Obviously escrita por NoOdle


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora!! A escola ta puxada hahahaa Tomara que gostem! Beijão!



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O vento forte parara por um minuto, fazendo a pressão baixar naquele local. Estava claro o que ele havia dito, só não conseguia associar: ia nos... matar... sem mesmo esperar nossa reação?

Não fazia muito sentido.

Entortei a cabeça, olhando todos os vampiros em minha frente. “Você sabe que nós entendemos o objetivo de sua chegada.” O homem assentiu, ainda calmo como eu estava. “E você também está ciente de que nós não vamos aceitar tão facilmente esse... controle.”

“É claro que não.” Falou, se divertindo. “Só queria ter certeza de que está claro o porquê de sua morte.”

Balancei a cabeça, rindo melancolicamente. “Minha morte...” Repeti, olhando para baixo. Levantei o rosto, fechando um pouco um olho. “Ainda não entendeu que essa é a parte que eu ganho?”

O vampiro da tal guarda dos Volturi caiu no chão, tremendo à dor psicológica que eu estava causando. As duas vampiras deram um passo, visivelmente confusas, querendo ajudá-lo.

Troquei meu olhar para as duas, e ambas caíram, se arrastando no velho cimento da praça pequena. Sorri, andando até o homem do centro e agachando.

“Agora percebe...?” Falei bem baixinho, enquanto as vampiras levantavam com ajuda dos outros dois vampiros, que, pela expressão furiosa, cogitavam na idéia de me atacar. “Eu não nasci para seguir ordens. Nasci para fazê-las.”

A reação dele foi estranha – poderia dizer até inusitada; ele sorriu. “Era exatamente isso...” Falou devagar, levantando. “Era exatamente isso que estava procurando...” Se arrumou, estralando o pescoço. “Uma vampira com poderes.”

Franzi as sobrancelhas, ouvindo-o, agora interessada. Nem ligava mais para os conhecidos atrás de mim, me foquei total e profundamente nele.

“Jane, o que acha de se tornar membro da guarda dos Volturi...?” Perguntou, analisando minhas feições. “Aro iria adorar conhecê-la.”

“Entrar... para o poder supremo do mundo dos vampiros, você quer dizer?” Perguntei, muito confusa. Eles vieram para matar, porque então estavam me oferecendo um lugar naquela guarda?

“Sim.” Ele falou, começando a me rodear. “Temos ordens explícitas de que se encontrarmos um de nossa espécie que saiba fazer algo a mais devemos levá-lo à Volterra” Olhou para os lados, observando meu irmão e os outros três vampiros. “Mas teria que ser... Só você.” Falou por fim, me fazendo entender.

Eles queriam me usar, na verdade. Queriam usufruir de meus poderes a mais, me colocando na mesma guarda que estavam.

Virei-me, o olhando. “Seria interessante essa proposta. Com quem exatamente devo negociá-la?” Perguntei.

“Vamos te levar par ao castelo e você falará com Aro, Caius e Marcus.” Olhou para trás, dando um sinal para os colegas, que começaram a avançar. “É claro que você entende... Seus amigos não podem ir...”

Franzi as sobrancelhas, olhando Alec, Courtney, George e Karen. Todos fizeram pose de defesa e ataque, se preparando.

Mas algo em mim não queria que aquilo acabasse assim. Principalmente – não sei por que – com meu irmão. Não queria vê-lo morto ou muito abalado com a morte de sua visível companheira, Karen. E Courtney... Ela ainda parecia saber algo a mais sobre meu passado. Precisava dela.

“Não há... outro jeito?” Perguntei, hesitante.

O vampiro levantou uma mão, fazendo os outro quatro pararem de avançar lentamente.

Ficou sério, me olhando de um modo penetrante. “Você não pode amolecer.” Falou friamente. “Os Volturi não dão segundas chances.”

Abaixei a cabeça, deixando eles passarem por mim e atacarem meus iguais. Courtney e George lutaram e Alec entrou na frente de Karen, recuando. Mais uma vez o homem parou a vampira que ia atacar a companheira de meu irmão, me olhando.

“Para ter certeza de que entendeu... Vai ter que matar a garota.” Disse, muito sério.

Meu irmão me olhou, aflito. “Jane, você não vai fazer isso...”

Fiquei muito confusa, com medo do que fazer. Nunca me senti em dúvida e não queria demonstrar isso, mas aparentemente a indecisão estava explícita em meu rosto. A vampira saiu da frente e eu andei em direção a eles.

Precisava fazer isso. Era importante, se não nunca chegaria ao topo. Ele ainda me olhava, protegendo Karen.

“Saia da frente, Alec.” Falei, chegando bem perto dos dois.

“Não, Jane, por favor... Você não precisa fazer isso, eu...” Ele parou, olhando para o lado, onde um barulho seco se ouvia. Courtney se fora.

George tentava lutar agora com os dois vampiros e uma das duas vampiras. Voltei minha atenção para meu irmão em minha frente.

“Alec, de novo... Não quero te machucar... Saia da frente.” Alertei pela ultima vez.

Ele me olhou de um modo frio e duro, como nunca me olhara antes. Seus olhos semi serrados pareciam que me atacariam se pudessem. “Então vai ter que passar por mim.”

O olhei, pronta para fazê-lo sofrer. Foi quando aconteceu.

Me senti vazia, no escuro. Tudo em minha volta pareceu sumir aos poucos, primeiro minha audição – os gritos agoniados de todos os vampiros sumiram – depois o tato – todo o vento gelado pareciam ter desaparecido – logo em seguida meu olfato – o cheiro forte de sangue espalhado pela cidade parecia não existir mais – e por fim minha visão, me deixando no escuro total. Tentei gritar, mas minha voz não estava mais comigo, nem mesmo o gosto da hemoglobina doce em minha boca podia sentir ou então o veneno acumulado na saliva.

Estava totalmente sozinha.

O escuro, o vazio, a solidão. Aquilo sim poderia ser a morte de um vampiro. Não sentia nada, nada, era muito frustrante.

Preferia parar de respirar ao continuar daquele jeito.

Então tudo voltou, estava novamente na praça, meu irmão caído no chão, Karen, Courtney e George mortos e eu encolhida na frente de Alec, tremendo. Um dos homens da guarda dos Volturi chegou mais perto, me olhando.

“O que sentiu?” Perguntou o vampiro para mim.

Gaguejei ao responder. “Senti que ia morrer.” Disse, logo depois olhei os olhos arregalados de meu irmão ao meu lado, sem expressão.

Não demorei cinco segundos para entender o que estava acontecendo, e tudo se resumia em uma frase:

Alec também tinha poderes.


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