Os Winchester's estavam vestidos de branco em uma sala de autópicia. Dean conversava com a médica responsável.

- Não precisaremos de nada, senhorita Castos. Mandaremos nosso relatório assim que o concluirmos. 

E a moça saiu deixando os dois irmãos sozinhos naquela sala.

Sam olhava fixamente para o corpo a sua frente buscando sinais de algo que ele caçava. Não parecia ser algo convencional.

- Era apenas uma caçadora iniciante. Tinha apenas 14 anos. Coitada. - disse Dean.

- Essa coisa passou por sal, foi cortada com prata, tomou um banho de água benta e mais um monte de coisas para que se livrar de praticamente de todas as coisas sobrenaturais e ainda assim quebrou a

corrente e a matou. O que pode ser? Provavelmente algo que nunca tenhamos caçado antes. Bobby tem alguma ideia?

Dean pegou o celular e começou a discar um número.

- Vou ver agora Sammy, três assassinatos em apenas duas horas, todas garotas, mas mortes diferentes, idades diferentes, lugares diferentes e nada que ligue as vítimas. 

Sam se levantou e suspirou.

- É, "Jasmine Kristi, 24 anos, morta em um bar, seus pulmões simplesmente pararam se funcionar e foram encontrados em perfeito estado, entretanto sem ar algum e sem maneira lógica para simplesmente pararem de funcionar", "Hanah Chartt, 14 anos encontrada sem sengue algum em seu corpo, suspeitas de roupo sanguineo por uma quadrinha especialista" e " Rachel Micht 7 anos morta afogada em um lado congelado em pleno verão". Concertesa é um caso nosso, mas o que pode ser?

Dean não o estava ouvindo, havia saido da sala, provavelmente para fala com Bobby ao telefone.

O Winchester mais novo não conseguia tirar de sua cabeça as palavras de Ruby. Não sabia o motivo daquilo mexer tanto com ele, "Sei que eu mexi com você, ao menos um pouco". Sabia que a seguiu por que no fundo tinha esperanças que ela pudesse ser diferente, que Ruby pudesse mesmo não ser como os outros. Mas no fim, ela acabou sendo a pior deles. Confiar nela e depois descobrir que era tudo mentira machuca qualquer um. Porém o fez desabar. E não sabia o motivo.

- Eu sei.

Sam quase deu um pulo quando Castiel apareceu na sua frente. 

- O quê?

- Sei o que está causando estas mortes.

- O que é?

Dean havia voltado e ouvira o anjo. 

- Na verdade sei quem está causando essas mortes. O nome dele é Nicholas. Ele é humano, ou quase.

- Humano?

Dean parecia não acreditar naquilo.

- Sim. Ele tem poderes, não se sabe como os conseguiu, entretanto tem.

Castiel matia sua expressão vazia e falava olhando o chão.

Dean parecia confuso.

- Onde poderemos encontrar esse Nicholas e como podemos matá-lo?

- Na floresta nacional plumas na California. Duas horas, dentro da floresta. Acho melhor irem se não, não o encontrarão.

- Mas como vamos matá-lo?

- O Colt. 

Foi o que disse antes de Dean puchar o irmão e ambos sairem da sala médica.

- Por que fez isso? - Anna estava lá, não parecia muito contente - Sabe muito bem o que realmente deveria fazer.

- Devemos seguir nossas ordens.

- Não mesmo. Sabe no que eles podem se meter. Isso não é algo para eles. 

Castiel se virou para ela.

- Mas é assim que tem que ser, Anna, siga as ordens mandadas a ti e não as desobedeça.

E desapareceu.

Sam e Dean caminhavam pela floresta de mata fechada. Com armas na mão prestavam atenção a cada barulho. A mata era fechada demais para se ver mais de um metro a frente. Mas um grito, os fez correr entre as folhas e galhos atrás da voz. Assim chegaram a uma parte mais aberta, onde era possível ver, um lago, uma ponte simples prestes a desabar e um corpo, de uma garota. Aproximadamente 11 anos. 

- EI! NICHOLAS, VOCÊ ESTÁ AI? Apareça desgraçado! -  berou o mais velho.

- Ei, 14:07, nos atrasamos. Droga! - ele olha a menina com dó do que lhe acontecera - Outra criança, o que esse desgraçado quer? - ele repara em algo que parecia ser uma tatuagem. Uma cobra enrolada em algo invisível que tentava engolir. Que tipo de simbolo pode ser este?

Dean olhou o simbolo pensativo.

- Parece um que vi em um hospital.

Sam o olhou pasmo.

- Não tem nada a ver, aquele é O bastão de Esculápio, uma cobra enrolada num cajado, símbolo da medicina, esse é completamente diferente.

- Desculpa. Vamos chamar a policia e sair daqui logo.

Mas o mais novo já estava com o celular nas mãos.

O Winchester olhava para o relatório sem acreditar no que lia, enquanto falava com o celular no viva-voz.

- Impossível, que tipo de coisa sobrenatural mataria uma criança envenenada.

- Que tipo de humano morre com veneno de formiga, eu nem sabia que formiga tinha veneno!

Diz o outro Winchester do outro lado da linha.

- O Bobby tem alguma ideia?

- Ele acha que pode ser uma coisa querendo nos confundir. Talvés até um brincalhão.

- O.K. Continue por ai tentanto descobrir alguém suspeito.

- Tá. 

E desligou o celular.

- Droga! Que coisa mais estranha é essa?

Novamente o vento frio entra pela janela, e desta vez Sam é mais rápido e pega o Colt.

Assim que ela aparece na cama, ele atira, entretanto Ruby é mais rápida que a bala.

- Não deveria guardar isso para algo mais perigoso?

Ruby estava atrás dele, porém novamente desvia da bala.

- Tem certesa que quer tentar me matar? Eu não vim aqui para matá-lo.

Ela estava perto da janela.

- Mas da última vez estava, o que foI? Nosso último encontro a deixou com medo do que posso fazer com você?

- Se eu quiser posso fazer nem tocar em mim. - ela estava na frente dele desta vez, olhando-o nos olhos - Mas não é bem isso que eu quero.

Ele paralisou. Novamente ela estava perto demais. A demônia pegou a arma e lentamente a colocou na cômoda. 

- Não acha melhor assim? Sem agresividade? - sussurou ela a sentimentros dos lábios dele, ainda o olhando nos olhos.

Ruby sorriu ao ouvir o coração dele batendo muito rápido, ao sentir sua respiração descompassada. Ela tinha razão.

- Sam... Tudo o que nós tivemos, não ficaria apenas como uma memória, ambos sabemos que quando estavamos perto um do outro, sempre queriamos estar mais perto - sussurou ela mechendo nos cabelos ele e desviando o olhar delicadamente - ainda é assim. E nós dois sabemos.

Então era disso que ela falava, que eles sabiam.

Ela novamente se aproxima para um beijo, desta vez ele não tenta se afastar. Mesmo gritando com seu corpo, mandando-o se afastar e matá-la, mesma cada parte de sua mente proibindo aquilo, algo o controlava, algo que latejava dentro de si e o fazia tremer todo. 

Não houve mais tempo para negar nada, de repente o quarto parecia estar em chamas, Sam e Ruby. Duas almas que se desejavam intensamente naquele instante. Seus corpos unidos como imãs, seus lábios pareciam se grudar um no outro em puro desejo. Os dois sabiam o quanto se queriam. 

As peças de roupas começavam a ficar no caminho. 

Em poucos segundos, tinham um ao outro. Suados pelo momento. E nenhum sabia o destino que acabaram de iniciar.

Castiel estava sentado numa praça cheia de crianças brincando.

- Você voltou atrás.

- Eu sabia o que aquele monstro iria fazer com ele, e o que faria quando soubesse o que Sam sentre sobre Ruby.

Anna se aproximou mais dele.

- Nós dois sabemos o que iria acontecer, mas lutar com ele poderia não ter saido tão bem quanto queria, não achou um pouco perigoso?

- Não.

Ele ainda falava sem expressão.

- Mas eu sim. Não quero que se machuque. 

Ele se levanta e a olha.

- Não devemos ir contra as ondens do céus, Anna. Sabe que regras estariamos quebrando.

- Já quebrei uma das mais graves, não me importo com muita coisa. E você também não deveria. Aliás, só o quero bem e nada mais. - ela riu -  Ficar com o Dean o mudou mesmo.