Nada é por Acaso escrita por Paola_B_B


Capítulo 46
Capítulo 7 - Segredos de família


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente :D Para quem está com raiva do Malfoy... Esse cap será interessante xD
Lembrando que eu peguei apenas uma base nos filmes, o que estiver de diferente foi tirado da minha cabecinha ;)
E antes que eu me esqueça quero agradecer a todos que recomendam minhas fics... Recebi 3 em ALL e mais 1 aqui só do capítulo passado para o atual, estou muito feliz. Obrigada mesmo!



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Capítulo VII – Segredos de Família

POV Bella

Respirei fundo tentando clarear meus pensamentos. Jasper estava certo, eu fui precipitada, deveria ter perguntado por que de Nessie estar com Malfoy antes de partir para a agressão. Mas eu fiquei completamente louca com o que vi...

Chegando ao castelo percebo uma pequena confusão. Foi impossível não sorrir.

Edward tinha o loiro aguado segurado pelo colarinho e seus dentes expostos. As pernas de Draco balançavam no ar e seus olhos quase saltavam de suas órbitas. Alice impedia Jasper de interferir, quer dizer que nada de muito grave iria acontecer. O que não quer dizer que não seria interessante de assistir.

Os alunos tinham olhos arregalados formando uma roda em torno da “briga”.

- Escuta bem o que eu vou lhe dizer garoto. – a voz de meu vampiro era extremamente ameaçadora o que fez com que todos que escutavam tremessem na base. – Se você chegar perto de minha filha mais uma vez, revelar quem ela é ou qualquer coisa relacionada a ela, eu vou acabar com você, com sua família e com sua vidinha burguesa de merda! E acredite quando digo que quando eu estiver fazendo o que se passa em minha mente você vai implorar para que seja Voldemort em meu lugar, porque ele comparado a mim é um coelhinho.

Dito isso, Edward passou a unha pelo pescoço de Malfoy e um filete de sangue escorreu por sua garganta.

- Não se preocupe... – sorriu maldosamente. – Minhas presas cravadas em sua jugular é a menor das coisas que farei com você e sua família... – um riso doentio saiu dos lábios de meu vampiro enquanto o corpo do garoto voava em direção a parede mais próxima. – Vai chorar pro papai criança, estou louco para ter uma conversa com ele.

Edward não abandonou em nenhum momento o tom de ameaça, o tom de vampiro que fazia qualquer um com um coração pulsante querer loucamente sair correndo e ao mesmo tempo não ter coragem para fazê-lo.

Ele se virou e seguiu pelo corredor seguido de sua irmã e cunhado.

Oh Deus! Eu precisava beijá-lo!

Um pânico surgiu entre os alunos, principalmente em Malfoy que paralisou com os olhos arregalados. Por um momento pensei que ele havia aprendido a lição, mas então ele levantou-se com sua arrogância e burrice proferindo aos quatro ventos que não tinha medo de vampiros e que seu pai saberia daquilo.

Revirei meus olhos... Já vi que quem teria que dar uma lição no loirinho era eu. Afinal, se quer ser arrogante tenha bala na agulha para isso.

Entrei em outro corredor e segui para a ala dos dormitórios da Cornival esperar minha filha voltar. Tudo bem ela sentir raiva, eu conseguiria lidar com isso, ou se sentir triste, eu também saberia lidar. Porém mágoa...

Sentei-me no corrimão que protegia os alunos de caírem no grande fosso que era o espaço ligado pelas escadas que se moviam. Ninguém era louco suficiente para sentar-se ali... Eu não sou ninguém.

Meus pensamentos viajaram para o dia em que Nessie nasceu. Carlisle teve que fazer uma cesariana as pressas, pois minha filha estava sufocando e iria começar a me rasgar de dentro para fora. Mas eu não ligava, era apenas a conseqüência de se ter uma filha monstrinha. Sorri com meus pensamentos. Quando ela era pequena ela dizia que era minha monstrinha.

Como tudo chegou a esse ponto? Não entendo... Minha filha era tão ligada a mim quando era pequenina. Não consigo lembrar do momento em que tudo mudou. Porque agora ela me odeia tanto?

- Vai acabar se matando. - a voz de sinos de Nessie tirou-me de meus devaneios.

Pisquei meus olhos me despedindo das lembranças e fitei seu rostinho de anjo. Ela estava com os olhos inchados, provavelmente de tanto chorar. Me senti culpada no exato momento.

- Será que a gente pode conversar? - perguntei gentilmente.

- Desde quando você se importa com o meu querer? - retrucou magoada quebrando meu coração. - Nunca se importou, vai se importar agora?

- Não é verdade. - sussurrei.

Nessie virou a cara como se não ligasse para minhas palavras, mas eu via em seus olhos que ela notava a verdade em minhas palavras.

- Eu vim te pedir desculpas. - disse sinceramente.

Minha filha olhou-me espantada. Bufei.

- Vou lhe dizer uma coisa que disse uma vez ao seu pai: Você pode me chamar de arrogante, orgulhosa, metida, qualquer coisa que pensar, provavelmente será verdade... Mas nunca diga que sou injusta, pois ser justa é a única coisa que me orgulho de ser... E eu me precipitei em te bater antes de saber sua versão da história, por tanto perdoe-me, por favor.

Nessie fitou-me com intensidade, ficou com a mesma expressão de seu pai quando tenta ler minha mente, para só então perguntar.

- Quem é você de verdade? Quando era pequena amava uma mulher que me dava carinho, que me ensinava feitiços e mesmo que fosse um tanto rígida em minha educação não erguia sua mão para me bater. Onde está essa mulher? Onde está a minha mãe? Ela morreu dentro de você? Ou ela morreu para mim?

- Eu amo você Nessie. Você e Sirius são as pessoas mais importantes em minha vida.

- Jeito estranho de demonstrar amor. - disse e então virou-se seguindo seu caminho.

Sua voz era suave e por este motivo me senti ainda pior. Deus! O que minha filha pensava sobre mim?

POV Edward

Uma semana passou-se desde o ocorrido com Nessie. Bella estava arrasada pelas palavras da filha, mas não deixou-se demonstrar seus reais sentimentos e a frieza aparente aumentou ainda mais.

Minha bruxinha pode ser super foda, mas quando se trata de sentimentos ela é uma negação.

Os alunos começaram a reparar nessa indiferença de Bella e conseqüentemente se afastavam dela. Ninguém queria receber um de seus olhares matadores. 

Tentei ajudar conversando com Nessie, tentando descobrir o porquê dos sentimentos dela. Mas tudo o que ela dizia era que a mãe não a amava. Eu não estava mais agüentando essa situação. Meus irmãos também não sabiam o que fazer para melhorar o relacionamento das duas. Jasper opinou por deixá-las resolver suas pendências. Mas não concordava com ele, eu precisava fazer algo. 

Terminei de sugar o herbívoro sem gosto e resolvi seguir para o castelo, mas um som as minhas costas chamou-me atenção. Posicionei-me em defesa e forcei minha mente a ler quem quer que estivesse chegando perto. 

Reconheci de cara a voz irritante de Tânia. Fechei meus olhos em desagrado já imaginando a merda que daria quando Bella soubesse que ela estava nessas bandas.

- O que faz aqui Tânia? - perguntei chamando sua atenção para a minha voz.

Esperei alguns segundos e ela apareceu com seu sorriso largo e convencido.

- Reconheceu meu cheiro gatinho?

- Na verdade ouvi seus pensamentos Tânia, e não, eu não vou te dar uma chance, sim, eu ainda estou com Bella e pretendo continuar por tempo indeterminado e nada do que você está pensando dará certo. Então acho bom você voltar para sua casa, pois se minha bruxa te pega por aqui ela vai te transformar em pó, e eu não estou falando no sentido figurado.

- Você vai deixar ela me fazer mal? - olhou-me ofendida.

- Tânia. Bella te avisou que se cruzasse seu caminho com ela, ela iria acabar contigo. Se quer continuar viva fique longe daqui.

A vampira bufou.

- Está bem. Vou seguir o seu conselho. - sorriu e veio me abraçar se despedindo.

Algo me dizia que ela faria alguma merda. 

Dei de ombros e segui novamente para o castelo. 

Com minha visão aguçada notei minha bruxinha sentada na pequena mureta do corredor externo do castelo. Suas costas encostadas em um dos pilares e um livro enorme em mãos. Seus cabelos lisos emolduravam seu rosto deixando minha bruxinha a perfeita visão do paraíso. 

Iria me aproximar, mas notei o loirinho nojento passando por Bella e trombando com Hermione que vinha no sentido contrário. 

POV Bella

- Olha por onde anda sangue ruim! - gritou Draco com desdém.

O pilar em minha frente impediu que os seis bruxinhos envolvidos na pequena confusão me vissem. Mas as palavras de Malfoy trouxeram-me a oportunidade perfeita. Sorri sem desviar meus olhos do livro e então controlei-me para falar seriamente.

- Engraçado chamá-la de sangue ruim mesmo sabendo da origem de sua mãe.

Os bruxos ficaram em silêncio e Draco virou-se e olhou-me com desprezo.

- Minha mãe tem sangue puro. - como se fizesse diferença...

Fechei o livro e o olhei com pena. Cara, sou uma ótima atriz!

- Oh! Você não sabe... Então seu pai não lhe contou... - quase chorei. Háhá.

- Não sei do que?!

- Bem... Acho que não devo contar, afinal não é da minha conta... Segredos de família não devem ser revelados por terceiros... - sorri maldosa pulando da mureta e ficando em pé.

- Do que diabos está falando?

- Ora, que a mulher que você chama de mãe não é sua mãe de sangue. - coloquei minhas mãos na boca como se eu não quisesse ter dito, mas meus olhos sorriam.

- Mentira! - rugiu ficando vermelho de raiva.

Dei de ombros.

- Seu pai matou sua mãe a mando de Voldemort. Depois casou-se com uma sangue puro.

- Pare de inventar essas coisas! Papai! - olhou para alguém atrás de mim. - Essa bruxa está dizendo que mamãe não é minha mãe de verdade! Que minha mãe é sangue ruim!

Ah! O doce sabor da vingança...

Virei-me lentamente e saboreei a cambaleada que Lúcio Malfoy deu para trás e seus olhos arregalados de medo ao me olhar.

- Vo.Você. Você. - gaguejou apavorado sem acreditar no que estava vendo.

[N/a: Você, você, você,você quer? Você, você... hahah, ignorem a autora idiota!]

Sorri.

- Como vai senhor Malfoy?

- Você deveria estar morta! - ignorou meu cumprimento.

Franzi minha testa.

- Então temos algo em comum. - voltei a sorrir.

- Eu vivocê morta! - ergui uma sobrancelha, então era ele um dos bruxos que acompanhavam Tom naquele dia.

Suspirei.

- Bem, sabe como é... Fui até o inferno e o diabo me mandou de volta para buscar um cara de meia idade, pele pálida e de cabelos loiros quase brancos... Nossa, até parece você. - ergui minhas duas sobrancelhas em falso espanto.

Percebi Malfoy engolir em seco. Sorri.

- Voldemort sabe que eu estou viva? - perguntei como se estivesse perguntando a respeito de um primo distante.

- Não estará por muito tempo. - respondeu seco. - Vamos Draco! - chamou arrastando o filho pelo corredor, os dois amigos do garoto seguiram correndo.

- Como imaginei. - disse para mim mesma e então gritei cantarolando. - Parece que alguém não cumpriu suas ordens!

Quase gargalhei ao ver Lúcio tropeçando completamente transtornado.

- Aquele era o tal Malfoy?! - a voz de Edward me chamou atenção.

Virei-me para ele assentindo.

- Conheço seu cheiro.

- Porque ele foi um dos bruxos que tentou me matar naquele dia no Brasil. - expliquei dando de ombros.

Edward olhou em direção ao corredor vazio atrás de mim.

- Esse cara está deixando sua lista de motivos para matá-lo bem grande.

- Não me diga. - tive que rir.

Meu vampirou sorriu para mim.

- É verdade? - perguntou Harry se metendo em nossa troca de sorrisos doentios. - Que a mãe de Draco...

- Sim.

- Como soube disso? - perguntou Hermione.

Sorri misteriosa.

- Eu tenho minhas fontes. - lhe mandei uma piscadela.

POV Edward

Não quis aparecer para o tal Malfoy, tive medo que ele associasse eu, Bella e Nessie. Então esperei ele ir para falar com Bella. Não me importei com os três bruxinhos, afinal eles já sabiam de muita coisa a meu respeito.

- Se a Sonserina ficar sabendo disso... Draco virará um nada. - riu Ronny. - Idiota, sempre se vangloriando por ter sangue puro e subestimando os que não têm.

- Draco e sua trupe têm pensamento pequeno. Geralmente bruxos que vem de famílias trouxas são muito mais poderosos dos que vem de famílias de bruxos. - disse minha bruxinha e então franziu a testa. - Que cheiro de perfume de vadia é esse?

Er...

Ela começou a fungar até perceber que o perfume vinha de mim. Sorri sem graça.

- Encontrei com Tânia enquanto caçava.

- O que eu disse sobre vadias? - perguntou a si mesma com um sorriso duro para mim. - "FICA LONGE DELA!" - berrou por pensamento.

Encolhi-me.

- Não precisa gritar! - reclamei. - Já a mandei embora.

- Assim espero. - disse séria.

- Não vou cometer o mesmo erro Bel, quer dizer, Isabella. - quase dei um furo.

Ela fitou meus olhos seriamente, mas não disse nada, apenas virou-se e foi embora.

Suspirei.

- Bruxinha mais temperamental.

Fim do capítulo.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam do encontro da Bella com o papai Malfoy? hahahh