A Far-off Memory escrita por LawlietShoujo
Notas iniciais do capítulo
MEU DEEEEEUS, que vergonha.
Eu gostaria que lessem essa nota até o fim, POR FAVOR ;;
Eu acho que pedir desculpas não é suficiente :T Eu estava em plena mudança de cidade e pra completar o PC pifou e só veio funcionar tudo hoje.
Pra compensar, já deixei os outros capítulos prontos, então não vou demorar mais, ok? Me desculpem, sinceramente. O PC tava com todo o original da fic, então não tive como mandar nem por Lan House :T
Me desculpem mesmo.
Ryutaro segue com sua mãe até o hospital. Ela parecia apreensiva, nervosa, o que o intrigava: se a Megumi-chan iria sair do hospital, por que ela parecia tão preocupada? Não obtivera respostas na expressão da mãe, que se esforçava para pensar em algo para justificar toda a situação.
Ao chegarem no hospital, Aiya manda o filho esperar em umas cadeiras que ficavam um tanto longe da recepção. Contrariado, ele obedece a mãe, achando tudo aquilo muito estranho. De longe, vê sua mãe conversar algo com a recepcionista, mas não consegue identificar o que tanto falavam uma com a outra.
- Senhora Shimizu, gostaria de algo?
- S-sim, poderia me dizer quando a Megumi pode receber alta?
- Deixe-me verificar. - A moça diz, digitando algumas coisas e virando-se sorridente para Aiya. - Amanhã mesmo! Ela está estável e os médicos estão apenas esperando para confirmar.
- Teria como liberar a Megumi hoje? Qualquer coisa que ela sinta, traremos aqui imediatamente!
A recepcionista faz uma expressão vazia, pegando o telefone. Ela falava com o médico sobre o pedido da mãe da pequena Shimizu e tentava convencê-lo de que ela teria condições de mantê-la estável. Após alguns minutos de conversa, ela faz com que o médico aprove.
- Pode buscar sua filha.
- Ah! Graças a Deus! Obrigada!
Aiya tinha tudo sob controle: com sua história dando certo, ela não precisaria mentir mais pro Ryutaro. Em sua mente, fazia tudo pelo bem de seu filho - na verdade, para não ter que contar sobre sua condição. Ela se dirige até as escadas, chamando pelo pequeno, que a acompanha, ressabiado - ele estava contente por sua irmã, mas seu pensamento estava em Yosuke.
O reecontro com Megumi foi o mais clichê possível - emoção por parte de sua mãe, uma animação forçada do menino. Entram no carro e seguem para casa, passando pela frente do shopping. O ruivinho estica o pescoço, tentando verificar se o outro rapaz continuava lá, mas não o vira. Se sentia mal por ter quebrado o compromisso, mas não pôde fazer nada.
Chegam em casa esbaforidamente, surpreendendo o pai que estava pegando as chaves para sair para o trabalho. "Megumi-chan?", ele estava feliz, mas não entendia porque a menina voltara tão cedo. Esticando seu braço, puxa a pequena para si, num abraço apressado e desajeitado.
- Bem-vinda de volta, Megumi.
- O-obrigada, papai.
- Eu vou trabalhar agora, nos vemos depois.
- ... Certo.
O homem beija sua esposa, saindo sem dizer mais nada. Ryutaro ainda estava um pouco disperso, observando Aiya encaminhar sua irmã para um banho caprichado. Agora a família estava completa. Para o menino, sua família estar "completa" significava estarem todos possibilitados de chegar em casa, porque não interagiam muito. Seu pai, sempre trabalhando, mal o conhecia. Aiya, apesar de se esforçar mais do que o marido, não conseguia alcançar os filhos e muitas vezes menosprezava o que sentiam; não conversavam sobre problemas ou dúvidas - a relação entre eles era meramente financeira: enquanto menor de idade, Ryutaro se mantinha em casa, mas a partir do momento que conseguisse independência financeira, sairia de casa sem hesitar.
O pequeno sucumbe novamente aos jogos, entediado como sempre. Sentia uma angústia estranha toda vez que pensava no que ocorrera mais cedo e não conseguia se concentrar em mais nada. Estava irritado, precisava de paz, precisava respirar... Precisava ir para o Bosque da Paz, definitivamente. Não só porque a atmosfera de sua casa o aborrecia, mas porque algo dizia que Yosuke estaria lá. Resolve ir, se despedindo da forma mais brusca e evasiva possível, deixando sua mãe um pouco perturbada. Leva a mesma quantia de dinheiro, pegando um táxi para lá.
- Pode parar aqui, por favor. - O menino diz, apontando para a entrada do lugar.
Ele segue sem pressa para o bosque, desviando de algumas raízes sobressalentes. Apenas dois passos mais adiante e ele comprova sua suspeita: Yosuke realmente estava lá, sentado no lugar de antes, lendo algo em um caderno preto.
- Yosuke, você é previsível.
- O que faz aqui...?
- Eu não estava muito animado para ficar em casa e eu sabia que você estaria aqui. - O ruivo se senta ao lado do outro, que instintivamente fecha o caderno. - Coisas pessoais?
- Sim.
- Misterioso como sempre. Enfim, eu queria me desculpar por hoje mais cedo. Eu tenho uma irmã mais nova, Megumi, e ela saiu do hospital... Mas isso minha mãe te disse, não foi?
- ... Deve ter comentado. Não me lembro. - O moreno estava angustiado. Fora proibido de se aproximar do pequeno Shimizu, mas este não parava de procurá-lo. Antes que tudo piorasse, ele precisava fazer alguma coisa, por mais que doesse. - R-Ryutaro-kun... Ahn...
- O que foi?
Yosuke não conseguia pensar em algo para dizer ao seu pequeno - precisavam se afastar, mas com uma justificativa plausível. A mente do moreno trabalhava enquanto o outro o fitava de uma forma delicada e inocente. Na verdade, o olhar de Ryutaro transmitia apenas coisas boas, e era um dos motivos para Yosuke amá-lo tanto: a pureza que habitava seu coração.
- Eu vou viajar amanhã e é provável que eu volte somente nas aulas.
- O-o que...? Yosuke...
- É... Meus pais vão me levar para conhecer outra região do país, então eu posso demorar lá.
- Ah, caramba! Parece divertido, mas eu realmente queria uma companhia pra essas férias chatas... E você é a pessoa mais legal que já conheci, embora não tenhamos conversado muito.
- Quando eu retornar, podemos fazer alguma coisa juntos, ok?
- Estarei aguardando! Você tem celular ou algo que eu possa manter contato?
- Ahn...
- Espera, vou pegar meu celular.
O garoto enfia a mão no bolso da calça, puxando um aparelho preto e abrindo com o polegar. "Vou salvar como Yosuke mesmo", ele diz, digitando o nome lentamente, já que não tinha costume de usar o celular. "Yo... Su...", ele levava algum tempo pra cada sílaba, distraído. Seu dedo então bate em uma tecla por acaso e, para garantir que o nome que estava colocando no celular não havia sido mudado, ele olha para a tela, ficando sem reação. "S-Shinohara... Yosuke?", ele pergunta baixinho para o outro, que confirma com uma expressão desconfiada.
- ... Seu número já está no meu celular.
- A-Ah, já?
- Como isso é possível? Eu não lembro de ter colocado aqui.
- ... Mas é claro que está! Você não se recorda? Trocamos números no dia em que marcamos de nos encontrar no shopping!
- Foi?
- Sim! Você precisa melhorar sua memória, huh?
E então uma preocupação atinge o moreno em cheio: como Ryutaro reagiria se visse as mensagens que trocaram e fotos que tiraram em seu celular? E a câmera do ruivinho? Será que alguma foto sobrara nela? O moreno pega o aparelho do outro, alegando que queria olhar os jogos. Com movimentos rápidos nos dedos, ele deleta todas as mensagens da caixa de entrada e vê que as fotos não estão mais lá.
- Eu vou sentir sua falta, Yosuke-san.
- Eu também. - "Mais do que imagina, Ryutaro", ele pensa, com um olhar triste que parecia dissolver-se na atmosfera calma do lugar.
- Ei... Posso te pedir uma coisa?
- Claro.
- Tome cuidado na estrada, sim? - O menor pensa em sua cicatriz e em tudo o que aconteceu no acidente. - Não quero que se machuque como eu.
- Deixa comigo.
O ruivinho coloca o braço sobre os ombros de Yosuke, dando uma risada tímida. "E não se esqueça de mim, enquanto estiver lá", disse, sem deixar o sorriso ceder. "Esquecer de você? Não seja idiota. Quem esqueceria?".
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O próximo capítulo não vai demorar ;; Agora o PC ta estabilizado e a mudança completa.
Beijos >