Isabella Pov

- Bella? - ela chamou na porta - Você está bem?

Apoiei o queixo nos joelhos e abracei ainda mais minhas pernas, enquanto a água gelada caía com força nas minhas costas.

Meu corpo recebeu mais um calafrio por causa do chão frio do box e da água congelante. Mas não ousei mover um músculo sequer.

- Querida, você está bem? - Alice perguntou de novo do outro lado da porta.

- Me deixe em paz! - sussurrei.

Não queria conversar com ninguém, muito menos com ela.

- Bella, abre a porta, por favor? - insistiu.

Num impulso que não entendi de onde veio, simplesmente, gritei:

- Um tempo sozinha é só o que eu tô pedindo. Droga! - voltei a apoiar o queixo nos joelhos e fechei os olhos, esperando que fosse embora.

- Vou levar Nessie para a Rosalie, como combinamos. - rosnou, antes de ir embora.

Ouvi um tempo depois a porta do apartamento de fechando.

O que minha filha não devia estar pensando? Eu estava acabando com a saúde dela também. Eu tinha feito o certo em sair do apartamento dele?

Consegui ver no reflexo do box que meus lábios estavam roxos de tanto frio. Era hora de levantar.

Sai do chuveiro, me enrolando na toalha e voltei para o quarto. O maldito vestido que Alice tinha me forçado a usar ainda estava largado em cima da cama. Tive medo de me aproximar e com certeza sentiria o perfume dele, por isso, depois de me secar e me vestir, o joguei no chão bem longe da cama e me deitei.

Meu queixo ainda tremia de tanto frio, então me encolhi o máximo que pude debaixo do edredom.

"- Seja minha. Me cure de tudo, meu amor. " - a voz dele ressoava na minha cabeça.

Girei de um lado para o outro, tentando fugir da lembrança de noite passada, mas então lembrei de outra coisa.

Flash back on

[N/A: Essa é a manhã depois da primeira vez deles na boate]

Um lençol branco estava enrolado em mim e o sol do verão batia no meu rosto. Um braço forte pesava sobre minha cintura, enquanto ele respirava nos meus cabelos.

- Merda! - sussurrei, sentindo minha cabeça pesar.

Não devia ter bebido ontem. Consegui com muito sacrifício tirá-lo de cima de mim sem o acordar e me vesti. Estava calçando o salto que Alice tinha me emprestado, quando senti cócegas na barra do vestido vermelho.

Assisti assustada ao homem perfeito que se sentava atrás de mim na cama e começava a levantar meu vestido de novo.

- Sempre sai assim de fininho? - perguntou me fazendo sentar em seu colo.

O mundo lá fora devia estar me gritando, mas como ontem na boate, depois que ele me tocava, eu esquecia até meu nome.

Edward beijou minha nuca e me puxou para o meio da cama.

- Não queria te acordar. - sussurrei.

- Mas eu quero te conhecer. - explicou, puxando meu rosto para me beijar.

Flash back off

- Posso entrar? - de repente a voz me fez abrir os olhos, mas continuei sem enxergar nada por causa das lágrimas.

Alice veio caminhando da porta e se sentou na beirada da cama ao meu lado.

- Está mais calma? - perguntou.

Neguei com a cabeça. Ela sabia que eu precisava de ajuda. Eu sabia que precisava de ajuda, mas não queria admitir.

- Vi que horas chegou. - sussurrou, tirando um cabelo do meu rosto - Quer dizer alguma coisa?

Neguei de novo, com um soluço de acompanhante.

Alice secou lágrima por lágrima, as secando na fronha.

- Não precisa ficar assim, Bella. Você não fez nada de errado.

- Era seu plano desde o início, não era? Sabia que eu não resistiria se ficasse muito tempo ao lado dele.

- Não jogue a culpa em mim. - rosnou - Olhe nos meus olhos, Bella. - ordenou, puxando meu queixo para cima - Foi ruim por um acaso?

- Não. - tentei repreender um soluço - Foi a melhor noite que tive nos últimos anos, mas me sinto tão culpada por isso tudo.

- Não fique assim, Bells. - implorou - Não vê que ainda o ama. Que sempre o amou.

Me sentei na cama, ainda me abraçando.

- Sou tão estúpida por isso. - me chutei mentalmente.

- Todos os apaixonados são estúpidos. Nunca notou?

Consegui dar um sorriso leve, Alice estava aos poucos me acalmando.

- Ele... - respirei fundo antes de terminar - implorou que eu estivesse ao seu lado... pela manhã. Mas não consegui encará-lo.

- Bella, ele fala a verdade, eu e Rosalie também sabemos de tudo. Acredite nele, querida. - sussurrou.

Não entendi o contexto de sua frase.

- Sabem de tudo o que Alice?

- Sabem de tudo o que Alice?

Ela inclinou a cabeça para o lado.

- Ora, Bella.. tu... - de repente suas feições desmoronaram - Sobre o que conversaram ontem a noite?

Sequei as lágrimas nervosa.

- Primeiro me explica. Tudo o que, Alice?

- Acho que fiz uma besteira. - sussurrou antes de tapar a boca.

- Que tipo de besteira?

Senti meu coração ficar ainda mais apertado. O que ela estava me escondendo e que envolvia Edward?

- O pior tipo de besteira. - murmurou, olhando além de mim.

- Alice está me deixando mais nervosa! - ela não respondeu - Não se lembra que-que ve-io aqui para me aju-dar! - gaguejei.

Abaixou a cabeça com as feições preocupadas.

- Me diz sobre o que vocês conversaram ontem a noite. - parecia bem séria.

Algo difícil para Alice que mesmo numa situação difícil, sempre sorria. Achei melhor levá-la a sério e responder sua pergunta.

- Não conversamos muito para dizer a verdade. - confessei envergonhada.

Me deixei levar por poucas palavras. Por meras declarações de amor. E me entreguei inteira para ele.

- Contei algumas coisas sobre a gravidez difícil que tive, mas não falei que foi tudo culpa dele. Tivemos vários princípios de discussão, mas depois do beijo, eu fui embora e ele foi atrás de mim.

- Nada além disso, então? - perguntou de novo.

- Nada. - sussurrei - Agora pode me dizer o que vocês dois estão me escondendo?

- É algo que só ele pode lhe contar, Bella. Não tenho nada a ver com essa história. - murmurou, se levantando da cama.

- O que? - perguntei indiginada.

Alice não me deu ouvidos e saiu do quarto em silêncio, mas queria saber daquela história direitinho, então fui atrás. Era bom que Nessie estivesse passando o sábado com Rosalie. Assim teria liberdade para conversar sobre o que quisesse com minha amiga e ficar com a pior cara do mundo sem ver minha filha perguntando o porquê daquilo.

Alice estava na cozinha quando comecei a falar.

- Vai me trair dessa maneira? - joguei logo na cara para encurtar o assunto.

- Não estou te traindo. Só não posso contar, Bella. Se quer tanto saber o que ele tem a te dizer, porque não ficou naquela cama até de manhã?

Senti uma lágrima insistente rolar pela minha bochecha.

- Não fui embora porque quis. Será que não entende que não tive coragem? É difícil de a...

- Porque você nunca ouve as pessoas até o fim, Bella? Porque é tão orgulhosa?

- Isso tem alguma coisa a ver com o que você está me escondendo?

- Aceite como quiser. - bateu com força um copo na pia e foi até a geladeira.

- O que você está tentando me dizer? - sabia que por trás daquilo tudo havia alguma mensagem.

Porque insistia em me esconder?

- Tentando dizer para você ir agora atrás dele e falar que o ama. Não o deixe se culpando, merda! - bateu com força a caixa de suco no mármore.

Me apoiei na pia também, mas não tive forças suficiente e comecei a escorregar até estar sentada no chão. Alice suspirou e depois de um tempo se sentou ao meu lado.

- Vai me ouvir até o fim? - perguntou.

Assenti sem vontade. E se eu a interrompesse sem querer, ela continuaria a contar? Impulsos acontecem, ora.

- Descobri faz muito tempo uma coisa que não te contei, amiga. Não queria te contar até ter certeza de tudo, e com essa confusão de linhas aéres Nova Iorque, Washington, Alemanha... isso atrasou um pouco os meus planos. - parou por um instante e pensou.

Pensei que estivesse desistindo de contar.

- Que planos? - perguntei.

- De descobrir toda a verdade, mas o importante nisso tudo é que ela apareceu e só falta você saber. Pensei que Edward lhe contaria tudo ontem, por isso insisti tanto nesse jantar com você. Apoiei tanto essa idéia que agora te faz lamentar, mas pelo visto, você não deu tempo suficiente.

- Não entendo! - ela estava me deixando mais confusa.

- Você nunca me contou o que tinha acontecido para querer ir embora de Nova Iorque. Fugir de Edward, ainda mais grávida, sempre me pareceu um exagero. Me lembro exatamente do dia que contou para mim o que havia acontecido. Já estava no hospital internada com sete meses quando confessou que ele a tinha traído, se lembra?

Assenti muda.

- Você não deu nem chance de conversa e isso sempre foi o que mais me impressionou. Jamais pensei que você teria esse tipo de reação...

- Você não sabe o que ouvi naquela manhã, Alice.

- Você também nunca fez questão de me contar.

- Contar o que? Que eu cheguei no apartamento onde pensei que seria acolhida por um cara que realmente gostava de mim e quando cheguei vi que não era nada disso? É isso que você queria saber? Que aquela cobra da Tanya estava carregando um filho do Edward na barriga? Deve ter perdido a criança. - resmunguei.

Alice enrugou um pouco o cenho e ficou em silêncio, enquanto encaixava as peças.

- Nunca me contou sobre essa parte. - conluiu um tempo depois.

- De que adiante agora?

- Nunca teve criança nenhuma, Bella. Nunca teve Tanya ou traição. Você nunca conseguiu ver que Edward só tinha olhos para você, não é mesmo?

O choque me impediu de dizer qualquer coisa.

- Bella, você está bem? - ela tocou meu rosto que parecia gelado.

- O que disse? - rosnei.

Ela se assustou com o meu tom de voz.

- Desculpa não ter contado antes. Nunca houve traição, Bella.

- Porque acha isso? - gritei - Alice, você não sabe o que eu vi.

- Tenho provas disso, amiga. Por favor, me escute, sem interrupções.

- Como quer que eu ouça uma idiotice como essa e não te interrompa?

- Não é idiotice. É verdade!

- Como pode saber? Tanya te contou? - tentei me levantar para não ter que ouvir mais nada daquilo, mas ela me segurou.

- Não a mim, mas a Rosalie. - agora tinha passado dos limites.

- Rosalie? - tentei não gaguejar.

- As provas não existem mais. Rosalie gravou uma conversa com Tanya onde ela dizia que tinha armado tudo aquilo.

- Minha vida se tornou uma investigação criminal, por acaso? - gritei, tirando suas mãos de mim.

Andei até a sala com determinação, mas fugir não ia adiantar. Minha cabeça girava em torno de cada frase que ela dissera. Era impossível! Eu não podia ter sido idiota o suficiente para viver sete anos longe do homem que eu amo por causa daquela desgraçada.

- Não terminei. - Alice sussurrou, aparecendo na sala.

- Acho que já é suficiente. - percebi que voltei a chorar descontroladamente - Não tô mais entendendo nada se é que esse era o seu objetivo.

- Vem cá! - abriu os braços.

Eu precisava mesmo de um colo, então os aceitei. Ela pôs minha cabeça em seu ombro e me abraçou com força.

- Acalme-se um pouco, amiga.

- Como quer que eu o faça?

- Desculpe jogar tudo assim para você, mas vejo você perdendo dia após dia de felicidade todos esses anos. Só fiz pelo seu bem.

- Não consigo entender mais nada. - dei de ombros.

- Tanya enganou não só a você, querida. Ela enganou Edward para conseguir uma cópia da chave do apartamento dele e entrar lá um pouco antes de você chegar com a mudança.

- Não pode ser verdade. - praguejei.

Preferia ter que ir contra tudo que já havia pensado e perdoá-lo, do que imaginar que passei tantos anos longe de seus braços por uma mentira.

- Também não acreditei quando descobrimos. É maldade demais para um pessoa só.

Me afastei dela.

- Você não entende! Quero dizer, é impossível de acreditar... eu... o que ela ganharia destruindo minha vida? - gritei.

- O prêmio dela foi ele. - sussurrou.

Cai no sofá, sem forças para me manter em pé. Não conseguia mais ver nada na minha frente por causa de todas as lágrimas.

- Não fique assim, Bella. - senti o sofá afundando ao meu lado - Seja um pouco mais racional. Não adianta mais se desesperar desse jeito.

- Você não ajuda dessa maneira. - rosnei.

- Mas é a verdade.

Respirei fundo. As coisas ainda vinham depressa demais.

- Preciso falar com Rosalie! - murmurei - E precisa ser agora, Alice.

Ela fechou os olhos e balançou a cabeça, mas não questionou. Apenas pegou o telefone e ligou para Rose. As duas ficaram um tempo conversando sem que eu participasse de tudo. Alice explicava para ela que eu tinha acabado de descobrir tudo por ela e que queria conversar. Ainda não sabia porque queria conversar, mas precisava daquilo. Alice então se sentou ao meu lado e pôs o telefone no viva-voz.

- Está me ouvindo Bella? - a voz saiu rouca.

- Sim.

- O que quer saber, querida? - Rose perguntou.

- Porque não me contaram antes? - rosnei.

- Não queríamos te contar antes porque... na verdade, porque ele não permitiu que eu o fizesse. - a voz saiu do microfone.

- Onde ele estava com a cabeça? - gritei.

- Só queria saber se ainda despertava alguma coisa em você, além do ódio.

- Idiota! - segurei as lágrimas e um soluço.

- Também acho! - Alice sussurrou.

- O pior é que ele conseguiu. Me enlouquecendo um pouquinho mais todo dia que aparecia naquela porta para ver a filha. Eu quero matá-lo. - praguejei.

Meu peito apertou ainda mais e as duas ficaram em silêncio.

- Quero tê-lo comigo! - confessei.

Não era novidade para nenhuma de nós três.

Alice se aproximou e segurou meu rosto.

- Já sabemos disso, meu amor.

- O que faço agora? - me encolhi ainda mais.

Minha amiga suspirou pesadamente.

- Não sei o que te responder, Bella. - Rosalie falou do telefone.

Senti uma dor muito forte no peito. Como pude ser idiota a esse ponto?

- Quero matar aquela mulher. - rosnei.

O ódio crescia dentro de mim incontrolavelmente. Não consegui entender como uma pessoa pode ser cruel ao ponto de fingir uma gravidez e uma traição para me afastar de Edward. O pior de tudo era saber que por causa de toda aquela estupidez, eu havia afastado minha filha de seu pai por todos esses anos.

Ele tinha perdido tanta coisa. E ficou tanto tempo achando que eu o havia abandonado porque não o amava. Agora tudo aquilo que ele havia dito quando nos reencontramos fazia sentido. Todo aquele rancor e a raiva que vi nos olhos dele. Mas porque não me contou assim que ficou sabendo? Era uma série de erros, cometidos um atrás do outro e nos fazia perder um tempo precioso.

Alice segurou minha mão na esperança de aliviar um pouco meus sentimentos de culpa.

- Acalme-se. Não é só você que quis acabar com a raça dela, mas essa não é a prioridade do momento, concorda?

Levantei o rosto e encontrei um sorriso estampado em Alice.

- Preciso ir atrás dele, não é mesmo? - solucei.

Ela assentiu e depois me soltou.

- Que tal agora? - Rose perguntou.

Edward Pov

- Alô? - atendi sem vontade.

- Olá. - Jasper parou para respirar - Aconteceu alguma coisa?

- Não. - resmunguei - Para que ligou, Jas?

- Queria te perguntar uma coisa. Não saí ontem a noite, então resolvi trabalhar agora de manhã. Sabe onde a sua secretária enfiou a merda da pasta da conta nova daquele careca que eu esqueci o nome. O...

- Não sei onde ela guardou. - o cortei.

- Hum... Er... tem certeza?

- Tenho, Jasper. Agora, por favor, eu preciso desligar, okay?

- Edward, o que aconteceu? - insistiu.

- Nada!

- Porque está mentindo para mim? - ralhou.

Respirei fundo, apertando a ponte do nariz entre o indicador e o polegar.

- Não quero conversar! - murmurei, me deitando mais uma vez no sofá.

- Tudo bem. Só esperava que pudesse te ajudar. Desculpa?

Ele respirou fundo do outro lado e pensei por alguns instantes que desistiria.

Mas porque não desabafar com alguém, certo? Jasper era meu melhor amigo desde o colegial.

- Se lembra quando disse que jantaria com Bella? - comecei.

- Sim.

- Bem, foi ontem. - respondi com pesar.

Ele pareceu não dar muita importância a informação.

- E?

- E que conversamos e discutimos e nem comemos a porcaria da comida. - murmurei.

- E?

- E... passamos a noite juntos.

Jasper ficou em silêncio do outro lado, como se esperasse mais alguma coisa de mim. Não respondi nada por bastante tempo. Estava cansado de pensar.

- Contou tudo para ela, Edward? - murmurou.

Ele sabia que no fundo estava algo errado. Ou eu não tinha contado, ou ela não tinha acreditado. E, apesar do meu medo constante da segunda opção, era a primeira que me corroía.

- Não consegui! - sussurrei.

- Entendo. Está sozinho, não é?

- Sim!

- Meu Deus, Edward, porque se maltrata desse jeito?

- Eu me maltrato? - me indignei.

- Sim. Porque não conta logo tudo ou desisti dessa história.

- Eu amo a Isabella, Jasper. Você nunca amou ninguém. Jamais vai entender. Eu preciso dela de novo... preciso me sentir bem de novo como só conseguia me sentir com ela. Eu...

- Pode parar! Eu sei de tudo isso, okay? Entendo, apesar de você achar que não.

- Tô te cansando com essa ladainha toda. - me sentei e esfreguei os olhos.

- Não tenho nada melhor o que fazer mesmo. - brincou.

Consegui soltar um sorriso sem vontade.

- Porque não vai atrás dela agora, hein?! Aliás, porque não falou... hoje de manhã? Sei lá!

- Nem quis me ouvir. - na verdade, tinha fugido de mim.

- Porque não falou antes?

- O corpo falou mais alto. Não sabe o que é ter a mulher que você ama de novo nos seus braços. - sussurrei.

Fui interrompido com a campainha tocando.

Era uma péssima hora para receber visitas. Poderia ser qualquer pessoa, ainda assim não era hora apropriada.

- Acho que preciso desligar. Tem alguém na porta...eu... preciso ficar sozinho, tudo bem?

- Tudo! Se quiser conversar, vou estar no escritório, tudo bem?

A campainha tocou mais duas vezes seguidas e ansiosas.

- Tudo bem. Er... Preciso ver quem é. Adeus. - desliguei o telefone e o joguei em cima da mesa de centro.

Abriria a porta daquele jeito mesmo. Sem camisa, com os olhos inchados. Pensei em Nessie por um instante, sem motivo aparente. Destranquei a porta e precisei me segurar quando a abri. Meu coração acelerou, quase saindo pela garganta, me causando dor.

Ela se abraçava inquieta e deixava algumas lágrimas escorrerem por seu lindo rosto.

- Bella? - gaguejei um tempo depois.

- Me deixa entrar?