Report of Melissa, Thurday 11st, July 2010 4:45p.m

-Pai? Anda pai. Que moleza! A kesha não pode ficar esperando, né? –Falei batendo o pezinho no chão. –Parece uma noiva! Ou melhor, nem noiva demora esse tanto.

-Que menina apressada! –Ele reclamou, enquanto andávamos para a garagem.

Meu pai fez mil e uma perguntas no carro sobre a Kesha. E eu tive que pedi-lo para dizer que estava investigando sobre o pai dela, até passei algumas informações que eu tinha conseguido.

(...)

-Que demora! Tudo hoje está lento. Que avião que não chega!

-O transito deve está congestionado. –Ele disse prendendo a risada.

-Sem brincadeirinhas pai! Estou ansiosa. –Falei seria.

-Não é aquela moça ali, não? –Ele me disse apontando uma garota emo.

-Não pai! Claro que não. A kesha não gosta desse estilo.

-Querida como vamos saber que é ela? –Ele me perguntou curioso, coçando a cabeça.

-Eu sei o que vou fazer. Fique tranqüilo!

-Eu vou ao banheiro já volto. Espere-me aqui. –Ele disse.

Estava distraída procurando a Kesha. De repente uma garota se joga em cima de mim. É ela se jogou. Com mala e tudo. Ela tropicou numa bolsa alheia e veio parar em cima de mim, ela e a bagagem dela.

-Ei, você é cega? –Disse enquanto ela toda sem graça me estendia à mão, para eu me levantar do chão.

-Me desculpe. E-eu não queria. É que...

-Tá bom. –Disse arrogante, enquanto ficava de pé. Eu encarei a menina de frente, a qual tão sem graça estava, que até desviava os olhos de mim. –Ei, espera!

-O que? –Ela me disse arregalando os olhos assustada.

-Menina, você... –Comecei a falar boquiaberta.

-Eu? –Ela disse sem compreender.

-Seus olhos! –Falei boba. –Como pode.

-Hãn? O que têm eles? –Ela disse toda confusa.

-Nunca vi uma cor dessas. Alem de mim e mamãe. Quer dizer o da minha mãe eu não vi... Meu pai que conta, que os meus olhos são os olhos da minha mãe!

-Hãn?

-Os seus olhos são idênticos aos meus. –Eu disse sem tirar meus olhos, dos olhos dela.

-É eles parecem.

-Parecem não! São idênticos. –Eu estava feito retardada com essa descoberta. Mas era mesmo algo incrível. –Eu que me achava a tal, por ter olhos tão exóticos.

-Você me lembra uma amiga minha. –Ela disse mudando de assunto. –Lembra até demais.

-Quem é essa moça, querida? –Meu pai me perguntou analisando a menina.

-Uma menina que conheci. Pai veja os olhos dela. –Disse e meu pai os encarou. A menina estava vermelha de vergonha.

-Nossa. –Ele estava bem surpreso. –São iguais aos da sua mãe, aos seus. –Percebi que uma lagrima formava nos olhos dele. Eu não sabia o motivo, mais quis mudar o rumo daquilo.

-Vamos pai, a gente tem que achar a Kesha. –Falei puxando meu pai.

-Kesha? –ela disse assustada.

-É. Conhece? –Falei com pouco caso. Aquela menina estava me atrasando a achar minha amiga.

-Pode parar de procurar. Você já achou. –Ela disse rindo.

-Cadê? –Olhei para os lados.

-Querida, ela é a Kesha. –Me pai disse.

-Não, não pai. A kesha é nerd. A Kesha não é assim...

-Ei, sou eu. Melissa! –Ela me disse revirando os olhos.

-Se fosse está falando, né. –Falei com pouco caso.

-Mel! –Meu pai me repreendeu. –Cumprimenta ela direito. –Ele falou baixinho.

-Ai! –Resmunguei para ele. –Me desculpe, Kesha? –Que evolução. Eu estou pedindo desculpa. –Não parece nadinha com você, aquela menina. E desculpe também por ter sido arrogante.

-Ok. –Ela disse sorrindo. Como ela é meiga. Não agüentei e dei um abraço bem forte nela. Olhei para meu pai e ele sorria. Como se conhecesse a Kesha há muitos anos.

No caminho para minha tão querida casa, conversamos feito maritacas. Eu achei Kesha um tanto tímida. Mais perto de mim ela ia mudar rapidinho! Meu pai, começou a conversar com ela sobre o passado e as investigações (as que eu tinha passado). Não sabia que ia ser tão fácil convencê-lo a se envolver com o caso. Pelo visto ele gostou mesmo de D. Kesha.

Quando chegamos tratei de mostrar a casa toda a Kesha. E não a deixei descansar, enquanto não mostrei cada detalhe da minha casa. Ou seja, fomos dormir bem tarde.

Report Of Kesha Friday 12nd, 2010  9:32 a.m

Levantei as nove e fui para o banheiro tomar um bom banho,do jeito que dormi... estava exausta da viajem e melissa fez questão de me mostrar sua casa toda enfim fui dormir com as meus pés gritando de dor,mas não há nada que uma boa noite de sono não cure, agora já vestida estava indo a caminho do café da manha quando estava no ultimo degrau Melissa aparece do nada a minha frente me assustando no que isso resultou? Em uma belo de um tombo .

__Desculpe me não sabia que você ia cair- disse Melissa me ajudando a levantar.

__Que nada eu que sou uma desastrada e atrapalhada mesmo.- falei arrumando minha roupa.

Caminhamos juntas pela casa,passamos por uma enorme sala e depois por um corredor,chegamos a uma sala ampla com uma grande mesa bem farta, seu pai já estava sentado tomando seu café tranqüilamente.

__Bom dia filha!-disse dando um beijo em Melissa- Bom dia Kesha!.

__Bom dia- respondi me sentando.

__bom dia pai.

-Meninas, se vocês não se importam eu não vou almoçar em casa. –O pai de Kesha disse enquanto comia uma fatia de bolo.

-Onde vai almoçar, pai. –Melissa perguntou curiosa.

-Com uma amiga. –Michael (pai dela) ficou vermelho de vergonha, e até se atrapalhou na hora de pegar o suco, que por sua vez sujou a mesa. –Clotilde limpe isso, por favor.

-Amiga? Que amiga? –Melissa disse com o ciúme visivelmente estampado.

-Depois nos falamos, Mel. Estou atrasado. –Ele disse pegando seu casaco e saindo.

-Que estranho! –Ela murmurou. –Clotilde? Pode fazer bolinhos de chuva para mim? Iguais aqueles da minha avó? –Ela pediu.

-Claro. Er... Quero dizer. Eu tinha pedido para sair mais cedo, para pagar umas contas. –Clotilde falou sem graça em negar um pedido.

-Ah, que pena. –melissa fez um biquinho. Eu só estava analisando a cena, eu não tinha muito que dizer.

-Mas tudo bem, eu vou tentar fazer antes. –Ela disse indo para a cozinha. Coitada, ia fazer tudo correndo só para agradar a princesinha, a qual não contestou a idéia.

-Você é tão calada Kesha! –Melissa disse. –Por que vestiu esse vestidinho?

-À toa. Ele é fresco. –Falei olhando para meu vestido. Não tinha nada de errado com ele.

-Tão simples! Não realça você!

-Mas eu nem vou sair. –Retruquei.

-Mas querida, nós temos que ser sempre belas! –Ela disse com um sorriso imenso, depois balançou os cabelos loiros brilhantes. Ela é mais esnobe do que eu pensava.

Eu dei uma risada sem graça. A campanhia tocou, Clotilde veio para atender, mas Melissa foi correndo na frente.

-Deve ser meu pai. Ele sempre esquece as coisas.

Clotilde voltou para a cozinha, enquanto Melissa voltou andando para a sala de jantar, com cara de sonsa. Por que ela estava daquele jeito? Atrás dela veio um rapaz incrivelmente lindo. Seria o namorado dela?

-Julio! –Clotilde disse. –Vou me atrasar um pouco meu filho. –Ah então esse gato é filho da empregada. Melissa agora estava sentada a mesa do café da manhã, mexendo desajeitada nos copos.

-Por que, mãe? –Clotilde só apontou para Melissa, e Julio fechou a cara.

-Essas princesinhas. –Ele disse sínico, Clotilde corou de vergonha e Melissa se levantou da cadeira.

-Quem você está pensando que é, em? –Ela disse parando na frente dele. No mesmo tempo que ela queria dizer brava, ele dizia meiga como que apaixonada. Paixão a primeira vista?

-Você é uma folgada! Uma dondoquinha do papai. Sempre esnobe. Nunca pude pisar aqui por sua causa. Não gosta de ter contato com classe inferior. –ele cuspiu as palavras. PAVIO LONGO GALERA! Não se pode juntar dois estourados. Ainda mais quando um deles está suspirando de paixão.

-Clotilde, quer ir? Vá! E leve esse chato daqui. –Melissa disse brava. Clotilde pediu que esperasse um minuto e foi tirar os bolinhos do fogo.

Report Of Melissa Thurday 12nd, 2010  9:58 a.m

Meu Deus! O que está acontecendo comigo? Estou com as pernas bambas e não dei direito o que estou falando. Não queria xingar o tal do Julio. Mas não agüento desaforo. Enquanto falava com ele encarando aqueles olhos de jabuticaba... Me dava vontade de abraçá-lo. Segure-se Melissa! Segure-se! Ele é filho da empregada. Você é rica!

-Melissa o que você tem? –Kesha perguntou assim que mãe e filho saíram.

-Ele me tirou do serio! Precisava dumas boas verdades.

-Não me referi a isso. –Ela disse.

-Então a que se referiu? –perguntei sem entender.

-Você estava feito sonsa! Acho que o filhinho da empregada mexeu com você. –Ela riu.

-Está doida? Lógico que não! Eu consigo alguém melhor que ele num estralar de dedo. –Falei enquanto ia para a sala de TV.

-Não vai comer os bolinhos que a Clotilde fez correndo pra te agradar? –Perguntou ela.

-Perdi a fome!

-Que esnobe você! Coitada ela fez correndo... –Kesha começou a resmugar. Fui até ela.

-São só bolinhos!

-Vou comer alguns. Pra não fazer desfeita.

-Se não quiser não precisa. Clotilde nem aqui está.

Falei indo para a sala. Kesha me seguiu com a vasilha de bolinhos. Mudei de canal até encontrar algo que não fosse desenho e jornal. E por que eu estou fazendo isso? Se eu não consigo concentrar em nada. O brilho dos olhos de jabuticaba dele está grudado na minha mente.

-Melissa, temos que lavar as louças! –Kesha disse preocupada.

-Relaxa, Clotilde faz isso.

-Pobre Clotilde tudo é ela! –Kesha disse com pesar.

-Acho que nunca lavei um prato! –falei orgulhosa. –Sempre tive quem lavasse por mim. Estragar minhas unhas? Jamais!

-Nunca? –Ela me encarou assustada. –Hoje é o dia, venha cá. –Ela me puxou. Puxando-me na minha própria casa? Se não fosse minha Best eu xingava.

Ela foi me puxando até a cozinha. Depois voltou a sala de jantar recolheu pratos, copos e etc. E colocou todos na pia. Limpou a mesa, ajeitou as cadeiras. E disse:

-Pronto! Pode lavar.

-Ei? Eu não vou lavar! –Fiz igual criança pirracenta.

-É legal!

Ela começou a lavar e me molhar. Por fim entrei na dança, comecei a lavar na torneira ao lado e a molhá-la. No final de tudo, as louças estavam lavadas e nós estávamos feito PINTINHOS MOLHADOS. Nos riamos sem parar, até olharmos para a cozinha a qual estava encharcada. Kesha escorregou numa poça e caiu.

-Machucou? –Falei segurando o riso.

-Não. Eu sou muito desastrada.

E lá estávamos nós secando nossa bagunça. Serviço domestico não é lá tão ruim. Achei que tudo isso fosse uma tortura.