Uma das coisas que eu sinceramente detestava era ficar perto de vampiros e de lobos, mas até que a compainha de Jacob, era agradável, sem ser forçada.

_Olha, não espere que eu faça isso direito, porque eu nunca fiz isso antes na minha vida. Eu disse sincera, eu nunca cuidei nem de uma unha inflamada, quem dirá de uma pessoa, ou melhor um lobo.

_Tudo bem. Disse ele pálido.

_Olha, sem querer ser grossa, você é muito mole, como pode um lobo ficar doente tão fácil?! Afinal vocês são assassinos, não podem ficar doentes. Eu disse colocando um termômetro debaixo do braço dele.

_Nós somos lobos, mas ainda somos metade humanos, podemos sim ficar doentes. E não somos assassinos, nem mesmo os Cullen. Eles são pessoas ótimas, você vai gostar deles. Ele parecia certo do que falava, mas fiquei na duvida, já que o Edward não demonstrava gostar muito de mim, mas achei melhor não comentar esse pequeno detalhe por agora.

_Se você tá falando. Respondi ríspida.

_Nessie, por que você não gosta dos Cullen? Perguntou ele, me chamando novamente por aquele nome ridículo, eu séria mais criativa que ele, ao colocar um nome em pleno delírio em uma pessoa.

_Meu nome não é Nessie, é Renesmee. E eu não disse que não gosto dos Cullen, eu só não quero ser amiga deles. É diferente não é?!

_Por que?

_Não costumo gostar de pessoas ou melhor vampiros.

_Por que?

_Porque os vampiros são maus e matam pessoas. Vocês também devem ser maus por gostarem deles, pois só assassinos conseguem ficar do lado de outros assassinos. Eu disse na lata, hoje eu não estava com medo de morrer.

_Isso, é uma mentira. Ele disse me contradizendo.

_Não é não. Vampiros precisam se alimentar. Precisam beber sangue. E como eles conseguem sangue? Matando. Fui grossa eu sei, mas no momento não to nem ai.

_E você é assim? Porque se você ainda não percebeu, você também é meia vampiro. Cara, ele é chato.

_Não. Eu não sou uma assassina como os seus amigos.

_E por acaso você acha que só os seres humanos podem ser alimentos para vampiros? Perguntou ele seco.

_Não. Eu e Mellany bebemos sangue de animais. Eu disse super irada, por ele estar tentando testar meus conhecimentos sobre a vida vampiricae questionar meu tipo de alimentação, quem ele pensa que é?!

_Isso ai. Mas vocês não são as únicas que fazem isso. Os Cullen também são vegetarianos. Ele disse calmo, como se agente estivesse falando que uma pessoa não come carne porque acha nojento.

_O que? Pensei que fossemos as únicas a beber sangue de animais.

_É. Mas os Cullen, não querem saber das ordens naturais das coisas. Eles assim como você não gostam de matar pessoas inocentes para se alimentar. Ele disse e o termômetro apitou e ele tirou o termômetro debaixo do braço e o olhou.

_37 ºC. disse ele me entregando o termômetro para eu conferir.

_E isso é ruim?! Perguntei afinal esse era a temperatura normal de um corpo, apesar de a minha ser bem maior que isso.

_Bem. Acho que pra um lobo, sim.

_Bom. Onde estão seus amigos agora que não estão aqui, pra cuidar de você?! Perguntei seca.

_Eles, precisavam resolver algumas coisas.

_E confiaram um doente indefeso a uma vampira que não caça a duas semanas?! Perguntei ameaçadoramente.

_Até parece. Disse ele com ar de superior e duvidoso.

_Até parece que eu não posso te matar. Eu disse com raiva.

_Mas você não vai fazer isso. Disse ele como se declarasse um regra ou um decreto. Fiquei com mais raiva dele e joguei o termômetro no chão e parti para cima dele.

Como ele estava deitado, foi fácil, só precisei colocar um perna em cima da barriga dele e a outra firme no chão e segurar seus braços em cima da cabeça.

_Vai mesmo atacar um homem doente? Perguntou debochado me deixando ainda mais sem paciência.

Nem respondi só levei meus lábios ao seu pescoço e rosnei. O que teve algum efeito, já que senti ele ficar tenso e rígido.

_Não se deve mexer com uma meia vampira. Eu disse e rosnei mais alto ainda.

_Não vai me matar vai? Perguntou ele, e percebi que eu tremi só com a idéia, como eu poderia mata-lo?! Ele não me fez nada. Mas resolvi brincar um pouco.

_O que você acha? Estou com fome. Eu disse e cheguei mais perto ainda do seu pescoço.

_Olha, acho melhor agente parar com essa brincadeira. Disse ele, parecendo não estar gostando do joginho.

_Que brincadeira? Quando eu disse que estava com fome não estava mentindo. Eu disse sorrindo largamente, e respirando fundo perto de seu pescoço, o que pra constar foi uma péssima idéia. O cheiro dele, era muito melhor do que a de um humano, era tão bom que chegava doer a alma, de vontade de mata-lo para beber seu sangue.

_Olha... Ele começou a dizer alguma coisa mais parou ao ver que eu realmente estava levando a sério o lance de matar ele. Claro que era uma brincadeira. Mas acho que fui longe demais.

Agora a dor na garganta já era pior do que isso. Era uma dor ainda mais funda e mesmo sem eu querer, e perceber eu estava com a boca colada ao seu pescoço.

_Olha, você não quer me matar. Ele disse parecendo calmo. Como ele podia estar calmo? Eu ia matar ele.

Mas nem me importava com o que ele dizia só queria beber o seu sangue e o mais rápido possível, fui abrindo a boca na tentativa de cravar meus dentes na pele macia e poder beber a maior quantidade de sangue que podia, mas uma imagem daquele menino no sonho veio a minha mente e eu senti vontade de chorar. Eu iria mesmo matar um cara pra beber seu sangue? A que ponto eu fui chegar?

Com esforço – vale contar, muito esforço mesmo da minha parte – a única coisa que fiz foi dar um beijo no local que seria a mordida e sai de cima dele.

_Desculpe. Eu disse correndo pro meu quarto.