Amigos - a Melhor Aliança escrita por camila_guime


Capítulo 48
Plano A: absolutamente brigas e amor.


Notas iniciais do capítulo

Gente, informo surpreendentemente que este é o penúltimo capítulo!
Aproveitem!



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48.

Os dias não estavam sendo tão doces para os amigos, já chegando outro fim-de-semana. Estavam mais dispersos do que já estiveram em todo tempo de amizade. Alan só saía de sua preocupação com a distração que Vanessa proporcionava, pois até ela já percebera o que estava acontecendo.

Vickie se aproximou mais de Rachel que qualquer outra pessoa (só dividindo seu tempo com Stark), não da forma natural que era antes, mas sabia que não podia desamparar a amiga, e decidiu que estaria do lado dela, de qualquer forma, sem tocar no assunto que a irritava, sem propor nada que Rachel simplesmente não fosse fazer. Sabia que ela precisava de uma amiga, e era isso que ela estava fazendo. Apenas isso.

Stark esforçava cada partícula de bom-senso sua para não espancar Danilo todos os dias. Ria-se para não chorar. Estava tão feliz com Vickie, que era só isso que evitava pôr um letreiro na porta da escola dizendo “Danilo ama Rachel”, e outro no campo com “Rachel ama Danilo”.

Contudo, Não se pode dizer que Vickie e Stark não estavam pensando numa boa forma de acabar com essa situação.

― Alan... – Vickie choramingou puxando o amigo pelo braço como se fosse uma mimada.

― Ah, Vi... Tem ideia do que está me pedindo? – Alan parecia preso no sofá por alguma força invisível, que Vickie não conseguia movê-lo um centímetro.

― HA! Mas você não pode se negar a isto! Pode ser nossa salvação!

Stark entrou na salinha neste momento. Alan riu e parou.

― Stark, controla essa sua namorada! Ela acha que eu sou suicida!

Stark riu e se postou na frente de Alan, passando um braço pelos ombros de Vickie, já que a cintura dela ficava em baixo demais à sua estatura alta.

― Pois eu não controlo não! Ela está certa!

― CERTA? – Alan surtou. Vickie lhe mostrou a língua. ― Então você é cúmplice?

― Na verdade, nós dois pensamos nisso juntos! – Stark disse orgulhoso, sem fazer esforço pra saber do que falavam.

― Ah, então está comprovado que os cérebros de vocês ficaram defeituosos depois que começaram a namorar...

― E você ficou mais lerdo! Não põe a culpa no namoro não, meu filho! – Vickie ralhou dando um tabefe na perna já curada de Alan.

― A questão é: você tem que concordar que essa é a única solução! – Stark ultimou. — Já esgotamos todas nossas opções.

— Voltamos ao plano A. – Vickie suspirou.

— A? – Stark estranhou.

— Plano Alan.

— Ah...

— Então vocês vão ter que assinar uma cláusula onde vão resguardar meus direitos! – Alan prosseguiu dramático. — Vão ler meu testamento na frente da escola, e façam parecer que eu me fui por uma boa causa, como um herói, sabe... E dêem minha carta à Vanessa pedindo desculpas pelo futuro que nunca mais teremos por que simplesmente vocês estão me mandando pra forca, e eu, um bom amigo, aceitei isto de bom-grado por uma questão de bem-maior!

Stark e Vickie se entreolharam e depois começaram a rir, caindo juntos no sofá.

— Então você aceita? – Vickie perguntou radiando esperança.

Alan se levantou do sofá sob um suspiro, passando a mão pelo cabelo.

— Sabem que hoje é o jogo dele, do Danilo, não sabem?

— E quer oportunidade melhor? – Stark disse como se fosse óbvio.

— Só me explica isso um pouco... Não seria hoje o pior dia pra tentar isso?

— Não! É claro! Do jeito que ele está empenhado a vencer, - disse Vickie — não vai querer perder tempo num assassinato, nem vai perder a chance de ganhar medalha pra ganhar algemas!

Vickie riu e se aninhou em Stark, que riu de novo.

— Se vocês dizem... – Alan suspirou vendo que não tinha outro jeito: era a proposta deles ou a continuação de uma situação já insustentável. Encaminhou-se para a porta, mas parou e complementou: — Lembrem-se: se o pior acontecer, digam para a Vanessa que a amo. Também amo vocês, seus pestes! E a Rachel também!

— Sabemos! – Stark e Vickie disseram juntos.

— Então é isso... Vou à luta... Por Rachel! – Bradou antes de sair porta afora.

Stark e Vickie encararam a porta fechada por um tempo e depois suspiraram em sincronia:

— Tomara que dê certo!

***

Rachel estava sentada, com o queixo apoiado nos joelhos, num banco no jardim. Estava levemente frio naquele dia. Fazia um tempo que não chovia e riu ao pensar que choveria justamente hoje, no tão sonhado jogo do D-Dan-n-ni... Não conseguia dizer o nome dele. Sonhara naquela noite com ele e o jogo, aquele treino em que ela o salvou de um infarto... Nada animador!

Deixara o dormitório mais tarde naquele dia, tentando não esbarrar com a massa de alunos que agora se encontrava abarrotando as arquibancadas, meia-hora antes da hora do jogo. Saiu do dormitório sem que ninguém a visse. Vickie e ela se desencontraram esta manhã.

Estava sozinha.

“Novidade!” – Ironizou.

Agora que Alan dava atenção à namorada, sentia-se levemente enraivecida e enciumada com ele, mas tentava não demonstrar. Passou a engolir Vanessa, mas sabia que era tudo uma atitude birrenta da sua parte. Gostava da garota ainda assim, e era isso que mais a contradizia.

Vickie e Stark eram só alegria e ela compartilhava isso com Vickie. Era bom. Ela amava que eles finalmente estavam juntos, e queria uma oportunidade melhor qualquer dia para ficar com Stark... Saber se “seu menino” estava realmente feliz, satisfeito. O que era óbvio, pela constante expressão romântica babaca no rosto dele (quando não estava com sua expressão de “eu finjo que sou santo!”).

D-Dan-n... Bem... ELE já era outra história. Não o via direito, só de canto de olho. E tinha a latente sensação de que sua nuca queimava quando ele a espiava por trás, nas aulas. Sentia seu peito corroído e sem forças para pensar mais nessa história. A culpa caía sobre seus ombros, enfim, mas não tinha ideia de como ou SE poderia reparar os danos.

Pensando... Rachel não percebeu quando ocuparam um lugar ao seu lado no branco:

— Oi.

Tomou um leve susto. Virou-se para o lado e deu de cara com... “Droga!” – pensou. O par de olhos atrás das lentes... Heath.

— Bom-dia! – Respondeu cortês.

***

Alan caminhava, maroto, pela calçada ao pé do prédio da escola. As mãos nos bolsos, tranquilo, como se nem estivesse a caminho do sacrifício. Mas sabia que uma hora isto aconteceria. Poderia ter o feito antes, mas o risco seria pior. Olhando ao redor, notou Rachel e Heath num banco. Só então notou a urgência da situação.

Acenou para alguns conhecidos quando chegou perto do campo, onde a escola toda se concentrava. Procurou furtivamente por Vanessa, mesmo sem reparar que fazia isso. Mas, ao notar, tornou a se focar no que deveria fazer. Não podia adiar mais, como disse, era por Rachel.

Chegou à borda do campo. Lembrou que, com tudo que houve, esquecera de se candidatar para entrar para o time. Se o pior acontecesse agora, receava nunca mais poder tentar uma vaga sequer para o clube de xadrez.

Viu metade do time em campo, e Danilo sentado na ponta do banco dos reserva, parecendo se concentrar. Marchou até lá tentando engolir um nó na garganta.

— Lux... Danilo! – Chamou sentindo que era a coisa mais estranha que fazia em meses!

Danilo sentiu um baque no fundo do estômago. Ergueu os olhos do campo e ficou tão impressionado que nem soube se sentiu raiva, pânico ou enjoo.

— Castellan? – Se forçou a dizer. Parecia que todo seu corpo enrijeceu.

— Ainda lembra de mim! – Alan tentou soar engraçado, mas notou, pela cara homicida de Danilo, que não dava para brincar. — Bem... É... Espero que se lembre da Rachel...

Danilo sentiu os olhos arderem, incrédulos do que viam, e seu estômago deu um salto com o que ouviu. Levantou-se do banco, fazendo Alan dar um passo para trás automático. Caminhou até a linha lateral do campo e Alan achou que ele ia ignorá-lo, porém, Danilo falou:

— O que é que tem? – Seu tom tinha um misto de raiva, rigidez, mas uma quase imperceptível nota de interesse. Ele mesmo desgostou-se quando notou.

— Queria... Não. Preciso contar uma coisa! – Alan soou determinante e foi até a linha lateral, se postando corajosamente ao lado de Danilo, que não deixou a audácia passar despercebida.

— Acha que estou interessado? – Replicou agora com um pouco mais de agressividade.

— Sabe que eu acho sim!

Alan sentiu o ardor que o olhar de Danilo possuía lhe fritar o rosto, mas aguentou um pouco mais, pensando que era por Rachel... Por Rachel...

— Vai procurar algo melhor pra fazer! Tenho um jogo! – Deu de ombros, virando a costa.

— Falta quase vinte minutos! E... Se quer saber... – Alan pausou quando Danilo voltou de súbito.

— Acha mesmo que quero saber de alguma coisa, Castellan? – Rugiu.

— SE quiser saber... – Alam prosseguiu enfrentado Danilo — Heath não está sequer perto do campo agora. Então acho que ou você me ouve agora, ou vai ficar esperando a boa-vontade do Quarto-Olhos vim narrar sua partidazinha idiota! Ou agora qualquer jogo estúpido é mais importante que a Rachel? Sim, por que pra alguém que está supostamente apaixonado por ela, você anda até que a maltratando muito sabia...?

Danilo deu um passo furioso pra cima de Alan, parando de súbito ao notar que estavam bem debaixo de uma arquibancada bisbilhoteira. Também, o que Alan disse não deixou de ter um fundo de verdade. Mas não podia deixar Alan crer que se importava mais com Rachel do que ele. Ninguém se importava mais com ela do que ele... Só... Não andava demonstrando isso. Além do mais, a insinuação sobre Heath trouxe à tona a percepção que ele mesmo já tinha: não gostava nada daquele quatro-olhos de papo com Rachel aqui e ali.

Tentando contornar a raiva, Danilo falou sem encarar Alan:

— Dou cinco minutos.

Danilo saiu na frente, marchando como se quisesse machucar o gramado, em direção às costas da arquibancada. Alan o seguiu, comicamente imitando o jeito de Danilo caminhar.

Chegaram ao outro lado, longe dos olhares curiosos.

— Posso? – Alan perguntou quando Danilo se virou de frente, com os braços cruzados. Notou que ele não ia dar resposta. — Ok. Primeiramente eu gostaria de informar que eu estou namorando a Vanessa, então...

— Veio pra me falar da sua vidinha? Ah me poupe!

Alan parou Danilo, corajosamente o puxando pelo ombro, de volta para seu lugar. Danilo enxotou sua mão com raiva e assustado.

— Não, não vim falar da minha “vidinha”, mas quis que soubesse, pra que me ouvisse sem esse seu... Ciúme crônico! – Falou sem dar tempo a Danilo prosseguir. — Ou na esperança de que tivesse alguma compaixão depois do que eu tenho pra contar...

Danilo contou com todo seu bom senso para continuar ali em pé e não partir para covardia, virando a costa, ou para agressão. Sentiu uma súbita cólera ao perceber que odiava ter chegado aonde chegou... Que algum dia chegou a considerar Alan um cara legal... Queria estar enganado agora. Deixou-se ficar em silêncio, e Alan prosseguiu.

— Então... Naquele dia, no hospital...

— Vai me dizer que não foi o que eu vi? – Danilo não segurou o sarcasmo.

— Não. Foi o que você viu! Mas... Fui eu. Não a Rachel. Foi para... Ajudá-la. – Alan não sabia como dizer aquilo. Só sabia que via o rosto de Danilo encarnar e temeu que ele fosse incorporar algo ruim. — Eu, eu b-beijei a Rachel. Não foi ela. Foi por ela! Ela precisava ver de quem ela gostava! Ela tinha que saber que eu não... Não me interessava por ela daquele jeito. Ela estava preocupada com eu poder estar esperando algo do tipo da parte dela! – Alan começou a tagarelar. — Ela tinha medo também que eu quisesse que ela correspondesse a mim. Ela tinha que sentir que não queria aquilo. Acho que tinha a ver com meu estado na época. Eu estava numa cama de hospital. Eu podia ter morrido. Rachel estava confusa, por que... Ela gostava de você! Ela gosta! Ela me confessou naquele mesmo dia!

“Esteve sempre estampado na testa dela essa verdade! Aquele papo dela de que não gosta dos idiotas que gostam dela foi uma forma de te fazer ver que ela se referia aos outros garotos, mas... Parece que você nunca entendeu! Depois se incluiu no grupo desses ‘idiotas’ e a coisa piorou! Naquele dia, no hospital, Rachel não sabia que eu ia fazer aquilo. Ela confia em mim, caramba! E me deixou fazer aquilo por que sabia que eu ia ser responsável, que não ia deixar dúvidas pra ela! E ela entendeu! Entendeu que eu nunca ia ver minha Rachel daquele jeito! É até nojento pensar nisso! E quer saber? Ela ficou aliviada por saber que só tinha que pensar então em você! E ela tem feito isso. Mas, do jeito idiota, imbecil e ignorante que você anda, pensar em você tem a feito sofrer que nem uma condenada!”.

Danilo ficou mais pálido à medida que Alan falava. A verdade aliviou um peso imenso que havia, mas pôs outro no lugar: de um lado, ele e sua teimosia e orgulho. Tanto que Stark falou, Vickie falou... Tanto que sua consciência falou! Devia ter confiado na garota que gostava. Ou nele mesmo! De outro lado, Alan e sua cara-de-pau. Como só agora? Por que só agora? Tinha que ter o deixado brigar com todos, ter o deixado criar raiva por tanto tempo?

Agora tudo parecia uma idiota bola de neve que rolou, rolou e se espatifou em cima dele.

—... E foi só isso que aconteceu! – Alan terminou batendo uma palma para finalizar toda tagarelice.

— Só? – Danilo repetiu. As palavras subiam como pedras por sua garganta. — Você esperou mais de mês pra vim me contar isso, e é só?

— Desculpa, de novo. Eu sei, mas... Stark tentou te dizer. Vickie também! E admita: se eu tivesse tentado antes, eu não sobreviveria! – Alan sorriu aliviado. —Também achei que você não fosse levar isso por tanto tempo! Ora, deve ter me visto com Vanessa, e achei que fosse o suficiente pra te fazer querer ir atrás de Rachel, mas... Sendo como for, desculpa de novo. Cara...

Alan não pôde sequer cogitar, apenas sentiu o punho fortemente fechado de Danilo desferir uma de direita certeira. Pôde ouvir o impacto do soco latejando em seus ouvidos. Agitou a cabeça e trouxe a mandíbula pro lugar. Seus olhos lacrimejaram.

— Certo. Acho que mereci ess...

Outro baque surdo e uma de esquerda cortou pelo outro lado. Dessa vez poderia ter perdido um dente. Sentiu apenas um leve gosto de sangue no lábio.

— Não acha que agora exagerou? – Falou alterado.

— Não. Por quê? – Danilo o enfrentou transpirando uma mistura de raiva, alívio e incredulidade. Mas infinitamente satisfeito pela porrada. Alan não respondeu e se resignou. — Onde? – Danilo se limitou a perguntar.

Alan sabia sobre o que ele perguntava. Apenas ajeitou o queixo e respondeu:

— No lado Leste do jardim. Heath está lá com ela. Se eu fosse você...

— Fica na tua! – Danilo ameaçou não o deixando terminar.

— Certo. Vai lá.

Danilo seguiu sem dar mais nem um segundo para Alan e correu para onde ele sabia que Rachel estava. Não tinha ideia do que ia fazer: se sua primeira vontade seria de puxá-la para brigar com ela, pela demora da explicação; se a puxava para pedir desculpas, pela derrota pré-assumida dele; se a puxava e... Deus sabe lá o que!

Sentia seu sangue todo fluir pelas veias, enérgico e quente. Suas mãos suavam frias, em punho, e suas pernas pareciam incapazes de diminuir a velocidade. Seu olho esquerdo levemente tremia na excitação do momento. Somente quando chegou ao jardim, pressentiu qual seria sua primeira reação.

***

Rachel ria de um comentário qualquer de Heath. Ele era divertido e tudo mais, mas não tinha tudo... Alguma coisa faltava.

— E você não vai pro campo? – Ele perguntou.

— Não quero assistir a jogo nenhum! – Rachel desviou o olhar. — Mas você não tem que narrar um jogo?

— Eu vou. Faltam dez minutos ainda...

Ambos olharam para a grama, mas foi Heath que ergueu os olhos para Rachel primeiro.

— Rachel?

— Hum?

— Eu estava pensando se... Se estiver a fim dar uma volta nesse fim de semana...?

Rachel ergueu o olhar para o garoto, surpresa, mas ficou em choque quando um punho voou no rosto de Heath, aparentemente do nada. Só viu Heath cair de costas do banco para o chão.

Rachel se levantou, abismada e encarou o agressor. Voltou a cair sentada, em total perplexibilidade.

— Danilo? – Arfou.

— Ah, você lembra? – O moreno parecia anormal. Transtornado e totalmente irônico.

Foi o tempo de Heath se pôr de pé, ainda descoordenado, e Danilo voara para cima dele, impulsivamente.

— Ela. Não. Vai. Sair. Com. Você. – O moreno pontuava as palavras desferindo socos. Uns escapavam, outros acertavam em cheio o pobre do Heath. — Ninguém. Tenta. Sair. Com. A. Minha. Garota!

Rachel estava catatônica. As mãos tapavam a boca, mas ainda assim ela gritava a cada golpe que Danilo acertava e levava ao mesmo tempo.

— P-parem! – Pedia, mas era inútil.

Stark e Vickie riam juntos ao descer pelo prédio, indo para o campo, quando ouviram os gritos do outro lado. Imaginaram que Alan poderia estar sendo chacinado por Danilo, mas logo o próprio Alan os alcançou. Vanessa surgiu ao mesmo tempo, de outro corredor.

— Ah, Alan! Você está aqui! – Vickie disse, parecendo mais aliviada.

— É. Quebrado de novo! Não sabe ficar um tempo inteiro? – A namorada ralhou. — Eu estava procurando você! O que houve?

— Espera! – Stark interrompeu o casal. — Alan, cadê o Danilo?

— Só sigam os gritos. Eu estava indo pra lá agora!

Foi tudo que Alan disse, e saiu na frente, seguido por Vanessa, Vickie e Stark.

Encontraram a seguinte cena:

Rachel conseguira se meter entre os duelistas. Heath com o rosto cheio de hematomas, curvado sobre as costelas. Danilo de pé, mas com o lábio partido e alguns hematomas pelo corpo.

— Deus, o que houve aqui? – Vickie chegou alarmada.

— Esse engraçadinho querendo dar uma e bom-moço aqui! – Danilo berrou sem se conter!

— Pode ganhar detenção, sabia!? O que é? Ficou maluco? – Heath berrou de volta. Os óculos tortos em seu rosto.

— Enfia sua detenção no...

— PAREM! – Vickie berrou.

Os dois bufaram e se impulsionaram um contra o outro outra vez. Stark se meteu, puxando Danilo e Alan, puxando Heath. Vickie correu e passou um braço ao redor da cintura de Rachel e Vanessa tomou as rédeas:

— TODO MUNDO PARADO AQUI! A PALHAÇADA ACABOU! – Danilo e Heath bufaram novamente, mas não tentaram mais nada. Vanessa prosseguiu. — VOCÊ! – apontou para Heath — NÃO TEM QUE NARRAR UM JOGO NÃO, Ô MANÉ? E VOCÊ? – virou para Danilo — NÃO DEVERIA ESTAR INDO JOGAR?

Todos pararam, impressionados com a capacidade e autoridade de Vanessa. Alan sorriu, gostando da imagem.

— Está certo! – Vickie implementou. — Vocês dois precisam ir é para um banheiro lavar essa cara, e rápido! Antes que a escola toda se espalhe e todos saibam que um aluno bateu no secretário por que ele estava dando em cima de uma aluna!

Heath pareceu cair em si. Alan o soltou quando percebeu que ele relaxou.

— N-não contem nada a ninguém! – Disse Heath quando se lembrou que tinha um emprego, e que não era aluno também. Olhou uma última vez para Danilo e para Rachel e deu meia-volta.

Em vez de ir para a escola, foi para o estacionamento. Subiu numa moto e saiu pela grade da escola.

Os amigos relaxaram um pouco, voltando todos a si mesmos. Vanessa foi até Alan e o abraçou. Stark apertou afetuosamente o ombro de Danilo, enquanto Vickie abraçava a amiga. Rachel tentou esconder o rosto no cabelo da loira, mas viu quando Danilo lhe lançou um olhar seriamente significativo.

— Eu... Vou me preparar por jogo. Todo mundo deve estar em campo agora... – Ele disse despregando os olhos da morena e saindo de perto do grupo.

— Mas não temos mais um narrador! – Rachel falou e sua voz tremeu ao notar isso.

— Que não seja problema! – Stark respondeu piscando para as meninas.

Alan riu achando que aquele dia entraria para a história.


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Notas finais do capítulo

Gente, prontas para o último capítulo?
Ai meninas... Nem sei o que dizer...



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