Chemicals Collide escrita por carolvieira


Capítulo 4
Quando o Dia É Tranquilo


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora :X aconteceram, ou deixaram de acontecer, algumas coisas, e eu fiquei meia depre
Enfim, espero que curtam o capítulo ok.



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Bella

Quando ele se endireitou, olhou nos meus olhos e se aproximou de mim, colocando seu braço ao redor da minha cintura. Eu olhei nos olhos dele petrificada.

Seus lábios encostaram nos meus, carinhosamente, suavemente. Ele se afastou para me olhar nos olhos, e disse.

-Eu sei o que eu quero. Eu quero você. Só você.

Os olhos dele estavam nos meus. Quando eu ouvi suas palavras não pude conter meu sorriso. Ele também sorriu, e nos beijamos de novo.

Algum tempo depois, eu disse que precisava dormir.

-Ah, desculpa, eu não devia ter ficado tanto tempo aqui. –ele disse, parado, no meio do meu quarto e acariciando meu rosto- Eu não devia nem ter vindo.

-Não diga uma coisa assim, eu fico feliz que você tenha vindo.

-Eu vou embora. –ele disse, me dando um selinho, isso tudo parecia tão natural.

-Não, não vai não. –eu disse fazendo bico.

-Eu tenho que ir, Bella. Se seu pai entrar aqui e me ver...

-Tem como você parar de se preocupar com o meu pai. Tem como ser só eu e você, por alguns minutos? –não esperei por uma resposta, passei a mão pelos cabelos dele- Fica aqui comigo. Eu não quero que você vá.

Ele assentiu, me olhando nos olhos.

-Eu não quero ir.

Nos deitamos na minha cama estreita, encostei minha cabeça no ombro dele e ele colocou seu braço ao redor da minha cintura. Respirei fundo, sentindo seu odor inebriante.

-Por que... –comecei- Por que você estava sendo tão difícil há... dez horas atrás?

-É tão difícil, Bella. –ele respirou fundo- Quando eu te vi na Newton's Outfitters, fiquei completamente hipnotizado por você. Pensei seriamente em voltar lá na segunda pra te procurar, isso só passando alguns minutos com você. Depois eu te vi no shopping e eu tive certeza que eu tinha que te ver de novo. Você é perfeita. –corei- Mas aí, eu te vi na delegacia. Tantas coisas se passaram na minha mente. O fato de você ser mais nova, o fato de seu pai ser meu chefe, tudo isso meio que me deixou meio inseguro, com medo. Mas mesmo assim, você continuou a me fascinar. Depois, hoje, quando você disse que me queria eu percebi... não que te queria, isso eu já sabia, mas eu percebi que eu não me importava com o que os outros pensam. –ele parou, beijando minha testa, eu fechei os olhos com isso- É claro que se seu irmão vier pra cima de mim, aí sim, eu vou me importar com o que ele pensa.

Eu ri e ele apertou seu braço ao meu redor. Eu me sentia tão bem ali, nos braços dele, nunca queria sair dali. Senti o sono me tomando.

/\\//\\//\\//\\

Um carro passando, um carro mais barulhento que o meu, por incrível que pareça, me acordou. Quando olhei ao meu redor, na cama, percebi que estava sozinha, como fui me deitar ontem a noite, depois do jogo. A janela, fechada, como se ninguém tivesse passado ali. Será que tudo havia sido um sonho?

Olhei no meu celular, e vi que eu já podia começar a me arrumar. Quando me aproximei da minha cômoda, vi um papel dobrado ali, decidi pegar para ver o que era.

'Bella,' –li.

'Obrigado pelas melhores horas de sono que eu já tive na vida.

Tive que ir embora, antes que seu pai acordasse e visse um carro estranho na porta. Tenho que lembrar de estacionar algumas casas para baixo, da próxima vez.

Tenho a tarde livre hoje, então, como eu sei que sua picape ainda não foi concertada, e seu pai pretende mandar o mecânico buscá-la essa manhã, se você quiser uma carona de volta pra casa é só me mandar uma mensagem. 9310-1907 [n/a: meu aniversario ao contrario e meu numero na chamada :D]

Te vejo em breve.

Edward.'

Me senti sorrindo quando terminei de ler a carta. 'Da próxima vez...', então, ele pensava em passar outras noites aqui. Imediatamente mandei uma mensagem dizendo que eu adoraria que ele fosse me buscar.

Olhei no meu armário, procurando por alguma coisa que estivesse com vontade de vestir. Um vestido, talvez?

Quem eu estava querendo enganar? Eu? Vestido? Ri sozinha.

Camiseta dos Beatles!

Depois de me arrumar, fui para a cozinha preparar o café. Fiz omelete e, é claro, café. Quando meu pai e Emmett desceram, os dois pareciam calmos, então, provavelmente não haviam ouvido nada.

-Bella. –meu pai disse, se sentando- Eu vou mandar o mecânico vir buscar seu carro hoje. –as informações privilegiadas do Edward podiam me ser uteis algum dia, sorri- Mas eu não sei quanto tempo vai levar pra ficar pronto. Então, acho que você vai ter que voltar da escola com o Emmett por algum tempo.

Nós dois olhamos para nosso pai com uma expressão que, tenho certeza era igual. Tirando o fato de Emmett deixar a mostra toda a omelete que tinha na boca.

-Não, pai! –eu quase gritei, ele olhou para mim- Não precisa, a... Angela disse que me dava uma carona. –eu não podia dizer Alice, senão, Emmett iria confirmar a história com ela.

-É, pai. –disse Emmett- E até o campeonato começar, o time vai treinar todos os dias, então, eu vou ficar na escola até tarde. –eu sabia que até o campeonato começar, o time treinava as terças, quartas e quintas, então, os outros dois dias, ele treinava era outra coisa!

-Vocês tem certeza? Bella, tem certeza que essa Angela não vai se importar?

-Tenho sim, pai. A Angela vai adorar me dar uma carona. –eu disse, pensando na identidade da verdadeira Angela e sorrindo, meu sorriso desapareceu quando notei o olhar do meu pai- Foi o que ela disse ontem, sabe 'Eu adoraria te dar uma carona'.

Depois de resolvido isso, tomamos nosso café tranquilamente. Para ir para a escola, resolvemos que eu ia com Emmett.

Quando nós dois subimos no carro, e saímos da garagem, vi que ele tinha um sorriso muito suspeito no rosto.

-Ah, não. –eu disse, agarrando meu cinto de segurança- O que você vai fazer? Você não vai me matar e esconder meu corpo, né? Eu sou sua irmã, Em!

-Não vou matar ninguém, bobinha. –ele ainda estava sorrindo- Mas o pai, talvez, se ele descobrir que tem alguém te visitando a noite.

Meus olhos se arregalaram, como ele sabia disso?

-Como eu sei disso? –ele deve ter percebido o que eu queria saber pelo meu olhar de pânico- O Em aqui sabe de tudo. Eu sou o olho que tudo sabe...

-O olho que tudo vê? –perguntei, divertida.

-Ou isso ai. –ele olhou para mim, rapidamente- Então, quer dizer que a minha irmãzinha está namorando pela primeira vez?

-Não, não é nada disso, Emmett. –e não era mesmo, eu não estava namorando com o Edward.

Parecia meio infantil, mas ele ainda não havia pedido para namorar comigo. Então, eu não era a namorada de Edward Cullen.

-Bom, mas eu sinceramente fiquei decepcionado ontem. –antes que eu pudesse perguntar ele disse- Eu achei que fosse ser muito mais emocionante, sabe? Camas rangendo, gritos, mas eu não ouvi nada!

Senti meu sangue ferver.

-É, Emmett, nem todo mundo é como você e a Rosalie. –ele olhou com um olhar travesso, ai percebi o que eu tinha dito- Mas não aconteceu nada! Eu juro!

-Uau! Swanzinha! Fiquei rosa choque com você agora. Será que o pai vai gostar desse seu namorado?

-Ele não é meu namorado, e você não vai contar nada, Emmett. Pra ninguém! –eu estava gritando, agora.

-E por que não? –ele perguntou, como se eu não soubesse de nada que poderia acabar com ele.

-Simplesmente, por que eu posso contar pra Alice que foi você quem botou fogo em metade do closet dela, naquela festa ano passado.

Eu me lembro como se fosse ontem, ela entrou em pânico! Metade das roupas queimadas, e ela jurando que torturaria o culpado, lenta e dolorosamente até a morte dele, vindo dela, isso não era só uma promessa.

Ele ainda estava sorrindo como se não tivesse medo.

-E, isso mesmo, E, eu falo pra Rosalie sobre aquela loira em Port Angeles, outubro do ano passado, E sobre a desculpa 'Eu pensei que fosse a Rose'. –agora ele já não estava mais sorrindo, mais ainda fingia que não ligava.

-É só isso que você tem pra me oferecer, irmãzinha.

-Ah, não, eu não acabei ainda. Guardei o melhor para o final. –eu o vi engolir em seco- Eu falo para o pai sobre as visitas que VOCÊ tem recebido, e sobre o que vocês têm feito. Você sabe que ele não vai gostar, castigo, sem televisão. –vi ele franzindo o cenho e não pude conter minha risada- Sem carro, celular, chocolate...

Foi o que bastou.

-Tá bom, Bella, eu não conto para ninguém.

-Jura?

-Juro.

Sorri satisfeita.

-Pelo menos me conta quem é? –ele implorou.

-Emmett, não. Algum dia, talvez você descubra.

A essa altura já estávamos no estacionamento da escola. Descemos do carro de Emmett e cada um seguiu o seu caminho, ele com os ombros um pouco encolhidos, ri.

Quando cheguei no meu armário mandei mais uma mensagem para Edward.

'Acho melhor você vir uma meia hora depois que a aula acabar, assim, ninguém vai nos ver.'

Eu sabia que era isso que ele não queria. Sabia que ele tinha medo do meu pai. Eu também tinha, para falar a verdade.

A manhã fluiu normalmente. Na aula de Álgebra, notei que Alice estava com a cabeça deitada no ombro de Jasper, os dois formavam um casal lindo, mas será que eles eram um casal?

Claro que não, Bella, a Alice teria te contado.

Com esse pensamento, voltei a prestar atenção na aula.

Na hora do almoço, sentei em nossa mesa habitual, e esperei os outros chegarem. O primeiro a chegar foi Jacob. Quando ele se sentou, começamos a conversar animadamente. Eu me sentia muito bem perto dele, mas alguma coisa sobre ele ainda me deixava desconfiada. Alguns minutos depois Alice chegou, e olhou estranho para mim.

-Isso aí é rosa? Isabella Swan vestindo rosa? –ela disse, incrédula.

-É, por incrível que pareça, eu tenho uma roupa rosa! –eu disse e ela, sabendo o que é mais seguro, mudou de assunto.

Os outros chegaram e entraram facilmente na nossa conversa. O assunto: Sr. Hunter.

-Eu acho que ele tem algum problema de distúrbio de personalidade. –foi a opinião de Alice.

-Eu não sei, talvez esse seja o jeitão dele mesmo. –disse Jasper- Muitas pessoas são assim.

-Ele é doido! –disse Emmett- Numa hora ele estava com aquela careta normal dele, falando sobre como essa escola é um desastre em biologia. Depois ele começa a rir por causa da pergunta que ele me fez.

-Emmett, amor. –disse Rosalie, colocando a mão nas costas do meu irmão- Não foi bem assim. Qual foi a pergunta dele? –os dois tinham biologia juntos.

-Qual a diferença entre crossing-over e linkage. –Emmett disse, como se não fosse nada.

-E o que você respondeu, hein? –eu perguntei, arqueando uma sobrancelha, vindo dele, podia ser qualquer coisa.

-O óvulo. –ele respondeu como se fosse a coisa mais normal do mundo.

-Tá bom. –Jacob disse, e olhou para os outros- Quem é a favor de ignorar esse comentário? –todos levantaram a mão.

-Certo, continuando. –disse Alice, sentada ao lado de Jasper- Eu até pensei que a gente ia continuar nosso ritual de irritar o professor de biologia esse ano, mas quando eu conheci o Sr. Hunter...

-É, eu sei. –disse Rosalie- É tão difícil acabar com uma tradição. Foram três ano tirando o professor de biologia do sério!

Alguns minutos depois o assunto se encerrou, e Rosalie se virou para mim, e murmurou na minha orelha.

-O que você fez com o Emmett hoje de manhã? –tive que rir.

-Por que?

-Ele está tão quieto. Quando eu fui encontrar ele, hoje de manhã, quando ele me viu, ele disse 'não acredite na Bella'. –ela disse, e deu uma risadinha.

-Bom, você conhece aquele ditado, né? Aqui se faz, aqui se paga? –respondi, simplesmente.

-Bom, seja lá o que for. Eu gostei. –ela disse e deu uma piscadinha.

Depois do almoço, eu e Jacob fomos até a aula de biologia. Que fluiu tenebrosamente como sempre.

Quando dei por mim, o ultimo sinal estava batendo, e eu indo ansiosamente para o estacionamento, esperar Edward.

Me sentei num banco ao lado da porta e fiquei ali, observando os carros indo embora, e o estacionamento aos poucos se esvaziar.

Um tempo depois, olhei no meu celular, para ver que horas eram. Edward devia estar quase chegando.

-Olha, se não é a Srta. Swan. O que você ainda esta fazendo aqui? –aquela voz me deu arrepios, eu nem precisei me virar para ver quem era.

-Eu estou esperando minha carona. –eu disse, olhando fixamente para a entrada do estacionamento.

-Ahh, sim. Mas tome cuidado, nunca se sabe o que pode acontecer.

-Obrigada pela dica Sr. Hunter.

-Nós não estamos mais na aula, querida. –tá, agora as coisas estavam estranhas- Pode me chamar de James. Aliás, eu acho que vou esperar aqui com você.

Nesse momento, um Volvo prata entrou no estacionamento, e parou bem a nossa frente. Eu não tinha certeza que era Edward, ainda não tinha visto seu carro, então não entrei direto.

Quando a porta do motorista se abriu, eu suspirei aliviada. Edward veio até mim, encarando o Sr. Hunter.

-O que você está fazendo aqui? –ele perguntou, tenso para o meu professor de biologia.

-Olha só quem temos aqui. Cullen! Eu pensei que você tivesse cavado um buraco na terra a desaparecido! –o Sr. Hunter parecia estar feliz em ver Edward, mas não era recíproco- Nós devíamos marcar pra tomar algumas cervejas, colocar o assunto em dia...

-Nem tente. –Edward veio até mim, e colocou um braço protetor ao redor da minha cintura- Depois de tudo, eu queria nunca mais ter que te ver. Então, já que eu vou ser obrigado a te ver nessa cidade minúscula, tenha a decência de não olhar na minha cara, por favor.

O que tinha acontecido com esses dois?

O Sr. Hunter encarou Edward por algum tempo, depois olhou para mim e para o braço dele em minha cintura e saiu de perto de nós dois.

Edward abriu a porta do passageiro para mim, depois foi para o outro lado, entrando no carro e ligando o motor.

-O que foi isso? –eu perguntei desconfiada.

-É uma longa história. –ele suspirou, com um olhar triste.

-Eu tenho tempo.

-Agora não, Bella, por favor. Depois eu te conto. Prometo, mas agora não. –ele disse e eu cedi, não queria forçá-lo a nada.

Alguns poucos minutos depois, já estávamos estacionados em frente a minha casa, eu admito, o modo de dirigir de Edward me deixou assustada. Ontem não tinha reparado que ele parecia um maníaco dirigindo, acho que por causa da tensão no ar.

-Desculpa, Bella. –Edward suspirou e olhou para mim- Eu conheço o James da faculdade e... –ele parou de falar.

-Ei. –eu disse, colocando a mão no rosto dele e o obrigando a olhar para mim- Você não precisa falar nada agora. –eu dei um sorriso- Quando você quiser, eu vou estar aqui.

Eu acariciei sua bochecha com meu dedão. Ele colocou uma de suas mãos por cima da minha e sorriu.

-O que eu fiz pra te merecer? –ele perguntou.

-Não sei, provavelmente alguma coisa muito ruim. Você esqueceu que eu venho com o resto do pacote?

Ele arregalou os olhos.

-Não, eu não esqueci. Juro que essa manhã achei que seu pai tivesse escutado alguma coisa e fosse me matar. Pensei eu não ir, ligar dizendo que estava doente. –eu podia ver o medo em seus olhos.

-Ah, meu pai nunca faria nada com você. Ele te adora! –eu disse, rindo.

-É, mas eu não sei se seu irmão não faria nada.

-Não se preocupe com o Emmett. Eu já cuidei dele. –eu disse, orgulhosa de mim mesma.

-Eu quero saber? –ele perguntou, desconfiado.

-Digamos que uma mão lava a outra.

Ele se inclinou e me beijou. Esse beijo foi diferente dos outros. Foi um beijo espontâneo, não como o de ontem a noite, que foi mais um impulso pela declaração que ele deu, nem como o de segunda, que foi mais para ele me fazer calar a boca, esse foi... um beijo.

As mãos dele foram para a minha cintura e as minhas para a nuca dele. Alguns minutos depois, nos separamos, mas minha testa estava encostada na dele.

-Como isso pode ser tão fácil? –ele perguntou.

-O que?

-Isso, eu e você. Esquece que os dois últimos dias, que eu estava sendo um idiota, aconteceram. –eu assenti- Nós dois, é... Natural, como se já nos conhecêssemos há anos.

-Eu não sei. –pensei por um minuto, minha testa ainda na dele, a minhas mãos acariciando sua nuca- Eu não sei nada sobre você. Só o que você me falou na Starbucks, e que, por algum motivo, você não gosta do Sr. Hunter.

Ele olhou sério para mim quando mencionei o Sr. Hunter.

-Bella, me promete que você vai tomar cuidado com ele. –ele disse.

-Prometo. Qualquer coisa.

-Ele não era assim quando éramos amigos.

-Assim como? O pior professor que alguém poderia ter? um professor doido? Um professor ditador? –eu disse, tentando aliviar a tensão dele.

Funcionou, um pouco, pois ele riu, baixinho, mas riu.

-Não, ele não olhava as pessoas daquele jeito. Eu não gostei de como ele olhou para você.

-Não se preocupa, eu vou tomar cuidado. –eu encostei meus lábios no dele, e ele respondeu.

-Amanhã eu não vou poder ir te buscar na escola. Trabalho o dia todo, e a noite eu vou começar a arrumar minhas coisas.

-Suas coisas chegaram? –perguntei, animada.

-Chegaram. –ele respondeu sorrindo.

-Que tal se eu te ajudasse a arrumar as coisas no sábado?

-Bella... –ele começou.

-Ai, seu medroso, não se preocupa! Meu pai vai pescar esse fim de semana. Ele nem vai vir pra casa.

-Eu não sei se essa é uma...

-...E nós vamos poder passar um tempo juntos, sem se preocupar com meu pai... professores doidos...

-Tá, que horas eu passo aqui pra te buscar?

Depois disse eu dei um beijo de despedida e sai do carro, indo lentamente para a porta da frente. Quando subi o primeiro degrau da varanda, ouvi alguém arranhando a garganta.

-Então... era ele que estava no seu quarto ontem? –ouvi a voz de meu irmão.

-Emmett, não é nada...

-Não é nada o que, Bella? Eu acabei de ver, com os meus próprios olhos a 'Angela' te beijando. Bella... o cara é mais velho...

-Emmett, por favor, se você soubesse de tudo.

-Soubesse de tudo o que, Bella? Ele está se aproveitando de você! Eu vou ter que contar pro pai.

-Emmy... não, por favor. Não é nada disso... ele é um cara ótimo, é que... é uma longa história.

-Eu tenho todo o tempo do mundo. –ele disse e abriu a porta para mim. Uma vez dentro da casa, nos sentamos no sofá.

Eu contei tudo pra ele. Desde o domingo de manhã, até o que aconteceu com o Sr. Hunter algum tempo antes. Ele ficou ali, sem abrir a boca, apenas assentindo.

-Uau, Bella. Eu não sei o que dizer. –ele disse olhando para baixo- Mas você gosta dele?

-Gosto Em. –suspirei- Eu sei que fazem três dias que a gente se conheceu, mas é como se eu já conhecesse ele há anos.

-Eu tenho medo que você se machuque, Bella. Ele é mais velho, quem sabe o que ele pode fazer. –ele disse, colocando um braço ao meu redor e dando um beijo na minha cabeça.

-Eu sei, Em. Eu também estou com medo. É tudo novo pra mim. Mas essa é a vida, irmão urso, a gente aprende com os nossos erros. Se eu me machucar com ele, eu vou aprender.

-É, eu sei bem sobre isso de aprender com os próprios erros. –ele disse, assentindo e olhando para a mesa de centro- Na primeira série, eu peguei uma minhoca, e o Ben me desafiou a comer a minhoca viva. Quando eu coloquei ela na boca, só senti o gosto de terra. Depois disso, eu descobri que pra apreciar o gosto de alguma coisa que você tira da terra, você tem que lavar antes. Se pelo menos eu tivesse pensado nisso aquele dia...

E tive que rir com isso. Fala sério? A única coisa que o Emmett aprendeu com os próprios erros foi a lavar uma minhoca antes de comê-la via?

-Emmett, você é nojento! –eu dei um tapa na cabeça dele.

-Ai! –ele esfregou o lugar que eu bati, depois ficou sério- Escuta, Bella, eu vou ver até onde isso vai. Mas se eu te ver chorando ou até mesmo triste, eu nem vou perguntar o que aconteceu. Eu vou direto ensinar uma lição pra ele!

-Tá bom, Emm. Mas não machuca muito ele, não. Principalmente no rosto. –eu disse.

-E eu não vou falar pra ninguém. –eu assenti- Então, será que tem como você não falar nada pra Rose sobre a loira de Port Angeles, nem pra Alice sobre o closet? –ele perguntou, claro que ele não queria que eu contasse isso pra ninguém.

-Eu não vou contar pra ninguém. –dei um beijo na bochecha dele e me aconcheguei nos seus braços- Te amo, irmão urso.

-Te amo, Bellarina.

E não havia nada mais verdadeiro do que o que eu sentia pelo meu irmão.


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Notas finais do capítulo

Aqui está, pessoas, espero que tenham gostado, quero saber o que vocês acharam ok.
Ah mais uma coisinha, se alguém puder fazer uma capa pra essa fic, pra mim, eu serei eternamente grata, é só me mandar uma mensagem ou um comentária falando, brigadinha.

Link pra Roupa da Bella:
http://www.polyvore.com/quando_dia_tranquilo/set?id=17591045

Beijos ;*
Viê



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