Vida Dupla de Claer - Round Two escrita por Razi


Capítulo 5
IV - Aliado


Notas iniciais do capítulo

Trazendo mais informações sobre o motivo da King estar indo para o ralo.



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Preferi colocar meu macacão de proteção liquido embaixo da roupa básica que usava. Não sabia o que aquele agente do serviço secreto de inteligência britânico queria necessariamente comigo.

Em todo caso não deveria descuidar.

Peguei minha automática e coloquei na minha coxa a disfarçando com a saia longa e com uma abertura lateral um pouco exagerada. Em seguida peguei minha chave e celular saindo logo depois para meu encontro no prédio mais agradável que achava em Zaruk.

Dirigi como sempre sentindo a velocidade que só o Mercedes tem.

Olhei para o relógio no GPS e constatei que deveria estar cinco minutos atrasada.

Um tempo razoável, apesar de saber que britânicos não deveriam curtir muito atrasos.

Sai do carro ao segundo que olhava para as pessoas que entravam e saiam do cassino mais badalado da cidade.

Ajeitei minha roupa e coloquei meu óculos de grau puramente teatral. Se ele fosse mesmo um agente saberia me reconhecer na hora.

Entrei no cassino sabendo que metade dos homens que ali estavam me olhavam com malicia. Em outra ocasião até que me divertiria com eles, mas agora tenho planos mais importantes.

Peguei uma taça de vinho que o garçom passara oferecendo enquanto meu olhar corria pelas pessoas que ali se encontravam.

Apostadores, mulheres interesseiras e todo o certo de pessoas que pode se imaginar.

Passei por entres algumas pessoas indo para uma mesa de apostadores medianos que na maioria apostavam menos de 50 mil, o que é bem razoável.

-Não imaginei que fosse vir dessa maneira – sussurrou alguém ao meu lado por trás.

-Ainda não viu nada – disse sorvendo o resto do vinho que havia na taça – Me acompanhe.

Sem olhar para o agente resolvi levá-lo para o bar onde há essa hora deveria estar havendo algum show com coristas que poderia nos entreter enquanto conversamos.

Tal como previ estava mesmo rolando um show mais de uma cantora que embalava todos numa voz cálida e cheia de emoção enquanto cantava um jazz.

Procurei uma mesa meio iluminada, não queria que ele tivesse uma analise perfeita de mim, ao contrario que queria uma bem feita dele.

Logo avistei uma onde me sentei de contra a fraca luz do ambiente enquanto ele tomou a cadeira a minha frente deixando que eu visse todo seu físico que posso dizer claramente, não deixava muito a desejar.

Deveria ter no máximo 35 anos, o cabelo era loiro, curto, liso, arrumado de maneira qualquer, como se não se importasse, os olhos eram verdes claros em contraste com a pele alva que não marcava nenhuma imperfeição aparente, ombros largos, porte meio atlético.

Nada muito diferente do convencional.

-Para inicio de conversa acho que saber seu nome vira algo fundamental para mim – disse solene o olhando

-Sem nomes – replicou ele deixando sua voz grave povoar nosso ambiente

-Você sabe o meu nome e não posso saber o seu... Acho melhor parar com essa historia por aqui então – disse já me levantando

-Espere senhorita Hale – disse ele segurando meu pulso – Jogarei seu jogo.

-Melhor assim – disse voltando a me sentar

-Me chamo Lynch – disse ele quase sussurrando.

-Lynch? – sibilei cruzando os braços – Minta um pouco melhor.

-É meu nome de trabalho senhorita Hale.

-Só que quero seu nome verdadeiro – disse me debruçando em sua direção – Seu nome de trabalho não me ajuda em nada nesse momento, assim sendo seja um bom garoto e pare de mentir.

Ele piscou por um segundo atordoado enquanto retornei a me encostar na cadeira.

-Sem segredos – reforcei

Ele suspirou por alguns segundos enquanto pesava provavelmente suas alternativas e logo depois assentiu.

-Me chamo Christian – contou ele – E no momento preciso da ajuda de sua agencia.

-Acho melhor conversar sobre isso com Kisuke, não comigo – sugeri certamente fazendo uma careta.

-Já tive a oportunidade de conversar com ele mais cedo – contou ele – E me pediu que falasse com você também. Sei que estão em meio de uma crise e acredite não é algo das mais simples coisas para resolver.

-Como assim? – perguntei totalmente absorvida por suas palavras.

-Querem destruir a King de dentro para fora – respondeu ele sussurrando – Não querem que a King exista mais.

-Quem? – perguntei estreitando minhas sobrancelhas.

-Muitas pessoas – respondeu ele vago – Em todo caso, MI6 ainda preferi que sua agencia fique de pé do que qualquer outra.

-Você não estaria falando isso se não tivesse interesse em algo relacionado á nós – arrisquei o encarando

-Temos sim interesse em sua agencia – confessou ele – Mais nada que qualquer agencia de inteligência não tenha em relação á ela.

-Seja mais especifico – pedi cruzando novamente os braços

-Suas ações podem nos ajudar em alguns casos – contou ele passando seu indicador na mesa – Mesmo que teremos que pagar por seus serviços, assassinos como vocês é muito difícil de se encontrar.

-Em outras palavras, somos perfeitos para fazer um trabalho sujo – conclui mordendo meu lábio inferior pensativa.

-Vendo de forma grosseira sim – afirmou ele serio

-Por que nos querem fora da jogada? – perguntei deixando meu olhar recair sobre ele novamente

-Motivos são vários – respondeu ele franzindo a testa – Talvez o principal que estejam tendo poder demais. Os presidentes, chefes de estados, os próprios cidadãos estão correndo rápido demais para vocês.

-Assim deixando outras organizações de lado – conclui novamente – Isso é tão...

-Humano? – indagou ele me encarando

-Talvez – disse dando de ombros

-Então senhorita Hale, tenho um acordo para fazer com você – disse ele serio endireitando-se na cadeira. – Existe uma competição entre membros das mais diversas organizações do mundo...

-A Riderspacion – o interrompi – Não entramos nisso.

-Então pela primeira vez entrarão – decretou ele me fitando

-O que quer dizer com isso? – perguntei curiosa

-Alguns Kings entrarão nessa competição em nosso nome – respondeu ele solene

-Isso basicamente seria um acordo? – sugeri o olhando intrigada

-É – disse ele meio enfático – Iremos pagar por seus serviços...

-Pode parar – ergui minha mão – Estamos falando da Rider, não é algo tão simples assim de se resolver. Não entramos nesse tipo de competição nem que nos paguem.

-Mesmo que isso possa significar trazer a King de volta do buraco?

-Ela ainda não saiu de cena.

-Mais vai sair – objetou ele – É questão de dias, se duvidar apenas de horas para que Kisuke seja chutado da posição que ocupa.

Tamborilei meus dedos na mesa.

-Lembre-se que não há apenas dinheiro em jogo agora, senhorita Hale – insistiu ele – A vida de vocês também está em cheque.

Respirei fundo.

Como as coisas podem ser tão loucas assim?

-Preciso da resposta de vocês rápido – disse ele de maneira impaciente – A competição começa em duas semanas e devemos apresentar nossos membros em uma semana extrapolando...

-Para de falar – o cortei – Não sabia que os britânicos detem a ser tão tagarelas.

Ele fez uma careta.

Respirei fundo e peguei um guardanapo.

-Uma caneta – pedi estendendo minha mão na sua direção

Logo ele tirou uma do paletó que usava e me entregou.

Escrevi o numero do escritório de Dante, depois lhe entreguei o guardanapo junto com a caneta.

-Esteja nesse lugar as dez e meia de amanhã e terá nossa decisão – disse me levantando

Sai do cassino tendo já em mente como levaria aquela situação adiante.

Como previa as coisas eram mais complexas e perigosas do que se presumia.


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Notas finais do capítulo

Então agora já sabem claramente que rumo as coisas vão tomar?
Bem esqueci que não mostrei o carrinho da Claer.
Então aqui está a fotinho do bebê.
http://g1.globo.com/Noticias/Carros/foto/0,,21912986-FMM,00.jpg

Já sobre cap. novos apenas no domingo.
Adianto apenas que teremos a decisão da King e uma pequena luta basica.
Até mais.
o/



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