando o momento em que eu seria pega na mentira. Gina me encarava ao lado de Luna e Neville. 
— Hm, enquanto não confirmamos, junte-se à nós, Srtª. Dumbledore. E menos 70 pontos para Grifinória pelo atraso. 
Com um olhar atento a Snape, notei que ele parecia temer por mim. Convenhamos, todos sabíamos que ele sempre fora fiel a Alvo Dumbledore, e se ele estava ali, como diretor, era por conta de uma promessa a ele. Se ele ainda era Comensal era por esse mesmo motivo, pois ele nunca voltaria a ser leal a alguém como Voldemort, não depois de tudo que ele fez a Snape. 
O professor parecia estar usando Legilimência¹ para entrar em minha mente e descobrir a verdade. Enquanto fingia não perceber isso, deixei que ele visse a verdade. Eu confiava nele, e fiz questão, repentinamente, de deixar isso claro para ele. Não sabia se ele também via pensamentos além de lembranças e sentimentos, pois nunca usei Legilimência, mas quis tentar. 
Confio em você, Snape. Assim como Dumbledore. Não me decepcione. 
Ele pareceu extremamente intrigado, e isso me deixou claro que ele ouvira e sentira aquilo. Ele sabia que eurealmente confiava nele. 
Virei, encaminhando-me para a mesa da Grifinória, ou pelo menos tentando. 
— Não, não, não, Srtª. Dumbledore. – Ele sempre escarnecia do título. – A senhorita não pertence mais à Grifinória. 
— Eu sou da Grifinória – eu disse. 
— Eu digo que a senhorita é da Sonserina. 
— Ela é minha aluna, Severo. – Mcgonagall se fez ouvir. Fiquei levemente em choque ao vê-la tomar partido para me defender. 
— Não é mais – disse Snape, com um sorriso sínico. 
— Mas... 
— Não, professora – eu disse. – Isso não é problema. 
Snape apontou a varinha para mim e tudo que era vermelho e dourado se tornou verde e prateado. O leão tornou-se uma cobra. Encarei Snape e cada um de seus colegas com cara de poucos amigos e uma vontade imensa de xingá-los de todos os palavrões que existem. Passei a mão pelos cabelos curtos e fui para o único espaço na mesa da Sonserina. Só depois de sentar foi que notei de quem eu estava perto. Draco Malfoy estava à minha frente. 
Minha sorte é tão boa. Alguém tem um pouco de Felix Felicis aí? Eu agradeceria imensamente. 
Ao meu lado, uma menina aparentemente do primeiro ano estava prestes a chorar. Quando seu olhar encontrou o meu, ela gritou e se levantou, saindo de perto de mim. Eu bufei. Todos ainda me encaravam. 
— Qual é o problema de vocês? – perguntei, completamente irritada. – Perderam algo aqui? 
Eu falava isso com as pessoas perto de mim. Elas, por sua vez, desviaram os olhares; algumas pessoas pareciam assustadas. 
— Hunf – bufei outra vez. 
O banquete começou, mas eu não toquei em nada. Passei todo o tempo encarando minhas mãos sobre a mesa para não correr o risco de socar Malfoy ali, naquele momento. 
— Hey, Muniz – ouvi Pansy chamar. – Qual é, Gabriela, não espera mesmo que eu a chame de Dumbledore, espera? 
— O que você quer? – perguntei. 
— Aquela história de ser uma Dumbledore é mentira, né? Seus pais eram trouxas, não eram? 
Inclinei-me por sobre a mesa, olhando dentro dos olhos daquela cretina. 
— Você acredita mesmo que eu viria aqui se fosse mentira? Sério? Com os tempos em que estamos? – Sorri maldosamente. – Você é muito burra. Se for mentira, Pansy, você me verá indo à Azkaban logo, logo. Acha mesmo que eu correria tal risco? 
Ela não disse nada. É claro que eu correria o risco. Eu estava correndo o risco em questão. As pessoas por perto observavam – incluindo Malfoy. 
— Aham, acho. Você é uma aberração louca. 
Acho que as duas últimas afirmações dela eram válidas. 
Semicerrei os olhos e voltei a encarar minhas mãos. 
— Aliás, por que mataram seus pais? 
— Aqueles malditos os mataram porque são um bando de desocupados. E se você perguntar mais uma coisa, juro que vou fazê-la se arrepender. 
Pela expressão que fez, eu pude jurar que ela me levara a sério. 
Fomos liberados. Tive que acompanhar aquela Comensal da Morte, a Aleto Carrow, que me guiou até as masmorras. 
Como se eu não soubesse, graças aos livros de J. K. Rowling, a localização da Sala Comunal Sonserina. 
A senha era Malevolência. Adentrei o salão comunal bem... sonserino, se é que me faço entender. Aquilo me dava náuseas. 
As meninas foram praticamente todas para seus dormitórios. Fiquei ali no salão mesmo; sentei-me ao lado de uma garota que provavelmente era do primeiro ano, bem pequena, que estava de frente para a lareira. A garota, ao me ver, correu para longe com um pequeno grito agudo. 
— Mas qual é o problema dessas meninas? – perguntei à meia voz para ninguém em particular. 
— Jura que não sabe? – Virei-me para ver a menina pálida de cabelos escuros e olhos claros. Seu nome era Amelia; tivemos poções juntas no ano anterior. 
— Juro – eu disse. – Não faço ideia. 
Ela remexeu a bolsa em cor verde sobre suas pernas. Tirou de lá um exemplar d'O Profeta Diário. 
— Tome. – Ela o entregou a mim. 

Sangues Ruins - A escória do mundo bruxo. 

Mais uma prova de que os nascidos trouxa são uma ameaça à comunidade bruxa. 

Gabriela Muniz, 17 anos, nascida trouxa recém chegada à Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, mostrou-se uma jovem conturbada e de comportamento preocupante. Sua família trouxa foi brutalmente assassinada no Brasil, América do Sul, onde residiam. Testemunhas afirmam que não havia ninguém próximo à casa com magia além dela. As mesmas testemunhas afirmam que ela parece perigosamente desequilibrada e com comportamento anti-trouxa. Diz ainda: 
— Ela é anormal e isso a torna ainda mais perigosa. Os que estão em Hogwarts certamente já viram que ela é capaz de
 muita coisa. Recuso-me a mostrar minha identidade com medo do que ela fará a mim se descobrir. Se ela é capaz de acabar com os pais trouxas, o que seria de minha família e de mim? 
A anormalidade em questão é o fato de não precisar de varinha como todos nós, bruxos comuns. Na verdade, ao usar a varinha, testemunhas afirmam que ela tem o poder de dois bruxos poderosíssimos juntos. É claro que não há provas concretas de que a menina tenha
 mesmo cometido tais crimes. Mas era de esperar que a anormalidade dela em bruxaria fosse suficiente para salvar a família de um ataque de bruxos das trevas, certo? O que nos leva a pensar que ela é uma bruxa das trevas. Não me surpreenderia se soubesse mais tarde que é partidária d'Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado. 
Acredito que o que temos a fazer é esperar que o Ministério faça alguma coisa. Não podem deixar uma bruxa como ela à solta, muito menos aprendendo magia em Hogwarts, se o que ocorreu aos trouxas foi mesmo culpa dela. 

Escrito por: Rita Skeeter.

— Puta que p... – Eu devolvi o jornal para a menina. – Snape e os outros não acreditaram no que eu disse – falei, em voz alta. – Me mantêm aqui para me entregar ao Ministério. Filhos de uma... 
Logo entendi. Eles me prenderiam na frente da comunidade bruxa, acusando-me das mesmas coisas que Rita Skeeter. Será que ela sabia o quanto cooperara com Comensais? Será que era uma deles? Só Deus pra saber o que fariam comigo depois que supostamente fosse levada à Azkaban. Era o mesmo caso que logo seria com Harry Potter. Eu estava ferrada – para não ser mais grossa e vulgar. 



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Notas finais do capítulo

Legilimência: como é uma palavrinha difícil de lembrar, vou colocar o que ela significa. Legilimência é a capacidade de ver os sentimentos e lembranças da memória de outras pessoas. Aqueles que dominam a legilimência são capazes, sob determinadas condições, de penetrar a mente de suas vítimas e interpretar suas conclusões corretamente. Alvo Dumbledore, Severo Snape, Salazar Slytherin e Lord Voldemort eram brilhantes em legilimência. A legilimência pode ser impelida pela Oclumência.
A legilimência pode ser muito usada em casos de emergência, o mesmo caso do Veritasserum.



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