Eu e meu Pedrinho entramos no quarto. Teríamos poucas horas juntos, pois logo anoite os meninos teriam que voltar á São Paulo. Á cada hora que passava eu ficava mais preocupada, mais aflita. Será que nós vamos nos ver denovo? Será que ele vai sentir saudades de mim? Será que ele vai me trocar por qualquer outra fã bonita? Eu estava sentada ao lado dele, ele escutava música e eu estava começando a tremer e a chorar. Eu estava muito nervosa.

- Luana! Luana, você ta bem amor? - ele perguntou

- Acho que não, eu to meio enjoada. Já volto. - e eu fui correndo ao banheiro para vomitar

- Ah, meu Deus! Luana, eu vou chamar um médico! Ah, ai, caralho! - ele corre atrás do celular mas tropeça em algo

- Pedro, calma, eu só devo ter comido algo que não devia. Não precisa se preocupar tanto, amor. - eu disse

- Preciso sim! E se você... e se você... - ele não terminou a frase

- E se eu? ... não! Não, não é isso o que você está pensando! Não pode ser, é impossível! - eu disse

- É impossível mesmo, você não pode estar GRÁVIDA. Nós usamos sempre camisinha,  você não pode ter engravidado de mim! - ele disse

- E não estou, só devo estar doente, para de gritar comigo, por favor! - eu disse

- Não tô gritando! Só acho que se você estiver grávida, de mim o bebê não é! Será que você esta grávida de outro cara? - ele começou a me acusar, ainda gritando

- Não, Pe! Cala a boca! Eu te amo! Você sabe que eu nunca namorei ninguém antes de você e muito menos depois! - eu disse

- Tô começando a duvidar disso... - ele falou de modo insensível

- Pedro... Pedro... eu to meio... tonta... - eu disse sem força nenhuma e desmaiei

O que estava acontecendo? Eu estou tão perdida, minha mente está embaralhada... Onde estou? Acho que eu fiquei apagada durante um bom tempo. Só lembro de ter brigado com o Pedro... será que ele me abandonou? Preciso acordar, preciso acordar.

- Ela acordou, quem vai entrar? - falou um homem de jaleco branco para alguém do lado de fora do quarto

- Eu entro, por favor doutor! - falou o Pedro, eu reconheci a voz

Eu já estava mais conciente de onde estava. Pelo geito me levaram até o hospital. Olhei o relógio na parede, fazia apenas 1 hora desde que desmaiei. Observei o Pedro Lanza sentar, na cadeira ao lado da cama.

- Luana... me perdoa, eu não devia ter gritado com você. Você está bem? - ele disse

- Mais ou menos, acho que estou. O que que eu tenho Pedro? - eu falei

- Ah... então, você não está grávida. Você só comeu alguma coisa fora do prazo de validade naquele hotel. Me desculpa, eu fui um idiota... eu te acusei sem provas. Me perdoa? - ele disse

- Hum... claro que perdoo. Você com certeza não quer nada sério comigo, e um filho ia estragar tudo, né? - eu disse com um tom acusador

- Não! Eu quero muito um filho, com você! Adoro crianças e te amo muito, quando você vai acreditar? Eu quero continuar namorando com você, quero casar com você. Nem a distância nem ninguém vai nos separar. - ele disse

- Então por que você ficou tão agressivo comigo quando achou que eu estava grávida? - eu disse

- Eu não sei, acho que sou muito novo. Eu ia ser um pai terrível, nesse momento. Eu ia ser um pai sempre distante. E também fiquei com ciúmes, achei que você tinha me traído. - ele disse

- Own! Eu tenho o namorado mais fofo do mundo. Eu nunca vou te trair. E se você quiser, eu vou estar sempre com você. Eternamente. - eu disse

- Eu te amo, minha Luaninha.

- Eu te amo, meu Pedrinho.

Depois de mais meia hora em observação e uns 2 remédios, o médico me liberou. Ainda bem que o Pedro não tinha contado pra ninguém, nem pra minha mãe. Se ela soubesse ia ficar super preocupada á toa. Saimos do hospital com a van da equipe e paramos na frente de uma floricultura, ele queria comprar uma flor para mim. Ele me fez uma surpresa e apareceu no carro com um buquê de margaridas, lindas. Eu amo margaridas. Então, melhor voltarmos ao hotel antes que os outros deêm por nossa falta.