Chocolate escrita por Nina_Waka


Capítulo 7
6. FALE-ME SOBRE VOCÊ


Notas iniciais do capítulo

Um dos meus capitulos favoritos *-*



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Um barulho muito forte veio da parte de cima da casa parecia vir do meu quarto.

Eu estava na porta. Podia sair, voltar para a loja, no entanto, poderia não ser nada ou poderia ser tudo.

Fiquei com essa dúvida por alguns minutos, até decidir ver o que era.

Peguei um guarda-chuva de trás da porta e o coloquei em punho. Comecei a subir degrau por degrau, da maneira mais silenciosa que podia.

Quando cheguei à frente da porta do meu quarto, preparei-me para abri-la de uma só vez, coloquei a mão livre na maçaneta e comecei a girá-la com cuidado; segurei o guarda chuva como se fosse uma espada e abri a porta com tudo.

— Socorro, ela está armada com um guarda-chuva! – gritou Jared.

— Você aqui? – esperava qualquer um, menos ele.

— Sim eu. E sim, aqui. – Sorriu no final. – Pode soltar o guarda-chuva agora.

— Mas como? – ainda não acreditava.

— Não disse que você iria me ver de novo. E aqui estou eu! – estava todo orgulhoso de si próprio.

— Sim, aqui está você. – Abri os braços, e ele pareceu não entender. – No meu quarto, na minha casa. Eu disse que queria te ver de novo, só não esperava que fosse assim.

— Huumm.. – foi só o que ele falou.

—Quero dizer, como você entrou aqui?

—Há!Era isso. – Falou-me aliviado. – Pela janela. – apontou.

— Entendi, pela janela.. – não acreditei. – Jared, essa é uma casa de dois andares. – Enfatizei o dois, era impossível, ele ter entrado pela janela.

— É, eu sei. Mas eu entrei pela janela. – Parou para pensar. – É, que.. pratico aquele esporte..

— Que esporte?

— Aquele em que se consegue subir nas paredes.. – apontou para as mesmas.

— Mas não tem nada do lado de fora, para você se apoiar.

— Tem a parede. – Falou-me como se fosse algo muito simples.

— Isso explica os joelhos rasgados, Senhor Homem-Aranha. – Apontei para os joelhos dele.

—Droga. Essa é a minha quinta calça. – Ele falou bravo. – E Senhor Homem-Aranha?

— É, aquele que sobe nas paredes.

— Eu sei. Só não acredito que você me chamou disso. – Ele riu.

Ficamos olhando um para o outro por alguns minutos.

Até que eu quebrei o gelo.

— Então, fale-me sobre você. – Apontei para a cama, para sentar-se.

— Sobre mim?Por que não falamos sobre você primeiro?

— Você parece ser mais interessante do que eu. – Sorri.

— Sou complicado, não interessante. – Ele riu sem humor.

— Posso fazer uma pergunta?

— Claro que sim.

— Como você sabia que eu morava aqui? – tinha que descobrir isso.

— Eu já vi você várias vezes aqui. – Olhou-me como se eu fosse a pessoa mais linda para se ver, e aquele olhar me fez corar. E também me levantou uma dúvida.

— Impossível. – Falei incrédula. – Eu me lembraria de você, tenho certeza.

— Confie em mim. Você nunca me reconheceria. – Ele riu.

— Claro que reconheceria. – Sentou-se enquanto permaneci em pé.

— Não, nunca. – Riu novamente, como se fosse a piada mais engraçada do mundo.

— Se você está dizendo. – Cruzei os braços e sentei na cama também.

— Por que sua família se mudou para a França? – ele estava muito curioso para saber mais coisas sobre mim. Isso me assustou um pouco, eu não era acostumada a ter tanta atenção assim. Principalmente de meninos.

— Nós morávamos em Las Vegas, meus pais têm uma agência de turismo lá. – Olhava-me como se fosse a história mais interessante do mundo. – Mas eles queriam um lugar melhor, mais saudável. Minha mãe achou um folder sobre a Provença, e achou um lugar ótimo. Então arrumamos nossas coisas e viemos para a França, faz uns quatro meses. Nick e eu achávamos que era um lugar no meio do nada, no entanto, me surpreendi. A arquitetura antiga, as árvores, pessoas. Eu realmente amei, mas a Nick odiou, ela queria mais movimento, shoppings, baladas..

— Porém, Nick ainda continua aqui. Por quê?

— Ela não gosta daqui, mas também não quer ficar sozinha. – Sorri.

— Entendo.

— Mas – hesitei. – e você?

Jared demorou a responder como se estivesse escolhendo o que poderia falar ou não falar.

— Bom.. – ele começou. – é complicado. Minha história não é interessante.

— E a minha é? – o olhei, entretanto, ele olhava para baixo, como se estivesse com medo de falar. – Minha nossa, você é de gangue! – falei alto e levantei-me da cama. – Nick tinha razão, não é?Você é?

— Defina o que é gangue. – Ele falou rindo.

— Gangue?Bom.. – estava quase gritando. – são grupos de garotos que fazem coisas ruins, como machucar as pessoas e pixar murros, casas..

— Não faço isso. – Falou-me todo orgulhoso. – Mas – hesitou. – na parte de machucar pessoas.. – ele parou.

— Você machuca pessoas? – minha voz saiu baixa.

— As que merecem sim. – Olhou-me. – Pessoas ruins.

— Por quê?Você é pago para fazer isso? – perguntei ainda incrédula.

— Não, faço isso, porque é algo que tem que ser feito.

—Então você é como um segurança? – sentei-me novamente.

— Sim. – Jared ficou contente por eu estar entendendo.

— Usa armas?

—É complicado, – voltou a pensar. – eu uso.. cães.

— Cães?

— Sim. É melhor que armas.

— Se você está dizendo. – Ele riu. – E você trabalha onde?

— No bosque.

— Detesto-o. – Falei olhando para a janela.

— Isso é ótimo. Continue assim. – Jared por algum motivo tinha ficado feliz, por detestar a bosque.

— Há cães. – Olhou-me curioso. – Então está tudo explicado.

— O que está explicado?

— Meu pai falou que viu um cão enorme no bosque. Nós não acreditamos muito, porém, ele falou que viu.

— Seu pai falou como o cão era, a cor? – seus olhos encararam-me preocupados. – E seu pai entrou no bosque? – sua voz estava ainda mais preocupada.

— Ele só falou que era um cão bem grande, depois mudou de assunto. Foi a primeira vez que o meu pai entrou no bosque, acho que foi na quarta ou na quinta-feira.

— Não deixe mais ninguém entrar lá, está bem. – Ele falou pegando minha mão.

— Está bem. Os garotos que estavam com você ontem, quem eram? – olhou-me estranhamente intrigado pela minha pergunta.

— Eles me ajudam. Trabalham comigo.

— Sério, faz muito tempo?Como vocês se conheceram?São da mesma família?

— Calma, uma pergunta de cada vez, Selina. – Jared voltou a pensar por um minuto, e depois recomeçou. – Nós estamos juntos há algum tempo, anos na verdade. – Deu-me um sorriso tímido. – A necessidade nos uniu, nós todos sofremos grandes perdas.

— Perdas? – o interrompi.

— É, meu irmão e eu perdemos os nossos pais, Dave e James também e o Nuan perdeu o irmão.

— Espera ai, você tem irmão? – perguntei curiosa. – Eu não os conheço por nomes, lembrasse. – Sorri.

— Esqueci desse detalhe. – Sorrimos. – Eu tenho sim, um irmão mais novo. Kurt, ele tem treze anos. Você ainda não o viu. Dave e James são os loiros, Dave é o mais velho. Nuan é o oriental.

— Entendi. Todos vocês são, essa espécie de seguranças? – Cheguei mais perto dele.

— Sim. Não gosto muito que o Kurt trabalhe, mas é mais perigoso ficar em casa.

— Jared, onde vocês moram?

— Do outro lado do bosque. – Olhou pela janela.

Nós ficamos conversando horas e horas. Conversamos sobre tudo, não gostei muito, pois a maior parte das perguntas foi sobre mim. Quando eu fazia alguma pergunta, Jared pensava muito na resposta e algumas eram sempre: ‘‘complicado’’. Eram como se fossem segredos.

Falamos também sobre o Kurt, James, Dave e Nuan. Descobri que Dave tinha uma namorada, a Jean. Pelo que Jared a descreveu, ela era uma morena linda. Ele também contou que Dave e Jean eram almas gêmeas, de verdade. Porém, aconteceu um acidente com ela, algo relacionado com cães. Contou-me que a Jean está muito bem, mas ficou com algumas cicatrizes nas costas. Dave culpa-se por isso até hoje. Faz três anos que ele não fala com o Jean.

Eu fiquei imaginando a dor horrível do Dave, talvez por isso que ele tem um olhar tão sério, ao contrário do irmão James.

Íamos continuar conversando, no entanto,o relógio correu mais rápido do que queríamos,pois já eram dez horas e Nick havia chegado.

— Selina! – gritou ela,lá de baixo.

— Você tem que ... – quando olhei para trás,ele não estava mais lá.A janela havia sido aberta. – .. ir.

— Selina,onde você está? – ela gritou de novo.

— Aqui em cima! – gritei.

— Minha nossa,Selina. – Nick havia se zangado. – Fecha essa janela. – Correu para trancá-la.

— Por quê? – minha voz saiu mais alta.

—Eu vi um lobo E-NOR-ME entrando na bosque. – ela soletrou a palavra.

— Sério mesmo? – falei desconfiada.

— Claro menina! – Nick gritou. – Olha o meu estado,acha que eu estaria assim se fosse brincadeira. – Isso não foi uma pergunta.

— Com era ele?

— Grande,negro e rápido.Entrou correndo no bosque. – Gritou no final.

—Nick,calma. – Ela estava muito nervosa. – Ele já foi embora.Você tem que se acalmar agora. – Segurei os braços dela.

— É.Ele já foi. – Nick falou para si própria. – Acho que vou preparar alguma coisa para comer. – Ela já estava na porta,tentava esconder o pânico.

— Tudo bem.Vou tomar banho.

— Certo,qualquer coisa,estou na cozinha. – Desceu.

O restante da noite foi normal.Eu tomei banho e desci para comer o que ela havia preparado.Nós duas comemos e ficamos assistindo filmes até de madrugada.

Não me lembro se subi sozinha para o meu quarto,ou se a Nick ajudou-me.

Meu despertador tocou marcando seis da manhã.

‘‘Eu tinha que esquecer de desativá-lo ontem.’’

Para piorar o domingo,estava chovendo forte.

Hoje seria só eu e a Nick de novo.Meus pais ligaram falando que iriam ficar mais três semanas no centro. – Eles ainda continuavam com o negócio de turismo em Las Vegas.

A cama estava tão boa que não quis levantar.Entretanto,um barulho horrível na janela chamava-me a atenção,não era a chuva,era outra coisa.

Eu vestia um pijama branco e meu cabelo ainda não havia sido penteado,desci da cama lentamente,esfreguei o rosto e fui na direção da janela que ficava do lado da cama. – A manhã estava escura e havia uma sombra,um tanto estranha do lado de fora.

Com um pouco de força,abri a janela.

— Bom dia,flor do dia! – Jared abriu um sorriso largo maravilhoso.

Não entendia como ele fazia aquilo.Mas Jared estava se segurando na janela apenas com uma mão. – Era como se estivesse sentado,mais o incrível é que não havia nada,para ele sentar.

— Oi. – Falei com a voz ainda sonolenta.

— Bela roupa. – Apontou para o meu pijama.

— Entra,vou me arrumar. – Ele pulava para dentro do meu quarto,enquanto eu me virava para ir ao banheiro.

— Você está linda. –Falou-me enquanto sentava na cama.

— Claro. – Comecei a rir.

Caminhei normalmente,para o banheiro e quando fechei a porta,comecei a arrumar-me o mais rápido possível.Lavei o rosto,escovei os dentes,penteei o cabelo e troquei de roupa.Dei uma olhada rápida no espelho.Eu estava ótima,o meu vestido azul-claro caiu como uma luva.O cabelo deixei solto.Sai do banheiro descalça.

Eu achava que encontraria Jared deitado na cama,no entanto,ele estava de pé,com a janela aberta,olhando em direção ao bosque.Seu olhar era fixo e os dentes trincavam dentro da boca.

O coração dele estava acelerado, e seu olhar era de raiva, um olhar sombrio demais, que não combinava com o rosto de um anjo.

Dessa vez ,ele vestia um casaco preto até os joelhos,apesar da chuva forte,o casaco não estava muito molhado.Só o braço esquerdo encontrava-se pingando.Eu não havia prestado muita atenção nisso,mas quando olhei bem,vi que não era água e sim sangue.

— Você está sangrando. – Ele nem deu atenção. – Jared? – cheguei mais perto.

Seu corpo estava rígido,os punhos fechados com força e de dentro de seu peito começava a surgir um rosnado.Ele não tinha me ouvido.Era como se eu não estivesse ali,parada do lado dele.

— Você me ouviu? – toquei em seu ombro.

Quando Jared olhou-me,seu olhar estava perigoso,ameaçador na verdade.Como um aviso que dizia para não se aproximar.Esse olhar fez-me recuar um passo e ele percebeu.

— Desculpe,disse alguma coisa? – ainda continuava com a mesma postura.

— Disse sim.Você está sangrando. – Apontei para o seu braço recuando um pouco.

Ele nem se quer olhou.Era como se não importasse.Mas eu me importava,não iria deixá-lo sangrando.

Puxei o seu braço e ouvi-o rosnando, – no entanto, não recuei. – ele tentou resistir, mas fui mais forte. Quando puxei a manga,me surpreendi com o que era.

— Uma mordida. – Falei surpresa. – Aonde você conseguiu isso? – olhei para ele.

A mordida era horrível, estava em carne viva e sangrando muito.Porém,ele continuava olhando como se não fosse nada.Era para o Jared estar agonizando e gemendo de dor,uma pessoa normal estaria fazendo isso. – Eu estaria. – Mas ele agia naturalmente, como se fosse um cortinho de papel.

— Não está tão ruim assim. – Jared teve a coragem de falar, olhando para a mordida.

— Não está tão ruim, está péssima. – Falei como uma mãe. – Está em carne viva. Vou ligar para o médico.

— Não! – gritou enquanto puxava o braço.

— Claro que sim, isto está horrível. Onde foi que a conseguiu? – peguei novamente o seu braço.

— C-O-M-P-L-I-C-A-D-O. – Soletrou.

—Complicado?Você mexeu com um urso e ainda está vivo.

— Não foi um urso – hesitou. – foi um lobo, na verdade. – Ele riu.

— Devia ser enorme. E você ainda ri?Ele podia ter raiva! – estava desesperada.

—E ele tem. – Surgia em seus lábios um sorriso malicioso, logo após, abraçou-me com o braço bom. – Ele tem muita raiva. – Jared colocou o rosto no meu pescoço e começou a passar os lábios. – Com muita, muita raiva. – Sorria novamente.

Jared estava estranho naquele momento, estava malicioso e orgulhoso pela mordida. Os lábios dele no meu pescoço estavam me testando,brincando comigo na verdade.Ele era mais quente que o normal e encontrava-se muito próximo de mim.

A chuva era furiosa e Jared cada vez mais, perdia o controle, seu coração batia tão rápido que parecia estar em uma única batida, o seu corpo parecia estar com cem graus de febre. Eu estava suando perto dele,era um calor intenso demais,suas mãos grossas e firmes brincavam em minhas costas. Jared pressionava cada vês mais seu corpo contra o meu, um magnetismo surpreendente prendia-me a ele.

Um uivo cortou o som da chuva. Era como um aviso e Jared soltou-me.Eu cai na cama como uma boneca.Logo que cai,levantei o mais rápido que pude e corri para a janela.

Fiquei paralisada,quando vi do outro lado da rua,um garoto olhando bem fundo nos meus olhos. Ele tinha o mesmo olhar negro e sobrenatural,seu corpo era bem desenvolvido,seu cabelo era no mesmo comprimento do Jared. – Só que dividido ao meio. – O seu corpo era de um garoto de dezenove anos, mas seu rosto infantil parecia ter seus treze anos. Pelo seu jeito,deduzi que aquele era o pequeno Kurt.Seus olhos estavam tensos e preocupados,porém,relaxaram quando me viu.

Estava frio, mesmo assim Kurt usava apenas uma bermuda escura e rasgada.

— Des.. desculpe-me. – Jared gaguejou. – Eu.. não sei o que houve. – Olhava para baixo.

— Não tem que se desculpa. – Fui até ele e segurei sua mão.

— Tenho sim, – sua voz saia baixa, quase como um sussurro. – eu fiz algo horrível e sem pensar – parou por um minuto, seus olhos estavam cheios de culpa quando ele olhou-me. – e por mais um pouco, eu não fiz uma coisa pior ainda. Eu poderia ter te machucado..

— Você nunca faria isso. Por que está torturando-se? Muitos casais fazem sex.. – percebendo o que eu iria falar, Jared olhou-me como se isso fosse uma loucura.

— Você não entende, tem uma coisa dentro de mim. – Ele fechou os punhos. – Uma coisa que tenho medo que te machuque.

— Machucar-me? – não estava entendendo. – Eu não entendo.O que tem dentro de você?

— É melhor que você não entenda. – Riu. – Eu tenho que ir.

— O quê? – eu,às vezes não o entendia. – Não pode ir,seu braço ainda está sangrando.

— Teimosa,eu estou ótimo. – Ele ria,mas eu podia ver em seus olhos,que ele não estava bem. – Além disso,você tem dever de casa. – Deu-me um beijo na testa.

— Na testa? – cruzei os braços.Ele riu mas veio em minha direção,segurou meu rosto e pressionou seus lábios nos meus.Jared afastou-se muito rápido.

— Está bom assim?

— Rápido demais. – O encarei.

— Desculpe.Mas tenho que ir. – Ele virou-se para a janela,quando estava saindo,eu o chamei.

— Jared, – olhou-me. – você gosta de mim?

Ele riu,mas respondeu-me sem hesitar.

— Eu te amo.

— Você nunca vai me deixar,não é? – minha voz estava rouca.Por um instante eu temi por sua resposta,pois sabia que não agüentaria viver mais sem ele.

— Eu não poderia. – Sorriu. – Não há como viver sem meu coração.

Assim que eu pisquei,ele não estava mais lá.Olhei pela janela e vi Jared bagunçando o cabelo do Kurt.Do outro lado da rua,Kurt correu na frente,entrando no bosque e Jared foi atrás do irmão.

Ainda era nove da manhã,quando Jared foi embora,eu desci para cozinha tomar café e subi de novo para o meu quarto,para começar o dever.


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