Lwu escrita por Mandy-Jam


Capítulo 1
Capítulo 1 Um caso bate á porta


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo da fic! Espero vários reviews!
E espero que gostem também...



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Lá estava eu... Sentado no escritório junto com meus parceiros de trabalho naquela noite fria e comum. Os negócios não estavam com muito movimento naquele dia, eu lembro. O telefone não tinha tocado nenhuma vez e nós estávamos entediados.

Olhei para meus parceiros um por um, observando bem os detalhes. Primeiro Kisshu; Ele estava sentado naquela cadeira que gira e observava a janela com uma expressão taciturna e apagada. Seu cabelo verde quase não brilhava sob a luz amarela do abajur de mesa.

Depois olhei para Taruto; Ele não era bem um parceiro de trabalho... Até porque era muito novo para isso... Mas ele ajudava a gente fazendo anotações. Na ocasião ele estava desenhando no seu caderninho para se distrair.

Por último Pai; Ele era o responsável do grupo e como sempre estava organizando os arquivos que estavam sobre sua mesa. Todos os meus parceiros estavam vestindo as roupas de costume: Kisshu estava com sua camisa branca com suspensórios, Taruto com social preta com suspensórios brancos e Pai com seu sobretudo.

O silêncio mortal de repente foi quebrado por Kisshu.

“Ah Meu Deus! Que garota linda lá embaixo!” Falou ele

“Sério?” Perguntei distraído

“Não. Só falei pra quebrar o silêncio...” Disse e mexendo os ombros de um jeito que significava “tanto faz”.

Kisshu estava bem incomodado. Eu o conhecia bem o suficiente para saber que ele devia estar se mordendo por dentro. Ele gostava muito de ação. E foi por isso que se juntou á nós.

“Será que é impossível você largar os documentos? Você vive trabalhando até mesmo quando nós não estamos em serviço!” Reclamou Kisshu com Pai.

“Alguém tem que trabalhar” Respondeu ele sem tirar os olhos dos papeis.

“E você acha que eu não queria um serviço agora?! Aceitaria com todo o prazer!” Sorriu ele.

Depois mais um pouco de silêncio...

“Afinal... Que papéis são esses?” Perguntou ele á Pai

“São os relatórios dos últimos casos que pegamos. O caso Meyer, o caso Steve...” Respondeu prontamente “E alguns outros. Precisam ser organizados.”

“Claro... O que está desenhando Taruto?” Perguntou Kisshu olhando agora para o garoto sentado em uma cadeira perto da porta de madeira do nosso escritório.

“Estou nos desenhando... Olha só” Ele sorriso e mostrou o desenho.

“Ah... Eu por acaso não sou mais bonito do que isso aí?” Perguntou Kisshu.

“Não acho não.” Respondeu Taruto e voltou a desenhar.

“Que saudade de um caso...” Disse Kisshu girando a cadeira novamente para frente da janela. Ele levantou as persianas e olhou para a rua. Estava deserta.

“Nesse ritmo nós não vamos ter ação tão cedo...” Decepcionou-se Kisshu “Espera!”

“O que foi dessa vez?” Perguntei

            “Olha! É uma garota linda ali!” Falou ele

            “Ah... Está bem... Inventando de novo...” Resmunguei olhando para o teto

            “Mas dessa vez é a pura verdade! Meu Deus... Acho que me apaixonei. Vestido vermelho, casaco branco, cabelos ruivos, salto alto, andando com pressa... Ah... Vem pra cá, vem?” Ele sorriu torto. Eu sabia que dessa vez era verdade pelo brilho estonteante de seus olhos.

            “Nossa! Ela está mesmo vindo para cá!” Alegrou-se ele.

            “Quem é ela?” Taruto perguntou olhando para mim. Ele sabia que eu teria um palpite e que eu provavelmente iria acertar. Como fazia com todos os nossos clientes.

          “Pelas roupas que ele descreveu, ela tem dinheiro. Seu marido deve ter um bom emprego, ou ela deve ser de uma família rica... Ela é jovem, Kisshu?" Perguntei.

  “Parece ter a nossa idade” Respondeu ainda olhando para a janela

          “Então pode ser presente de um noivo...” Falei.

“Ah... Noivo não! Não fale isso, por favor.” Choramingou ele.

  “Controle-se.” Falou Pai “Se está vindo para cá mesmo, ela deve ser mais uma cliente.”

“Verdade...” Disse.

“E lá vem ela... Deve tocar a campainha em segundos.” Disse Kisshu.

                Confirmando o que ele disse a campainha tocou. Só podia ser ela.

                “Permitam-me!” Kisshu pulou da cadeira e andou de um jeito elegante até a porta.

                Pai revirou os olhos e continuou separando os papéis. Eu esperei até ela entrar para poder vê-la melhor.

                “Com licença... Aqui é a Organização Let with Us?” Perguntou ela delicadamente.

                “Sim, sim. Está no lugar certo. Entre e sente-se em uma daquelas poltronas. Vai se sentir mais confortável.” Sorriu Kisshu de um jeito delicado.

                “Obrigada. Com licença.” Disse de um jeito doce e encantador.

                Kisshu fez o sinal e ela entregou-o seu casaco de peles branco. Ele o pendurou na porta-casaco. Ela sentou-se na poltrona que tinha á frente de minha mesa e da mesa de Kisshu.

                “Meu nome é Aoyama Masaya, sou um dos detetives da organização. O outro seria o meu parceiro, que abriu a porta para a senhorita.” Apontei para Kisshu.

                “Meu nome é Kisshu, senhorita.” Sorriu ele. Kisshu estava encostado na parede do me lado direito.

                “Fico encantada em conhecê-los. Meu nome é Ichigo Momomiya.” Sorriu ela timidamente.

                “É um grande prazer conhecê-la, senhorita Momomiya.” Disse Kisshu

                “Podem me chamar de somente de Ichigo. É mais conveniente.” Disse ela.

                “Certo, Ichigo.” Concordou Kisshu.

                “Então, senhorita Ichigo... Como podemos te ajudar?” Perguntei

                “Bem... Para falar a verdade eu não tenho muita certeza se vocês podem me ajudar... Mas eu ouvi falar tão bem da Let With Us, que eu resolvi tentar.” Começou ela

                “Posso lhe garantir que faremos tudo que for possível para resolver o seu problema.” Disse Kisshu.

                Como era idiota... Desmanchava-se por qualquer garota bonita.

                “Vocês conhecem o Mew Mew Grand Palace?” Perguntou ela dirigindo um olhar para mim e para Kisshu.

                Nós fizemos que “sim” com a cabeça.

                O Mew Mew Grand Palace era um lindo lugar. Era do tamanho de um teatro enorme, onde você podia almoçar, jantar, ou simplesmente comer alguma sobremesa com a maior elegância possível e ainda por cima, com uma vista privilegiada para o palco onde tinham vários e vários shows. Cantores e cantoras, músicos... Era o sonho de todos se apresentar lá.

                “Ah, então conhecem.” Sorriu ela “É que eu trabalho lá como cantora com mais duas garotas.” Explicou ela.

                “Deve cantar muito bem.” Elogiou Kisshu. Ele, de jeito nenhum, perderia a oportunidade de elogiá-la.

                “Ah... Nem tanto assim...” Ela sorriu e seu rosto ficou um tanto vermelho.

                “Tenho certeza que se você não cantasse bem não estaria lá no Grand Palace. Deve ter uma voz formidável.” Continuou ela.

                “Obrigada, mas meu trabalho não é muito importante nem nada. Não mereço tanto crédito.” Falou ela humildemente.

“Desculpe, mas tenho que discordar. Até mesmo um lugar maravilhoso como o Grand Palace precisa de uma boa atmosfera musical senão, não seria assim tão maravilhoso. Em minha opinião, talvez seja por causa disso que o Palace seja tão famoso... Mas me diga, Ichigo, qual o nome do dono do lugar mesmo? Não consigo me lembrar.” Falei antes que Kisshu continuasse com seus elogios.

“Ryou Shirogane.” Falou ela. Antes ela estava sorrindo e descontraída, mas quando perguntei isso ela começou a parecer um tanto incomodada “É por causa dele que eu vim aqui...”

“Aconteceu alguma coisa?” Perguntou Kisshu agora em um tom mais profissional, mas sem perder seu ar de delicadeza.

“Para falar a verdade, sim. Ryou Shirogane é o meu noivo e eu...” Sua voz sumiu e ela começou a encarar o chão.

Olhei para o lado onde Kisshu estava encostado na parede. Ele lançou para mim um olhar que eu conhecia muito bem. O olhar de: “Você tinha que estar certo, não é?!” Achava isso muito engraçado. Ele odiava quando eu estava certo...

“Então acho que devo te dar os meus parabéns.” Falei sorrindo.

“Ah... Obrigada.” Ela não parecia tão entusiasmada assim com a idéia de ter um noivo, mas prosseguiu “É que eu acho que ele está envolvido em um grande problema.”

“Estamos aqui para ouvir.” Falou Kisshu encolhendo os ombros “Pode falar.”

“Vocês sabem sobre...” Ela olhou para os dois lados, como se quisesse ter certeza que ninguém estava ouvindo “... O diamante azul?”

Eu e Kisshu piscamos os olhos um pouco antes de entender bem.

“Ahn... Você quer dizer, o diamante mais caro do mundo?” Perguntou Kisshu perplexo.

“Na verdade, sim.” Falou ela um pouco desconfortável “É que... O dono do diamante é um grande amigo do meu noivo.” Toda vez que ela dizia noivo Kisshu me fuzilava com o olhar.

“E o que tem isso?” Perguntei tentando entender.

“Tem que ele vem passar alguns dias na cidade e, para ter certeza de que o diamante vai estar á salvo, vai deixá-lo no cofre do Palace.” Continuou.

“Mas o cofre do Palace tem a reputação de ser o mais seguro de toda cidade. Nunca ninguém roubou nada de lá.” Falou Kisshu.

“Isso porque nunca ninguém tentou roubar nada de lá.” Enfatizou Ichigo.

“Acha que vai ser roubado?” Perguntei.

“Com toda certeza que sim. Até por que... Vocês já ouviram falar do...” Ela olhou para os dois lados de novo e eu e Kisshu chegamos mais perto para ouvi-la “Deep Blue.”

“O mafioso?!” Kisshu perguntou isso um pouco alto demais por causa da surpresa.

“Sh!” Todos fizeram isso ao mesmo tempo, e Kisshu colocou as mãos na boca.

“Conte tudo para nós. Não vai ter problema nenhum.” Sorriu Taruto chegando perto da minha mesa e preparando seu caderno de anotações.

“Não se preocupe. Nós já lidamos com muitos casos complexos e com sucesso. O seu também não vai ser problema.” Disse Pai de sua mesa do outro lado do escritório.

                Ele levantou e andou com os papéis que estava organizando até um ficheiro que tinha ao lado da mesa de Kisshu.

                “Meu nome é Pai, e sou o coordenador da LWU. Este aqui é Taruto. Ele trabalha com as anotações auxiliando o trabalho dos detetives. Estamos a sua disposição.” Falou Pai sempre com sua expressão séria, porém reconfortante.

                “Taruto também faz um chá muito bom, não é mesmo?” Brincou Kisshu.

                Taruto fez uma careta para ele, e Ichigo deu um risinho de leve colocando delicadamente sua mão sobre os lábios.

                “Certo. Na verdade, eu não sei muito... Só sei que, esse antigo amigo de Shirogane sempre trabalhou com coordenação de trabalhos arqueológicos. Um dia desses, ele estava junto com sua equipe e encontrou o tal diamante. Depois disso, ele era capa de todos os jornais com: Homem mais rico do mundo, e todos sabem que essa atenção toda nunca é boa. Deep Blue e sua gangue começou a correr atrás do diamante.”

                “Uhm...” Fez Taruto anotando tudo que ela dizia “Continue.”

                “Eu só sei que ele passou por muitos perigos e muitos... Ahm, ‘acidentes’ aconteceram. Com a intenção de ajudar, Shirogane falou para ele guardar o diamante aqui no Palace, pois acha que ninguém vai roubá-lo.” Continuou.

                “O diamante já está lá?” Perguntei. Estava prestando muita atenção á tudo que ela dizia. Era um caso interessante.

                “Sim. Para falar a verdade, creio que chegou ontem de noite.” Refletiu ela “Mas... É que o amigo de Shirogane...”

                “O que houve com ele?” Perguntou Kisshu.

                “Ele sumiu. Parece meio cedo para falar que ele sumiu, mas... A última vez que eu o vi foi ontem quando o diamante chegou. Liguei para ele hoje o dia inteiro, mas nada. Ele não está no hotel. O pessoal do hotel falou que ele saiu de manhã e não voltara até agora.” Disse preocupada.

                “Estranho...” Murmurou Taruto concentrado em suas anotações.

              “Nem tanto assim.” Falou Kisshu.          

             Ele me lançou outro olhar que eu também já conhecia. Era o de “Sabe muito bem o que eu estou pensando” e era verdade. Eu assenti em silêncio.

            “Eu... Eu... Eu não quero que nada aconteça á eles... Á Ryou, á Keiichiro, á nenhum deles...” Ela deixou uma lágrima escapar.

“Acalme-se...” Disse eu enquanto Kisshu limpou delicadamente sua lágrima.

“Escute.” Disse ele olhando para os olhos dela “Não vou permitir que nada aconteça com você e nem com eles ouviu? Nada mesmo! Na verdade... Nós não vamos deixar.” Ele lembrou-se de que trabalhava em equipe.

“Mas...” Disse ela olhando para Kisshu com seus olhos cheios d’água e eu sei que isso derreteu o coração dele. Se na agüentava ver uma garota bonita, imagina uma garota bonita chorando.

“Ei! Você veio ao lugar certo. Nós já estamos acostumados á cuidar desses criminosos, e nós sempre os mandamos de volta para o lugar deles!” Ele piscou para ela “Pode deixar tudo com a gente.”

“I... Isso quer dizer que...” Ela parou de chorar.

“Isso mesmo! Vamos pegar o seu caso senhorita Momomiya!” Falou Kisshu animado com a idéia.

“Obrigada mesmo! Eu estou tão feliz... Espero tanto que peguem eles para que eu e meu noivo possamos ficar em paz!” Ela abraçou Kisshu.

“Noivo...” Choramingou Kisshu.

Ichigo o soltou e perguntou: “Desculpe... O que disse?”

“Eu disse que você e seu noivo vão ficar bem.” Ele não conseguiu falar a palavra noivo direito e eu ri baixinho sem ninguém notar.

Ela se levantou delicadamente e apertou nossas mãos.

“Então... Venham amanhã para o Palace. Mas sejam discretos, por favor... Ryou não sabe que falei com vocês. Ele não é do tipo que pede ajuda para resolver problemas como esses... Acha que consegue lidar com tudo sozinho. Por isso... Vai ser o nosso segredo, certo?” Ela colocou o dedo indicador sobre os lábios em um sinal de silêncio.

“Deixe conosco” Disse Pai

A senhorita Momomiya pegou seu casaco e foi embora com o mesmo charme e sutileza que demonstrou ao chegar. Era uma garota encantadora realmente... Tinha que admitir.

“Bem, então parece que temos um novo caso.” Falou Pai olhando a porta pela qual Ichigo foi embora.

“Que bom!” Comemorou Taruto “Kisshu? Não vai comemorar também?”

“Ela tem um noivo... Masaya seu desgraçado... Por que você sempre tem que estar certo?!” Choramingou Kisshu.

Eu me limitei a rir e então olhei para ele.

“Tem muitas outras garotas por aí, sabia? E quer saber... Deveria comemorar pelo menos a chegada de um novo caso.” Dei uns tapinhas nas costas dele.

“É verdade! Nós temos um caso!” Animou-se “Taruto?”

“O que?” Perguntou ele feliz.

“Vá já fazer o seu famoso chá!” Falou ele ainda animado.

“Você é mesmo um idiota...” Resmungou Taruto.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Espero por reviews!



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