O Cometa escrita por Carol, thammy horan jones, renatatwifan


Capítulo 1
1. Decisão.


Notas iniciais do capítulo

Bom, como prometido, cá estou eu... Gente, eu estou super consciente do tamanho do capítulo. Sei que ele é pequeno. Mas, quando a trama começa a esquentar de verdade, eles ficam maiores.
Conversamos lá embaixo, boa leitura...



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1. Decisão.

Eu estava deitada em minha cama, pensando no quanto a minha ingratidão e falta de ânimo afetavam a minha família, e tentando encontrar uma saída para isso. Era simplesmente impossível descrever a angústia que tomava conta de mim quando eu parava para pensar no sofrimento que causava a eles. Meus queridos pais definitivamente não mereciam passar por isso, afinal, eles nem eram estranhos como eu. Minha avó Esme sempre me repreendia, quando vinha visitar a mim e aos meus pais aqui em Nova York, ela dizia que eu não podia me autodenominar “estranha” quando, na verdade, eu era muito “especial”. Meus pais, tios e até meu avô concordavam com ela e aquilo realmente me irritava, pois, pelo menos Carlisle deveria ficar do meu lado quando eu dizia que era anormal, afinal ele é médico.

-Renesmee, filha, você já acordou?- Minha mãe gritava do lado de fora do quarto, tirando-me de meus devaneios.

Ah, claro, ainda não me apresentei. Meu nome é Renesmee Carlie Cullen, mas todos me chamam de Nessie. Estranho, não? Pois é. Meus tios me deram esse apelido quando eu era pequena, e não é que pegou?! Moro em New York, junto com meus pais. Tenho 19 anos, na verdade quase 20, e estou cursando o último ano da faculdade de Design Gráfico (nerd, entrei para a universidade aos 16 anos), eu amo desenho e fotografia.

Apesar de a minha família viver dizendo que eu sou linda e tal, eu me acho bem 'sem sal', tenho 1.67 de altura, cabelos ruivos e cacheados na altura da cintura, olhos cor de chocolate, minha pele é tão branca quanto a da  minha mãe, e minhas bochechas nunca abandonam o tom rosado, já que sou bem tímida. Como eu disse anteriormente: 'sem sal'. Quando eu era mais nova, ganhava apelidos carinhosos constantemente por causa do meu tom de pele meio transparente.

  -Sim, mãe. Estou acordada.

  -Ah, ótimo. Alice veio tomar o café da manhã conosco, então levante-se, tome seu banho e desça.

  -Ok. Eu já vou.

  -Não demore.

Peguei minha toalha e entrei no banheiro. Enquanto me banhava eu pensava no quanto eu tenho sorte por ter pais como os meus. Bella e Edward são simplesmente fantásticos, eles me criaram com tanto amor, que eu sinto que nem se vivesse mil anos poderia retribuir tudo o que já fizeram.

Eles me aceitam como eu sou e me dão muito apoio para que eu não desmorone diante dessa minha realidade monstruosa. Já tia Alice, bom, ela é como eu. Quero dizer, não  exatamente como eu, mas ela também é “excepcional”.

OK, eu acho que agora já chega de mistério, não é? Quer saber qual é o meu grande segredo? Tudo bem: Eu sou uma telepata! Bom, na verdade eu acho que ‘telepata’ não é a melhor palavra para me definir, uma vez que eu preciso do tato para poder me comunicar com os outros. Mas, resumindo: eu consigo transmitir os meus pensamentos para outras pessoas apenas tocando uma parte de seu corpo. Bizarro. Ah... E ainda tem a tia Alice. Ela é meio que uma vidente. Eu digo ‘meio’ porque as visões dela não são definitivas, elas são, digamos que, subjetivas.

Terminei meu banho, me vesti e desci. Meus pais e tia Alice já me esperavam sentados à mesa.

-Nessie, ai que saudades querida. - Tia Alice levantou-se do seu lugar e pulou no meu pescoço, me dando um abraço tão apertado que eu quase sufoquei.

-Calma dinda, faz apenas quatro dias que não nos vemos.

-Eu sei minha afilhada perfeita, mas você sabe que eu fico muito preocupada quando não posso vir te ver. Você é um ímã para problemas e o fato de que você aparece meio ‘embaçada’ nas minhas visões me apavora. - Ela disse sorrindo.

Pois é, ainda tinha isso. Alice não conseguia ver muito bem o meu futuro, minha imagem sempre ficava meio ‘borrada’ em suas visões. Minha família tinha uma teoria para isso: eles achavam que o meu “dom” meio que me protegia do “dom” da tia Alice. Hahaha, que grande besteira! Eu não via fundamento nenhum nessa teoria.

-Mas você não devia ficar se preocupando tanto, pode fazer mal para o bebê. - Eu disse, me sentindo culpada.

-Ah, não, imagina. Se o meu filhinho se incomodasse com stress, com certeza ele já teria nascido pela boca, de tanta correria que está tendo naquela agência ultimamente.

Ah, é. Eu não tinha mencionado que a minha tia e madrinha Alice, irmã mais nova do meu pai, está grávida de quatro meses e meio e que eu vou ser a madrinha do bebê, que é um menino e vai se chamar Cory. É isso mesmo: Eu vou ser a madrinha do filho da minha madrinha.

O problema é: Alice tem uma agência de publicidade e não para quieta, não consegue deixar o trabalho de lado e isso pode prejudicar o Cory. Mas ela insiste em dizer que não vai acontecer nada ao bebê e que ele até gosta da correria. Hum, eu mereço mesmo!

-Tudo bem dinda, eu também estava com saudades. Onde está o tio Jasper?

-O Jazz já foi para Forks. - Ela falou despreocupadamente.

-Já foi para Forks? - Eu repeti, sem entender.

-Sim, Nessie. Você não lembra de quando eu te disse que iria ficar uns vinte dias na casa dos seus avós?

Claro que eu lembrava. Mas eu tinha esperanças de que ela esquecesse. Se ela fosse para Forks eu teria que passar quase a metade das minhas férias de verão sozinha. Não que eu estivesse reclamando, seria até bom poder chorar dia e noite sem ninguém pra ficar me repreendendo. Mas a verdade é que eu acho que meus dutos lacrimais já secaram, de tanto que eu já chorei, e, além disso, minha mãe jamais me deixaria sozinha. Com certeza ela iria me convidar para ir junto na viagem de negócios que ela e o papai fariam dentro de uma semana.

-Lembro sim, mas eu não imaginei que seria tão logo, sabe? Eu pensei que vocês só iriam pra lá daqui a uns dois meses.

-É, eu sei. Eu realmente pretendia ir pra lá apenas em agosto, mas eu estou morrendo de saudades do papai e da mamãe, então...

-Mas Alice, - eu estava tentando argumentar porque não queria estragar a viagem dos meus pais - Você não acha que as coisas na agência estão meio corridas para você deixar tudo sob o comando do Edgar?

-Ah Nessie, eu confio plenamente no Edgar, você sabe que ele é muito competente. E, aproveitando o assunto, eu queria te dizer que quando você assumir a agência, no fim da sua faculdade, eu gostaria muito que o Edgar continuasse com o cargo dele, pois ele realmente merece.

Pois é, eu nem terminei  a faculdade ainda e já tenho emprego garantido em uma das melhores agências de publicidade do país. Realmente eu não sou tão azarada quanto me julgo. Na verdade, tenho até bastante sorte. O plano era o seguinte: Tia Alice e tio Jasper queriam se mudar para Forks quando Cory estivesse quase nascendo, pois queriam criar seu filho em um ambiente mais tranquilo e não em uma cidade enorme e movimentada como New York. Então, Alice está abrindo lá uma filial de sua agência, e eu, quando me formasse, cuidaria da matriz aqui em NY.

-Ah, claro que você confia. Por favor, não me entenda mal, eu sei que o Edgar é realmente incrível, mas será que não dava pra esperar as minhas férias da faculdade terminar antes de ir?- Eu pedi já azeda.

-Oh Nessie querida, não fica assim. Você sabe que pode ir conosco se quiser. Tenho certeza de que seus avós adorariam ter a netinha deles passando um tempo lá. Você nunca foi para Forks, nem conhece a nova casa deles ainda. - Ela falou, com aquele jeito completamente manipulador.

-Eu sei tia, mas quando as minhas férias acabarem eu ainda tenho um semestre de faculdade pela frente, então seria bom se eu tirasse esse tempo para estudar.

-Sem desculpas esfarrapadas, querida. Você é uma ótima aluna, e esses dois meses de férias você tem que tirar para descansar. - Alice disse, e continuou insistindo - Seria tão bom se você fosse Renesmee. Pense nos seus avós, em como eles ficariam felizes. - Ok, isso já era chantagem emocional.

-Tia, você está tentando me arrastar junto com você para Forks, mas nem sabe o que os meus pais pensam a respeito disso.

-Na verdade, filha, - minha mãe finalmente se pronunciou para me tirar daquela enrascada. - Nós achamos que você deveria ir.

-Como assim?- Perguntei sem entender.

-Renesmee, - meu pai disse meio apreensivo - nós precisamos conversar.

-Conversar? Sobre o quê?- Perguntei, mas eu já sabia a resposta.

  Ele parecia nervoso.

-Filha, eu e sua mãe vamos viajar a negócios durante quatro meses, você sabe. A questão é que nós não gostamos nem um pouco da ideia de você ficar sozinha aqui durante as suas férias...

-Mas eu não vou ficar sozinha, pai - o interrompi - Eu vou ficar com a Jenna, ela é uma ótima companhia!

Jenna era a nossa governanta, e nós duas nos dávamos super bem.

-Por favor, Renesmee, não dificulte as coisas.- Papai falou, enfático.- Você não vai ficar aqui sozinha e pronto. Filha entenda, nós não queremos que você se isole ou se sinta inferior aos outros por causa do seu dom. Suas opções para essas férias são: ou você vai com seus colegas de turma no cruzeiro pela Grécia, - bufei ao ouvir essa opção ridícula. Rá. Colegas. - ou você vai com sua tia para Forks...

-Ou então você vai viajar conosco. - mamãe completou.

-Ir com vocês? Como assim?- perguntei - As minhas férias duram apenas dois meses, enquanto a viagem de vocês vai durar no mínimo quatro... Eu não posso perder dois meses de aula!

-Você não irá perder aula querida - mamãe falou docemente- Se você for conosco eu e você voltaremos para casa antes de suas aulas começarem.

-Então isso significa que se eu for eu vou atrapalhar a viagem de vocês!- Eu acusei.

- Não filha, é claro que não. Seu pai pode se virar dois meses sem mim, não pode Edward?- Ela perguntou para o meu pai, sem tirar os olhos de mim.

-Claro, sem problemas. - Papai respondeu sério.

-E então Nessie, o que você nos diz?- Alice perguntou.

-Uau, eu realmente não sei.

-Então vá para o seu quarto e pense um pouco, OK? Avise-nos quando decidir. - Mamãe falou calmamente.

-Tudo bem. - Eu disse pegando uma maçã na fruteira. Subi as escadas e fui em direção ao meu quarto.

Joguei-me na cama e fiquei pensando em como seria legal viajar com meus pais e conhecer tantos lugares deferentes. É claro que eu já conhecia muitos países da Europa, América e até mesmo da Ásia, mas viajar com eles durante quatro meses seria TÃO bom.

Meu pai era o presidente da Cullen, uma das mais famosas construtoras do mundo e que pertencia à nossa família há muitas gerações. Tio Emmet e tia Alice, que eram seus irmãos mais velho e mais nova, respectivamente, não queriam nem saber da empresa. Emmet era um atleta de judô e Alice trabalhava com publicidade, como eu já mencionei anteriormente.

Considerei também a possibilidade de ficar aqui com Rosalie e Emmet. Eu adorava a tia Rose e seria muito legal passar um tempo na casa dela. Porém, mesmo gostando muito da ideia de continuar em NY, eu sabia que não ficaria aqui.

Eu iria para Forks com Alice.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Merece reviews? Se eu receber um número considerável de comentários, eu posto ainda essa semana a chegada da Ness à Forks.