Eu andava decidido pelos corredores do colégio.

Acabara de dar o sinal, anunciando o fim das aulas.

O momento perfeito.

Kou havia faltado...Bem, ele faltaria mais uma semana graças ao Reita.

Ah, sim...O Reita, era dele que eu tava atrás.

-Hey! Miyavi! – chamei um moreno...Que diziam parecer comigo...Idiotice.

-Ahh! Aoi senpai! – ele disse, sorridente como sempre. – O que manda?

-Tu viu o Akira?

-Que Akira? O anime? Ah, vi sim, muito bom! – disse, lesado.

-Não..Akira...Suzuki Akira.

-Ah! O Reita! – ele disse rindo, batendo na testa.

-É, o Reita.

-Ahh!! Ele passou...Por mim agora pouco...Ele foi embora com o Sag... – fui caminhando, sem esperar o fim da resposta. – Hey! Onde ce vai?!

Aumentei a velocidade do passo, com os punhos cerrados.

Aquele loiro idiota metido a besta vai ver.

-E aí eu usei a Demência contra aquele Ventrue safado...! – Saga dizia animado, conversado sobre RPG com Reita.

-Ahh! É bom mesmo - -

Ele não terminou de falar, o agarrei pela gola da camiseta, o jogando na calçada.

Saga gritou de susto, indo para trás, caindo sentado.

-Vai embora daqui ou você vai fazer companhia ao Reita no hospital! Fica a dica! – gritei, chutando a perna de Saga.

-Iie! – ele disse tentando se levantar.

Saquei meu estilete.

-Quer tentar? – eu disse, com um sorriso maldoso.

Ele estremeceu.

-Vai embora daqui, Saga! Vai logo! – o loiro gritava, tentando de soltar.

Saga engatinhou até ter forças para sair correndo, sumindo na esquina.

Arrastei Reita até um beco deserto.

-Que é?! Vai me furar, idiota?! – ele dizia, cai do no chão, tentando se levantar com meu pé em seu peito.

-Não, eu quero é te socar mesmo, idiota! – guardei o estilete, me abaixando e começando a sucessão de golpes.

Ele soltava gemidos, mas não gritava nem chorava, mesmo eu tendo quebrado o nariz dele.

Sim, eu percebi que quebrei.

-Você...! Nunca...! Mais...! Vai...! Fazer...! Aquilo com...! O Uruha! – eu gritava, aumentando o ritmo dos socos.

Me levantei, cuspindo no Reita, como sinal de nojo.

Ele levou a mão ao rosto, tentando se proteger da saliva.

Chutei sua costela uma última vez, bem forte.

Até ouvi um ‘crack!’. Depois descobri que ele trincou a costela.

Ele tossiu sangue, se contorcendo.

-Isso é pra você aprender que é feio surrar pessoas, seu animal! – eu disse rindo, dando um último chute.

Ele gemeu e se encolheu, ante as primeiras gotas de chuvas que começaram a cair.

Caminhei lentamente até sair do beco, acendendo meu cigarro e indo para casa.

Aí está sua vingança, Uruha.