Depois desse primeiro dia, me acostumei com Hogwarts.

Hogwarts era um castelo tão grande quanto os que eu tinha visitado na Irlanda uma vez.

Descobri também que havia um fantasmas para cada casa. O nosso era o Sir Nicholas de Mimsy-Porpington, também chamado de Nick Quase-Sem-Cabeça. Eu perguntei por que Quase-Sem-Cabeça e... Bom... Ele tirou a cabeça dele e ela ficou presa por apenas uns dois ou três membros. Foi bem nojento, vocês podem imaginar.

O da Lufa-lufa é um padre chamado Frei Gorducho. Ele é muito alegre e também é legal e menos pomposo que o Nick Quase-Sem-Cabeça.

O da Sonserina é um fantasma chamado Barão Sangrento, que tem manchas de sangue por todos os lados espectrais dele. O Barão carrega umas correntes, não sei por que. Ele e meio sombrio, eu tenho medo dele.

O da Corvinal é uma mulher meio tristonha chamada Dama Cinzenta. Ela é muito deprimida, ficar perto dela me deixa meio triste.

Temos também o maldito Pirraça, opoltergeist, que é um fantasma muito barulhento e sempre arranja confusão, sempre pondo a culpa em outra pessoa. Ele adora ficar jogando balões d'água nos estudantes, derrubando escadas e atazanando o Filch, que é o zelador. O único que consegue controlar o pirraça é o Barão Sangrento, pois Pirraça tem medo dele.

O último fantasma é a Murta-Que-Geme, uma estudante que morreu quando o basilisco da Câmara Secreta saiu de lá pela primeira vez. Ela vive em um dos boxes do banheiro feminino e vive fazendo inundações por lá. Ela é um pouco... Digamos... Sensível. Ela acha que todos nós vamos rir da cara dela por causa dos óculos que ela usa e que vamos jogar coisas nela... Mas na verdade eu nunca fiz nada para ela.

Se bem que, se ela não parar de se lamentar, eu vou fazer isso mesmo.

Bom, também já soube que as aulas de Poções, como eu previa, são uma tortura. A única que consegue fazer as poções é a Rosa, que está sempre recebendo elogios do Slughorne. Ela até foi pro "Clube do Slugue", que é um clubinho de favoritos do Slughorne. Eu e Alvo somos "os excluídos". É difícil falar isso mas ela está meio que gostando dessa atenção dele. Muitas vezes, Rosa vai ao jantar dele, o que me faz ficar com Alvo, xingando Filch e Madame Pince, que são os funcionários mais chatos do mundo.

Mas as horas que eu passo com Alvo não são chatas. Muito pelo contrário, nós fazemos os deveres de casa juntos e ficamos jogando xadrez de bruxo. Agora que eu aprendi a jogar quadribol, nós até conversamos um pouco sobre o esporte bruxo.

-Hahahaha,é,os Cannons são demais – eu disse,rindo.

-É...-suspirou ele,rindo também.

-É legal sabe? – disse ele – Achar finalmente uma garota que gosta de quadribol.

-Ah – eu disse corando – Mas sua mãe gosta de quadribol!

-É, mas é diferente conversar com a mãe e conversar com uma amiga.

-Bom... Isso é.

De repente a porta da sala comunal se abriu e Rosa apareceu com a cara vermelha.

-Então – começou Alvo irritado – Se divertiu na "festinha" enquanto ignorava sua melhor amiga e seu...amigo?

-Correção – disse Rosa – Melhor amiga e melhor amigo. E depois, eu não pude fazer nada! Eu tive que ir!

-Claro! Se não, correria o risco de perder sua reputação de aluninha brilhante, não é?!

-Alvo, Rosa, por favor parem de... – eu comecei a falar, mas não cheguei a terminar a frase.

-Não Hayley, deixa. Esse idiota não sabe o que significa necessidade. – disse Rosa com desprezo.

-Ah sim, se eu sou idiota, então você é o que? Retardada?

-Melhor ser retardada do que ser você, tá legal?! – gritou Rosa a beira das lágrimas.

-Pior do que ser você, só sendo o Escórpio!

Rosa puxou a varinha.

-Nunca – ameaçou ela – me compare... ao idiota do Escórpio ouviu?

-Eu te comparo com quem eu quiser, Rosa – disse Alvo, já com a varinha na mão.

-Expelliarmus! – gritou Rosa. Rapidamente, puxei minha varinha e gritei:

-Protego!

Quando eu vi, tinha colocado uma barreira invisível que impediu Rosa de jogar Alvo do outro lado da sala.

-JA CHEGA! CANSEI DE VOCÊ, ALVO! – gritou Rosa.

A menina saiu batendo o pé.

-Mas o que que eu...

-Você simplesmente não teve muito tato, Alvo – interrompi ele – Mas não me venha com desculpas, não estou te julgando, apenas comentando – acrescentei quando vi que ele abriu a boca para falar alguma coisa – Mas não vou discutir com você agora porque vou dormir. Boa noite.

Ele murmurou alguma coisa em resposta.

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No dia seguinte, fui tomar café da manhã no salão principal com os outros. Rosa e Alvo mal se olhavam. Alvo estava sentado com garotos chamados Kyle e Richard enquanto Rosa estava com Taylor e Caroline. Alvo e Rosa olharam para mim, sorriram e fizeram um aceno para se sentar com eles e seus respectivos grupinhos. Eu olhei para os dois, balancei a cabeça para os dois e sentei com Tiago e Teddy. Não era normal eu sentar com os maiores, mas eles não fizeram objeção. Pelo contrário, ficaram animados. Fiquei conversando com os dois. Depois  de um tempo, fui para a aula de Transfiguração.

-Sr.Potter, já que está tão atento a aula, diga qual é o feitiço que faz com que taças de vinho virem grampos.

-Hmm... Que? Ahn... Bom...

Passei a ele um pedaço de pergaminho escritoAstifusious (N/A esse feitiço não existe)

-ÃããAstifusious?

-Sim... Bom... – disse a professora,  titubeando, sem uma razão para lhe dar uma detenção ou no mínimo uma bronca – Éé... Sim, dez pontos para a Grifinória.

Alvo sorriu e sussurou "obrigado" para mim.

-De nada – eu disse, sorrindo.

Depois da aula de Transfiguração, saí correndo com Rosa.

-Ei, ei... Me espera!

-Não, eu não vou te espe... Ah, é você Hayley.

-Não, minha avó! Quem achou que fosse?!

-Achei que fosse o Alvo.

-Rosa, será que você não podia per...

-Não, não podia!

-Então tá... Não custava tentar.

Fomos andando até as estufas para cuidar novamente das plantas.

E foi assim até o final do dia: uma aula com Rosa, outra com Alvo. Ninguém merece ter que ficar dividida entre duas pessoas que não se suportam.

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No dia seguinte, estava andando até o Salão Comunal e descobri uma sala onde guardavam montes de tralhas. Resolvi fuçar um pouco para ver o que tinha lá, e sinceramente achei uma coisa muito estranha: uma varinha. Tá, nada de anormal (pelo menos não para o mundo mágico), mas essa varinha estava iluminada. Estava BRILHANDO. Eu fiquei olhando o brilho avermelhado da varinha por uns minutos, mas nada aconteceu. De repente, ouvi um barulho e um vento frio e cortante me ultrapassou mas nada aconteceu comigo. Ouvi um  grito também, mas era distante, como se não viesse de Hogwarts. Depois de um tempo, eu vi uma coisa gasosa e transparente passar pela porta. Mas ela tinha um rosto. Sim, um rosto. Me perguntei o que era aquilo e resolvi segui-la. Eu teria chamado Rosa e Alvo mas eles estavam longe e brigados. Segui a coisa gasosa até a orla da floresta proibida. Quando chegou lá, catou uma coisa fina como uma varinha e meio que a "segurou". Um lampejo e o graveto realmente virou uma varinha. A coisa gasosa a apontou para cima e ocorreu um outro lampejo. No céu, como se fossem nuvens, apareceu um crânio com uma cobra saindo dela.

-Ah... Meu... Deus. – saí correndo para a sala comunal. Alvo lia um livro qualquer e Rosa estava fazendo o dever de casa bem longe de Alvo.

-Alvo, Rosa venham aqui agora.

-Eu não vou a lugar nenhum que essa... – começou Alvo.

-É IMPORTANTE! Não dá pra largar a briguinha idiota de vocês?! – interrompi.

-Que...? Ah, ta bom, mas só por uns minutos, ouviu?

-Vocês vão parar de brigar depois que verem isso. – dito isso, saí puxando os dois.

Chegando perto da cabana de Hagrid, eu apontei para o crânio.

Rosa deu um gritinho.

-Mas o que é isso? – indaguei

-É... É... A Marca Negra, Hayley! – disse Rosa, horrorizada.

-E o que seria isso?

-A... marca que os comensais da morte lançam. Ou Voldemort.

Eu me lembrei da história que Harry me contou. Sobre os comensais da morte e Voldemort.

-Mas ele está morto! E os comensais presos!

Olhei para Rosa que estava com uma cara aterrorizada, assim como Alvo.

-Não mais – disse Rosa – Já não está mais morto.