-Expliquem-se.

Por causa de Escórpio, eu estava na sala do professor de Herbologia, que também é diretor da Grifinória, explicando o ocorrido.

-Foi por isso que vocês brigaram? Só por isso? – disse o professor.

-É – murmurei.

-Ah... Ok, pode ir.

-Que?! – gritei perplexa – mas eu pensei que... Eu pensei que...

-Eu fosse te dar uma detenção? É, eu fiquei tentado, mas me lembrei de umas... Coisas... Do passado – disse ele sorrindo vagamente e olhando para um ponto fixo na janela – Mas de qualquer forma Srtª Weasley, eu espero que isso não aconteça novamente, ok?

-Ok – eu disse, ainda perplexa, andando até a porta

Saí correndo para voltar para o campo. A professora se chamava Jackeline Yancy e era uma ex-jogadora profissional de Quadribol.

Logo descobri que Quadribol, além de divertido, é muito fácil. Fiz minha vassoura subir para a minha mão na primeira tentativa, enquanto outros alunso, como Rosa, tiveram dificuldade.

Então...ela tem dificuldades em Quadribol... – eu disse para mim mesma. Isso servirira para momentos de chantagem.

Depois, nós tivemos que ficar no ar por alguns minutos. Eu fiquei mais do que alguns minutos, mas foi sem querer. Voar era fácil mas descer... Bom, digamos apenas que a minha aterrisagem não foi o que se pode chamar de “perfeita”.

Após a aula de Quadribol, fomos para a aula de Feitiços, que era ensinada por um cara miudinho que vivia caindo, chamado Flitwick. Pelo que soube, ele dava aula em Hogwarts havia anos.

Primeiro, aprendemos a levitar penas. Era difici,l mas quando aprendia você aprendia direito, era legal.

-Então, srtª Weasley, quer tentar? – o professor olhou para Rosa.

-Ok! Hum... Wingardium Leviosa!

E a pena dela levitou graciosamente.

-É incrivel! Como ela consegue ser tão boa em tudo?! – murmurou Alvo para mim. Eu sacudi os ombros como resposta.

Depois que a aula de feitiços terminou, fomos almoçar.

-Nossa, quanta comida! – espantou-se Alvo.

-Deve ser o paraíso para você, que só pensa em comida. – impliquei. Ele me dirigiu um olhar enviesado.

Após o almoço, fomos até a aula de Transfiguração. Infelizmente, cheguei um pouco atrasada.

A professora, que também era a diretora, se chamava McGonagall. Ela era bem severa, pelo que diziam.

-Já ouviu falar de Transfiguração, Srtª Weasley? – ela se dirigiu a mim.

-Já. É a habilidade de transformar uma coisa em outra.

-Exato. Talvez se eu transformasse você em um relógio, a senhorita chegaria mais cedo na aula, não é?

Eu abaixei a cabeça, envergonhada.

-Sente-se, Srtª Weasley – disse ela. Obedeci-a na hora.

Ela começou a dar um discurso sobre "por que aprendemos isso". Metade da turma não estava prestando atenção, inclusive eu. Apenas Rosa ainda prestava atenção.

Depois que ela terminou, fomos obrigados a transformar um galho em uma agulha. Foi... bem difícil. Mas não tão dificil quanto a aula seguinte, que foi a de Poções.

De uma coisa eu já sabia: não importa o que me dissessem, eu ia odiar Poções. Não foi por causa do Harry, que me contou que ele odiava Poções, muito menos por causa do professor, apesar de eu também odiá-lo. Simplesmente era...dificil! Mal consegui fazer a poção que o professor pediu para prepararmos.

Tivemos um tempo livre depois dessa aula. Fiquei jogando xadrez de bruxo com Alvo até que ele foi derrotado pelo meu bispo brutal. Depois ficamos comendo sapos de chocolate que sobraram do dia do expresso.

Mas nossa moleza foi interrompida pela aula de dois tempos de Herbologia. Pelo menos era a última aula. Mais uma vez, vi o professor Longbottom e, mais uma vez, ouvimos o discurso de "por que aprendemos Herbologia". Depois do discurso, examinamos algumas plantas, mas nada demais.

Depois da aula, tínhamos o jantar. Este último, como o almoço e o café da manhã, estavam magníficos e cheio de enfeites. Depois do jantar, ficamos acordados um pouco, já que ninguém mandou dever, graças à Merlin. Quando resolvi dormir, fiquei pensando no dia seguinte. O que será que eu ia descobrir?