Encontro com os Nativos escrita por Sakuralara


Capítulo 5
Capítulo 5– Umbala – Um... la– Ah ! Ententi mãe!


Notas iniciais do capítulo

final o/ com exatamente 1500 palavras kkkk



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Acordei de manhã cedo e Ramón não estava em sua cama. Sharon, porém, ainda dormia profundamente, assim como Chin e Nuran. Fui dar uma volta para ver se o encontrava. Ele estava sentado na beira de um pequeno lago, atrás das árvores mais próxima, eu me sentei do seu lado.

- Ela ainda não acordou.

- Eu sei...

- Me ajuda a preparar o café enquanto espera?

- Claro.

Nós dois voltamos para o acampamento e começamos a esquentar a água para o café e pegar alguns pães e manteiga na mochila. O cheirinho do café recém passado, acordou todos ao mesmo tempo, eu aproveitei para criar a oportunidade para Ramón.

- Chin! Nuran! Precisamos de mais lenha para a fogueira, venham me ajudar a pegar um pouco!

- Estamos indo! – Chin disse olhando para a enorme pilha de lenha, perto da sua cama.

- Já temos o suficiente, eu não vou. – Nuran exclamou. Chin puxou-o pela orelha.

- Anda logo, e não reclame.



Não sei o que eles conversaram, nem mesmo se eles conversaram, já que Sharon é vidente. Nenhum dos dois comentou algo depois, mas parece que tudo se resolveu, eles não brigavam mais, pelo contrário, estavam se dando muito bem. Não perguntei nada, assim que Chin e Nuran voltaram com a lenha, nós preparamos o almoço e uma hora depois de comermos, nós seguimos viagem para Umbala.

Ao entramos na cidade, fomos logo procurar o chefe para aprender a língua nativa, mas ele não estava em sua cabana. Tentamos descobrir onde ele estava, não entendíamos nada que os habitantes dali diziam, e até comprei bananas de um a criança sem querer. Então, enquanto andava pela aldeia, eu vi uma cena que nunca imaginei, nem mesmos nós meus últimos sonhos malucos, meus pais sentados conversando com os nativos.

Não preciso dizer o quão surpreso eu fiquei, andando todo esse tempo, ficando preocupado e quase morrendo nos perigos, para encontrá-los assim. Por um minuto pensei que estive enganado, mas minha mãe me viu e simplesmente acenou. Eu me aproximei mesmo não entendo o que estava acontecendo.

- Como você cresceu! – minha mãe exclamou.

Seus cabelos claros agora estavam mais grisalhos, seus olhos continuavam mais verdes que os meus e seu sorriso gentil ainda estava estampado em seu rosto, como no último dia que a vi. Meu pai demorou algum tempo para perceber, mas assim que viu ela me abraçando, ele me reconheceu e se juntou a nós.

- Mas... o quê vocês estão fazendo aqui? – eu perguntei.

- Estamos trabalhando. Vocês saíram de casa e então decidimos aceitar o trabalho de pesquisadores, que há muito tempo nos fora oferecido. – meu pai respondeu, seu rosto continuava sério e serene, mesmo com a idade aparecendo.

- Eu e Layla ficamos preocupados, achamos que poderia ter acontecido algo de ruim a vocês.

- Não foi nada meu bem, me desculpe por fazer vocês se preocuparem. – ela beijou a minha testa.

- Tudo bem, o importante é que vocês estão bem.

- Aonde está Layla? Estamos com saudades dela também!

- Ela ficou cuidando da casa em Alberta.

- Ah sim, ficamos com medo de abandonar a casa nova dessa maneira, mas não tivemos escolha.

- Quando vocês voltam para casa?

- Assim que terminarmos a pesquisa aqui.

- O quê eu acho que vai demorar se vocês continuarem a bater papo aí. – meu pai reclamou.

- Mas vocês estavam conversando ai agora! – eu retruquei.

- Estávamos colhendo informações, não era bate-papo.

- Calma amor, você não acha a família mais importante?

- Claro, mas temos que terminar logo!

- Ok, ok... Nos desculpe novamente Kaymo.

- Tudo bem mãe. Ei! Vocês podem me dizer sobre o que estão pesquisando?

- Não.

- É segredo, não podemos contar a você filho.

- Entendo... mais uma coisa, vocês sabem aonde está o chefe da aldeia? Eu e meus amigos estamos querendo aprender a língua e ele não está na cabana.

- Eu vi ele passando atrás de um rapaz e uma moça, hoje de manhã. Parece que não volta tão cedo. Mas nós podemos te ensinar.

-Sério? É ótimo! Vou chamar meus amigos.

Eu sai para procurar Chin, Nuran, Ramón e Sharon, os quatro estavam rindo e conversando sob a sombra de uma árvore.

- Oi!

- Bem vindo de volta Kaymo.

- Obrigada Sharon.

- O quê você trouxe para comer? – Nuran perguntou apressado.

- Nada, mas tenho notícia melhor.

-O quê?

- Encontrei meus pais.

Eles levantaram juntos e olharam para mim.

- eu não estou brincando, acreditam que eles estavam aqui à trabalho? E ao que parece é um trabalho secreto.

- Que bom! – a vidente me abraçou.

- Estou feliz por você! – foi a vez de Chin.

- Parabéns maninho! – Ramón deu um tapinha nas minhas costas.

- E o lanche?

- Sem lanche Nuran! Mas podemos aprender a língua, meus pais vão ensinar.

- Mas não precisamos mais, já os encontramos, podemos ir embora comer!

- E a aventura? Vai parar aqui?

- Se não tiver o que comer, sim, vai!

Nesse momento Chin beliscou Nuran.

- Nós vamos continuar com você Kaymo, até deixarmos de sermos amigos, ou até morrermos.

- Não precisa Chin...

- Não! Você transformou a vida de todos nós, nunca lhe abandonaremos.

Ramón somente concordou com a cabeça, e nós fomos encontrar meus pais.

Ao chegarmos lá, aprendemos a língua sem dificuldades, e sem precisar usar aquelas mascaras estranhas. Meus pais contaram o quê fizeram na minha ausência. Por um descuido, minha mãe deixou escapar o quê eles estavam pesquisando, a cura de todos os males. Foi tudo que eu precisei ouvir, na mesma hora eu implorei para que eu os ajudasse na pesquisa, eles negaram, mas insisti tanto, que me deixaram buscar alguns ingredientes e ervas para eles.

Eu não queria, mas todos vieram junto comigo. Admito que foi útil a ajuda deles, pois precisei ir ao Tronco de Yggdrasil, aonde as plantas nascem com mais freqüência. É um campo pacifico, sossegado e extremamente lindo, só tem um problema, fica na fronteira da aldeia e o reino dos mortos, Nifflheim. Chegar lá foi quase impossível, usando esconderijo toda hora, tendo que raptar monstros mais fracos, e correr pra valer, mas logo chegamos a salvo até a bela terra de Yggdrasil.

Somente a visão daquele lugar nos fazia sentir bem, mas nós não podíamos demorar. Começamos a arrancar todas as plantas amarelas, verdes, brancas, vermelhas, azuis e brilhantes que encontrávamos, para encontrar apenas uma coisa, um fruto de yggdrasil, ou ao menos uma semente. As outras ervas encontradas seriam úteis para a venda, eu daria algumas a Amy, já que fazer poções é um bom negocio, e outras para minha irmã Layla, que também é alquimista. Nesse dia eu consegui ver um GM, coisa muito rara de acontecer, eles são os melhores, e são responsáveis por manter a ordem nesse mundo, embora ninguém os veja com freqüência...

No final do dia voltamos para Umbala, a viagem de volta foi tão difícil quanto a de ida. Finalmente meus pais terminaram a pesquisa, e conseguiram criar o remédio perfeito, a cura de todos os males, mas ainda não tinham certeza da sua eficiência. Na mesma hora, eu tive a idéia de levar para o pai de Amy, que ainda estava muito doente. Assim que reuni o grupo, eu expliquei onde iria e eles quiseram ir junto novamente.

- Já disse que vamos aonde você for! – Chin disse firmemente.

- E eu já disse que não precisa! – eu rangi os dentes.

- Parem de discutir vocês dois! – Nuran disse olhando atrás de nós dois. – Parece que não precisaremos sair do lugar!

Eu me virei e estava lá, a minha namorada me olhando com cara de má, provavelmente pensando em terríveis torturas para me punir por não esperar-la. Eu não liguei, afinal, não gostei nada de ver ela novamente com aquele rapaz, mesmo sabendo que era seu primo. Contei para ela sobre a viagem e a cura, assim que ouviu sobre o remédio que poderia salvar seu pai, ela pulou em mim e me abraçou tão forte, que pensei que iria deslocar uma costela ou duas.

- Muito obrigada mesmo! - Amy disse me apertando. – Vou levar imediatamente para meu pai.

- Eu também irei! – Chin disse, mas ela não olhava para Amy, e sim para Juan.

- Mas você não disse que não iria se separar do grupo... – eu disse fazendo bico, com voz melosa para irritá-la.

- Eu posso abrir uma exceção ou duas. – ela sorriu, sem um pingo de raiva na voz, e nem mesmo se moveu.

- Ah entendi, sendo assim, vamos todos! – Nuran disse ao se levantar.

- Não precisa! – Amy se apresou em dizer.

- O quê? Você não me quer por perto? – utilizei a mesma técnica, para ver se surtia efeito com minha namorada.

- Agora não. – ela respondeu friamente.

- N-nossa... – eu fiquei desanimado, mas logo entendi que minha brincadeira havia sido respondida.

Nós nos abraçamos e ficamos assim por um longo tempo, pois agora poderíamos ficar juntos para sempre.



FIM.


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Notas finais do capítulo

agora vá ler (se já não tiver lido, obvio) A viagem de Amy :B



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