How Can I Say, I Dont Love You? escrita por Baby-V


Capítulo 16
Vulnerable


Notas iniciais do capítulo

Err *veste a armadura* Não me matem pelo que vai acontecer, uma hora o mar de rosas ia acabar de qualquer jeito.



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Melanie tomou consciência de tudo pouco a pouco. Da dor insistente em sua cabeça, do corpo pesado como chumbo, de sua nudez e, para o seu terror, de Frank, deitado ao seu lado.

Por instinto, prendeu o lençol a seu peito e tentou se cobrir como pôde. Como tinha ido parar ali? O que tinha acontecido?  Simplesmente não conseguia responder a essas perguntas e sua cabeça parecia doer mais toda vez que tentava se lembrar de algo.

– Caralho, que dor de cabeça. – Frank praguejou acordando – Melanie? O que aconteceu?

– V-você não lembra?

Frank arqueou uma sobrancelha, mas foi como se a lágrima silenciosa rolando pelo rosto da garota ao seu lado tivesse feito seu cérebro trabalhar mais rápido e ele logo entendeu o que tinha acontecido. Não lembrava de nada depois de tomar aquele maldito refrigerante.

– Calma, eu desconfio de como a gente veio parar aqui e se eu estou certo, não aconteceu nada, ok?

– C-como pode ter certeza?

– Eu nunca bebi a ponto de não perceber esse tipo de coisa e...a gente sabe. – ele pôs as mãos sobre a cabeça dolorida tentando encontrar um jeito de falar aquilo, era óbvio que ela choraria ainda mais a qualquer descuido e não tinha certeza de como lidar com a situação – Você...Você está se sentindo, sei lá... diferente? Não sei como é pras garotas, mas acho que você perceberia.

Melanie respirou fundo tentando se acalmar, mas as lágrimas ainda caíam lentamente pelo rosto até chegar ao colo enquanto avaliava seu próprio corpo. Depois de um tempo chegou a conclusão à conclusão de que não havia nada diferente e aquilo a aliviou um pouco, muito pouco.

– O que aconteceu?

Frank se sentou na cama e passou as mãos pelo rosto até o cabelo. De longe aquela era pior ressaca que já tinha tido e algo lhe dizia que o dia mal tinha começado.

A dor na cabeça piorou.

– Eu não me lembro de nada depois de tomar aquele refrigerante, e você? – ela negou com a cabeça – Droga, eu dei mole! – praguejou de novo e saiu da cama pra procurar suas roupas, se esquecendo no momento da raiva que havia uma quase estranha completamente confusa no mesmo quarto – Foi mal... err, fecha os olhos.

Ela não só obedeceu, como se encolheu embaixo do lençol branco. Algo naquela situação deixou Frank desconcertado. Quando viu Melanie antes, não teve a impressão de uma garota tão frágil e algo lhe dizia que ela não era sempre assim.

“Por eu ela tinha que ficar tão vulnerável logo na minha mão?”

Depois de terminar de se vestir, procurou pelas roupas dela e ficou de costas para que ela pudesse se vestir o que levou certo tempo, já ela parecia ter dificuldades até pra se manter de pé. Era definitivamente uma situação estranha, mas Frank tinha pelo menos uma boa idéia de quem cobrar a conta.

– Onde a gente está? – perguntou meio grogue, ela se apoiava na parede pra se manter de pé e olhava para todos os lados como se tentasse reconhecer qualquer coisa. – Onde a gente está, Frank?

– Eu...eu acho que na casa da festa. – ele olhou em volta e deu uma abriu a cortina da janela – Ou isso ou um furacão passou pelo quintal.

Melanie começou a chorar ainda mais, simplesmente não conseguia conter as lágrimas. Estava angustiada, perdida e acuada. Sentia cada vez mais como se Frank estivesse muito distante para ajudar, mas pelo menos isso mudou quando ele impediu que escorregasse até o chão no momento em que suas pernas perderam a pouca firmeza que tinham.

– Me leva daqui? – suplicou – Me leva pra casa... por favor?

– Calma, eu te levo. Mas calma tá? – ela assentiu – Segura em mim, vamos sair daqui.

Ela passou o braço por seu pescoço e ele a segurou firme pela cintura. Por um momento Frank imaginou por que Melanie não tinha desconfiado dele nem por um momento, afinal ele havia lhe dado a bebida, mas chegou a conclusão de que ela apenas não mais ninguém em quem se apoiar naquela hora e aquele não era o momento pra explicações. Sua própria cabeça doía demais pra isso, apesar de ser óbvio que o quer que tivessem colocado no refrigerante estava tendo um efeito bem mais forte sobre ela.

Quando já tinham desviado das pessoas inconsciente no corredor e terminavam de descer a escada, Melanie enrijeceu e ele não demorou a descobrir por que. Gerard os encarava da porta da cozinha, tinha uma olhar frio e nada surpreso por vê-los ali. Foi então que Frank soube que as coisas só piorariam.

– Gerard. – ela murmurou tentando ir à direção dele, mas foi impedida – Pode me soltar, Frank.

– Melhor não. – disse correspondendo ao olhar frio que recebia. Já imaginava o que estava passando pela cabeça de Gerard e parecia lógico, mas algo o impelia a defender Melanie, aquilo era injusto com ela.

– Se divertiram? – perguntou com um sorrisinho irônico – Eu vi vocês dois mais cedo.

– Gee, eu não sei o que aconteceu...eu...

– O que aconteceu é bem óbvio, não acha? – Ashley disse surgindo da cozinha e colocando os braços em volta de do pescoço de Gerard com uma intimidade que teve o efeito de um golpe para Melanie.

– Não, não é verdade...eu não fiz nada, eu ...eu não me lembro de ter feito.

Frank sentiu o sangue quente ao ver o sorriso de Gerard aumentar enquanto ele correspondia as carícias da loira oxigenada. Ele não estava vendo o estado da namorada?

– O que está acontecendo aqui? – a voz de Ray chamou a atenção de todos para a porta, ele ainda tinha a mão na maçaneta e só não parecia mais confuso que Melanie com toda aquela cena. – Frank, o que a Mel tem? Ela está bem?

– Não. Será que dava pra levar ela pra casa? Eu ainda tenho umas coisas pra resolver aqui.

Sem fazer mais perguntas, Ray foi até a amiga e a recebeu nos braços com todo o cuidado. Ele secou o caminho de lágrimas em seu rosto enquanto a fitava com preocupação.

– Meu Deus, com essa carinha acho melhor levar ela pro hospital.

– Sério? – surpreendentemente, a pergunta tinha sido de Gerard.

Frank arqueou uma sobrancelha pra ele.

– Você achou que ela estava fingindo? – perguntou indgnado.

– Eu vi vocês. – respondeu com menos certeza do que gostaria.

– Você não viu porra nenhuma Way!

Ray fitou os dois, irritado, mas decidiu que Melanie era a principal preocupação naquele momento então pegou a amiga já inconsciente no colo e saiu dali sem esperar pra ver o resultado da discussão entre eles, mas depois ia pedir muitas explicações.

Gerard desviou o olhar para ela por um momento e Frank se aproveitou da distração para se aproximar rapidamente e lhe dar um soco que o derrubou no chão e rendeu um grito agudo de Ashley que até aquele momento ostentava um sorrisinho irritante no rosto. Aquilo piorou a dor de cabeça e tinha machucado sua mão, mas tinha valido a pena, estava menos irritado.

– Eu já conheci muitos idiotas, mas você conseguiu superar todos. – disse para o moreno que o encarava atônito com um filete de sangue no canto da boca – Essa vadiazinha aí me deu dois copos de refrigerante e disse que um era pra nossa amiga, a Melanie. Essa é a última coisa que eu me lembro antes de acordar numa das camas dessa casa hoje.

– V-você pode estar mentindo.

– É isso mesmo Gee. – Ashley interferiu – Ele está mentindo!  – ela se abaixou arar tentar cuidar dele, mas foi repelida.

– E o que eu ganharia com isso loirinha? – Frank perguntou encarando os dois por cima – Se meu plano era ficar com namorada dele, tudo que eu precisava fazer, era deixar ele acreditar nessa sua baboseira.

– Mas...ela estava estranha. – Gerard tentou argumentar.

– Conheço a Mel há um dia e sei que ela não seria capaz de fazer isso. – ele respirou fundo e se direcionou a saída, mas antes de sair completou – Não posso dizer o mesmo de você.


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Notas finais do capítulo

Triste, mas necessário.

Tentem comprender o Gerard, quanto a Ashley podem matar. Brincadeira!

Então, devo continuar? x)



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