O vôo até São Paulo não demorou muito, nem o tempo de espera para sair o vôo que nos levaria a Roma. Já as horas dentro do avião até hora estavam sendo torturantes, eu havia despertado e não fazia nada que me fizesse dormir, já tinha assistido os filmes disponíveis na pequena tela na frente da minha poltrona. Não sabia se era sinal de má sorte ou não, mas meu celular havia descarregado e meu mp3 tinha ficado na minha bolsa com roupas. Ou seja, nada de música. Me levantei vendo minha mãe e Suk Min dormindo. Nem isso para ajudar, voltei a me sentar, aquilo definitivamente estava ficando tediante, fechei os olhos, quem sabe contar super juniorzinhos me ajudasse, tive que rir de mim mesma depois dessa, havia pego a mania de Mari "contar super juniorzinhos", embora sempre tivesse que acabar a conta no 13º.

   Na terceira tentativa de contar, senti minha mente vagar e se esvaziar, me preenchendo pela sensação de bem estar, que não durou muito, ouvi uma voz levemente familiar me chamar.

- Mell...acorde...Mell...

- Mais...cinco minutos...falta contar só mais três...- falei sem pensar.

- Contar o que? Mellany Aydee Villeneuve acorde! - ouvi meu nome completo ser pronunciado, abri os olhos assustada, vendo minha mãe com um sorriso no rosto. - Isso sempre funciona. - disse com um ar vitorioso, realmente, sempre funcionava, era como se me chamar pelo nome completo, meu subconsciente despertasse. - O avião já pousou...

- Já? - perguntei sonolenta me levantando.

- Sim...à alguns minutos...- Sukmin respondeu. - Vamos?

   Acenti com a cabeça, e caminhei seguindo-os, me espreguiçando, estava precisando de um bom café.

- Min, querido... gostaria de um café...- olhei minha mãe, ela tinha tirado as palavras da minha boca.

- Claro...vamos...

   Pegamos nossas malas, seguindo até um café dentro do aeroporto, ficaríamos alí por algumas horas antes de embarcarmos para a Coréia. Já não fazia idéia de que horas eram, e preferia nem saber. Provavelmente Dothy e Mari estariam no studio se já fosse de manhã, estariam dançando com Drigo e Lino, me ecostei na parede de vidro, suspirando pesadamente.

- Eu queria esperar para que chegássemos à Coreia...mas...- ouvi SukMin falar, olhei-o confusa, enquanto minha mãe mantinha um sorriso de orelha à orelha no rosto.

- Hum?

- Aqui...- ele abriu a carteira, me esticando um pequeno ticket azul. - Sua credencial está na minha mala, quando chegarmos em casa eu te dou.

   Arrastei o Ticket azul pela mesa, tirando meus óculos escuros para ver. Ao me deparar com aquele pequeno papel esqueci como se respirava, lá estava escrito "Super Junior M - 19:00h" e mais algumas especificações em coreano que não me dei ao trabalho de ler. Arregalei os olhos sem saber o que fazer. Como assim? Era o que eu estava pensando? Eu...ia...em um show ao vivo do Super Junior?! Meu coração descompassou.

- Querida? - ouvi a voz da minha mãe ao fundo. - Mell? Está tudo bem? Não era essa banda que você gostava?

- Hã?! - ainda não conseguia assimilar as coisas.

- Se por acaso não gos...

- Adoro! - quase gritei, me levantando da mesa, dei a volta abraçando SukMin, pela primeira vez, não sabia como agradecê-lo. - kamsa hamnida!

   Ouvi a risada gostosa e animada da minha mãe, e logo ela nos abraçou carinhosa.

- Será que ela vai ter pique para ir ao show? - peguntou minha mãe sorrindo.

- Hum? Por quê, quando será? - olhei o ticket, conferindo, seria hoje? Arregalei os olhos. - Que horas vamos chegar lá? - Suk riu do meu desespero.

- Chegaremos à tempo de você até dormir um pouco, não se preocupe. - falou calmo.

   Aquilo definitivamente tinha me deixado elétrica. Acabamos matando as horas que faltavam em Roma, fazendo compras dentro do próprio aeroporto. Quando sentei na poltrona, pela primeira vez em toda a viagem, alguém sentou ao meu lado. Era um homem alto, de boné, e óculos escuro, não consegui ver seu rosto direito, ele apenas acenou sem falar nada e sentou ao meu lado. Olhei o avião começando a levantar vôo, ao me voltar para olhar a pessoa ao meu lado, senti meus pés não tocarem mais no chão. Aqueles traços orientais, aquele cabelo preto meio bagunçado graças ao boné, ele havia tirado seu óculos, e se ajeitava parecendo confortável no banco.

- Hum? - ele olhou para mim com um olhar confuso.

- Vo...vo...cê...Ki..Kibum...? - gaguejei em um coreano horrível, se Oh-sshi me visse agora, com toda certeza ela repensaria no 10 que ela me deu na ultima prova oral.

- Você...me conhece? - perguntou parecendo levemente desconfortável.

- Sim...Super...Junior...- eu não conseguia falar nada que fizesse um sentido, suspirei, me encolhendo, ele deve estar pensando que sou uma fã maluca, mas também o que está dando em mim? Ouvi sua risada, levantei o rosto olhando-o confusa.

- Certo, você me conhece...mas eu não te conheço...- ele abriu aquele sorriso, aquele sorriso que me fazia derreter, a primeira vez que vi Super Junior, o primeiro que eu reparei tinha sido em Kibum, seu sorriso sempre me cativava. - fala coreano? - notei que ele falava em inglês comigo.

- Sim...e meu nome é...Mellanny Aydee Villeneuve...bangap supneeda - balancei a cabeça em forma de comprimento.

- Francesa? - perguntou.

- Meio...sou brasileira...meio brasileira, meio francesa...- sorri sem graça.

- Hmmm...Então você conhece os Super Junior?

- Sim...- percebi que já não gaguejava.

- Não imaginava...- disse surpreso, parecendo preso em pensamentos.

- Não imaginava? O que? - perguntei curiosa.

- Que no Brasil nos conheceriam...é uma honra...

- Nossa...- agora fui eu que me surpreendi. - No Brasil ou nos países ocidentais podem não ter tantos fãs quanto na parte oriental do planeta, mas, tem alguns milhões, isso pode ter certeza.

- Isso é incrível...

- Incrível é eu estar indo para a Coréia e sentar ao seu lado...- deixei escapar, ele me olhou parecendo me analisar e sorriu.

- Está indo passar férias na Coréia?

- Não...morar...minha mãe vai se casar...- expliquei. - Você estava em Roma? - perguntei, percebendo só depois que podia ser um pouco desconfortável para ele, afinal, ele já percebeu que eu era sua fã, e isso já era um ponto negativo se fossemos falar de confiança, eu podia ser uma fã doida querendo informações para distribuir pela Internet ou para a revista que me pagar mais. Novamente pareceu me analisar.

- Nova Iorque...- falou depois de alguns segundos de silêncio.

- Hum?

- Eu estava em Nova Iorque gravando cenas de um novo dorama...- falou. - Mas é segredo, ok? - ele piscou e fez sinal de silêncio. Senti meu coração parar, se eu tivesse sonhando, por favor não me acordem!

- Ok! - concordei sorrindo.

   Antes que eu percebesse aquela atmosfera de fã maluca conhecendo ídolo havia sido quebrada, Kibum conversava comigo como se fôssemos velhos conhecidos. E eu realmente tinha toda razão de admirar Kibum, ele era tão esforçado, dedicado.

- Ah! Você disse que estava gravando um dorama? - perguntei curiosa.

- Sim...- ele me olhou desconfiado.

- Sobre o que é?

- Hmmm... - ele pensou um pouco e logo abriu aquele sorriso lindo. Levantou-se pegando uma mochila que estava no bagageiro acima de nossas cabeças, tirou de lá algumas folhas, e me ofereceu. - Veja...

   Peguei as folhas analisando. Estava escrito "My Sunshine" em uma letra linda, logo abaixo estava escrito KBS, esse canal eu conhecia bem. Virei as folhas, lendo alguns trechos, até achar a sinopse.

- Hwang Mike, ou Hwang Dong Gyu, um típico americano com descendência coreana. Com a morte de sua mãe, sua família coreana o procura, dizendo ser o único herdeiro da empresa que move a economia coreana. Apesar de ser recebido de braços abertos, ele sabe bem que tudo não passa de interesse, pois sua mãe havia contado sobre ela ter sido expulsa...- parei chocada.

- Hum...? O que foi?

- Na...nada...- voltei a ler. - ...após descobrir o romance com um americano, os anciões da família a expulsaram, mas com a morte da família de seu irmão mais velho, só sobrara Dong Gyu para assumir a responsabilidade de herdeiro. Com isso, Dong Gyu bola um plano para acabar com a família que tanto odiava por tudo que fez sua mãe passar. Mas após conhecer Lee Soo Ha, sua futura noiva, as coisas começam a mudar. Nossa...- parei de ler alí. - É uma boa história.

- Você lê muito bem coreano...- elogiou.

- Obrigada...- sorri sem graça, entregando novamente para ele as folhas. - E como foram as cenas? - perguntei empolgada, esquecendo que a história de expulsão da própria casa, parecia ser familiar demais.

- Gravamos todas as que precisavam, inclusive o final.

- O final? Nossa...e o que acontece no final? - perguntei curiosa.

- Você é muito curiosa sabia?

- Me desculpa! - me encolhi envergonhada, eu realmente estava sendo muito abusada com ele, ouvi sua risada, olhei-o confusa. - Hum?

   Ele continuou rindo sem me falar nada, logo voltamos a conversar sobre coisas aleatórias. Acabei por contar para ele um pouco da minha vida no Brasil, principalmente sobre o studio, onde ensaiávamos todas as coreografias de Super Junior e de outras bandas que eu, Dothy e Mari adorávamos. Quando Kibum começou a me contar sobre os outros garotos da banda, foi como se a voz dele fosse uma cantiga de ninar, me fazendo adormecer.

- Mellanny-sshi...- ouvi meu nome ser chamado de uma forma estranha, por nunca ter sido chamada assim, abri meus olhos, me deparando com aquele rosto perigosamente perto do meu, corei me afastando rapidamente, fazendo-o sorrir envergonhado.

- Hum? - olhei a volta atordoada.

- Já estão abrindo a porta do avião...- avisou. - Foi um prazer te conhecer...

   Ele levantou-se, pegando sua bolsa, acenei para ele, enquanto o via sair.

- Mell? - ouvi a voz da minha mãe.

- Hum? - virei olhando-a.

- Você dormiu? - perguntou.

- Err...dormi...

- A Mellanny não parou de conversar um minuto com quem estava ao lado dela. - Suk me entregou.

- Quem era querida? - perguntou minha mãe curiosa, enquanto saíamos do avião.

- Depois te conto mãe...você não vai entender mesmo...

   Desci do avião, vendo a legião de garotas cercar Kibum que ia escoltado por seguranças.

- Nossa que tumulto é esse?

- Deve ser alguma celebridade querida...- Min a respondeu.

   Atravessamos o aeroporto, olhei atentamente tudo, não tinha como não me maravilhar com tudo aquilo. Seguimos para o taxi na saída. Sentamos os três atrás, eu e minha mãe parecíamos duas crianças vendo a paisagem. Se andamos uma meia hora de taxi foi muito. Logo estávamos em frente à um prédio grande, parecendo ser bem chique. Descemos ali, olhei instintivamente para cima, o prédio deveria ter uns 7 andares no máximo, porém ocupava meia quadra, era realmente grande. Passamos pela porta de vidro, percebi uma pequena recepção ali, lembrei de ter lido em algum blog que muitos prédios não haviam segurança ou porteiro, porém naquele havia um homem sentado atrás do balcão, que acenou com a cabeça ao nos ver passar, seguimos até onde ficava os elevadores. SukMin apertou uma tela, fazendo com que aparecesse os números, tinham 8 andares, ele apertou o 8º, logo o elevador começou a se movimentar.

- Nossa...que revolucionário - comentei.

- É mesmo...- minha mãe estava admirada tanto quanto eu.

   As portas do elevador se abriram, revelando uma porta à uns dois metros do elevador. Uma porta grande, Min passou um cartão na maçaneta da porta e digitou uma senha, logo a porta se destrancou, ele abriu, esperando que entrássemos.

- Bem vindas ao lar.- disse com um sorriso sincero no rosto.

   Meu queixo caiu ao ver aquilo, retiramos o sapatos e entramos. Mal conseguia acreditar no que meus olhos viam. Depois de passar pelo pequeno hall, havia uma sala grande, com dois sofás brancos bem espaçosos, um tapete peludo no chão, na frente dos sofás ficava uma mesinha redonda de vidro, com um vaso de flores lindas, na parede oposta ao sofá, uma TV enorme na parede, o raque baixinho embaixo dela, tinha aparelhos que nunca tinha visto. Segui reto atravessando a sala, vendo uma grande varanda, com uma mesa de vidro quadrada e 4 cadeiras ao redor. Voltei, atravessando novamente a sala, vendo uma grandiosa mesa de jantar, com exagerados dez lugares, um lustre ficava acima da mesa, lindo. Segui mais um pouco vendo a cozinha, estilo americana com uma ilha no meio, e o fogão ali, junto com a pia. todos os armários preto e cromado, lindos, a geladeira, era cromada, daquelas que tanto via nos doramas. Corri para o corredor me deparando com uma escada ao final dele. Fui abrindo porta por porta, na primeira me deparei com um banheiro, extremamente bem decorado, cheio de requinte, na porta à frente dele, uma pequena lavanderia, toda equipada. As duas outras portas, uma era um quarto de casal enorme, espaçoso, com direito á uma sala particular e TV, como era suíte, havia lá uma hidromassagem que calculei caber umas cinco de mim, a outra porta possuía um escritório, muito bem montado, com uma estante cheia de livros.

- Gostou? - ouvi a voz de SukMin logo atrás de mim.

- Se gostei? Eu amei! - sorri.

- Então tenho certeza que vai gostar de seu quarto...- ele apontou para o segundo andar.

   Corri até lá, subindo com pressa a escada, quase escorrendo por estar de meia apenas. Havia apenas uma porta, com uma plaquinha escrita Mellanny Aydee Villeneuve, abri a porta com cuidado, como se aquilo fosse sumir a qualquer minuto. O quarto era enorme, a parede possuía um tom claro de lilás, tinha uma cama enorme de casal cheia de travesseiros, uma TV do tamanho da que estava na sala, presa na parede na frente da cama. Ao lado da Tv havia uma porta, corri abrindo-a, me deparando com um closet cheio de roupas, que nunca imaginei ter ou ver, adentrei o closet vendo uma pequena porta, abri, me deparando com um banheiro, o que mais me chamou a atenção foi aquela hidromassagem parecendo me chamar. Voltei ao quarto, vendo perto da cama uma escrivaninha, com um laptop lá. Acima da cama haviam prateleiras com algumas coisas que eu tinha e outras que nunca tinha visto. Era realmente tudo lindo!, caminhei até onde as cortinas de voal lilás esvoaçavam, me deparando com uma porta de vidro, a puxei para o lado, saindo na varanda, onde tinha uma mesa de dois lugares. Pude ver ao longe de Seoul. Nem dava para acreditar nisso. Me senti a cinderella depois que casou com o príncipe. Tudo tão perfeito, tudo tão lindo. Senti meu coração se apertar, era tudo muito bom para ser verdade. Minha visão realista parecia querer falar mais alto, mas parecia estar anestesiada demais para pensar.

   Corri pela casa, procurando SukMin e minha mãe, encontrei os dois na cozinha, abracei-os.

- Então, o que achou? - perguntou SukMin me olhando esperançoso.

- Amei! - sorri, sentando ao lado de minha mãe e me servindo de uma fatia de bolo que eles comiam.

- Fico feliz...Mellanny...

- Mell... - o corrigi pela primeira vez. - Me chame de Mell...- percebi minha mãe abrir um sorriso parecendo feliz com aquilo, enquanto ele acariciou meus cabelos.

- Mell...eu e sua mãe..estivemos conversando...iremos nos casar semana que vem...- falou pegando na mão dela, arregalei os olhos.

- E...da tempo? - fazer um casamento pareceu sempre ser tão complicado.

- Na verdade, todos os preparativos estão prontos, amanhã iremos visitar meus pais...

- Uhum...- concordei.

   Fiquei alí tempo suficiente para ver minha mãe derramar algumas lágrimas, que eu sabia que eram de felicidade. Subi as escadas, precisava de um banho urgente. Deixei enchendo a hidromassagem, e fui até o closet, separando uma roupa para ir ao show mais tarde. Peguei uma calça skynni preta, de um tecido que parecia ser um jeans, com um brilho de ferro, uma blusinha de um tecido voal estampado com flores pequenas, cinza com branco, o decote era canoa, havia uma pequena manga levemente bufante, ela apertava na altura do seio e caia soltinha, ela possuía na altura do seio um tecido de proteção. Separei uma bota de cano alto que ia até o joelho, sempre desejei usar uma dessas, era realmente linda. Observei as blusas de frio, optei por um casado de lã, que transpassa pela cintura e faz um laço nas costas, com uma manga balonê um pouco exagerada que eu amei. Voltei para o banheiro vendo a hidro estar quase cheia, desliguei a água, e olhei os frasquinhos na bancada da pia onde ficava espelhos enormes na parede. Senti o cheiro de cada um, escolhendo um com aroma de morango, li mais uma vez para ter certeza que era óleo de banho. Pinguei um pouco na água, sentindo o cheiro exalar forte. Tirei a roupa e entrei na água. Era realmente relaxante aquilo.

   Fechei os olhos, sentindo meu corpo todo adormecer.

- Mell! - ouvi a voz de minha mãe chamar, abri os olhos, vendo ela entrar preocupada. - Mell...quantas horas pretende ficar aí? Já são quase 18:00 horas, não vai no show?

   Dei um pulo da banheira, milagrosamente parando em pé firme, saí com cuidado, vendo minha mãe me observar.

- Hum?

- Eu e Min estaremos te esperando lá embaixo...- disse ao sair.

   Caminhei até a bancada da pia, pegando o secador, fazendo uma rápida escova no cabelo, modelando os leves cachos nas pontas. Olhei involuntariamente para o outro lado da pia, vendo um estojo enorme de maquiagem. Como se todos os meus desejos estivessem sendo realizados, se realmente isso fosse um sonho, que por favor não me acordem! Me maquiei da mesma forma que tinha visto em um tutorial no youtube, destaquei os olhos com uma sombra roxa, passando o lápis preto por cima e esfumaçando, deixando apenas um pedaçinho da sombra roxa aparecer, realcei minhas maças do rosto um tanto pálidas por não dormir direito. Passei um batom levemente rosado e um gloss para finalizar. Ajeitei minha franja, deixando-a cair para o lado direito perto do meu olho. Corri até a cama onde havia deixado minha roupa, vestindo-a rapidamente, voltei ao banheiro vendo a bagunça que eu havia feito de maquiagem, sem falar a água.

- Ah! Depois cuido disso! Super Junior é mais importante...- sorri me olhando mais uma vez no espelho.

   Peguei uma das muitas bolsas pretas que tinham alí, esta era delicada e pequena, joguei lá minha carteira apenas, pois não tinha pego meu mp3 da mala ainda e meu celular era algo que não funcionaria por hoje.

   Saí do quarto levando a bota, deixando-a na porta de entrada, percebi um chinelo rosa com um M ali, calcei-o sorrindo.

- Estou pronta! - anunciei, na sala.

- Vamos então?! - Sukmin sorriu animado.

- Vamos!

   Corri até a porta calçando a bota. Fomos os três para a garagem do prédio, nos deparando com um carro preto lindo, não fazia idéia que modelo era, mas que era lindo, não podia negar. SukMin dirigiu, ele sabia exatamente onde tinha que ir, realmente conhecia bem a cidade. Paramos diante à um prédio.

- Vai ser aqui? - perguntei.

- Sim...Ah! - ele debruçou sobre minha mãe abrindo o porta luvas do carro, tirando de lá uma pequena caixa. - Me ligue quando terminar...está na discagem 1, eu venho te buscar. E...- ele tirou algo do bolso do palitó que estava. - Sua credencial, não precisa ficar na fila...

- Nossa... - sorri impressionada.

- E esse é seu meu amor...- ele estendeu uma outra caixinha para minha mãe.