Vida Dupla de Claer - Round Two escrita por Razi


Capítulo 25
XXIV - Afronta


Notas iniciais do capítulo

Momento tensão no final.
:P



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-Preciso que cuidem do resto – instrui me encaminhando para a saída – Cassie precisamos terminar essa nova prova.

-Claro – concordou ela enquanto guardava seu celular no bolso da calça e vinha ao meu encontro – Meus homens estarão levando o cara ao IML, deveríamos ir para lá depois que terminássemos.

Assenti uma única vez antes de me voltar para Gabrielle depositando um rápido beijo em seus lábios.

-Lhe compensarei depois por tudo isso – sussurrei com seus lábios ainda colados aos meus.

-Acho bom mesmo – retrucou ela se afastando de mim – Vão logo.

-Vão indo na frente verificar o corpo – ordenei a todos – E comuniquem a Scar que mantenha olho vivo para cima do Christian.

-Deixa que resolvemos isso – assegurou Shin pondo as mãos nos bolsos da calça – Controle a Claer, por gentileza.

-Farei o possível – disse saindo depois do apartamento apressando o passo para ficar ao lado de Cassie.

-Apenas na cobertura? – indagou ela retirando seu celular do bolso.

-Talvez não – disse serio, dessa vez a banda seria tocada de maneira diferente.

-Alô, Hale? – disse ela ao telefone – Não banque a histérica agora. Quero que me diga onde estão.

Fez-se uma pausa momentânea enquanto entravamos no elevador tendo que escutar novamente a bendita musica de opera que atenuava ainda mais minha irritação.

Ótimo, era maravilhoso ficar irritado.

-Claro – disse Cassie – Estaremos ai em no máximo dez minutos.

Depois disso desligou voltando-se para mim.

-Quer ser atualizado? – indagou ela me olhando meio seria.

-Preciso responder? – repliquei retórico.

-Nossa meta dessa vez é assaltar uma mansão á poucos bairros de onde estamos, no caso precisamos pegar alguns dos quadros mais valiosos da coleção que geralmente fica trancafiada por um sistema de segurança dos mais modernos possíveis – disse ela descarrilada – O que eles roubaram eram importantes?

-Não exatamente – respondi cruzando os braços vendo sua expressão confusa – Copias nada importantes.

-E precisava fazer todo aquele escarcéu? – ela me criticou com os olhos irritados.

Dei um sorriso de escárnio antes de apontar discretamente para a câmera que havia acima de mim.

-Quando foi que notou? – sussurrou ela cruzando os braços e encostando-se a parede atrás de si.

-Na segunda vez que entrei – respondi calmamente mais medindo o tom da minha voz – Aquele pontinho vermelho era chamativo demais em meio aquelas roupas.

-Então Shin deve ter notado – refletiu ela mordendo o lábio inferior olhando de relance para cima.

-Totalmente – concordei com um meio sorriso enquanto a porta se abria.

Caminhamos em silencio para fora onde parei tomando outra direção para longe do meu carro.

-Não podemos ir no meu carro – expliquei para Cassie ao meu lado – Chamativo demais.

-Nossa carona chegou – informou ela apontando com o queixo o 4x4 que estacionava um pouco mais à frente.

Logo depois estávamos no banco traseiro vendo as feições de Sandro e Irian.

-Rapazes – os cumprimentei ajeitando-me.

Eles apenas retribuíram com gestos silenciosos de cabeças, e depois sorriram para Cassie que retribuiu com um sorriso.

-Onde estão os outros? – perguntei querendo me adentrar na historia.

-Um pouco à frente da casa – respondeu Irian quando já tomávamos o caminho da casa – Parece ser bem complicado.

-Por qual motivo? – pressionei serio

-Sistema mais atualizado do mundo – respondeu ele entediado – Além do que temos ainda problemas com os demais sistemas, não é apenas um, são três.

-Humm- murmurei me voltando para Sandro – Importa-se que eu tome a direção, Sandro?

-De maneira alguma – disse ele já tencionando estacionar.

-Faremos isso em movimento – intervi vendo todos me olharem surpresos – Como se nunca tivessem feito isso. Irian tem contato com quem está na casa?

Ele assentiu com a cabeça, enquanto Sandro diminuía a velocidade.

-Primeiramente, coloque seu pé no acelerador e uma mão no volante Irian – instrui enquanto Sandro saia do banco do motorista e vinha para trás – Mantenha a mesma velocidade estamos em linha reta ainda.

Depois disso tomei o banco do motorista e a direção também, vendo o alivio passar pelo rosto de Irian.

Deveria estar me achando um suicida.

-Preciso falar com Hale – contei para Irian – Ligue para ela.

-Ela já está de escutando – disse ele mostrando seu interfone – E Zafira queria saber quando poderia estar no mesmo carro que você, para poder provocar um suicídio.

-Quanto amor – ironizou Cassie com um pequeno risinho.

A recriminei com o olhar pelo retrovisor que ela fingiu não contar.

-Alguém já tentou entrar na casa? – indaguei olhando para Irian e desviando de um carro.

-Sim – confirmou ele depois de uns segundos – E tenta nos deixar vivo, se não for pedir muito.

-Estar com Kisuke é o mesmo que estar com o diabo – intrometeu-se Cassie – Por isso não temos o que temer muito além dele.

Revirei os olhos.

-Mandei eles ficarem de olho nesse pessoal que entrou – instrui pisando um pouco mais no acelerador – Os apanharemos quando já estiverem sob a posse dos quadros.

-Quer dizer que iremos roubá-los? – perguntou Irian com um leve sorriso de escárnio nos lábios – Isso vai ser interessante.

-Mande-os fazer isso – reforcei fazendo uma curva para direita – Qual a próxima rua?

-Terceira – respondeu Sandro apontando para a esquerda – Eles estão no Sedan e a casa fica mais alguns metros à frente.

-Quantos? – pressionei dobrando na rua indicada.

-Três – respondeu ele enquanto passava por um Sedan estacionado em frente á uma casa de onde na porta vi Hale acompanhada de Yvan – Acabou de passar por eles.

-Sei disso – disse duro estacionando praticamente em frente à mansão. Agora temos apenas que esperar.

-Espero que não muito – disse sincero Sandro.

Minutos depois um grupo de mulheres saia da casa carregando algumas sacolas acompanhada de dois homens vestidos como se fossem carregadores da casa.

-São um tanto originais – comentou Irian os olhando – Como poderiam ter entrado?

-Modo mais simples, estardalhaço e simpatia – respondi girando a chave na ignição – Avise os outros, Irian, estamos prestes a participar de um racha.

-Eles já estão a postos – disse ele endireitando-se ao segundo que as ultimas mulheres entravam no carro que depois partia – Hora de ir.

Girei o carro em 180º e depois parti ao encalço do esportivo que deveria ser bem veloz. Pelo visto não estavam nem ai se o notassem, agora sentia falta do meu Lamborghini.

Pisei ainda mais fundo no acelerado vendo pelo espelho lateral que o 4x4 estava na nossa cola também.

-Mandem-os tomarem a próxima rua – instrui olhando para Irian rapidamente – Temos que bloquear as possíveis saídas. Temos que diminuir o ritmo deles.

Logo depois me voltei inteiramente para frente e para o esportivo que tomava mais ainda velocidade. Então atingi o limite da velocidade do carro 220km/h.

Tão logo fiquei colado a si bati em sua traseira, fazendo-o perder por um segundo o controle, mas depois tomou mais um pouco de distante ficando impossível continuar na sua cola por conta de um carro que entrara na minha frente, fazendo-me fazer uma bela curva me tirando da linha para ter que tomar outra.

-Eles são seus – informou Irian quase gritando.

Pisei novamente no acelerador, atingindo o limite.

Era por isso que detestava carros populares.

Quando nos encontramos novamente com o carro havia o 4x4 na sua frente e notei que a figura de Yvan saia do carro com uma automática na mão. Cassie estendeu a mascara que nem de onde tinha surgido, mas peguei mesmo assim.

-Sandro trouxera por via das duvidas – explicou ela enquanto notei que o resto também colocava mascaras diferentes.

Freei bruscamente saindo do carro a tempo de ver Yvan apertando o gatilho deixado o esportivo coberto de balas.

Golpeie-o por trás. Fazendo-o cambalear para frente e depois se virar para mim com uma expressão de incredulidade no rosto ao segundo que Hale se juntava a nós.

-Vocês não vão começar a brigar aqui – advertiu ela pondo no nosso caminho.

-Qual o seu problema? – perguntou Yvan me encarando – Tínhamos que matá-los, eliminação de inimigos, ou isso não é ensinado na King?

-Então matar o Kellan era eliminação de inimigo? – repliquei tingindo minha expressão de frieza enfurecida.

Os olhos deles se tornaram opacos enquanto meus olhos se voltaram para Hale.

-Como é que é? – perguntou ela pausadamente e enfática.

Virei o jogo novamente.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo cap.
o/



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