A Guerra de Ares escrita por maridomingos


Capítulo 9
Capítulo 9




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- Onde está indo?
- Pra casa. - sua voz falhou.
- Não pode ir pra casa! Tem que ir ao acampamento!
- Meus pais devem estar preocupados. Me desculpe...
- Seus pais não estão preocupados, Jayne! Eles sabem da verdade, e sabem que ia chegar a hora de você não voltar!
- Você não tem certeza disso! Não tem certeza de que eu sou meio sei lá o que. Acharam a pessoa errada! - ela gritou e correu as ruas novamente.
Esperei Clarisse e Ares me alcançarem, sentado numa calçada.
- Onde ela foi? - perguntou Clarisse ofegante.
- Não sei. Talvez pra casa.
- Ela não pode ir para casa! Ah, Percy, devia te-la segurado!
- Desculpe... Ela estava ofendida pelo o que Annabeth disse, talvez.
Clarisse bufou.
- Talvez ela tenha ido pro hotel. Vamos.
Caminhamos até o hotel, deprimidos pelo ocorrido.
Entramos no hotel, e Grover estava sentado com Jayne no sofá.
- Você não foi embora. - eu simplismente disse.
Ela não sorriu.
- Esse menino me sequestrou.
- Não sou um menino. Sou um sátiro. - ele começou a tirar as calças.
- Ei, ei, ei... - ela tampou os olhos - Está maluco?
- Não tem problema. Olhe.
Ela olhou e viu as pernas de bode de Grover.
- Preciso ir embora daqui...
- Não pode! - sentei no sofá também.
- Isso não é real. Isso tudo não existe! Deuses não existem! - ela gritou.
Grover arregalou os olhos.
- Não pode dizer isso! - eu disse.
- Sim, eu posso, e sabe do que mais? - ela se levantou - Vocês são malucos. - ela se virou para Ares - E você não é Ares!
Clarisse segurou sua mão.
- Você já sabe de tudo. Não pode ir!
- Temos que saber de ela vê através da névoa. - Ares disse.
- Isso não existe! Mas que merda! - ela protestou contra a mão de Clarisse, inutilmente.
- Preciso falar com ela a sós. - eu disse.
- Ok... - Clarisse soltou sua mão, e Grover se retirou do lugar, com Clarisse a Ares.
Fiz ela se sentar no sofá novamente.
- Não sou uma semideusa. Mesmo se isso existe mesmo, eu não sou. - ela disse.
- Sim, você é.
- Não, eu não sou.
- E a sua habilidade com a espada?
- É só um dom, Percy. Mais nada.
- Por favor, tem que acreditar que é.
- Mas eu não sou!
Respirei fundo.
- Olhe... Eu também pensava assim quando eu soube. Eu pensava também que nada disso existia. Mas ela me convenceu e me mostrou o mundo. - eu pausei. Pensei que ela soubesse que esse "ela" se referia á Annabeth - Eu quero mostrá-lo a você também.
Ela suspirou.
- Mas Annabeth pode ter razão. Eu não sou semideusa.
- Annabeth está com ciúmes de você! Porque você é maior na esgrima!
- Ainda não me convenceu.
- Talvez isso convenca.
Quando eu a beijei, pensei em Annabeth e do jeito que ela me pegava de surpresa em situações inesperadas. Foi como fiz com Jayne. Ela pareceu sorrir, parecendo realmente convencida.
Ouvimos vozes e passos no corredor, e logo me distanciei de Jayne em um salto. Eu ainda tinha esperanças de que Annabeth apareçeria com eles, para se desculpar. Logo tudo se acabou outra vez.
Clarisse, Ares e Grover entraram no quarto.
- O exército deles está mais forte do que nunca. - afirmou Ares, e fez os pêlos de meus braços se arrepiarem.
- O que estamos fazendo aqui parados? - disse Jayne - Vamos treinar!
Clarisse trocou olhares com Grover, e quando Jayne se retirou do quarto, veio em minha direção:
- O que você fez? - ela sussurrou.
- Conversei com ela. - eu disse, e segui a gótica pelos corredores do hotel.
Todos nós estávamos reúnidos num banco de um parque perto da mata. Ares nos explicava os pontos fracos de Apolo.
- Ele odeia escuridão. - ele disse - Ele ama a claridade.
Nós acentíamos.
Ele nos disse mais um zilhão de coisas. Disse que Grover devia tocar músicas tristes e deprimentes. Nada do gênero de "Walking On Sunshine" que Grover adorava tocar.
- Ok, vamos partir para o ataque... - começou Ares, mas eu interferi.
- Hã, senhor Ares... Annabeth está no exército de Apolo, e lutei com ela durante muitos anos, e sei seus pontos fracos.
Ares sorriu.
- Muito bem, Percy. Pareçe que não está tão deprimido assim com a saída de sua namorada do exército...
- Ela não é minha namorada.
Jayne segurou a risada.
- Tanto faz. Nos diga: quais os pontos fracos dela?
Eu senti uma ponta de culpa dentro de mim. Eu estaria entragando Annebeth, minha amiga á 3 anos, que me chamava de Cabeça de Alga ás vezes, me deixava irritado, tirava meu tédio, me ensinava a lutar com monstros... E a ponto de se jogar da janela por algo que eu te disse.
- Hã, acho melhor pularmos essa parte. - eu disse.
- Ah, eu não. - disse Clarisse - Annabeth é a melhor do exército deles. Temos que dete-la.
- Mas... Nessa guerra não haverá mortes, não é?
Ares sorriu.
- Depende.
- Depende de que?
- Se eles quiserem, sim.


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