Apareci bem de frente à casa dos Blacks. Sirius parecia surpreso quando me atendeu:

-Keissy? KEISSY! –ele sorriu e me abraçou- o que faz aqui?

-Eu... –gaguejei- Eu fugi de Hogwarts...

-Você fugiu de Hogwarts?

-É...

-Por quê?

-Umbrige descobriu tudo – falei.

-Como? –ele me puxou pra dentro da casa.

-Bom eu... –expliquei tudo a ele, Sirius não parava de rir, principalmente nas partes do “Umbrige ainda correndo atrás de nós com seus sapatos de saltinho rosa quase caindo do pé e toda descabelada” e do “Umbrige em cheio e a derrubando alguns metros morro abaixo”

-Ainda não acredito que você fez tudo isso – ele estava tendo um ataque de risos.

Depois do que se pareceu uns quinze minutos...

-Vem, vou te levar ao seu quarto – ele pegou meu malão e começou a carregar escada acima. Eu o segui carregando Pabis. Eu estava me sentindo estranha, como se algo fosse acontecer.

Eu estava na cozinha jantando. Sirius estava cuidando de Bicuço. Remo entrou correndo na casa e acordou a Sra. Black.

-Remo? O que houve? –perguntei correndo e ajudando-o a fechar a cortina.

-Keissy? O que faz aqui? –ele perguntou me encarando e depois sacudindo a cabeça- Esquece, depois você me conta, cadê o Sirius?

-Lá em cima com o Bicuço – respondi enquanto ele corria escada acima.

-QUE? –ouvi a voz de Sirius exclamando indignado no andar de cima. Logo em seguida os dois desciam desesperados as escadas.

-O que ouve? –perguntei quando chegaram ao ultimo degrau.

-Harry... Ele foi pro ministério... –ofegava Remo.

-O QUE? –gritei acordando novamente a Sra. Black, os dois fecharam a cortina e me olharam.

-Você não vai junto – disseram os dois ao mesmo tempo.

Foi nesse segundo que Tonks apareceu na porta.

-Ah, eu vou sim – falei cruzando os braços.

-O que está acontecendo? –Tonks perguntou parando ao meu lado.

-Não querem me deixar ir junto – reclamei.

-Deixem ela... –argumentou Tonks.

-Nem pensar! –retrucaram os dois nervosos.

-Ele é meu irmão e eu sou maior de idade –falei- posso muito bem decidir o que vou fazer ou não.

-Ótimo – retrucou uma voz a nossas costas, Olho-tonto- Precisávamos mesmo de mais alguém.

Sorri e todos se prepararam para partirmos. Aparatamos.

Estava um caos no ministério. Feitiços ricocheteavam por todas as paredes. Gritos de dor e pessoas soluçando.

-Keissy procure pelo Harry! –Sirius berrou correndo ao encontro de Belatriz. 

Corri por prateleiras e portas. Olhando ao redor só via tristeza. Sim, eu estava chorando. Eu chorava por meus amigos, minha família, por desespero e por medo. Meu coração doía, sentia perda de algo. Achei Luna e Gina em uma sala com Rony, ele estava muito machucado.

-Keissy, vai logo –Gina exclamou- Harry encontrou a profecia! Ele e Neville já saíram por ali!

Corri em direção à porta que ela apontava. Uma sala imensa estava na minha frente. Harry estava bem lá embaixo. Tonks estava desmaiada em um dos degraus. O que era aquilo meu Merlim? Parece até que estou em um dos meus pesadelos. O único problema é que sei que este é real, que isso tudo está acontecendo. Que não vou abrir os olhos e me encontrar deitada no meu dormitório em Hogwarts.

Desde o fim do torneio tribruxo o mundo bruxo nunca mais será o mesmo. Voldemort está à solta, e o caus, a morte, a vingança, a tristeza e o sofrimento são o seu rastro.
Ouvi passos atrás de mim e feitiços passaram ao meu lado. Alguém me atacava. Quando me virei dei de cara com Hermione. Ela não parecia bem, pelo contrario estava muito estranha. Me atacava como se não se importasse, como se estivesse sendo dominada. É isso! Hermione estava sendo controlada por alguém. Estuporei-a e corri em direção a Harry. Grewblack apareceu no meu caminho, droga!
Fiquei duelando com ele. Não conseguia passar. Harry duelava com um comensal, Remo foi ajudá-lo. Sirius e Belatriz ainda duelavam. Derrubei Grewblack no exato momento em que ouvi:
-Avada Kedavra! –era a voz de Belatriz. Sirius... Me virei no mesmo segundo em que seu braço era atingido pela maldição.

Jardins da Toca

Nem sei por que você se foi

Quanta saudade eu senti

E de tristeza vou viver

E aquele adeus, não pude dar

Eu ainda chorava pelo acontecido. Já se haviam passado dias... Mas a dor ainda existia.