Seis horas da manhã, Mônica estava olhando as horas no relógio que despertava com aquele barulho irritante em bips. A garota bateu com a mão no botão para fazer com que o despertador se calasse, ficou mais alguns minutos na cama porque estava sem coragem de sair daquele ninho quentinho. Finalmente saiu da cama e começou a se arrumar, tomou um banho e foi fazer sua maquiagem.

Mônica era vaidosa e bonita, se olhava no espelho, e viu a imagem de uma menina de cabelos loiros que tinha uma cor que ela jamais vira igual, um loiro que parecia ter luzes, uma tonalidade mel dourada, seus cabelos eram ondulados e faziam lindos cachos grandes nas pontas, ela tinha uma franja lisa que colocava de lado e sua pele era branca, parecia um pêssego rosado. Passou seu lápis de olhos de cor marrom, um batom rosa queimado e desceu as escadas de sua casa, foi para a copa onde seus pais e seu irmão já estavam à mesa tomando café; sentou-se e começou a comer bolachas e a tomar suco de goiaba, trocou algumas palavras com sua mãe e seu irmão.

Seu pai a chamou para ir embora, pois ele a levaria para a escola antes de ir para o trabalho.

Mônica pegou a mochila cor-de-rosa que estava no chão ao lado da cadeira onde estava sentada. Sua mãe deu um beijo em sua bochecha e como de costume Mônica deu um tapa na cabeça do irmão.

Pai e filha caminhavam até a garagem, Mônica entrou no carro, seguida por seu pai, o portão se abriu quando ele apertara o botão do aparelho que ficava do lado das chaves do carro.

Mônica e seu pai conversaram durante a viagem até a escola sobre coisas banais. Estacionou o carro na porta da escola e deu um beijo na testa de Mônica desejando-a uma boa aula.

A jovem saiu do carro e andou em direção ao portão de entrada da escola, quando entrou no ambiente de alguma forma sabia que era o centro das atenções, pois estava usando seu short jeans que ia até a metade da cocha, usava sua blusa verde água que tinha desenhos de bolinhos apetitosos e uma sandália de plástico rosa goiaba, seus lindos brincos pequenos de ouro e cristal combinavam com as duas correntes em seu pescoço uma com seu nome e outra um crucifixo pequeno, ambos dourados.

Mônica olhava a todos; meio constrangida, meio sedutora até que visualizou suas amigas Larissa e Jaqueline que a olhavam com um sorriso no rosto, andou um pouco mais de pressa indo ao encontro das duas, e as abraçou. As amigas conversavam e comentavam sobre seus namoricos e sobre o Guilherme, o garoto com que Mônica havia beijado pela primeira vez. Ele se apaixonara por Mônica e desde que os dois haviam ficado juntos que Guilherme não se interessava por nenhuma outra garota, ele era de fato um dos garotos mais bonitos da escola tinha um corpo forte, cabelos loiros e ainda era rico.

Mas Mônica se arrependera de ter ficado com ele, no momento em que estava com Guilherme não sentia nada além do forte desejo de ir embora e o deixar lá, mas não o fez porque não queria magoá-lo, entretanto depois disso nunca mais quisera qualquer tipo de relação com ele tanto para não alimentar sua paixão por ela, tanto porque ela não suportava a relação que mantivera com ele. Antes os dois eram bons amigos, mas depois que eles se beijaram Guilherme se tornou possessivo e pegajoso e Mônica decidiu que nem a amizade deles poderia continuar então decidiu não mais dar atenção a ele o que só piorou a situação, pois parecia que ele entendia isso como um jogo de amor.

As conversas entre as amigas foram interrompidas pelo sinal da escola, elas foram para a sala. As aulas foram cansativas e o recreio barulhento, mais outro sinal irrompeu pelos ouvidos de Mônica era o sinal de final das aulas,ela se sentiu aliviada precisava ir para casa e tomar um banho, o calor estava fazendo com que ela ficasse com a nuca encharcada de suor, se despediu das meninas e foi para o corredor andando até a saída.

Entrou no carro de sua mãe, chegou em casa tomou seu banho, almoçou, descansou, tudo de praxe como ela sempre fazia. Mas alguma coisa estava estranha, ela sentia dentro de si uma força que não conseguia explicar. Nada a satisfazia, essa sensação tomara conta dela durante todo o dia, Mônica sentia uma força crescer dentro de si, tentava ignorar isso, mas quanto mais tentava, mais essa força a consumia não sabia o que era aquilo queria descobrir, porém não tinha a menor ideia de como fazê-lo.

Eram duas da tarde, hora de ir para o inglês ela pegou seu caderno e sua apostila e saiu de casa. Caminhado lentamente pela rua foi pega de surpresa por uma ventania forte que colocava em movimento todo seu lindo cabelo, e a força que pulsava dentro dela estava deixando-a desnorteada, Mônica estava quase chegando à escola de idiomas, quando a força dentro dela não era mais controlável no mesmo instante em que essa força explodiu para fora de seu corpo um homem alto a segurou por trás e a garota apagou.