Brainstorm escrita por Lf235


Capítulo 2
Capítulo 2 - Perguntas


Notas iniciais do capítulo

Betado por Lubea



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Negrito - gritos

Katsuo continuou conversando com Mariko e descobriu que se não tivesse mais nenhuma dor de cabeça até o dia seguinte estaria liberado para voltar para casa. Animado com a notícia, decidiu saciar sua curiosidade sobre a doença, e perguntou à Mariko o que os médicos haviam descoberto sobre ela.

- Já sabemos muito bem quais são os sintomas: dores fortes de cabeça, desorientação, desmaios e períodos de coma variando entre três dias e uma semana, como foi o seu caso. Todos esses sintomas parecem estranhamente se curar sem ajuda médica, os pacientes ficam em observação e os sintomas vão desaparecendo, como você deve ter percebido. Não há muita coisa que os médicos possam fazer. As enfermeiras têm trabalhado mais do que os médicos, tentando agradar todos esses pacientes confusos.

- Mas e as causas Mariko? – perguntou o ainda curioso Katsuo.

Mariko deu um suspiro e disse desanimada:

- É isso que mais vêm preocupando os médicos, não há causas aparentes. Não há nenhuma conexão entre as pessoas afetadas. Milhares de pessoas estão sendo afetadas e não há um porquê para isso!

Mariko ficou pensativa por um instante, com uma expressão triste, Katsuo notou a tristeza de sua enfermeira e a abraçou, surpreendendo-a.

- Fique calma Mariko, isso vai acabar, vão achar uma causa para essa doença e logo vai haver uma maneira de impedir que as pessoas sejam infectadas. Além disso, essa doença não é letal e pelos sintomas que ela apresenta não parece haver um grande risco para a população. Isso logo vai acabar.

Mariko e Katsuo ficaram abraçados por um instante, até que a enfermeira se acalmou e disse que precisava ir ver os outros pacientes. Antes de sair do quarto deu uma ultima olhada em Katsuo, que a observava preocupado e disse:

- Não se preocupe comigo, concentre-se em se recuperar, lembre-se de que se você passar bem à noite você volta pra casa amanhã.

Porém naquela noite Katsuo teve uma fortíssima dor de cabeça, ainda mais forte do que a que o havia feito desmaiar, no entanto ele não desmaiou, desejou que pudesse desmaiar para cessar a dor em sua cabeça, queria perder os sentidos, mas seus desejos não foram atendidos. Passou a noite gritando de dor, sentindo como se sua cabeça estivesse derretendo, ele não conseguia ver ou ouvir nada, não percebeu quando os médicos e Mariko, todos em pânico, tentavam acordá-lo sem sucesso, não viu Mariko chorando ao lado da cama quando os médicos disseram que tudo que poderiam fazer era esperar que a dor passasse como havia acontecido com os outros pacientes.

Mas todos os médicos estavam pensando a mesma coisa: nenhum paciente tinha tido uma crise tão forte, especialmente depois de ter se recuperado do coma, alguns tinham tido leves dores de cabeça por algum tempo, mas nada como a dor que Katsuo sentia. O que teria esse rapaz de diferente dos outros pacientes? Estaria a doença evoluindo e se tornando cada vez mais perigosa?

No dia seguinte, Mariko foi visitar Katsuo, que estava deitado com uma expressão desiludida e cansada, lembrando do horror da noite anterior.

- B-b-bom... dia – disse Mariko timidamente ao entrar, sem obter resposta de seu paciente, que olhava tristemente a janela – sobre o que aconteceu a noite...

- Não quero falar sobre isso. – disse Katsuo irritado.

- Fique calmo Katsuo, você mesmo me disse para ficar calma, que essa doença logo vai passar.

- Estou começando a achar que estava errado, você viu o que aconteceu a noite.

- Vi. Mas não há o que fazer além de esperar.

- Eu não quero mais esperar! Eu quero ficar bom logo e ir embora!! – disse Katsuo furioso.

- Mas Katsuo...

- Sem “mas”, eu estou cansado de ficar aqui, de sentir essas dores, estou cansado dessa doença e desse hospital! – Katsuo havia perdido o controle e cedido a raiva. As conseqüências disso chocariam Mariko e Katsuo.

No momento em que Katsuo terminou de gritar uma pequena esfera de energia dourada se formou a sua frente e disparou em direção à parede, abrindo um buraco na parede do quarto.


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