Capítulo I: We’re gonna wild!

- Que porra é essa?- berrou Izzy, olhando fixamente para um cartaz na parede do corredor do colegial.

- Que foi Izzy?! – perguntou Kurt, que vinha se aproximando, ao lado de Steven.

- Vai ter a merda do baile de formatura.

- Como? – disse Steven, balançando os cabelos curtos e morenos.

- Olha aqui ô bocão-da-Royal.- disse Izzy, puxando Steven pela blusa.

- Eu já não pedi pra você parar de ficar me chamando dessa porra?

- Tá, foi mal... Agora olha! – ele falou num tom alto, apontando para o cartaz colorido, onde havia um desenho de uma mulher e um homem dançando, sob letras gigantes que diziam “Baile Anual de Formatura”.

- Ah... Se liga cara, é bom. Pode ser a nossa chance de mostrar nossos talentos! – falou Steven animado, abrindo um sorriso, literalmente, de orelha a orelha.

Kurt, calado até então resolveu se manifestar:

- Você não ta insinuando que a gente...

- Claro que sim! Boa idéia Steven! – gritou Izzy, e levantou as mãos esperando um toque de seus amigos.

- Tenho nojo das suas mãos. – disse Kurt, encarando Izzy com nojo.

- Eca cara! Concordo contigo Kurt. – e fez a mesma cara feia para o sujeito de mãos levantadas.

- Que seja... – Izzy disse abaixando as mãos. Em seguida soltou um arroto, e correu para o banheiro.

Kurt e Steven ficaram lá, em frente ao cartaz, conversando.

- Ele tem que maneirar nas drogas... – falou Kurt, com um ar de comédia.

- Você também hein Kurt.

- Deixa de ser chato Stev. Então, se a gente vai tocar...

- Não temos certeza ainda.

- Ok, mesmo assim... É bom deixar planos armados. Se nós vamos tocar, precisamos de uma música, e de um nome.

- Hm... É um baile de formatura, que tal falar algo sobre virada de vida, ou algo do tipo?

- Vamos discutir melhor no quarto.

- Tá, pode ir indo. Só um minuto, e já vou te seguindo.

- Ok.

E Kurt saiu caminhando para o quarto do colegial, enquanto Steven ia ao banheiro.

Ao chegar no banheiro, deu de ouvidos com os urros de vômitos de Izzy.

- Caralho Izzy! A gente combinou de parar de ficar bebendo toda hora!

Ele murmurou alguma coisa, e colocou o dedo anelar pra fora do Box.

- Ok revoltado, eu e o Kurt estamos no quarto. Depois que tu se limpar, encontra com a gente lá.

Steven virou-se, fechou a porta e seguiu Kurt. Ao chegarem no quarto, abriram a porta e entraram, pisando com a ponta do pé, para não esmagar as folhas, pastas, cadernos e outras diversas coisas espalhadas pelo chão.

- Que merda! O Izzy tem que parar de ficar trazendo as garotas pra cá! – gritou Kurt.

- Cara, sério... Eu tenho vontade de socar o Izzy!

- Quem não tem?

- É, nisso eu tenho que concordar com você.

O quarto era típico de hotel: o piso de tapete vermelho, três camas de solteiro separadas, cabeceiras, lâmpadas, três escrivaninhas, um banheiro e uma varanda.

Kurt sentou na cama do meio, ao lado de Steven. Que já estava dizendo:

- Então a gente tem que ter uma música, um nome, e autorização.

- É Steven, exatamente.

- Olha Kurt, eu conheço um monte de gente que tinha banda no colegial, e tipo... Zero por cento escreveram músicas. Podíamos fazer um tipo de cover de alguma música.

- Por isso mesmo! Fica muito repetitivo...

- Ok, quem pensa na música?

- Eu tenho uma em mente.

- Eu cuido do nome então...

- É, e o Izzy fica com...

Kurt era interrompido por barulhos de batidas de corpo na porta do quarto, Steven se levantou e abriu a porta.

- Vai pra puta que pariu Izzy! – ele gritou.

- O que foi Stev? – perguntou Kurt.

- Venha ver você mesmo...

Izzy estava com uma garota em seus braços, bêbado, e ele apontava com a outra mão para as suas calças, ele murmurava bem baixinho:

- Eu... Vou... Me... Manchar...

Kurt começou a rir e voltou para a cama.

- Ai que merda viu Izzy?! Vá comer essa puta em outro lugar! – berrou Steven, que em seguida empurrou Izzy para fora e trancou a porta.

- Tu tem que dar um tempo pro cara, mano. – disse Kurt.

- Já faz três anos, e continua a mesma merda. Já pensei no nome!

- Diga...

- AeroGuns!

- Gostei! Vou tentar escrever a música...

- Vai precisar de ajuda?

- Não, não...

- Se precisar, é só chamar.

- Ok.

- Vou ir bater perna por aí.

- Tchau Stev... – disse Kurt, olhando para o papel em que escrevia a canção.

Steven fechou a porta e desceu as escadas...

E então, o que se seguiria?