Casos Macabros escrita por Saito


Capítulo 2
Caso 2: A casa da Empalhadora


Notas iniciais do capítulo

Eu achei que esse capítulo ficou um pouco fraco, mas enfim, não tive idéia que mais macabra que essa.

Bem, aí está!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/105503/chapter/2

Dora tinha dinheiro, terras, poder e beleza. Mas somente isso não a satisfazia. Toda as noites tinha que olhar para o enorme espelho que possuía no corredor de sua casa e se admirar. Vaidosa demais... mudou a cor de seus cabelos várias vezes; mudou também a cor dos olhos e tinha feito as mais diversas cirurgias plásticas. O resultado era o que Dora via agora no espelho: uma mulher ruiva, de estonteantes olhos azuis e rosto e corpo perfeitos. No entanto, ainda não era mulher, mas apenas uma garota de 15 anos.

Em uma dessas noites de auto-admiração, um ladrão invadiu sua casa, a procura de objetos valiosos. Ele entrou pela porta dos fundos e ia pegando itens de valor à medida que ia mais para o interior da casa. Mas o destino parece gostar de pregar peças nas pessoas: em uma das salas, ele viu corpos. De início, achou que eram bonecos de alfaiataria. Quando chegou mais perto, viu que eram pessoas que foram dadas como desaparecidas. Aquela casa tinha mais do que aparentava, assim como sua proprietária.

– O que pensa que está fazendo? – ele ouviu uma voz delicada na porta. Ao se virar, deparou-se com a mais bela mulher que já tinha visto na vida, vestida de vermelho e ele não pôde resistir a tentação nenhuma.

– Boa noite... – ele se aproximou de Dora e a segurou pela cintura. Incrivelmente, Dora não demonstrou aversão, mas prazer – eu estava procurando por você. Seu nome é Dora, não?

Dora apenas sorriu e se libertou dos braços dele. Depois, o levou até seu quarto, onde se jogou em sua cama e lançou um olhar sedutor. Ele subiu em sua cama e Dora o derrubou. Mas não aconteceu o que o ladrão pensava: ela injetou algo na veia de seu pescoço que o fez perder a consciência.

Quando acordou momentos mais tarde, viu que estava nu. Dora estava usando uma roupa branca e segurava uma lâmina.

– Acordou? A dose foi um pouco fraca, não? Mas não se preocupe – ela jogou os cabelos para as costas – vai ser rápido. Agora, quem te mandou? Quem quer roubar minha beleza? DIGA!

Sua voz delicada havia sumido, e o que restava era uma jovem psicótica, que poderia matá-lo a sangue frio a qualquer momento. Seus olhos pareciam ter perdido o brilho sedutor que possuíam. Ela passou a cortar a carne do homem, ignorando–o:

– Ninguém me mandou... foi sem querer, eu juro! Por favor, para! Eu não quero sua beleza, só queria o que você guarda na sua casa! Por favor, pare!

Ela passou a trabalhar com mais afinco. Por fim, ele parou de gritar; Dora já havia tirado seus órgãos e os jogava em um saco preto. Depois, começou a ir com mais calma. Ela tratou a pele de um jeito que, quando secasse, iria ficar muito bem empalhado. Ficaria ótimo junto com as outras pessoas que haviam tentado usurpar sua beleza.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É, talvez ela seja um pouco (?) psicopata... um lado que acho que todos tentam esconder.

BGS, BGS, NYAH!

REVIEWS?