Obviously escrita por NoOdle


Capítulo 12
Capítulo 12 - Ultimo - Obviously


Notas iniciais do capítulo

GENTEE....... esse é o ultimo....!!! Nossa, foi muuuito legal escrever tudo isso principalmente com o apoio de vocês!!! Todo mundo me incentivou, ajudou, e apoiou! Foi maravilhoso ;)
Adorei vestir a capa da personagem Jane por este tempo todo... Principalmente porque vocês me ajudaram! *-*

Agora, apresento-lhes...: The last one, the Obviously!

Espero que gostem :DD
beijos e queijos (HAHA), NoOdle :)



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“Sim.” Minha resposta foi imediata. Parecia que estava entalada em minha garganta, nem houve tempo de cogitação.

Os pequenos fios de luz que provinham das luminárias cheias de velas entravam por todo o lugar, nos dando umas sombras meio sombrias que se mexiam um pouco.

Alec, sombreado pelas fracas velas do teto, me olhava com uma expressão inexplicável. Acho que se pudesse me mutilaria com os olhos preocupados.

“Jane, podemos conversar por um minuto??” Perguntou, segurando meus braços. Continuei parada, agora o encarando.

“Não tenho nada para conversar. Minha decisão já foi tomada.” Falei somente, sem expressão alguma.

Aro riu um pouco à minha frente, ainda com seu sorriso estampado no rosto. “Ela é decidida...!” Olhou Alec. “Você vai ter problemas para convencê-la do contrário, se é isso que quer.”

“Não se preocupe.” Eu disse, olhando o vampiro. “Não vou mudar de idéia.”

Ele riu novamente, ainda olhando meu irmão, que estava meio desconcertado enquanto me puxava para um canto, já se abaixando para tentar falar mais baixo – inútil, é claro, com tantos vampiros à nossa volta que têm suas audições aguçadas.

“Jane, você não quer nem pensar um pouco...? Sabe que essa decisão é definitiva, e não tenho certeza se vou segui-la com isso... Eles mataram Ka...” Começou, mas eu o calei, nervosa.

O vi se contorcendo, quieto, sentindo muita dor. Aro tampou a boca logo em minha direita, com um sorriso escondido. “Você não está entendendo.” Falei, olhando-o ofegar logo depois que acabei com a tortura. “É ou entrar... ou entrar.”

Alec respirava de vagar, como se absorvesse os últimos fios da dor ou de minhas palavras. Saí de perto, me virando para o Volturi.

“Quando posso começar...?” Perguntei, minha voz fina e calma voltando. Meu irmão ficava em pé logo perto de mim, se arrumando. Podia sentir a seriedade em seu rosto.

Aro olhou para ele e depois para mim, como se tivesse entendido. “Pois bem.” Apontou delicadamente para um lado, onde uma porta estava aberta. “Os vestiários estão ali. Queiram se trocar, por favor, depois uma mulher explicará o que ocorre neste castelo.”

Segui o local indicado, percebendo que o vampiro atrás de mim fazia o mesmo.

Sorri um pouco, satisfeita. Tinha provado meu poder além de convencido meu irmão a entrar comigo. Assim não ficaria sozinha.

A sala seguinte era pouco ampla e arejada, dando uma impressão de que estávamos em casa – minha pequena e não confortável casa.

Duas capas pretas com fundos avermelhados estavam penduradas em um prego, provavelmente feita para nós dois. Alec sentou no banco, passando a mão pelo rosto, muito preocupado.

Continuei andando em frente, pegando os grandes sobretudos e colocando-os por cima de minhas vestes, sem olhá-lo. Depois de alguns minutos parada, arrumando meu coque, percebi que ele não ia se aprontar.

Estiquei os braços, tacando o pano pesado para ele. “Se vista.” Disse somente, olhando-o. Ele pegou a grossa capa e me fitou.

“Achou que eu estava brincando quando falei que não entraria com você?” Tacou a veste no chão, fazendo a mistura de preto e vermelho ficar amassada no azulejo meio cinza daquele banheiro/vestuário. “Não posso, Jane, não consigo viver assim.”

Respirei fundo, tentando manter a calma. Sentei ao seu lado, pensando em um modo de consolá-lo; não me lembrava de ter feito isso uma vez sequer.

“Eu...” Comecei, cortando em algumas palavras. “Acho que...” Estremeci, percebendo que se o consolasse estaria fazendo uma ‘boa coisa’. “Entendo que...” Parei novamente, franzindo as sobrancelhas. “Ham...”

Alec me abraçou repentinamente, fazendo meus olhos se arregalarem. Não entendia o que aquele ato poderia significar, muito mais vindo de um vampiro... A primeira coisa que deveria fazer era matá-lo!

Mas algo não deixava, alguma coisa em minha cabeça falava para deixá-lo se consolar com aquilo. Meus braços continuavam imóveis e meus olhos vermelhos com uma exclamação de desentendimento. Ele sussurrou em meu ouvido, provavelmente sorrindo.

“Você nunca foi má. Só um pouco séria.” Ele falou, logo se afastou, pegando novamente a capa e vestindo-a. Minha boca estava entre aberta, não sabia o que dizer. “E eu sou seu irmão, minha função é protegê-la.” Parou, fechando os botões. “É isso que vou fazer.”

Ele seguiu reto, o sorriso se fechando em uma expressão séria enquanto andava por um corredor, onde a mulher nos esperava para explicar tudo que acontecia no castelo.

Mas eu continuava parada. Não sabia o que falar, o que fazer, como agir. Aquilo me pegara de surpresa, tudo muito rápido.

Passei a mão pelo rosto, respirando fundo e fechando minha cara na máscara que sempre deveria usar. Como na maioria das vezes fora, a resposta era obvia: tinha que seguir em frente.

Era obvio como respirar para os humanos é necessário. Obvio como piscar antes de matar alguém.

Obviamente necessário para continuar;

Fácil e incompleto para terminar.


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