as Duas Faces de Uma assassina escrita por Nivea_Leticia, Laauh_37


Capítulo 3
Supabeat


Notas iniciais do capítulo

Oii Galera do Mallll
Enfim, vim aqui postar mais um capitulo
E hoje, vou ser mais pratica! Logo ai embaixo, vai ter assim:youtube e dowloand, vai estar o link pronto para ir ao site! É seguro!
Beijos
E um super beijo para:Verdade, Mariliainlove ,Anne_Jackson, carolcniomdb, ana_Chase e Raissa- pelas recomendações. Vocês fizeram a fick entrar com tudo ^^
Valeu e se divirtam!



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[Música - Supabeat - Sweet 17]

Vídeo no Youtube -> http://www.youtube.com/watch?v=wKWN5VxprNo&feature=related

Download da música -> http://www.4shared.com/audio/Z0ABEm1c/Supabeat_-_Sweet_17.htm

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-A que todos naquela empresa desejavam ganhar.

-E o que seria? Matar o presidente?- eu disse ainda sarcástica

Fui até a cozinha e peguei um copo de suco para mim e um para ela.

-Toma. – e entreguei o copo para ela

-É de que esse suco?- disse ela fazendo careta

-Maracujá.- eu disse rindo, pois sabia que ela odiava maracujá

-Você sabe que eu odeio maracujá.- disse ela com cara de quem iria me matar

-Vai te fazer bem. Você precisa relaxar.- eu disse dando dois goles no meu suco

Ela bufou e colocou o copo na minha mesinha de centro.

-É sério Thalia! Você deveria estar se sentindo honrada em receber essa tarefa.

Eu me sentei ao lado dela no sofá e coloquei meu copo ao lado do dela.

-Então me diga o que essa tem de diferente das outras.- eu disse séria e pela primeira vez focando no trabalho e no que ela tinha a dizer

-Você sabe que o criador do Olimpo, meu pai, foi morto alguns anos atrás.

-Sei, vocês suspeitam que foi assassinato, certo?

Eu disse me lembrando daquele ano. Minha amiga ficou muito mal e tornou-se mais amarga e vingativa. Muitos dos sócios da nossa empresa afirmavam que a morte dele foi planejada e que o culpado deveria ser punido. Mas, pelo que eu sabia até aquele momento, as coisas ficaram por isso mesmo.

-Certo. Mas você só soube do principal da história.

-E o principal não basta?- eu perguntei sem entender aonde ela queria chegar

-Não- disse ela bem séria- O homem que supostamente matou ele morreu junto.

-Morreu?- aquilo eu realmente não esperava

-É. Foi um incêndio provocado por gás de cozinha vazando. Mas parece que o plano deu errado, pois acabaram os dois mortos.

-Eu não sabia disso. Mas o que isso tem a ver?- eu disse processando as ideias na minha cabeça

-Vingança.- ela disse com os dentes trincados e muita determinação na voz

-Vingança?- eu disse começando a gostar daquilo

-É. Nós queremos que você acabe dolorosamente com o que restou da família dele.- disse ela sedenta pela tão esperada vingança

-E porque eu? Isso nem é tão grande coisa- eu disse meio decepcionada

Eu pensei que a missão ia ser algo bem grande e perigoso, mas era só acabar com uma familiazinha.

-Não é grande coisa?- ela disse espantada e com raiva-Eu te preparei e te dei milhares de missões para você conseguir a minha esperada vingança e você acha que isso não é grande coisa?

-Calma. Se isso é tão importante para você eu acredito.- eu disse tentando acalma-la

-Você provou que é a melhor e por isso o concelho te selecionou.

-Se você diz...Mas como foi decidido isso?

DUAS SEMANAS ATRÁS.

WASHIGNTON,DC - EUA

OLIMPIO CORPORATION

SALA DE REUNIÕES.

23:00

(Pov: Dono da empresa)

Sentei-me de frente a todos os demais sócios naquela noite sem lua e fria. Como sempre, pronta para o improvável e  principal caso a ser organizado. Varri os olhos dentre eles, os familiares rostos, as familiares posturas, os familiares atos. Nada de anormal entre nós.

- Boa noite - falei dispondo as pastas brancas com o símbolo da empresa, onde continha os dados sobre a próxima vitima, em cima da mesa negra, para que cada um pegasse a sua.  - A nossa querida missão.

Eu já conhecia e sabia muito bem quem era o humano da vez. Descobri coisas que nem mesmo ele mesmo soubesse e agora transpassava isso aos meus queridos amigos de trabalho. Alguns pareceram surpresos pelo nome, alguns apenas sorriram em aprovação. Seria um grande feito a nossa empresa.

- Nosso assassino vai ter quer ser especifico - falou um de meus sócios pensando.

Assenti

- Sim, temos que tomar cuidado, sermos precisos - sentei - Nada de erros, nada de idiotices e nada de mortes lentas. Simples e rápidos, não quero mídia nesse.

Por um momento, toda a sala ficou em silencio pela analise da ficha da vitima. E, admito, a vingança subia pelo meu ser como um remédio contra a pior dor possível. Os meus instintos aprovando a morte daquele que causou tantos danos a nossa corporação, principalmente ao seu antigo dono. Assim como o medo, pela primeira vez, por associarem a vitima a assassina e os nossos sócios.

- Quem vai ser o agente? - perguntou-me o nosso mais novo da mesa. Seu pai, amigo do meu, havia morrido não há muito. Pensamos até mesmo em tira-lo do conselho, quando o menino demonstrou o seu potencial, não haveria o porquê de desperdiçar tanto talento. Ele era dono de uma grande porção de dinheiro, nascido em berço de ouro e tinha boa lábia, sabia como ninguém deixar uma pessoa entrar na sua, algo que o ajudou bastante a entrar e tomar possa da cadeira de seu anterior. Era charmoso, não haveria como negar, tendo como exemplo uma de nossas assassinas:  a loira que suspirava por ele todas as vezes que o mesmo ia ver a nossas melhor agente Thalia, da qual era muito amiga da loira. Olhos verdes acompanhavam seu rosto marcante, lábios bem delineados e cabelos negros que eram jogados ao lado de um modo jovial e ainda assim profissional. Sem contar, que tinha um raciocínio bem rapidinho. O mesmo semblante de seu pai, Robert Jackson.

- Ainda não sabemos, Senhor Jackson - admiti com um simplório sorriso enquanto apertava um botão interligado ao painel - Temos três agentes para tal caso. Por tal fato, convidei meus sócios para comparecerem.

Ele sorriu para mim com um brilho quase assassino nos olhos que eu via em todos os demais naquela sala.

- Não compreendi corretamente o porque dessa missão - proferiu um homem de seus quarenta anos de um modo rabugento. Dono da melhor empresa de vinho do mundo(algo que era uma ironia para si), a Lourenço, trabalhava conosco por baixo dos panos, apenas uma linda e celestial capa por trás do crime. Díonisio Lourenço era um dos mais antigos sócios. Sempre fora dedicado apesar a adorar brincar com o resto do pessoal trocando os nomes(algo que ele nunca fez comigo). Foi grande amigo de meu pai e era um dos que eu mais confiava. O Senhor Lourenço era baixo, gordinho e tinha lindos cabelos negros enroladinhos em cachos para acompanhar os olhos literalmente arroxeados, uma cor que eu nunca havia visto e que nunca irei ver em outra pessoa. E, mesmo sendo subjugado de primeira, mantinha uma ordem sem retrocedentes.

Com um sorriso, falei:

- Essa missão, senhor Lourenço, é necessária - apoiei minhas mãos em cima da mesa -Nossa querida vitima sabe mais do que deve. Está procurando algumas coisas que não devem ser trazidas a tona e nem a mídia, pois poderia, com uma simples associação, acabar com a empresa. Sei de que deve parecer egoísta tal sentimento, mas assim como meu pai manteve o nosso império, eu vou mantê-lo, custe o que custar. Mas, não posso entrar sem a aprovação de vocês e sei que irão me ajudar. - encarei o mais novo, senhor Jackson - Todo mundo aqui sabe, caso eu caia, todos caem juntos. Caso saiam em mídia, vocês vão estar em mídia. Odeio profundamente trabalhar sob o medo, mas, nesse caso, tornou-se necessário. Não há como retroagir disso, muito menos opinar. Ajudar será um prazer, afinal, penso eu que ninguém aqui deseja falir, certo?

Um silencio tenso e sombrio se fez ao terminar minha fala. Eu realmente odiava trabalhar em cima do medo, mas o amor se torna tão delicado que a qualquer momento pode simplesmente converter-se em ódio e tudo vir a cair. E, claro, como sendo o mais novo aqui, forcei e pressionei medo bruto nele, desejava ver agora como se saia. Admirei-me com seu olhar calmo e calculista, talvez enganando a si mesmo de que tudo ia bem.

Uma boa tática, pensei abrindo um sorriso delicado para ele, estava começando a entrosar-me com o menino, o seu jeito era diferente, mas tão funcional quanto os demais.

- O que acarretara tal caso? - questionou-me a segunda mulher do grupo. Esta era dona da mais pop revista de moda do mundo, a Vogue. Vestia-se tão bem, que as vezes, por futilidade, me perguntava como comparecia a uma reunião trajada de terninhos negros. Era boa com as aparências, sociável e profissional. Não tinha medo, apesar do olhar inocente com os olhos castanhos claros e rosto delgado. Mantinha a empresa no escuro enquanto acabávamos com as nossas vitimas. Ela sentou-se de lado, as pernas cruzadas ao mesmo tempo que seu corpo curvilíneo chama a atenção dos homens a sua volta. Como disse, não pude deixar de aproveitar o talento que ela tinha para manipular os demais. Contando também que sua mãe trabalhou juntamente nos casos mais complexos com meu pai, se não me engano, ouve até um caso de um mês que nem chegou aos ouvidos de ninguém, a não ser de mim.

 - Morte de um dos nossos mais perigosos inimigos - disse-lhes - Como escrito na ficha, é pretensioso e não liga para as dicas lhe damos para sair de tal rumo, o que me restou a apaga-lo.

- Quem seria? - rebateu Jackson com grande curiosidade.

Os perfis de três dos nossos melhores agentes foram depostos no painel a minhas costas. Cada um contem o seu caso, sua historia, sua idade e seus feitios para assim terem uma ideia. Cliquei na tela.

- Clarisse La Rue. É corajosa e isso se torna um ponto fraco ao que faz leva-La a agir sem pensar. Apesar deste defeito, completou missões de serem honradas pelo Olimpo.

- Não, creio que está abaixo de nossos padrões, sem erros - negou a senhorita Beauregard com um ar inconformado. Sabia que tal agente não seria aceita, por isso, passei para aquela que eu desejava. Era-me de confiança, e assim como eu, conhecia a maior parte dos presentes, como a dona da Vogue que esteve comigo quando trouxemos a nossa assassina para cá. Sempre demonstrou um carinho anormal pela criança e a tratava como uma filha que aos poucos amadureceu.

- Thalia Grace - a foto da garota cristalizou - Uma das mais habilidosas, foi completamente treinada por nosso departamento além de dedicada. Não esbarra e nem vacila em coisas que poderiam acabar com sua vida. Em palavra, é sensata.

Não teve outra, todos estavam a seu favor. Que lançasse a melhor assassina a missão que com certeza teríamos sucesso.

- Quem anui com a senhorita Beauregard ? - as moedas de ouro, símbolo nosso de poder e de votação, se viraram para cara: aprovação cem por cento - Então está escolhido. Obrigada por comparecerem e serão os primeiros caso descubra algo, e como modo justo: aquela que matar Jonh Klarkson estará inserida para o caso - sorri todos -  Desejo conversar com o senhor Jackson e Beauregard. Os demais, ligarei se necessitar de algo.

Não mais do que dez minutos, haviam somente nós três a sala. Ambos se demonstravam apreensivos com as emoções neutras, parecia até que conversar comigo era como ir para Hades. Garanto-lhes que não imaginaria que um dia estaria a frente de uma empresa, muito menos que estivesse tão cansada com isso, mas como lhes disse: a vingança era maior que a exaustão. Com um cruzar de pernas, marca registrada de quando desejava algo, comecei:

- Percy e Silena, sabem porque estão aqui?

Silena apertou os lábios antes de dizer:

- Penso eu, que para a nova missão e com o cruzar de fatos, deve ter algo a ver com as nossas agentes.

Não menti no momento em que lhes disse sobre as capacidades daquela mulher, muito menos sobre o seu QI. E, para minha felicidade, ela estava correta então, tive de sorrir por seus pensamentos velozes como um tiro.

- Desejo que cada um e vocês converse com uma agente - os dois assentiram - Explique a eles assim que conseguir matar o senhor Klarkson, mandaremos a mesma pessoa para conversar com o escolhido.

Ao notarem que a conversa havia finalizado bem ali, trataram de arrumarem-se para ir embora, igualmente a mim. Acabamos por sairmos juntos da sala de conferencia de grandes portas marrons  que combinavam tão bem com a mesa de dentro  como que ela lacrava e com o extenso corredor que se adiantava a nossa frente. Andei a passos largos ao lado de ambos, conversando um pouco admito, até chegarmos no elevador. Talvez pelo fato de ser um lugar menos seguro, distanciando-nos, mas tinha e manter uma imagem para o pessoal dali. Então, sorrido, encarei Silena.

- Adorei seu cabelo essa semana - o que era verdade! - Mas, alguns dias atrás não era loira?

Ela riu ao assentir.

- Quer o meu segredo? Compre as melhores perucas.

Dizendo isto, para minha diversão pois não sabia que esse lado existia para aquela mulher tão bonita, as portas de ferro abriram. Separei de ambos, não queria associações por parte de nenhum de nossos empregados que trabalhavam na recepção. Era um local amplo, de tonalidades beirando o azul para o cinza e contrastavam nitidamente com o céu negro de fora, visíveis pelas enormes claraboias que se abrigavam de refletores. Parecia-a, pelo menos a mim, uma boate somente com a movimentação. Eram empresários, agentes, trabalhadores e sócios que ali se colocavam a conversar e mentir. Como odiava essas extrapolais, apressei-me em chegar a limusine para conseguir entrar em minha casa. Pessoas assentiam para mim, outras sorriam e outras diziam meu nome em mensura como dona, no momento em que bati em alguém. Tive o breve vislumbre de um xingamento baixo, mas não houve tempo para decodificar, pois olhos estranhos me encararam com perplexidade. Eu reconhecia aquela garota pelo simples motivo de andar com Thalia. Sua boca rosada e o cabelo loiro não deixava-me ter duvidas, era a garota que suspirava pelo Senhor Jackson.

- Boa noite, Anna - cumprimentei-a com suavidade.

- Boa noite - respondeu.

Não fiquei para saber se diria algo a mais, pois precisava chegar a meu lar. Soube que era um pouco de desconsideração da minha parte, mas fazer o que?

Minha limusine negra estacionava de frente ao único prédio com enormes janelas de vidro no meio daquele  buraco negro que sugava tudo com seus arranha-céus. Era imponente e belo, principalmente durante o dia ou quando havia lua, com o símbolo pendendo a frente sob barras de aço mostrava a nossa vida, para que lutávamos e, acima de tudo, a nossa complexa imagem de salas de advocacia.

Quem dera fosse isso, pensei depois de um tempo, o carro movimentando-se com envoltura pela cidade. Eu nada mais precisava me preocupar, meus melhores sócios fariam isso por mim.

AGORA. 

APARTAMENTO PRESIDENCIAL DE THALIA GRACE.

UMA DA MANHÃ.

-Então por eu ter matado aquele cara...- disse mas fui interrompida

-John- ela disse serena

-Que seja!- eu disse revirando os olhos-Então como eu matei aquele lá, eu vou ir nessa missão ai.

-Isso aí.

-Mas eu estou meio perdida aqui- disse coçando a cabeça

-Pergunte.- disse ela como se fosse uma professora ensinando conteúdo novo

-Você me disse que o pai do meu alvo matou  o dono da empresa, seu pai, e que eu iria para vinga-lo.

-Sim.- disse ela me incentivando a continuar

-Mas você disse para todos os sócios que ele deveria ser morto por saber de mais e não mudar de lado.- olhei para ela com um olhar acusatório- Você mentiu para todos eles para conseguir sua vingança?

-Não- disse ela rapidamente

-Fala a verdade! Você é minha amiga e nunca mentiu para mim.

-Eu não menti. Só uni o útil ao agradável, Thalia. Depois que o pai dele morreu junto com...- ela engoliu a seco- ...meu pai, ele resolveu investigar o que realmente aconteceu. Nós subestimamos ele e por isso deixamos ele viver com aquela familiazinha dele. Mas ele é esperto e ágil. Ele conseguiu descobrir tudo sobre a empresa e sobre o que meu pai estava falando lá. Nós tentamos trazer ele para o nosso lado, mas ele é muito certinho e religioso. Acha que só Deus pode dar e tirar a vida de uma pessoa e por isso estamos errados em matar aqueles que nos fazem algum mal.

-Não seja cínica!- eu disse revirando os olhos- Nós matamos quem nos atrapalha, mas nenhum deles faz ou fez algum “mal” para nós- eu fiz aspas com os dedos

-Que seja!- disse ela usando a mesma frase que eu disse anteriormente- Mas você entendeu o que eu quis dizer. Mas voltando, ele é perigoso para nossos negócios, então eu aproveito esse pretexto para ganhar minha desejada vingança. Mas mesmo se eu não quisesse vingança Thalia, ele teria que morrer do mesmo jeito.

-Tudo bem! Tudo bem!- eu disse sem dar muita bola para isso- Eu não iria me importar se você mentisse ou não. Mas você que ficou responsável para me dar a noticia ou algum outro empresário vai vir falar comigo? Por que se for eu tenho que me preparar, certo?

-Preparar?- disse ela abafando um riso

-É. Eles são ricos e sem escrúpulos. Quem sabe um dia eu não me arranjo com algum deles? – eu disse rindo também

-As vezes você parece uma garota que sonha com príncipe encantado novamente!- ela disse meio incrédula

-Me poupe!- disse lançando as braços pro ar como forma de revolta- Eu nunca fui assim e você sabe disso. Mas pode ter certeza que eu serei uma eterna garotinha.

Eu disse com as mãos encima do coração fazendo gozação. Ela pegou a almofada que tinha ao lado dela e atirou em mim.

-Ei!- eu disse atirando de volta

-Garotinha revoltada, isso sim!

Eu revirei os olhos e dei um sorriso de canto para ela.

-Eu tenho muito orgulho de você, Pequena! É a melhor de nossas agentes. Pode ser letal e agressiva, mas consegue ser delicada e sempre jovial. Não sei como eu pensei que seria difícil você conseguir .

-Deixa de ser melosa!- eu disse fazendo ela rir novamente

-Mas respondendo sua pergunta, eu fiquei responsável de avisa-la sobre isso e nenhum outro vai vir falar com você, até aonde eu sei. O Senhor Jackson ficou responsável de avisar Clarisse La Rue se ela conseguisse e a Senhorita Beauregard ficou responsável de avisar Amy Carter se ela conseguisse. Mas eu já sabia que essas duas não conseguiriam, elas tem muito pontos fracos.

-Não fale assim, chefinha. Você sabe que sem elas seria meio difícil a nossa situação.- eu disse apreensiva

-Eu sei que elas são importantes porque tiram as peças insignificantes do caminho.- ela disse sarcástica

-Peças insignificantes que juntas poderiam acabar com todos nós.- eu insisti

-Eu sei disso Thalia. Mas você também sabe que elas não são tão boas quanto você.

-Não sei se posso ter tanto amor próprio.- eu disse revirando os olhos

-Mas deveria.- disse ela rindo da minha expressão

-Quando vai me dar mais informações?- eu disse já levantando

-Acho que você deveria participar da nossa reunião de amanhã.- ela disse séria

-Eu? Participa da reunião?- eu disse meio confusa

-É. Espero você ás oito e trinta no Olimpo.- ela se levantou e foi até a porta

-Já vai?- perguntei

-Como você disse antes, eu comando uma empresa. Por tanto tenho algumas providencias para tomar. Até amanhã! E sem atrasos ouviu?

-Até.

Depois que ela saiu, voltei a cozinha para preparar um lanche. Abri todos os armários mais só tinha bolacha de agua e sal. Então resolvi pedir um pizza no hotel. 

O serviço deles era ótimo e eu normalmente pedia as minhas refeições ali mesmo. Fui até o interfone e pedi ao porteiro que arranjasse um modo de ir até o restaurante interligado ao hotel e trazer uma pizza de catupiry com bordas de pimenta e depois trazer até mim. Claro que eu ofereci um bom dinheiro para ele fazer isso, afinal, se eu quisesse ligava para lá e mandava eles virem entregar. Mas como eu nunca gostei do entregador deles, preferi assim.

Enquanto esperava minha pizza fui até a sala aonde eu guardava meus equipamentos tecnológicos. Tive que apertar em vários botões até tudo ligar e esperei com muita paciência. Digitei minha senha e logo as imagens das câmeras escondidas na criminalística apareceram.

Eu tinha um amigo infiltrado naquele lugar, então tinha acesso á todas as câmeras de segurança e também tinha instalado várias câmeras alternativas e microfones por todo lado. Mas é claro que era bem mais fácil falar com meu espião para ele me passar só as informações importantes, mas assim perdia a graça.

Eu analisei as imagens de alguns minutos antes, para ver o que eles haviam descoberto sobre meu ultimo assassinato. Vi o delegado e a mulher braço direito dele discutindo e conversando sobre o “ assassino ter voltado”. Vi um carinha que parecia ser um Nerd, ele estava puxando a ficha de Jonh. Falou alguma coisa de matar a esposa e roubar carros. Depois ele comentou que “ o assassino é um justiceiro que age fora da lei”. Ri muito com essa. Eu matava sem nem saber o que o mau alvo tinha de ruim e já virei justiceira. Sem falar que foi um insulto a população feminina eles se referirem á mim como o assassino. Como se fosse impossível ser uma mulher.

A campainha tocou. Com certeza era a minha pizza. Fui até a porta, peguei a pizza, paguei o que devia e fechei a porta sem falar uma mísera palavra. Voltei para o que estava fazendo e continuei analisando as imagens enquanto me deliciava com a pizza. Vi a mulher mandar o delegado ir dormir e depois ela ir embora também. Como percebi que ali não tinha nada que importasse muito, resolvi dar uma olhada no IML do corpo e nos exames pedidos.

Não tinha quase nada também. Tinha alguns papeis que constatavam  que ele morreu por causa de uma fratura na medula e coisas assim. Mas o que me espantou foi o fato que tinha um exame de saliva. Se aquilo fosse visto pelo delegado eu estava frita. Larguei minha pizza e corri para o telefone.

-Alo- falou a voz meio sonolenta

-Seu idiota! Quer que me peguem?- eu gritei

-O que foi? Eles não conseguiram nada!- disse ele despertando

-Só um teste de saliva. Que por acaso tem meu DNA lá!

-Você beijou o homem? Como queria que eu adivinhasse?

-Não sei, só sei que você tem que queimar esse exame agora. E dar um jeito de fazer um falso.

-Tudo bem. Vou para lá agora! Relaxa, esta bem? Não vão te pegar se depender de mim.

-Obrigada. O que seria de mim sem você?!- eu disse aliviada

-Até mais.

Dizendo isso ele desligou. E eu, para esquecer do dia agitado, resolvi ir dormir.

PRÉDIO DA CRIMINALISTICA.

DOIS MINUTOS DEPOIS DA LIGAÇÃO.

CORREDOR CENTRAL.

O delegado ainda dormia quando o invasor entrou no Laboratório. Estava pasmo por sua cúmplice ter beijado o morto, não era de seu feitio deixar marcas para trás. Talvez tivesse tido problemas com aquele homem apesar não parecer e por isso tenha ligado. Eram raras as vezes que era necessário. Com movimentos rápidos, jogou os tubos e as ampolas que estava em cima da mesa e continham o segredo da assassina dentro do bolso do jaleco branco. Mas, um deles o vidro estalou, alguns papeis caíram e o senhor Harrison se mexeu no sofá. Depois do que pareceu muito tempo, o intruso encontrou olhos verdes o fitando com cansaço.

- Ah, você - falou o delegado, tentando dar um sorriso - Pensei que fosse aquela mulher doida.

- Atena - o intruso corrigiu demonstrando-se o mais amigável possível enquanto recolhia o que havia caído ao chão. Lá estavam as provas do que poderia ser o fim de Thalia Grace, a melhor assassina que ele já vira. Então, prontificou de que nada voltaria a fugir de seus dedos.

- Ela mesma, mas, afinal, o que está fazendo aqui? Não que seja estranho - um sorriso do delegado - Também trabalha aqui, mas, esse setor?

Sentindo o costumeiro frio na barriga da adrenalina de quebrar as regras, levantou os papeis:

- Precisava das informações que vocês conseguiram sobre o morto.

- Ah, é mesmo! Desculpe!

- Tudo bem, delegado.

Poseidon bocejou.

- Acho que vou dormir mais um pouco.

- Não vou atrapalhar o senhor.

Sem nem mesmo dizer um adeus, o intruso correu para o necrotério, onde provavelmente, além de ter mais sossego, teria como acabar com aquilo. Não demorou a chegar ao local: Os catres e os refrigerados aos lados demonstrando que a pouco um corpo esteve ali, algo que já sabia também. Então, dirigiu-se logo para finalizar que segurava. O local de cremação está tão calmo quanto o necrotério ou o freezer. Havia penas a costumeiro “forno“, como chamavam, aceso e nada mais. Aproximou-se do local e esvaziou os bolsos e as mãos.

- Ninguém irá te pegar, Thalia - prometeu para si mesmo, sabendo que se errasse, também seria apagado. Foi quando ouviu passos ecoando pelo extenso corredor e de lá, Atena apareceu.

- Ah, ai está você - disse ela, vindo em direção ao intruso. - Procurei por todos os lugares.

- Não podia simplesmente sair sem acabar com alguns papeis.

Atena franziu o cenho.

- Queimar papeis?

- Sim, de outros casos que não são mais precisos, já estão no computador.

- Ah, desculpe, sabe como sou!

- Claro que sim, mas - o intruso encostou na parede - Para que sou necessário?

Ela abriu-lhe um sorriso bonito. Apesar de severa, seus traços eram delicados, e assim como o intruso, todos os demais a achavam linda e intelectual. Pena que estivesse contra o seu lado da historia mesmo sem saber.

- Analisar algumas coisas, sabe que é o único que confio, então, vamos? - ele seguiu o olhar dela para a língua de fogo que consumia as provas que poderiam pegar o assassino. 

- Vamos, Atena, estou com fome.

Saíram rindo, como velhos amigos, mas sabendo ela que acabava de acolher o seu principal inimigo, a pessoa que conhecia tudo e que assim que teve a chance, mandou a Thalia:

                                 “Você não será pega tão cedo.

-Intruso”


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Notas finais do capítulo

Rewis? Recomendações?