Amigos - a Melhor Aliança escrita por camila_guime


Capítulo 11
Sempre apaixonados!


Notas iniciais do capítulo

Hello Peaple!!!
Esse cap saiu pra satisfazer um pouco da vontade oculta (até parece!) de algumas de voces (e minha tbm, bem lá no fundo!)
Mudado um pouco da forma original graças a um toque de uma das leitoras (Vivi_Cullen33).
Obrigada honey V!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/102170/chapter/11

11.

Danilo optou por preto. Uma calça jeans escura, uma blusa preta de mangas com um paletó por cima. Descontraído e social ao mesmo tempo. Não se preocupou muito com o cabelo, pois, não adiantava o que ele fizesse, seu cabelo sempre voltava para o mesmo lugar. Vantagem quando se trata de certas ocasiões...


Assim, deu uma passada pela porta do quarto de Rachel, mas ela não estava pronta ainda. Então decidiu descer até o salão principal sozinho, ao “o que será, será!”. Porém, quando chegou, Stark dava suas últimas instruções ao DJ no alto de um palco, mexendo nos aparelhos e oferecendo um CD para o rapaz.


Logo, uma batida vibrante se encheu no ar.


— Mandou bem irmão! – Danilo disse assim que seu amigo desceu e se aproximou.


— É, pode dizer: eu sou o cara!


— Abaixa a bola, Senhor Humildade!


— Mas e aí? Cadê as garotas?


— A Vickie?


— Não necessariamente... – Stark respondeu desgostoso.


— IH, andaram se pegando foi? – Danilo perguntou zombeteiro.


— Antes fosse! – Suspirou. — A garota é meio...


— Forte demais para você?


Stark bufou indignado.


— Claro que não! Só que... Não temos... Química. Nunca dá certo!


— Vai ver é por que você ainda não testou a biologia, a física, o português... Quem sabe vocês tem matemática! Olha, geografia é uma boa: explorar as regiões...


— HAHAHA! – Stark riu falsamente. — Brinca bem, Dondoca, brinca!


— Parece que eu pisei no calo!


— É isso aí! Um perfeito calo chamado Vickie!


— Se a vida te dá um limão...


— Cuidado para não espirrar no seu olho! – Stark finalizou olhando fixamente para um lugar. Danilo se intrigou e olhou em seguida. Olhou para ficar completamente embasbacado.


Rachel vinha chegando na entrada do são com Vickie. Estava usando um vestido bem acentuado na parte de cima e com uma saia mais solta em baixo numa cor prateada. Uma fita preta passava embaixo do busto marcando cintura fina da garota. Seu cabelo estava mais liso e preso pela metade num penteado exótico.


Rachel se aproximou dele e o abraçou.


— Quanto tempo, não é? – Ironizou.


— Pois é! – Foi tudo que Danilo pôde dizer enquanto sorria debilmente.


— Viu passarinho azul? – Vickie perguntou. — Ou será que foi prateado?


— Talvez... – Ele continuava atônito.


— Nunca pensei que eu fosse ver o Dondoca tão impressionado! – Ela continuou. — Mas, fala aí, mandei ou não mandei bem? Eu sei produzir minha amiga!


— Ô se sabe! – Danilo disse antes que pudesse se conter. Rachel riu discretamente.


— Você está um gato! – Elogiou.


— Então vem miar... Quer dizer, dançar comigo! Depois ela volta pra você Vickie! Ou não...


O rapaz segurou a mão da morena e a levou para a pista. Rachel saiu deixando sua risada no ar. Estava tudo bem... Até que tempo fechou.


— Está olhando o que, estrupício? – Vickie perguntou rispidamente, sorrindo.


Stark a encarava direto, sem nenhum cuidado para ser discreto.


— Nada demais.


— Mas parece que tem. Não para de olhar.


— Estou só tentando entender... – Por um momento seu tom desceu e ficou sério, ainda a encarando.


— Entender o que?


Stark fitou Vickie milimetricamente, e, quando já estava farta disso, a garota estalou o polegar na frente dele, o despertando.


— Nada não, eu só estava pensando o que se faz quando a gente ganha um limão...


— HÃ?


— Nada, Vickie! Eu já disse que não estava pensando em nada! – Stark desconversou.


— Ok. Eu acho que vou me divertir um pouco. Tem mais coisa pra fazer do que conversar com um maluco!


Stark não se ofendeu, pois nem ouviu o que ela disse, apenas a viu saindo de perto dele e indo pro meio dos demais, começando a dançar.


“Não é tão fácil fazer limonada como se pensa...”.


***

Rachel sentiu os braços de Danilo se fechar ao seu redor quando a música se acalmou. À vontade, ela se deixou abraçar ao moreno e acomodou a cabeça em seu ombro, relaxando e fechando os olhos. Não importa o que isso parecesse para os outros.


“Somos amigos e nós sabemos disso!” – Ela pensou.


Notou um agradável cheiro de zimbro no paletó de Danilo e teve certeza de que esse cheiro ficaria guardado em sua memória, assim como tantos outros que se gravavam na sua pasta de sensações.


— Ahn... Rae? – Danilo chamou cautelosamente.


— Hum? – Ela continuou de olhos fechados.


— Você já... Por acaso... Tipo assim...


— Dani! – Rachel riu da falta de jeito dele.


— É sério, não me interrompa! – Ele ralhou de graça. — Não importa o quanto eu gagueje... – Brincou fazendo Rachel rir mais.


— Ok, então, a pergunta é... Você já se apaixonou? – Ele soltou sentindo todo seu rosto formigar.


— Ué? Por que está me perguntando isso? – Rachel disse encabulada.


Ela sentiu Danilo dar de ombros enquanto seu rosto ainda se acomodava ao lado do pescoço dele. Sentiu que ele riu um pouquinho nervoso.


— Talvez eu esteja... Curioso...


— Que curiosidade mais imprópria...


— E imprópria por quê? Não posso saber se minha melhor amiga já se apaixonou? Os melhores amigos costumam saber isso um do outro... – Ele se desviou fazendo Rachel o olhar de frente.


Ela pareceu incerta, mas sorriu de lado ao responder.


— Eu sou uma alma apaixonada Dani... Constantemente!


Danilo encarou o brilho marrom nos olhos dela e achou que foi a fuga mais inteligente e a frase mais bonita que ela podia ter dado. Com cautela, se aproximou dela colando suas testas e sorriu maroto.


— E você? – Ela indagou.


O sorriso de Danilo vacilou, mas não perdeu o jeito. Aproximou seus lábios dos de Rachel e, ao perceber que ela não desviou, beijou cinicamente o canto de sua boca, a fazendo rir de forma fugaz e voltar a dançar.


***

Vickie não se intimidava facilmente. Estava recebendo olhares quase que famintos o tempo todo, mas não se importava e continuava a dançar desinibida e sozinha. Dispensava todos os garotos que chegavam tentando acompanhá-la. Alguns até passaram a achá-la uma arrogante.


“FUCK YOU!” – Ela pensava divertidamente e, de pirraça, fazia movimentos provocando a atenção, mas esnobando o tempo todo.


Quando começou a tocar Money Honey, da Lady Gaga, se desinibiu ainda mais e ousou em passos mais programados. O vestido não atrapalhava, a final, ela sabia tomar conta deste detalhe.


“Damn, I love the Jag, the jet and the mansion (Oh yeah)”

“And I enjoy the gifts and the trips to the islands (Oh yeah)”

“It's good to live expensive”

“You know it, but my knees get weak intensive”

“When you give me k-kisses”


Stark a olhava de um canto, onde bebia reservadamente um coquetel de frutas. Estava se divertindo muito só de ver as caras dos palhaços que levavam um fora de sua amiga loira mal-encarada. Ninguém nunca esperaria uma reação dessas de uma menina de aparência tão angelical.


— Que ridículos! – Ele disse divertidamente quando o centésimo garoto foi enxotado. — Essa é minha garota!


Quando começou o refrão, Vickie pareceu ainda mais solta. Stark resolveu investir. Os idiotas veriam como se doma uma doninha daquela.


“... When you give me k-kisses”

“That's money honey”

“well I'm your lover and your mistress”


O garoto foi se aproximando percebeu que Vickie o notara, mas não se intimidou, chegou até ela e a pegou pela mão, trazendo-a até ele.


“That's money honey”

“When you touch me, its so delicious”


Vickie girou e tentou se sair, dançando de costas, ignorando-o, mas Stark se juntou a ela e abraçou sua cintura. A garota quase ficou sem ação. Quase.


“That's money honey”

“baby when you tear me to pieces”


Stark sorriu se dando por vencedor, mas aí foi sua vez de ficar surpreso quando Vickie entrou na sua dança, se virando para ele e passando os braços ao redor de seu pescoço.


— Isso é rendição? – Ele perguntou. Vicktoria riu:


— “That's money honey”!


***

Danilo levara Rachel para a entrada do são ao final da música. Ela estava ofegante e cansada, e ele ria só de lembrar que Rachel não dançava tão inocentemente quanto agia ao natural. Já deveria até ter imaginado isso, mas a comprovação foi muito melhor.


— Olha, até que eu não gostava, mas depois desta, vou tocar mais Lady Gaga quando estiver com você! – Disse ele zombeteiro.


— Fique à vontade. Eu vou ficar!


— Você parece bem feliz. – A frase de Danilo foi inocente, um comentário observador, porém, assim que ele disse, o sorriso de Rachel esmaeceu.


— E estou. – Ela respondeu tristemente.


Danilo ficou confuso e tentou perguntar o que era, mas aí ele viu o que Rachel estava olhando.


— Ah, entendi. – Ele falou condescendente.


Alan vinha caminhando da entrada da posada em direção ao salão. Estava vestido como que para a festa, mas isso só aumentava a estranheza sobre o fato de ele ter sumido quase o dia inteiro.


— Você aguenta firme? – Danilo sussurrou para Rachel, que assentiu tentando fingir que estava inabalada.


— Boa noite! – Alan disse naturalmente.


— Fala aí, cara! – Danilo e ele deram um toque de mão e um meio abraço.


— Essas músicas não são do...


— Stark. – Rachel intercalou tentando soar natural.


— Legal. Virou DJ agora! – Alan sorriu.


— Não. O Stark não é bem desses de mudar... – Rachel falou.


Danilo sentiu a tensão da garota e lançou um olhar significativo para Alan, que assentiu entendendo.


— Rae, eu vou indo beber alguma coisa, já volto pra você! – Danilo deu um beijo na bochecha da amiga e um tapinha no ombro de Alan. Logo, estava de volta ao interior do salão.


— Então... O Stark te deu meu recado? – Alan perguntou.


— Deu.


— Você parece ter ficado brava mesmo assim.


— É?


— É. – Alan tentou continuar paciente. —Você não vai mais falar comigo?


— Não.


— Esse não foi um NÃO mesmo, ou uma negação à afirmação “não vou mais falar com você?” – Ele quis saber sinceramente, mas Rachel não respondeu pensando que era uma tentativa de confundi-la e fazê-la sorrir. — Pelo visto não vou poder te chamar pra dançar...


— Certo.


— Então o papo é apenas respostas lacônicas?


— Pra você ver como é bom não ouvir o que a gente quer!


— Glória irmão! Por um momento pensei que Você tinha perdido seu vocabulário todo!


— Não tem graça, Alan! – Ela falou secamente.


— Desculpe, eu sei... – O garoto tentou se redimir. — A gente pode ao menos sentar em algum lugar pra conversar? Não vale à pena ficar com raiva assim, sem tentar se entender antes.


Rachel olhou bem nos olhos do garoto, seriamente, sem nenhum pingo de divertimento ou alegria. Alan se sentiu quebrando por dentro, mas mesmo assim segurou o ombro de Rachel de leve e a conduziu até um banco no jardim.


— Então? – Ela falou assim que se sentaram.


— Então o que você quer saber?


— Você sabe o que eu quero saber, Alan. Não vou mais aturar evasivas suas, e não quero saber de resposta sem fundamentos. Isso é sério.


— Eu sei que é.


— Então pode começar ou você realmente não pode me dizer?


— A realidade é que eu não posso mesmo... – Ele confessou derrotado.


— Ótimo. Eu não sou confiável o suficiente?


— Não! Você sempre foi meu baú de segredos, você sabe disso. – Alan disse apressadamente.


— Certo, então me diz quando foi que eu deixei de ser! Não! Diz POR QUE eu deixei de ser?


— Por que eu sou um perfeito tapado, Rae!


— Essa não é a resposta que eu quero.


— Mas é a minha verdade.


— Até que você realmente está se tornando um tapado. Anda aprendendo com quem? O Rei dos Idiotas? – Rachel perguntou farta e magoada por dentro, mas se firmando na sua dor de forma a não desmoronar.


— Não, acho que eu sempre tive um idiota guardado em mim, mas, acredite, eu tenho meus motivos...


— Você anda cheio de mistérios, com ocupações que todo mundo desconhece! Você manda recados pelo Stark com medo de me encarar! Você anda ocultando coisas de mim sendo que eu sempre fui sua única companhia! Que cacete de motivo é esse que justifica meu melhor amigo estar se tornando um imbecil? – A garota explodiu.


— Um motivo medíocre e sem importância perto do valor da sua amizade, mas infelizmente é um bom motivo!


— Você está se contradizendo, Alan! – Ela exclamou. — Ouça a si próprio!


— Eu sei, Rachel. Eu sei que eu estou te irritando e te magoando, mas acredite que se eu pudesse evitar, eu evitaria!


— E POR QUE NÃO PODE? É tão fácil! É só me contar.


— Mas é isso que eu não posso fazer... – Ele repetiu insistente.


— Então me diz, Alan, me diz o que você quer que eu faça? Que ponha um sorriso satisfeito no rosto, só por que você aparece à hora que quer, ocultando o que quer? E você ainda acha que eu posso continuar tranquila e feliz?


— Não. Eu sei que isso não fá pra fazer. Mas você poderia confiar em mim e quando eu digo que está tudo bem. Que só o fato de eu não poder contar algumas coisas para você, não significa que eu não possa ficar na sua presença. Você poderia confiar um pouco em mim.


— Sinto muito, Alan, mas não posso. Se alguém não me dá um voto de confiança, como é que eu vou confiar de volta? Ainda mais você, que estraçalhou a confiança que eu lhe tinha. Já ouviu dizer o quanto ela é frágil?


— Sinto muito... – Ele disse sem mais argumentos.


— É. Eu sinto também.


Rachel esperou exatos três segundos, crente de que pelo menos ele falaria algo a mais, porém, em frente à covardia dele, ela virou a costa e se afastou marchando em direção ao salão.

----

Eu prometo que qualquer coisa ruim, no cap que vem melhora! ok?

Mila.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Thanks my peaple!
E como foi?
Opiniões please!!!

Mila.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amigos - a Melhor Aliança" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.