Amigos - a Melhor Aliança escrita por camila_guime


Capítulo 22
Raiva e Paixão - O amor é difícil... E lerdo!


Notas iniciais do capítulo

Meninas, eu não digo nada desse cap. a não sei:
GLÓRIA IRMÃO!
(leioam até o fim e vão me enetender...)



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22.

— É sério Stark! Eu não quero falar disso com você ok? – Vickie falava enquanto assuava o nariz na bandana do amigo.

— Dona Vicktoria, como a senhorita espera que ninguém faça nada? Quer realmente que eu fique de braços cruzados? – Stark ergueu uma sobrancelha e cruzou os braços, parecendo um bobo.

— E desde quando você, Ethan Stark, se importa?

— Não venha invertendo o jogo contra mim. Aliás, não te interessa se me importa ou não. O que importa é que você está um caco e eu estou bem aqui e você vem comigo agora!

O loiro não deu trégua, nem tempo, saiu da mesa do salão praticamente puxando Vickie pela mão. Stark cortou o ar pela porta do refeitório assustando Alanis e mais umas pessoas que por lá.

Enquanto passavam pelo pátio para chegar num outro prédio, Stark viu o francês que ele tanto odiava reparar na cena.  Não se intimidou e simplesmente segurou Vickie mais perto. Ela sequer reparou no motivo do braço de Stark ter parado na sua cintura.

— Stark, para! – Vickie dizia.

— Não. Você está comigo agora!

— E o que você pretende aprontar dessa vez? É sério: eu não estou a fim de ganhar detenção!

Stark olhou por cima do ombro e sorriu um sorriso cínico para Vickie, o que a deixou desconcertada. Sem opção, foi tropeçando e seguindo Stark até que chegaram ao terceiro andar do prédio da biblioteca e, claro, como era uma escola, estava assombrosamente vazio. Apenas o zelador estava na porta, dormindo numa cadeira.

Stark fez sinal para Vickie não fazer barulho e, como ela não queria represária, obedeceu mesmo a contragosto. Chegaram até a última cabine para estudos em grupo, que raramente era utilizada. Era uma sala quadrada e pequena, com um sofá de couro em forma de círculo e uma mesa no centro. Algumas estantes e luminárias.

Stark parou e deixou Vickie entrar enquanto ele fechava a porta. Ela desabou no sofá, enterrando o rosto nas mãos, desistente.

— Stark, por favor, o que você quer heim?

— Vickie, Vickie, Vickie... – O loiro suspirou e foi se sentar do lado dela. — Eu quero... Quero...

Ele enrolou. Sentia algo entalado na garganta, mas não sabia que palavras aliviariam esse bolo todo. Ele não sabia quase nada, exceto que tinha algo querendo sair...

— Eu não sei qual sua intenção, realmente. Mas me escuta! – Vickie recomeçou mais amena e beirando às lágrimas de novo. — Eu estou com um problema. Um problema MEU! E só meu! Não há nada que você ou Rachel ou qualquer outro possa resolver. É um problema comigo mesma, ok?

— É? Acontece que eu não acho! – Stark disse de súbito se aproximando de Vickie, que se encolheu com medo.

— Como é que é?

— É como eu disse Vicktoria. Não acho que seja um problema com você. Nem é problema seu... Quer dizer, não precisa ser se você não quiser que seja!

— Hã? – Disse ela debilmente.

— Ai, Deus! E depois eu é que sou o loiro burro! – Stark rolou os olhos.

— O que?

— Esquece Vickie. Eu não quis dizer nada, não foi sério. O caso é que seu problema sempre foi por causa daquele sebo francês que estava te importunando hoje, não é?

— HÃ?

— Você bebeu Vi?

— NÃO!

— Então vê se me entende! Um problema com você é um problema de todos nós. Por que um problema com você se torna um problema comigo, e aí eu fico estranho e, se eu fico estranho, a Rachel fica ainda mais triste por que, eu sei que sou a felicidade de todos! Daí, o Dani e o Alan percebem que está todo mundo triste e então FICA todo mundo triste!

Stark tagarelou enquanto Vickie estreitava os olhos tentando acompanhá-lo, mas tudo que ela conseguiu dizer no final foi:

  — HAN?

— AH, VICKIE, VOCÊ NÃO ENTENDE! – Stark largou os braços pro alto.

— SE VOCÊ PARASSE DE GRITAR! – Começaram a discutir.

— SE VOCÊ FIZESSE UM ESFORÇO PRA ME ENTENDER!

— ENTÃO POR QUE NÃO TENTA SER MAIS CLARO?

—Ta legal, vamos ver se entende...

Stark segurou Vickie com um braço em torno da cintura e a outra mão na sua nuca, a puxou para si com vontade e selou sua boca na dela. A loira pareceu ainda menor perto do quanto Stark pareceu forte.

Vickie tentou afastá-lo com as mãos, mas ele simplesmente não cedia e logo ela mesma teve que se dar por vencida e se entregou no beijo. Entrelaçou seus dedos no cabelo dele e o puxou para si. O beijo era quase explosivo de tão voraz.

“Cacete! O que eu estou fazendo?” – Stark pensou apavorado, mas não hesitou por causa disso.

“Deus! É O Stark! É O Stark! Não pode ser!” – Vickie repetia mentalmente tremendo na base.

Vickie sentiu seu coração se esforçando além do normal para continuar trabalhando enquanto perdia toda força no resto do corpo, tombando no sofá, o que fez Stark cair por cima dela.

“Meu Deus! Essa é Vickie!” – Stark repetiu mentalmente. “Eu estou pirando!”.

Stark teve que dar uma trégua e foi obrigado a parar de beijá-la para respirar. Perdeu totalmente as forças também. Vickie o sentiu diminuindo a velocidade até que ele pareceu amolecer sobre ela e, incrivelmente, seu peso não era incômodo. Os braços do garoto continuaram a abraçando.

Ambos abriram os olhos e deram de cara um com o outro. Estavam perceptivelmente amedrontados e rubros.

— Stark... – Vickie vacilou e notou que sua mão inconscientemente ainda acariciava a parte detrás nos cabelos dele.

— Acho que deu pra entender... – Ele murmurou quase sem voz. —Acho que entendi também...

— É. EU TAMBÉM! – Uma terceira voz falou atrás deles, os fazendo sobressaltar e se separar um do outro.

***

— BABY WHEN THE LIGHT’S GO AROUND!

— Rae! Para de cantar, por favor! – Danilo pediu tapando os ouvidos.

— NÃO DÁ! É DAVID, É DAVID!

A morena gritava, pois não ouvia a si mesma com os fones de ouvido.

— É, essa é minha capitã! – Vanessa disse rindo enquanto caminhava em direção ao campo de futebol da escola.

— Rachel é simplesmente viciada em David Gueta! – Alan riu enquanto abraçava a pequena ao seu lado. Rachel não sabia o que ele disse, mas sorriu e retribuiu ao abraço.

— Sua pequena é? – Danilo repetiu e Alan riu de canto, o que pareceu mais um sorriso de “não-vamos-começar-agora!”.

— Então galera: chegamos! – Vanessa disse ao se esparramar no banco da arquibancada. — Campo, doce campo! – Suspirou.

— GENTE, EU AMO ISSO AQUI! – Rachel gritou girando com os braços abertos em pé no assento.

— Raquetinha? – Danilo chamou e acenou chamando a atenção dela. — Não precisa gritar!

— O QUE?

Danilo ficou de é também e tirou os fones de Rachel falando ao ouvido dela:

— Fala baixo, amor!

— Ah tá! – Ela sorriu desajeitada e parou a música no MP. —Mas então, Vanessa, o que você acha de reunirmos as meninas amanhã às sete?

— Temos aula! – Alan respondeu por Vanessa.

— Não temos não! – Ela intercalou. — Lembra que somos livres para treinar na hora em que quisermos contando que a gente reponha as aulas?

— Bem, eu não sabia!

— Claro. Você não joga! – Danilo disse e um sorrisinho oblíquo surgiu em seu rosto.

— Por enquanto...

— Ainda persiste na ideia de entrar no time?

— Você não me conhece... Eu não desisto do que quero.

— Vai ser parada dura, eu aviso.

— Pode mandar o que quiser, capitão.

Rachel olhava para os dois e decidiu que era hora de intervir.

— Vanessita da minha vida, você pode ir falar com as outras meninas e dizer a hora para elas?

— Claro Rachel! Vou nessa! – Vanessa disse se levantando.

— Mas não precisa ser agora, flor!

— Que isso! Eu já ia para o quarto mesmo! Vou agora!

Vanessa enrolou seus longos cachos e prendeu com um lápis que tirou do bolso.

— Eu vou então com você! – Alan disse. Rachel e Danilo ficaram com os olhos arregalados. — Eu quis dizer que vou indo para o MEU quarto também... É o mesmo rumo que o dela na maior parte do caminho... Vou logo! – Ele deu de ombros.

— Tá legal! Até mais gente! – Vanessa acenou e foi lado a lado com Alan em direção ao prédio da escola.

— Sozinhos de novo Rae! – Danilo observou.

— Estamos ficando sozinhos muitas vez nos últimos tempos...

— Nossa! Isso quer dizer alguma coisa... – O garoto começou erguendo uma sobrancelha.

— Nem vem que não tem! – Rachel se levantou e se esquivou.

— Tem sim!

— Tem não!

— Eu sei que tem!

— Tem o que?

— Tem eu e você! – Danilo respondeu gaiato enquanto Rachel caminhava para trás no campo. Logo, começou a fugir dele.

— Por que você sempre me persegue? – A morena perguntou enquanto disparava pelo gramado.

— Ora, por que você vive fugindo!

Rachel encarou aquilo quase como uma ofensa. Fugir? Ela lá era mulher de fugir?

Parou de súbito com os braços cruzados fazendo Danilo bater de frente com sua bravura. É necessário dizer que eles caíram no gramado com tudo?

— Eu não fujo! – Ela falou assim que passou o susto do impacto.

Danilo olhou bem para o rosto dela sob o seu.

— Eu sei que foge... – Provocou.

Rachel se esgueirou e tentou sair debaixo do garoto, mas não estava conseguindo.

— Ah, me deixa sair...

— Vai me dizer que isso não é fugir? – Ele disse fazendo Rachel estancar.

— Você está em cima de mim, e estamos no campo de futebol! Querer ficar numa posição decente, não significa que eu quero fugir!

Danilo riu do tom que Rachel usou: medroso e acanhado.

— Tá bom, vai... – Abriu espaço para ela e a deixou se sentar “decentemente”.

— Dani, por que você sempre me... – Rae começou, mas engatou de vez.

— Sempre te o que?

— Me...

— Diz Rae! – Ele riu de canto.

— Por que você sempre me provoca e eu nunca fico com raiva? – Ela jogou pra fora.

Danilo, mesmo estando numa situação até comum com Rachel, se sentiu de repente esquisito. Era o tom dela. Não parecia que ela estava falando sobre algo qualquer. O que complicava as coisas...

— Ah... Eu acho que... Eu não sei Rae! – Ele se desconcertou.

Rachel sentiu a resposta dele ferver dentro de si. Não era o que ela queria como resposta. Não era o que ele realmente pensava. Isso era óbvio!

— É sério, Dani, me diz por quê? – Insistiu.

— Tente ser mais específica, eu vou tentar te responder. O que é exatamente que te acontece? – Ele tinha insegurança e medo na voz.

— Então você realmente não sabe em que sentido eu falo?

— Sinceramente? Acho que... Eu não sei.

— Arrisca!

— Mas e se eu falar uma coisa que não é o que você realmente sente?

— É um risco, mas não é impedimento!

— Mas... Não sei não... Por que você não tenta ser mais clara de uma vez?

— Por que eu sei que você entendeu o que eu quis dizer! Eu só quero ouvir de você de uma vez!

— Rae, eu não sei do que você está falando! – Danilo se levantou do gramado desajeitadamente. Rachel se levantou estressada.

— Claro que sabe!

— Já pensou que eu posso simplesmente não saber?

— OLHA QUEM ESTÁ FUGINDO AGORA!

— Eu não estou fugido nada, senhorita! – Danilo hesitou.

— Então por que não fala? O que custa dizer o que realmente acha?

— Custa que eu não sei exatamente o que você quer!

— ARGH! Mas é tão simples!

— Então qual é a dificuldade de VOCÊ me dizer?

— Por que eu quero que VOCÊ fale!

— Por quê?

— POR QUE EU QUERO, DANI!

Os dois se calaram subitamente, estressados. Porém, logo expiraram e se refizeram.

— Quer saber? Esquece! – Rachel disse virando as costas e saindo.

— Não, espera aí! – Danilo a alcançou pelo pulso.

— Vai falar?

— Por que a gente tá brigando heim? – Ele perguntou confuso.

Rachel sentiu a raiva subir e ao mesmo tempo descer de uma vez. Ouviu a voz da Vickie na cabeça dizendo o quanto os homens são idiotas.

— Nada, Daniquinho. Estamos discutindo por besteira! – Ela disse amena.

Danilo sentiu que ela não disse a verdade, mas achou que se não estava conseguindo entender, era melhor acreditar que isso deveria parar por ali mesmo.

— A gente faz algumas coisas meio idiotas às vezes! – Ele disse rindo e tirando por menos.

— É. Muito idiota, pra falar a verdade! – Rachel disse e Danilo concordou. Mal ele sabia o sentido do que ela disse.

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Notas finais do capítulo

Por favor, me digam algo!!!
*roendo.as.unhas!!!!



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