All I Want Is You escrita por CrazyCullen


Capítulo 3
Outtake2: Light up as if you've a choice




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/103868/chapter/3

Música: Run – Snow Patrol

www(*)4shared(*)com/audio/VUMXI_WZ/Snow_Patrol_-_Run(*)html


Light up, light up

Anime-se, anime-se
as if you have a choice

Como se você tivesse uma escolha
Even if you cannot hear my voice

Mesmo que você não possa ouvir minha voz
I'll be right beside you dear

Eu estarei do seu lado, querida
Louder, louder

Mais alto...mais alto
and we'll run for our lives

E nós correremos por nossas vidas
I can hardly speak I understand

Eu quase não consigo falar, eu entendo
why you can't raise your voice to say

porque você não consegue levantar sua voz e dizer

To think I might not see those eyes

Pensar que eu talvez não veja aqueles olhos
makes it so hard not to cry

torna tão difícil não chorar
and as we say our long goodbye

E enquanto dizemos esse nosso longo adeus
I nearly do

Eu quase choro...

.

"Bella, por favor, seja razoável. Você vai ficar fazendo o que aqui em Seattle sozinha? Venha para Nova Iorque com a gente. Vamos estar todos juntos novamente..."

"Não Alice. Nunca mais estaremos todos juntos. Sempre faltará alguém!"

"Bella..."

"É sério Alice. Não tem porque eu me mudar com vocês. Eu não faço mais parte da família. Além do mais, tem meu emprego e não posso abandonar Edward e Nessie."

"Nunca mais diga isso Isabella!" – Alice praticamente rosnou. "Você sempre será da família. Quanto ao emprego, Emmett já te convidou inúmeras vezes para assumir o cargo de assessora de imprensa pessoal dele. Só depende de você. E sobre Edward e Nessie... o que vai ficar para trás são apenas os ossos, minha querida. O verdadeiro espírito dos dois, as lembranças boas, estas te acompanharão para onde quer que você vá!"

Talvez Alice tivesse razão, mas a verdade é que não me sentia preparada para sair daquela casa onde, apesar de já terem se passado cinco anos, eu ainda sentia a presença de Edward em todo e qualquer canto.

Logo após a morte de meu marido, Esme e Carlisle resolveram se mudar para uma cidadezinha chamada Forks. Pelo o que eu já ouvira inúmeras vezes, fora lá que eles se conheceram e onde os meninos haviam nascido. Emmett e Rosalie foram os próximos a deixar Seattle. Ele foi convidado para jogar no New York Yankees e não pensou duas vezes em aceitar o convite. E agora, era a vez de Jasper e Alice. Era visível que nenhum deles aguentava mais ficar aqui, cercados por memórias por todos os lados. E todos eles tentaram me levar junto, mas diferente deles, eu não queria ir embora, não queria ficar longe das lembranças. Minha vida – se é que posso chamar isso de vida – estava toda aqui.

Na verdade, eu já não sentia vontade de nada. Há cinco anos, todos os dias ao me deitar eu apenas rezava pedindo para não acordar no dia seguinte, e sentia uma vontade gigantesca de chorar quando abria meus olhos e via que minhas preces não haviam sido atendidas. E assim vivia mais um dia, mecanicamente, sem nada que verdadeiramente me impulsionasse para frente.

"Bella... Bella você ainda está aí?"

"Desculpa Alice, estava apenas pensando."

"Own querida. Por que você não vem para cá? A gente prepara algo para comer, abre um vinho..."

"Hoje não Ali, eu estou cansada. Vou aproveitar para dormir cedo. A gente conversa amanhã."

"Tudo bem então. Se cuida e qualquer coisa liga. A qualquer hora, viu?"

"Pode deixar. Manda um beijo para o Jazz."

E dizendo isso eu desliguei o telefone. Um suspiro escapou por entre meus lábios quando me dei conta de que, mais uma vez, estava completamente sozinha. E quase como se meus pés tivessem vida própria, me vi caminhando até o escritório e em poucos minutos eu estava no chão, cercada de fotografias, e com um DVD rodando no laptop. Nas fotos, muitos registros meus e de Edward, sempre sorrindo como qualquer casal apaixonado, além de muitos momentos de minha gravidez e da curta vida da nossa princesinha. No DVD podia me ver vestida de noiva. Edward e eu sorrindo como se não existisse nada, nem ninguém mais no mundo além de nós. Estávamos começando nossa vida juntos, repletos de planos e sonhos.

.

Música: Lullaby – The Spill Canvas

www(*)4shared(*)com/audio/HTu79a-j/The_Spill_Canvas_-_Lullaby(*)HTML

.

It's the way that you blush when you're nervous

É o jeito como você "cora" quando está nervosa

It's your ability to make me earn this.

É a sua capacidade de me fazer merecer isso

I know that you're tired,

Eu sei que você está cansada,

Just let me sing you to sleep.

Apenas deixe-me cantar para você dormir.

It's about how you laugh out of pity

É sobre como você ri sem piedade

'Cause let's be honest, I'm not really that funny

Porque, vamos ser honestos, eu não sou realmente muito engraçado

I know that you're shy,

Eu sei que você é tímida,

Just let me sing you to sleep.

Apenas deixe-me cantar para você dormir.

If you need anything,

Se você precisar de qualquer coisa,

Just say the word, I mean anything.

Basta dizer a palavra, quero dizer, qualquer coisa

Rest assured, if you start to doze

Não se preocupe, se você começar a cochilar

Then I'll tuck you in,

Então eu vou te aconchegar

Plant my lips where your necklace is closed.

Plantar meus lábios onde seu colar se fecha.

It's those pills that you don't need to take,

São essas pílulas que você não precisa tomar

Medicating perfection, now that's a mistake.

Medicando a perfeição, agora isso é um erro

I know that you're spent,

Eu sei que você está cansada

Just let me sing you to sleep.

Apenas deixe-me cantar para você dormir.

.

Enquanto deixava minha mente viajar por lembranças evocadas pelas fotos e vídeos, fui tomada por uma estranha sensação de estar sendo vigiada por alguém. Não podia acreditar que Alice havia vindo checar como eu estava. Eu odiava quando ela me tratava como criança. Me virei, pronta para brigar com ela, quando subitamente estanquei ao me deparar com aqueles olhos verdes fixos em mim. Não podia ser...

Edward estava parado, recostado no batente da porta, me encarando com uma expressão tranquila e um sorriso nos lábios, como costumava fazer.

Eu balancei a cabeça, esfregando os olhos para espantar aquela alucinação, mas ao olhar novamente para a porta, ele continuava no mesmo lugar, com um sorriso ainda maior, como se achasse graça da minha incredulidade.

"Não pode ser... não pode ser. Você está morto há cinco anos. Mas... mas como?" consegui pronunciar por fim, sem tirar meus olhos dos seus.

Ele caminhou lentamente em minha direção, se agachando à minha frente, aspirando profundamente o cheiro de meu cabelo, ao mesmo tempo em que passava os dedos pelo meu rosto, como que tentando memorizar os traços com as pontas dos dedos. Depois de deixar beijos por todo meu rosto, vagarosamente, ele mordiscou o lóbulo de minha orelha, sussurrando.

"Vem comigo, love. Eu quero te mostrar uma coisa."

Estendi minha mão, entrelaçando-a na sua, sentindo seu aperto reconfortante.

"Onde vamos?" – perguntei quando passamos pela porta, sendo atingidos pelo vento frio da noite de Seattle. Eu não conseguia parar de olhar para ele, ainda não acreditando que ele estivesse ali, ao meu lado.

"Você já vai ver." – ele disse apertando minha mão e abrindo aquele sorriso torto que me conquistara desde a primeira vez em que nos vimos, anos atrás, sob a chuva, naquela estrada deserta.

Caminhamos em silêncio, lado a lado, minha mente confusa, tomada por um turbilhão de pensamentos. Eu tinha tanta coisa que queria lhe perguntar. 'Como era possível ele estar ali, caminhando comigo, falando comigo, nossos corpos se tocando?' Eu estava tão concentrada em meus pensamentos que nem notei quando paramos e, quando me dei conta pude ver que ele tinha me levado até o Volunteer Park, um dos nossos lugares preferidos em Seattle. Sempre vínhamos até aqui nos finais de semana, às vezes fazíamos piqueniques à beira do lago e outras apenas andávamos de mãos dadas olhando as árvores, um curtindo a companhia do outro.

Edward me puxou até uma árvore e se sentou, me colocando entre suas pernas, recostada em seu peito enquanto suas mãos acariciavam meus braços, para cima e para baixo. Não sei quando começou, mas logo eu podia sentir as lágrimas descendo copiosamente pelas minhas bochechas.

"Bella?" – ele chamou, com um tom preocupado em sua voz.

"Bella, amor, fala comigo, por que você está chorando?"

Edward então me virou, me colocando de frente para ele e ergueu meu rosto com um dedo em meu queixo, enquanto com a outra mão, tentava enxugar, em vão, as lágrimas.

"Por favor, love, fala comigo." – ele pediu mais uma vez, parecendo realmente sentido e desesperado por me ver naquele estado.

E então me vi avançando sobre ele, batendo em seu peito com os punhos fechados e pondo para fora toda a dor que eu carregava dentro de mim há tantos anos que já nem sabia mais como era viver sem ela.

"Por que Edward? Por que você me deixou? Por que você se fechou daquela forma? Você prometeu que ia continuar do meu lado, que íamos superar a dor da perda de nossa menininha juntos, mas você nunca cumpriu sua palavra. Você se isolou, me expulsou da sua vida e então, um dia simplesmente foi embora para sempre. Você tem noção do que eu senti quando recebi o telefonema me avisando do seu acidente? Ou do pesadelo que foram os dias em que eu fiquei naquele hospital pensando se você acordaria ou não? Me perguntando por que Deus estava me punindo, tirando tudo o que eu tinha? Por que o meu marido, o homem que eu mais amava na face da terra, não conseguia superar sua dor e preferia morrer a continuar ao meu lado? Você sabe o que é isso, Edward, perder as duas pessoas que mais se ama no mundo? Perder o chão, o rumo, a esperança? Durante um ano, Edward, eu lutei com todas as minhas forças, praticamente me privei de viver o meu luto pela morte da minha filha para te consolar, para tentar te livrar daquela depressão em que você tinha mergulhado, tentando te livrar daquela culpa, acreditando que em algum momento você iria perceber que não havia nada a ser feito e que era eu ali com você, a sua Bella, a mulher que você dizia amar. Mas não, isso nunca aconteceu e eu te odeio por isso."

Senti as lágrimas ainda caindo pelos meus olhos. Eu já não tinha mais forças para socá-lo e deixei minha cabeça pender de encontro ao seu peito, molhando sua camisa, enquanto, carinhosamente, ele passava as mãos por minhas costas, tentando me acalmar, ao mesmo tempo em que pedia perdão, baixinho, em meu ouvido.

"Eu sinto muito Bella. Muito, muito, muito. Você nunca vai ser capaz de entender o quanto. E te ouvir dizer que me odeia é como se eu estivesse morrendo de novo, se isso fosse possível. Não pensei em nada para ser sincero, eu não vi o mal que estava fazendo a você. Eu estava completamente cego pela minha dor. Me sentia culpado por ter te convencido a sair naquela noite e a deixar a Nessie com os meus pais, mesmo vendo claramente que você não queria fazer isso, que você estava preocupada. Mas eu achei que era coisa de mãe que tem medo de se afastar do filho. Eu só conseguia pensar no quanto sentia falta de você e o quanto te queria aquela noite, o quanto eu queria te mostrar que te amava e que a minha vida não podia estar mais perfeita tendo você e a nossa princesinha ao meu lado. Mas o que era para ser uma noite perfeita acabou se mostrando um pesadelo. E depois de tudo, por mais que você dissesse que eu não tinha culpa de nada, eu não conseguia me esquecer das minhas palavras para você momentos antes de sairmos de casa: 'Bella, amor, se acalme. Isso com certeza é uma virose qualquer ou os primeiros molares nascendo.' E eu sabia, que em algum momento você enxergaria isso e me culparia, se não por não ter diagnosticado a doença, por te privar de passar as últimas horas de vida de nossa filha com ela."

"Edward..."

"Não, Bella, me deixe terminar, por favor." – ele pediu, pousando um dedo delicadamente sobre os meus lábios. "No dia do acidente eu levantei me sentindo um trapo depois de passar mais uma noite te ouvindo chorar, abafando seus soluços no travesseiro, enquanto achava que eu estava dormindo. Era como se meu coração perdesse mais um pedaço a cada noite quando te via chorando, tão vulnerável, tão desesperada, mas eu simplesmente não sabia como te consolar, o que dizer para te fazer sentir melhor. Eu fui para o hospital e tive uma discussão feia com Jasper, pelo mesmo motivo pelo qual vínhamos brigando a mais de um ano. Ele insistia que eu precisava me abrir com você, procurar ajuda profissional se fosse o caso, e me alertou para o fato de que se eu não fizesse isso logo, acabaria perdendo você também. Ele disse que o quê eu estava fazendo com a gente era desumano e que você me amava demais para merecer isso. E o que mais doía era saber que ele estava certo. Eu estava sendo um escroto sem tamanho. Liguei para o meu pai e pedi que ele pedisse alguma indicação de profissional para algum psiquiatra conhecido dele e comecei a fazer minha ronda entre os meus pacientes. Durante todo o dia as palavras de Jasper ficaram na minha cabeça e eu resolvi ficar até mais tarde no hospital naquele dia para adiantar algumas papeladas. Talvez Emmett também tivesse razão e fosse hora de tirar umas férias e sairmos apenas nós dois, numa viagem, como uma segunda lua-de-mel. Já passava da uma da manhã quando entrei no carro e eu só queria chegar em casa e me deitar ao seu lado e naquela noite eu sabia que te aconchegaria em meus braços enquanto você chorasse. Te mostraria que eu estava ali, quebrado sim, mas ali com você. Mas eu estava cansado demais e em algum momento devo ter cochilado porque só o que me lembro depois são dos bips dos aparelhos do hospital e de sua voz me pedindo desesperada para que eu acordasse. E eu sinto muito Bella... sinto muito por ter falhado, como pai e como marido; por não ter te dado suporte no momento em que você mais precisava de mim; por ter te feito passar por toda essa dor novamente; mas eu preciso que você saiba que nunca deixei de cumprir a minha promessa, eu estive ao seu lado durante todo o tempo, love, não te abandonei em momento algum e nunca vou abandonar."

Eu não conseguia dizer nada. Apenas deixei que ele me abraçasse novamente e continuei encharcando sua camisa com minhas lágrimas. Tudo o que deveria ter sido conversado, sido dito há tanto tempo atrás, estava sendo dito agora e, para quê? De que adiantaria? Eu sentia um misto de dor e de alegria. Alegria por saber que ele nunca tinha deixado de me amar e que estava disposto a lutar como havíamos prometido um ao outro, mas arrasada por saber que sua vida havia acabado exatamente naquele momento, e que a chance de reconstruir nossa vida juntos não nos foi dada e agora, minha vida também estava acabada para sempre.

"Por que Edward?"

"Por que o que, minha Bella?"

"Por que a gente? Por que justo nós dois tínhamos que passar por isso? A gente se amava tanto, tinha tantos sonhos, tantos planos..."

"Eu sei, meu amor. Mas não cabe a nós entender o porquê. A gente tem é que aprender a fazer o melhor das rasteiras que a vida dá na gente. Não cometa o mesmo erro que eu cometi Bella."

"Mas é tão..."

"Papai, papai..." – uma vozinha ecoou por entre as árvores e eu senti meu coração parar uma batida, ao mesmo tempo em que minha respiração ficava presa na garganta. Eu encarei Edward com os olhos arregalados e ele apenas fez um aceno rápido com a cabeça. Nenhuma palavra era necessária naquele momento.

"Papai, finalmente eu te encontrei. Você precisa voltar." – ela disse antes de me encarar e abrir um grande sorriso.

Eu não podia acreditar que estava ali, em pleno Volunteer Park junto com os dois maiores tesouros da minha vida, como tantas vezes eu sonhei, como tantas vezes invejei outros casais ao ir até ali, sozinha, e ficar observando-os passear de mãos dadas, brincando com os filhos. Nessie continuava exatamente do jeito que eu lembrava; os cabelos castanhos como os meus, com alguns cachos nas pontas, os olhos verde-esmeralda como os de Edward e a pele branca como leite. Ela usava um vestidinho branco até a altura dos joelhos e estava simplesmente deslumbrante. A voz da minha princesa me tirou dos devaneios.

"Ela é tão linda, né, papai? Mas continua tão triste..."

"Por que você não dá um abraço bem apertado nela, pra ver se ela melhora?" – Edward disse piscando pra Nessie.

Ela pareceu pensar por alguns segundos, olhando de Edward para mim e então se jogou em meu colo, passando os pequenos bracinhos ao redor do meu pescoço. E se eu pudesse comparar aquele momento com qualquer outro que já vivera antes, seria com o dia do seu nascimento, quando Edward a colocou em meus braços pela primeira vez. E da mesma forma como havia feito naquele 20 de outubro, Edward passou um braço pela minha cintura e ficamos ali, apenas curtindo o momento, enquanto as lágrimas insistiam em escorrer pelo meu rosto.

"Mamãe, por favor, não chore mais." Ela pediu, soltando os braços de meu pescoço e se sentando em meu colo, enxugando minhas lágrimas. "O papai sempre fica tão triste quando você chora. E eu fico triste vendo vocês assim."

Tentei dar um sorriso para ela, mas deve ter saído mais como uma careta e Edward riu de minha expressão.

"Ela tem razão, Bella. Você precisa seguir em frente. E é por isso que eu estou aqui hoje, pra te pedir que se dê uma chance de voltar a ser feliz. Nós dois estamos mortos, mas você não, você ainda tem a sua vida e merece vivê-la plenamente e ser feliz de novo. Se permitir ser feliz não é traição, meu amor. Você não tem porque se sentir culpada por continuar a viver." – ele disse acariciando minha bochecha.

"Eu não sei se consigo. Não tenho forças para isso."

"Claro que tem, Bella. Você é a pessoa mais guerreira que eu conheço. E a sua força está aí dentro, é só você deixar que ela venha à tona de novo. Por favor, não desista. Por nós três e pelo que já fomos um dia, mas principalmente por você. Por tudo aquilo que você sonhou um dia, por quem você era. Você merece ser feliz de novo e as pessoas que convivem com você merecem ter aquela Bella de volta."

"Papai, nós temos que ir. Você sabe que não podemos ficar tanto tempo afastados assim." – Nessie disse, se levantando e me abraçando mais uma vez. "Fique bem mamãe, nós te amamos e sempre estaremos por perto, cuidando de você." E dito isso, ela se afastou um pouco, deixando Edward e eu sozinhos novamente.

"Promete?" – ele perguntou, embalando meu rosto entre suas mãos e me encarando fixamente nos olhos.

"Prometo." Eu disse antes dele abrir um sorriso e tomar meus lábios nos seus. Um beijo simples, mas ainda assim, repleto de emoções e sentimentos.

"Eu te amo, Bella" – ele disse colando sua testa na minha. "E estarei sempre tomando conta de você. Sempre!" E então ele se levantou, caminhando na mesma direção em que Nessie havia seguido, há poucos minutos.

"Edward?"

Ele parou, virando para trás, me encarando novamente.

"Eu nunca te odiei de verdade."

Ele abriu meu sorriso torto mais uma vez e voltou a andar, sumindo entre as árvores.

Edward, volta, por favor, volta... VOLTAAAAAAAAAAA!


E então, me vi sentada novamente no escritório em nossa casa, cercada de fotos enquanto um vídeo continuava rodando no computador. Meu coração estava batendo forte e minha respiração completamente irregular. 'Será possível que tudo não passara de um sonho? Mas fora tudo tão real, eu pude sentir, ainda podia sentir o formigamento em meus lábios'.

E então, pela minha visão periférica pude ver. Se possível, meu coração disparou ainda mais, enquanto com as mãos trêmulas eu pegava o lírio branco, caído próximo ao sofá. Em um movimento automático levei a flor ao meu nariz e ali estava, além do seu próprio cheiro, aquele aroma inconfundível, levemente adocicado e almiscarado, totalmente inebriante. Edward estava me dando mais um sinal e me fazendo lembrar de minha promessa.

Sem me preocupar com a hora ou pensar em mais nada, eu sabia qual era o primeiro passo que tinha que dar para cumprir a promessa que havia feito. Pegando o telefone eu disquei rapidamente e no quinto toque a ligação foi atendida.

"Bella, o que aconteceu, pelo amor de Deus? Você está bem? São 3h21 da manhã..."

"Calma Alice, respira. Eu sei que é tarde, mas eu preciso te dizer uma coisa. Avisa ao Emmett que eu aceito o emprego!"


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

chega de mansinho testando o humor das leitoras. Ai gente, vocês não imaginam o quanto eu chorei escrevendo esse outtake. Na verdade, eu não consigo calcular a quantidade de lágrimas que derramei em cada um desses capítulos. Quem acompanha minhas fics e traduções sabe o quanto isso aqui é diferente de tudo o que eu faço/fiz, mas têm horas, quando a ideia surge na cabeça, que simplesmente não dá para ignorar. Como eu estava conversando com uma amiga outro dia, os personagens exigem sair e você se torna nada mais do que os dedinhos que digitam aquilo que eles querem. E foi exatamente assim que eu me senti aqui! Na one em si e em cada um desses outtakes. Eu espero, que apesar de toda a tristeza, vocês possam ter gostado, de verdade!