A Far-off Memory escrita por LawlietShoujo


Capítulo 6
Controle Parental


Notas iniciais do capítulo

Espero não ter demorado! Consegui uma brecha no computador, sheesh >—< Semana de provas, daí fica complicado.
Obrigada por lerem!
Beijos ♥



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Ryutaro chegara em casa pouco tempo depois de chamar o táxi, sendo repreendido pelos pais por ter demorado. Sua irmã, Megumi, ficaria apenas mais alguns dias no hospital para que tivessem certeza de que estava estável - o que era um alívio, pois temiam que ela se prejudicasse assim como o pequeno ruivinho.

Após tomar um banho para relaxar, ele se senta no sofá de sua casa, conectando o videogame na televisão,no intuito de se distrair um pouco - adorava passar horas jogando, porque gostava de imaginar que estava realmente vivendo as histórias e aventuras que os jogos contavam. Ele gostava de se sentir importante e realizava essa vontade como herói da trama.

- Desligue isso, Ryu, é hora do almoço. - A mãe anuncia, enquanto arrumava os pratos do almoço na mesa de mármore claro.

O garoto obedece, sentando-se com sua família. Outra coisa que apreciava era reunir-se para as refeições; comer sozinho era triste e ele preferia ficar sem comer a ter que fazer isso sem companhia. As conversas de almoço eram mais importantes que a comida em algumas ocasiões, divertindo todos os presentes. Ryutaro vê uma cadeira vazia, sentindo falta de sua irmã - apesar de brigarem quase sempre por motivos banais, se amavam muito.

O dia passa lentamente e o ruivo imagina se tinha essa impressão porque estava ansioso para encontrar seu 'novo' amigo. Na cabeça do pequeno, era uma história divertida pra contar no futuro: conheceu seu amigo após um engano no hospital e um sonho. Ele não fazia ideia de que sua relação com Yosuke não começara a partir desses dois pontos, mas se divertia com a situação que acreditava ser única.

O menino sobe as escadas, pulando displicentemente os degraus em pares, a fim de chegar mais rápido no andar de seu quarto. Ele adentra o cômodo, se dirigindo para a janela. Observava o Sol seguindo seu caminho, dando espaço para uma Lua cheia imponente. "Acho melhor eu me deitar...", diz baixinho, trocando-se e se rendendo ao conforto de sua cama. Adormece.

____________________________

O lugar era o mesmo - limite municipal, árvores, verde, quietude, terra úmida, folhas caindo. Se sentia em paz, como se todo o resto do mundo não valesse nada naquele momento. Olha para si mesmo, estava sentado ao lado de Yosuke nas gramíneas do local, segurando um sorvete de creme que estava começando a derreter.

- Ryutaro, você é muito bobo. - O moreno diz, sorrindo com a ponta do nariz suja de sorvete. Ryutaro tirava uma foto da cara do outro, rindo.

- Você fica melhor assim.

- Eu vou me vingar. Você sabe, não é?

- Não esperava nada diferente. - O menor faz uma expressão desafiadora e engraçada. - Yosuke-baka-chan.

O moreno segura o outro pelo pulso, rindo. Seu sorvete era de chocolate - seu vício mais puro - e estava quase intacto. De repente, passa o sorvete nos lábios de Ryutaro rapidamente, deixando-os lambuzados com ele. "Pois você fica melhor assim, Ryucchan.", diz, olhando profundamente nos olhos acinzentados de seu pequeno adorado. Param de rir no instante em que seus olhares se cruzam.

- Se bem que esse tom de chocolate não combinou com sua pele. - Yosuke profere, fingindo estar sério. - Deixa eu limpar.

Com a mão livre, segura a face corada de Ryutaro, acariciando-a da forma mais gentil possível, colocando uma mecha do cabelo dele atrás de sua orelha com o indicador. Aproxima seu rosto lentamente, prestes a beijá-lo. Seria um beijo achocolatado e romântico.
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O sonho não continua. E dessa vez o ruivinho não acorda - pelo contrário, permanece num sono profundo e tranquilo. Atravessa a madrugada na mesma posição, agarrado ao travesseiro e com as pernas quase saindo da cama.

- Ryutaro-chan? - Uma voz feminina ecoa no quarto. - Ryutaro-chan?

- Hnngg... Hmm? - O menino grunhe rabujentamente, meio dormindo, meio acordado.

- Ryutaro-chan! Levante-se! Uma e meia da tarde!

- O QUE?

O garoto se agita, caindo da cama e fazendo a mãe rir, ajudando-o a se levantar. "Pra que tanto desespero?", ela pergunta, ainda risonha. "Mãe, eu vou encontrar um amigo às duas da tarde!", ele perambula pelo cômodo, apanhando roupas e se arrumando da forma mais rápida que pôde.

- Que amigo?

- Yosuke. Eu o conheci ontem.

- Hm, Ryucchan, isso não é perigoso?

- Se a senhora acha, pode me levar até o shopping e ver com seus próprios olhos que ele é legal.

- Mas antes disso, você já sabe, não é?

- O que?

- Almoço, Shimizu Ryutaro, almoço! É importante que você se alimente. Deus, quantas vezes tenho que dizer? Que memória ruim! - Aiya diz, somente se dando conta da brincadeira triste que fizera após tê-la feito.

- Ahn, ande logo.

Ambos descem as escadas, sentando-se bruscamente. O senhor Shimizu nota a pressa colossal do filho, perguntando-lhe o motivo tal como fez a mãe. Com a boca cheia de macarrão, ele responde, sem parar de comer. Termina numa velocidade que antes achava humanamente impossível e deixa a mesa num salto. Por causa da agitação intensa, se sente levemente tonto, mas respira fundo, na tentativa bem sucedida de melhorar.

- Vamos, mãe!

- Querido, vou levar o Ryucchan lá. Volto em um minuto para podermos terminar o almoço propriamente.

Aiya entra no outro carro que tinham - uma vez que o outro fora completamente destruído -, conduzindo seu filho pelas ruas até o local em que ele se encontraria com o amigo. Pegam um trânsito não muito caótico, mais ainda assim irritante. Ryutaro odiava se atrasar, e já haviam passado dez minutos da hora que combinaram. A entrada do shopping chega, e o ruivo vê o outro encostado num carro, esperando. "Estaciona em qualquer lugar, mãe, ele já está ali!", diz, apontando.

- Eu não vou descer com você. Apenas me mostre onde ele está.

- É aquele menino de blusa preta ali.

A mulher direciona seu olhar, despreocupada, para o garoto. Sentiu que o conhecia de algum lugar... "O menino do hospital! Santo Deus, eu DISSE pra ele ficar longe do Ryutaro até que ele se lembrasse de que eram amigos!", ela se desespera, freiando o carro. Se deixasse o filho ficar com aquele garoto, alguma coisa poderia acontecer e revelar a amnésia que tinha. "Mãe?", o menino a cutuca, "Estou atrasado". Neste instante, Aiya pega seu celular, fingindo estar recebendo uma ligação.

- Alô?

- ... Mãe... - Ryutaro se sacode no banco, apressado.

- O que? Oh, meu Deus, isso é ótimo! Estamos indo aí imediatamente! - Ela controlava o tom de voz e as expressões para convencer o filho de que havia realmente alguém do outro lado da linha. Fechando seu celular, ela vira para o pequeno. - Ah, Ryucchan, eu sinto muito, mas você terá de vir comigo. Megumi-chan acaba de receber alta.

- O que?! Mas, mãe...! Você pode ir com papai!

- Tenho certeza de que seu amigo vai entender. Eu mesma aviso a ele. Fique esperando aqui.

- Mãe, isso não faz sentido. Não seria melhor que eu vá e fale pra ele?

- Fique. Esperando. Aqui.

Ela encosta o carro, ligando o pisca-alerta e saindo, esbaforida, ao encontro de Yosuke, que ao vê-la, estremece - será que ela ia reagir bem à aproximação? Ele sentia que não. Ele sabia que não.

- Menino!

- ... O-oi...

- Você ia se encontrar com o Ryutaro?

- I-ia, mas...

- Escute bem, eu não quero ser rude com você. Eu não vou proibí-lo de ver meu filho, mas contanto que o faça a partir do momento que ele se lembrar de você! Essa amizade que está tentando reconstruir pode piorar o estado do Ryutaro!

- Mas ele pode nunca ter as memórias de volta...

- Se for este o caso, EU contarei a ele o problema. E aí você pode falar com ele. Até lá, fique na sua. Por favor... - A moça respira dolorosamente. - ... Já está sendo difícil o bastante.

- ... Ok. - Yosuke engole em seco, tentando reprimir a tristeza. Criara muitas expectativas sobre aquela reaproximação e agora viu tudo desabar mais uma vez.

Ele vê a mulher voltar para o carro e pela, janela, Ryutaro o olhava, triste. De repente, o ruivo percebe que Yosuke o estava vendo e acena melancolicamente.

Yosuke teme que aquele gesto fosse um adeus. Mesmo que não intencional.


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Notas finais do capítulo

Nyaaaaaan >—
O que acharam desse capítulo? @_@ Espero estar fazendo um bom trabalho! Fiquem à vontade!
Nos vemos em breve, no próximo, ok?
Beeeeeeijos!