Uma Bruxa em Volterra escrita por dulcelunatica
Notas iniciais do capítulo
É uma Shorth
então só terá mais duas partes
Depois do que parecia uma eternidade, finalmente meu corpo parece estar parando de queimar. É como se estivessem me tirando aos pedaços das chamas, primeiro os dedos dos pés, os dedos das mãos. E acredite isso já me deu um alivio enorme. Agora meus pés estão esfriando e minhas mãos... Minhas pernas, meus braços, ombro, cabeça pescoço e agora só falta meu coração, que por incrível que pareça, parece estar lutando para continuar batendo, mas com o tempo o frio parece estar vencendo o calor que ainda estava em meu coração que bateu pela ultima vez.
Um alívio invadiu meu corpo e então me lembrei de como se abria os olhos, finalmente os abri, a imagem que eu tinha era perfeita. Eu podia ver cada partícula de poeira que tinha no ar. Olhei ao redor e notei que não estava sozinha. Alec me olhava impressionado, sua beleza era ainda maior com a ótima visão vampira que eu tinha agora.
-Eu me transformei? –perguntei, e então notei que minha voz também havia mudado, soava sinos como a dos outros Volturi.
-Sim, você se transformou – Alec respondeu sorrindo, com um movimento rápido me levantei e parei diante de um espelho. Não podia ser! Aquela não era eu, era? Minha pele estava mais pálida do que o normal, meu cabelo estava impecavelmente perfeito, meu rosto sem nenhum vestígio do passado, minha pele estava macia e meus olhos estavam vermelho sangue.
-Merlin, essa não sou eu! –falei, e Alec se postou ao meu lado também aparecendo no reflexo.
-Você está perfeita – ele fala passando os braços ao meu redor e apoiando a cabeça no meu ombro, virando e beijando delicadamente meu pescoço. Ele era quente e não mais frio como antes o que o deixava mais perfeito ainda.
Senti uma ardência incomoda em minha garganta, até machucava, em minha garganta. Fiz uma careta desconfortável, que por incrível que pareça não me deixou feia.
-Ah, é mesmo, você deve estar com muita sede... –Alec sorriu e me puxou pela mão para fora do quarto.
-Ah, Sophie! –exclamou Aro quando me viu, estávamos andando pelos corredores do castelo e passamos em frente a porta em que ele se encontrava- mais você ficou magnífica! Já testou seus poderes?
-Aro ela acabou de se transformar, vou levá-la para caçar – informou Alec.
-Muito bem, quando voltarem quero ver o resultado de sua transformação Sophie.
-Certo Aro – falei, minha voz de sinos soando novamente.
Alec me levou por passagens subterrâneas para fora do castelo.
-Aonde vamos? –perguntei. Era incrível como tudo era tão claro, quando era humana tudo era diferente. Agora até meus pensamentos estão organizados, até pensar eu consigo rapidamente.
-Vamos caçar você precisa de alimento, deve estar com muita sede – então a ficha caiu. Eu iria beber sangue. Iria matar alguém. Fiquei em silencio até chegarmos à saída do local. Eu era rápida, ágil. Alec corria, e eu conseguia acompanhá-lo facilmente. Saímos dos subterrâneos do castelo e pulamos o muro- É proibido caçar em Volterra. Vamos, vou encontrar alguém para você.
Eu não me sentia bem com isso. Mas a ardência em minha garganta, a dor era mais forte.
-Ali –ele indicou com a cabeça uns homens que pareciam estar bêbados- nossos alvos geralmente são humanos que não farão falta. Que não perceberam que sumiram.
Ele se adiantou pelas sombras evitando ao maximo o sol. Tem alguma coisa errada com o sol? Espero que ele não nos queime de verdade... Para a nossa sorte eles foram andando até um beco, os seguimos de perto.
Eles pararam meio trôpegos. E começaram a rir. Típico. Um cheiro delicioso estava no ar. Eu não consegui controlar minhas futuras ações. Paramos atrás deles, ambos os bêbados não nos perceberam. Alec empurrou um deles mais para dentro do beco o derrubando no chão. O crepúsculo começara. Imitei Alec. Ele puxou o homem mordendo seu pescoço. Um grito saiu dos lábios do bêbado, mas este foi logo silenciado e não voltou mais a se mexer.
Um cheiro ainda mais forte chegou até mim, era quente e delicioso. Era o cheiro do sangue. Me limitei em não pensar no que estava prestes a fazer. Apenas imitei Alec novamente. Aproximei meus lábios do pescoço do homem e o mordi. O calor de seu sangue invadiu meus pulmões. O sangue era morno, esquentava meu corpo frio. Eu suguei vagarosamente todo o sangue que havia no corpo, mas não me sentia saciada ainda. Minha garganta ainda ardia. Caçamos mais alguns e voltamos a Volterra.
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espero que gostem